Após confirmação de infecção respiratória, Santa Sé informou que o pontífice já retornou ao trabalho do hospital em Roma
Na manhã desta quinta-feira (30), o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou um novo boletim sobre a saúde do Papa, internado desde a quarta-feira (29) no hospital Policlínico Gemelli de Roma, na Itália.
“Papa Francisco repousou bem durante a noite. O quadro clínico é em progressivo melhoramento e prossegue o tratamento programado. Hoje, depois do café da manhã, leu alguns jornais e retomou o trabalho. Antes do almoço, foi à pequena capela do apartamento particular, onde se recolheu em oração e recebeu a Eucaristia”, informou o porta-voz, que também relata que o Santo Padre “agradece as muitas mensagens recebidas e expressa sua gratidão pela proximidade e oração”.
“Nos dias passados, o Papa Francisco se lamentou de algumas dificuldades respiratórias e esta tarde foi até o Policlínico A. Gemelli para efetuar alguns controles médicos. O resultado evidenciou uma infecção respiratória (exclui-se a infecção de Covid-19), que exigirá alguns dias de adequada terapia médica hospitalar”, informou.
Mais cedo, o Vaticano informou que o Papa havia sido internado para realizar exames e que poderia passar a noite no hospital.
“O Santo Padre se encontra desde a tarde de hoje no Gemelli para alguns controles previamente programados”, disse Bruni em seu primeiro comunicado.
Em uma reportagem do jornal italiano “Corriere della Sera” a informação é de que o Santo Padre chegou de ambulância no hospital Gemelli, em Roma, depois de passar mal com problemas no coração e dores pulmonares. O periódico atribui as informações a fontes do hospital que Francisco foi internado.
Divulgação/ Policlínico Gemelli
De acordo com o Vatican News, na manhã desta quarta-feira o Papa presidiu normalmente a Audiência Geral com os fiéis reunidos na Praça São Pedro.
O Santo Padre sofre de diverticulite, uma condição que pode afetar o cólon. Em 2021, ele foi operado para remover parte do órgão.
No início de 2023, Francisco disse que a condição havia retornado, fato que o fez ganhar peso, mas que ele não estava preocupado.
O Papa também sofre de uma artrose no joelho, o que faz com que, em suas aparições públicas, ele frequentemente alterne entre o uso de bengala e cadeira de rodas.
Em entrevista à Reuters, em 2022, Francisco disse que preferia não fazer uma cirurgia no joelho porque não queria repetir os efeitos colaterais negativos da anestesia que precisou lidar após a operação de 2021.
O 10° bispo da Diocese de Roraima, participou do programa Manhã Viva.
Nesta quarta-feira, dia 29 de março, o novo bispo, Dom Evaristo Pascoal Spengler, celebra mais um ano de vida. E na manhã deste dia natalício, o nosso bispo diocesano esteve na Rádio FM Monte Roraima. Junto ao padre Josimar Lobo, Dom Evaristo participou do programa Manhã Viva.
O bispo falou um pouco sobre suas primeiras atividades e ações na Diocese de Roraima. “Eu estou próximo a Semana Santa, em preparação, estarei em um retiro na próxima semana com missionários, padres e religiosos, e na terça-feira a noite celebraremos a Missa do Santos Óleos, Missa da Unidade e Missa do Crisma. E na semana seguinte eu viajo para a assembleia anual dos bispos do Brasil que acontece em Aparecida”, disse.
Durante a entrevista, Dom Evaristo ainda comentou sobre esse dia tão especial na qual está completando 64 anos de idade. “ Uma alegria porque a gente percebe quando viemos para Roraima, onde vamos é a fé que nos liga. Então saindo de Marajó, onde estava minha família, sair de Angola onde ficou minha família angolana, mas, chegando aqui já encontrei outra família, e agradeço a Deus por ter dado essa graça”, comentou.
Em comemoração, nosso bispo vai celebrar uma missa hoje às 18h30 na Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo. O Padre Josimar Lobo, reforça o convite para os fiéis e também complementa dizendo que o bispo não é só de Boa Vista e sim de Roraima.
“Estamos convidando aos padres, religiosos, todos aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de falar com o bispo a prestigiar essa missa que acontece às 18h30 na igreja matriz. Nosso diferencial é esse, nossa diocese é única no estado todo, que a nossa distância é um pouco de desafio, ao mesmo tempo nos provoca e interpela para realizar a missão”, comentou padre.
