BISPOS DIVULGAM A CARTA AOS CRISTÃOS CATÓLICOS DO BRASIL ELABORADA PELO EPISCOPADO BRASILEIRO DURANTE A 61ª AG CNBB

Seguindo a tradição das Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quatro cardeais brasileiros durante a coletiva da quinta-feira, 17 de abril.

Se tornaram conhecidos o processo de construção e o conteúdo das quatro mensagens aprovadas pelo episcopado brasileiro: ao Papa Francisco, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Francis Prevost, ao povo brasileiro e aos cristãos católicos. Esta última, uma das novidades desta edição da assembleia. A carta ao Santo Padre e ao Dicastério para os bispos foram encamninhadas pela coordenação da Assembleia.

Segundo o arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, na carta ao Papa Francisco o episcopado brasileiro manifesta a comunhão com o Santo Padre, apresentou os temas gerais da assembleia e um agradecimento pela riqueza de seu pontificado, aquilo que ele propõe à Igreja nesse momento: a paz, a justiça, as migrações e das pessoas que morrem no mar.

Mensagem aos Cristãos Católicos do Brasil

Pela primeira vez se faz uma mensagem da Assembleia às comunidades católicas, enfatizou o arcebispo de São Paulo, cardeal Pedro Odilo Scherer, que trata da vida das comunidades. A mensagem inicia agradecendo “por tudo aquilo que de bom e belo existe para a missão”, por tudo o que é vivido e realizado nas comunidades. Igualmente o texto ressalta a santidade, com um número de “processos de beatificação e canonização como nunca houve antes”.

A carta dirige uma palavra de encorajamento sobre algumas questões, tendo como pano de fundo a sinodalidade: o diálogo, o respeito pelos outros, saber divergir sem brigar, insistindo em que “nossa fé não deve dividir, mas deve ser um elemento que ajuda a criar comunidade”.

A mensagem ressalta a necessária comunhão com o Papa e com os bispos e faz um convite a não desanimar diante das dificuldades presentes e à participação ativa na vida das comunidades e da sociedade. Finalmente, um chamado à preparação ao Jubileu 2025. De acordo com dom Odilo, trata-se de uma carta que pretende “encorajar, orientar, apoiar, respaldar a nosso povo católico”.

Acesse a Mensagem aos cristãos católicos do Brasil 

Carta ao Dicastério para os Bispos

Sobre a carta ao prefeito do Dicastério para os Bispos, o arcebispo de Rio de Janeiro, cardeal Orani Tempesta, disse que é reservada ao cardeal Prevost e trata sobre o que está sendo feito na 61ª Assembleia Geral da CNBB. A mensagem “coloca os problemas que nós estamos enfrentando enquanto Igreja no Brasil, coloca as soluções que a nossa assembleia está propondo e agradece ao prefeito pelas indicações ao Santo Padre para as 20 nomeações episcopais para a Igreja do Brasil desde a última assembleia”, enfatizou dom Orani.

Mensagem ao Povo Brasileiro

A Mensagem ao Povo Brasileiro, “um texto em certo sentido longo”, segundo o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, dada “a necessidade de abordarmos alguns elementos importantes”, pretende ser uma mensagem de esperança, de futuro, da realidade política e climática, que aborda as eleições que se aproximam, lembrando os 60 anos de início da Ditadura e incentivando a cuidar da Democracia e combater a violência no país e as guerras.

Dom Leonardo pediu a ajuda dos meios de comunicação para que essas mensagem cheguem e ajudem diante da situação de tensão, de conflitos e de muita violência que a sociedade brasileira vive, provocada pelas drogas, as facções e pelas as palavras. Trata, segundo dom Leonardo, de uma mensagem que faz um chamado à paz, também na floresta, para os povos indígenas, ameaçados pelo Marco Temporal.

Baixe a íntegra da Mensagem ao Povo Brasileiro

Festejo em Honra a Santo Expedito: Tradição e Devoção na Comunidade

Tríduo Religioso e Procissão Marcarão as Celebrações em Homenagem ao Santo Padroeiro

A comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Consolata começou as celebrações em honra a Santo Expedito, seu padroeiro. Com um tríduo religioso que se iniciou no dia 17 até 19 de abril, às 19:00 horas, na igreja localizada na rua Jósimo de Alencar Macêdo, n° 163, bairro Calungá, seguido de uma emocionante procissão e encerramento com uma missa campal e arraial, no dia 20 de abril.

No dia 20 de abril, a comunidade se reunirá em uma emocionante procissão, partindo da Comunidade e seguindo até o campo da casa dos padres missionários da Consolata, localizado no final da av. Surumú, bairro Calungá. Lá, será celebrada uma missa campal, seguida de um animado arraial, onde os fiéis poderão desfrutar de comidas típicas, apresentações culturais e momentos de confraternização.

A organização do evento aproveita para estender o convite a todos da comunidade para participarem desse momento especial de fé e celebração. “Convidamos a todos a se juntarem a nós nestes dias de oração e devoção a Santo Expedito. Será uma oportunidade única de fortalecermos nossa fé e de celebrarmos juntos as tradições religiosas e culturais de nossa comunidade”, declara Bernadete Sousa Galvão, coordenadora do evento.