Após a entrevista, Dom Evaristo junto a familiares, amigos e colaboradores da Rádio Monte Roraima FM participou de um café da manhã. Na ocasião, Renato Francisco Spengler, irmão do Bispo Diocesano, falou sobre o nosso sacerdote.
“É uma pessoa muito querida, é uma pessoa com coração muito grande, sempre com um sorriso largo, é uma pessoa muito amada não só pela família, mas também pelos seus colegas e amigos de Marajó. Só de viajar essa distância, você observa o quando Evaristo é querido”, disse.
Nos dias 13 e 14 de Abril de 2023. A Pastoral da Comunicação – PASCOM fará o 1º encontro de Formação Diocesana, com a presença da Irmã Helena Corazza. Público alvo: Padres, Religiosos e Religiosas, Leigos e leigas, Catequistas, Agentes de Pastorais, Movimentos, Ministros da palavra.
Entre os dias 10 e 12 de feverirero de 2023, foi realizada na Prelazia de Roraima o encontro de animação missionária com o tema “A Igreja é missão”.
Estiveram presentes cerca de 25 pessoas, entre leigos, padres e religiosas, que sob a assessoria dos Pe. Joseph Mampia – IMC, Pe. Pedro Evangelista, jesuíta e Helen Prestes, representante do COMIRE RN1, trabalharam o tema de forma participativa e dinâmica. O objetivo do encontro é de animar, fomentar e implantar um Conselho Missionário Diocesano, que nesta diocese, que é muito missionária, ainda não tem. Desse modo, caminhamos com alegria a fim de alcançarmos essa graça e continuarmos firmes na missão.
Dom Evaristo reafirma o compromisso da Igreja de Roraima com os indígenas e migrantes.
Padre Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
Ser acolhido pelos que não contam é um sinal de Deus, que faz opção por aqueles que a sociedade descarta. Os povos indígenas e os migrantes venezuelanos, vítimas de preconceito na sociedade roraimense, foram os protagonistas da acolhida ao novo Bispo da Diocese de Roraima na frente da Catedral Cristo Redentor.
Com a presença dos bispos do Regional Norte1 e de outros prelados provenientes de diferentes cantos do Brasil e da Venezuela, dentre eles seus dois predecessores, dom Mário Antônio da Silva e dom Roque Paloschi, presbíteros, Vida Religiosa e representantes da paróquias e comunidades, dom Evaristo Spengler tomou posse, pelas mãos do cardeal Leonardo Steiner, arcebispo Metropolita de Manaus, da Igreja que o Papa Francisco lhe confiou, mostrando em suas palavras e seu sorriso no rosto a alegria deste momento.
Os povos indígenas e os migrantes são protagonistas na Igreja de Roraima, algo que mais uma vez se fez presente na liturgia, com a proclamação das leituras em espanhol e na língua indígena macuxi, assim como alguns dos cantos e momentos marcantes da celebração. Uma liturgia cheia de símbolos, com rosto amazônico, na Solenidade da Anunciação do Senhor e no dia em que a Igreja de Roraima inicia a preparação para os 300 anos de evangelização em 2025.
o Dom Evaristo Spengler inicia sua missão na Igreja de Roraima
Desde o Mistério da Anunciação, dom Evaristo destacou como Deus enviou seu anjo a uma região desprezada, para assim encarnar a um Messias que quis ser parte do povo pobre e que revelou que “o Reino de Deus está presente especialmente lá onde todas as pessoas podem circular”. Isso pela figura de Maria, que supera seus medos para assumir o plano de Deus, pois acima de tudo “ela carrega no coração a certeza de que Deus caminha com ela e com o povo pobre”, insistindo dom Evaristo em superar os medos, pois “o excesso de medo nos paralisa”, lembrando alguns medos “que nos fazem muito mal”, e junto com isso “nos impede caminhar e construir um futuro coerente e mais autêntico com o Evangelho”.
Daí, o novo bispo da diocese de Roraima fez ver a urgência de “construir uma Igreja da esperança e da confiança em Deus”, lembrando do 3º Ano Vocacional que a Igreja do Brasil está celebrando, insistindo em que “todos somos chamados a ser Povo de Deus a caminho e a fortalecer nossas Comunidades Eclesiais de Base”, e fazendo um chamado a todos a assumir a sua vocação na Comunhão e na Missão, “sem medo de caminhar juntos e de construir comunidades servidoras, a exemplo de Maria”.
É a exemplo de Maria, que “esta Igreja particular ouve o chamado de Deus pelo clamor do povo”, algo que foi assumido pelos missionários que ao longo de 300 anos “chegavam com muito sacrifício de deslocamentos, de comunicação, de recursos e aqui deixaram-se consumir no testemunho do evangelho vivo”, insistiu Dom Evaristo Spengler. Uma Igreja que “nunca deixou-se pautar por aplausos os críticas, mas pela fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo”, inclusive até dar a vida como aconteceu com o Padre Caleri. “Uma Igreja, sem medo, como Maria”.
No momento atual, “a Igreja não pode silenciar diante da tragédia dos Yanomami, diante de suas terras invadidas pelo garimpo, que lhes rouba o território, a saúde, a paz, os meios de produção de alimentos, enfim a vida”, denunciou dom Evaristo. Daí ele insistiu que “a Igreja de Roraima reafirma mais uma vez o seu compromisso com os povos indígenas na defesa de sua vida e de seus territórios”. Um compromisso que também se faz extensivo aos migrantes, destacou o Bispo, que “deseja acolhê-los e inseri-los nesta terra”, muitos deles participantes da vida das comunidades da Diocese.
Refletindo sobre o Ministério do Bispo e o tríplice ministério, dom Evaristo Spengler insistiu em que “mais importante do que o Bispo é a Igreja”, e fez uma profissão de fé, mostrando a Igreja em que ele crê: Uma Igreja fiel ao Evangelho; uma Igreja servidora do mundo e promotora da Vida, principalmente lá onde ela se encontra mais ameaçada; uma Igreja aliada e parceira dos pobres, povos indígenas, migrantes, mulheres, jovens e famintos; numa Igreja de Comunidades, da Palavra, que faz a experiência da partilha e é ensaio do Reino; uma Igreja que buscar testemunhar a sinodalidade, corresponsável desde o Batismo; uma Igreja toda ministerial; uma Igreja profética; uma Igreja responsável pela Casa Comum, que ama, cuida e defende nossa “Irmã Mãe Terra”.
Numa Igreja três vezes centenária, dom Evaristo disse se sentir “tranquilo e bastante seguro, não por causa das minhas forças, mas por causa da Igreja”, que ele definiu marcada pelo “testemunho, fidelidade e profetismo”. Um caminho que disse querer percorrer desde seu “compromisso com o Regional Norte1 em busca do fortalecimento dos laços de comunhão”, algo que também faz com a CNBB, em sua missão no Enfrentamento ao Tráfico humano e com a REPAM.
No final da celebração foi momento de agradecimento ao novo bispo, também ao administrador diocesano durante a sede vacante, o padre Lúcio Nicoletto. Uma Igreja que com a chegada de dom Evaristo se sente “beijada pelo Espírito de Deus”, destacando no novo Bispo seu despojamento, e sendo acolhido por todos e todas os que caminham nesta Igreja de Roraima, profética e missionária, que unidos com seu novo Bispo querem caminhar para águas mais profundas, dizendo como Maria: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em nós segundo a vossa palavra”.
Uma acolhida do clero, que lhe fizeram ver que o novo Bispo não está sozinho e pode contar com os padres em seu novo ministério, também da Vida Religiosa, que disse para ele que Deus lhe conferira muitas forças de se colocar ao serviço dos mais pobres junto com os consagrados e consagradas. O novo bispo também foi acolhido pelo prefeito da cidade lhe mostrando que é muito bem-vindo à cidade de Boa Vista, sede da Diocese de Roraima, a quem o administrador diocesano agradeceu pela ajuda nos mais de 10 meses em que desempenhou essa missão, pedindo ao novo Bispo que ajude sua nova Igreja a não ter medo de avançar para águas mais profundas e a caminhar juntos como Igreja sinodal.
Um dia depois do início de sua missão como Bispo de Roraima, Dom Evaristo Spengler, junto com alguns bispos do Regional Norte1 e outras pessoas que participaram da celebração de acolhida ao novo bispo, se encontraram com a Pastoral Indigenista de Roraima, o que pode ser entendido como o desejo de Dom Evaristo de continuar incentivando uma das prioridades diocesanas nas últimas décadas, uma dinâmica assumida com grande determinação pelos últimos bispos.
A Pastoral Indigenista na Diocese de Roraima sempre teve que remar contra uma sociedade local anti indígena, um apoio aos povos indígenas que levou a Diocese a pagar um alto preço, até o ponto de episódios em que a Diocese, pelo seu apoio aos povos indígenas foi definida como nociva à sociedade de Roraima.
A Pastoral Indigenista apresentou as linhas prioritárias que está desenvolvendo, insistindo na defesa do território como prioridade. A Pastoral busca não ser protagonistas e sim acompanhantes, acompanhando o Movimento Indígena que nasceu a partir da Igreja católica. Desde a Pastoral Indigenista da Diocese de Roraima é destacada a importância das mulheres no movimento indígena, pois elas permanecem na luta até o final. Outras prioridades assumidas é o resgate cultural, vivenciar a espiritualidade, enfrentar o desmonte dos direitos, a invasão de garimpeiros ou o agronegócio.
Para a Pastoral Indigenista da Diocese de Roraima é importante o tema da representatividade indígena e o diálogo inter-religioso e intercultural. Do mesmo modo, se busca combater o racismo estrutural, buscando o fortalecimento da língua indígena, e abordar a questão da saúde mental nas comunidades.
Na Pastoral Indigenistas da Diocese de Roraima existem testemunhos de vida que mostram o grande compromisso de muitos missionários e missionárias com as causas indígenas. Um desse testemunhos foi dado pela Ir. Mary Agnes Njeri Mwangi, religiosa da Consolata, que vive na Missão Catrimani desde o ano 2000, pudendo ser considerada um exemplo do que significa a missão no meio aos povos indígenas, numa experiência missionária que é determinada pela presença em meio do povo, gratuitamente, sem esperar resultados. Escutar suas vivências ao longo de mais de duas décadas é uma verdadeira aula de missionariedade em meio ao povo Yanomami, historicamente perseguidos no Estado de Roraima, como foi mostrado mais uma vez diante da grave crise que estão vivendo nos últimos anos.
Do trabalho da Pastoral Indigenista e da Igreja de Roraima, os próprios indígenas destacam que o grande passo dado é ter feito com que os indígenas em Roraima, depois de séculos de atitudes contrárias, sejam considerados hoje como sujeitos da sociedade de Roraima, conseguir que eles fossem vistos como gente.
A reflexão feita durante o encontro com a Pastoral Indigenista da Diocese de Roraima ajudou a entender que essa problemática não se resolve de um dia para outro, destacando que a paciência, sabedoria e coragem dos missionários e das lideranças ao longo de tantos anos deram os frutos que estão sendo recolhidos hoje. Um trabalho pelo qual Dom Evaristo Spengler agradeceu a todos os missionários e missionárias que dedicam sua vida ao trabalho missionário com os povos indígenas e àqueles que tem realizado essa missão ao longo da caminhada da Diocese de Roraima.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
Com prazer, aqui estão algumas atualizações sobre a posse canônica:
No início da posse canônica de um novo bispo, é comum haver uma cerimônia solene na catedral da diocese. Durante essa cerimônia, o bispo eleito é recebido pela comunidade diocesana e por representantes do clero e da sociedade civil.
Após a entrada solene, é lida a carta apostólica do Papa que nomeia o Bispo para a diocese. Esta carta é um documento oficial que estabelece as responsabilidades e deveres do bispo na sua nova função. Depois, o bispo faz a profissão de fé e faz um juramento de fidelidade ao Papa e à Igreja.
Em seguida, é feita a leitura da Carta Apostólica “Quo mandato”, que estabelece as normas gerais para a posse canônica de um bispo. Essa carta enfatiza a importância do bispo em manter a unidade da Igreja, promover a santidade e defender a verdade da fé católica.
Outra Carta Apostólica importante que é lida durante a cerimônia de posse é a “Pastores Gregis”. Essa carta estabelece as orientações e responsabilidades específicas dos bispos na administração da diocese, incluindo a pastoral, a administração dos sacramentos e a promoção da justiça social.
Após a leitura dessas cartas apostólicas, o bispo recebe o báculo, o símbolo do seu ministério pastoral. Em seguida, ele é conduzido até a cátedra, o assento do bispo na catedral, onde se senta como o novo pastor da diocese. Seguidamente e diante do povo é anunciado e abençoado. Felices de ter novo Bispo, ele nos regala um momento de felicidade saludando ao povo presente.
Os indigenas do Estado de Roraima com canticos e oferendas parabenizam em um ato de compromisso, a Pastoral dos migrantes faz entrega da Cruz de Tão com fotos da realidade migrante do Estado de Roraima.
A posse canônica é um momento importante na vida de uma diocese e da Igreja como um todo, pois marca o início de um novo capítulo na história da comunidade católica local e a continuação da missão de Cristo na terra.