A presença de todos é fundamental para o sucesso deste festejo tão significativo para a comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Consolata. Que a devoção a Santo Expedito inspire e fortaleça os corações de todos os participantes, renovando a esperança e a fé em dias melhores.

Esteja presente e faça parte desta bela manifestação de fé e cultura.

Comissão Especial da CNBB denuncia Tráfico Humano: Um Grito Contra a Violência e a Exploração

Em meio ao Ano da Fraternidade e Amizade Social, a Comissão não se cala diante das vidas violentadas e ceifadas pela ambição e descaso.

A Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CEETH-CNBB) emitiu uma nota contundente, denunciando os crimes hediondos do tráfico humano que assolam a sociedade brasileira. Em meio ao Ano da Fraternidade e Amizade Social, a CEETH-CNBB ergue sua voz contra a violência e exploração que ceifam vidas e violam dignidades humanas.

O tráfico humano, motivado pela ganância e indiferença, é uma chaga social que continua a crescer, alimentada pela banalização e impunidade. Diante desse cenário alarmante, a Comissão não pode se calar, especialmente diante dos recentes casos divulgados pela mídia e do temor por outras situações semelhantes.

Acesse a íntegra da nota emitida pela Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB através do link: Nota da Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano.

Nessa luta incansável pela justiça e dignidade humanas, a CEETH-CNBB convoca a sociedade a unir-se em solidariedade e ação, buscando erradicar essa atrocidade que assombra nossas comunidades.

INDÍGENA DE RORAIMA REPRESENTA REGIONAL NORTE 1 DURANTE A ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB

A Igreja Católica Pela Primeira Vez Realiza A Instituição Do Ministério De Catequistas: Celebração De Fé E Compromisso

Neste sábado, 13 de abril, aconteceu um dos momentos mais esperados na programação da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), trata-se da instituição do ministério de catequistas a 19 cristãos representando todos os regionais do país. A cerimônia ocorreu durante a celebração eucarística no Santuário Nacional, presidida pelo arcebispo de Santa Maria e presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, Dom Leomar Brustolin. 

O grupo de catequistas, composto majoritariamente por mulheres, reflete uma diversidade de culturas, experiências religiosas e vivências na transmissão da fé. Entre os representantes, destaca-se Deolinda Melquior da Silva, da diocese de Roraima (RR), sendo a única indígena presente entre os regionais. Deolinda é da etnia Macuxi, na Raposa Serra do Sol, município de Uiramutã, em Roraima.

Os catequistas desempenham um papel crucial na vida da Igreja, promovendo a Iniciação à Vida Cristã e transmitindo os ensinamentos da fé. Seu trabalho é essencial tanto para crianças quanto para adultos que buscam compreender e vivenciar a doutrina religiosa e cristã em suas vidas.

Dom Evaristo Espengler, Bispo de Roraima, destacou a importância deste momento histórico: “Hoje é um dia significativo para nossa diocese e para o nosso Regional Norte 1 da CNBB. Dona Deolinda, juntamente com catequistas de 19 regionais da CNBB, recebeu aqui o ministério de catequista. Ela representa não só a si mesma, não só nosso Regional, mas todo o povo indígena do Brasil.”

Dom Evaristo ressaltou o papel crucial de Deolinda na catequese indígena: “Dona Deolinda tem uma missão belíssima em Roraima. Além de ser catequista, coordena a catequese na missão Maturuca, um dos municípios mais indígenas do Brasil, em Uiramutã. Ela é um testemunho vivo do evangelho que se difunde em meio ao nosso povo. Louvo a Deus pela vida dela e pela história da igreja de Roraima e do nosso Regional Norte 1.”

Para Deolinda o recebemento deste ministerio reforça sua força e sua fe: “Uma data marcante, alegria imensa de poder ser instituída. É um reconhecimento e valorização, principalmente para nós, povos indígenas. Ministério de Catequista é uma vocação de serviço ao Evangelho e à Igreja na transmissão da fé. Os colonizadores chegaram no Brasil e procuraram catequizar os indígenas, tornando-os católicos, mas impondo medo e não respeitando as suas culturas. Hoje, os catequistas e os missionários fazem a catequese de acordo com o plano de Deus sobre nós, onde nos mostra a verdade, o direito à vida, à terra, cultura, identidade, costume, tradição. Jesus disse, eu vim para que todos tenham vida e tenham em abundância”, falou Deolinda.

Sobre a Instituição do Ministério de Catequista

O ministério de catequista foi instituído pelo Papa Francisco com o motu proprio Antiquum Ministerium, em 10 de maio de 2021. Após sua publicação, a CNBB elaborou o Documento 112: “Critérios e Itinerários para a Instituição do Ministério de Catequista”, aprovado durante a 59ª Assembleia Geral da CNBB, em 2022.

A instituição do ministério de catequista representa um marco na história da Igreja no Brasil, fortalecendo a participação dos leigos e leigas e promovendo uma evangelização cada vez mais inclusiva e atuante.

 FONTE/CRÉDITOS: Libia López

EMOÇÃO E FÉ: BENÇÃO ESPECIAL NA 61ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB

Com Dom Giambattista Diquatro, Núncio Apostólico do Brasil, marca momento de bênçãos e gratidão no Santuário Nacional de Aparecida.

Neste domingo 14 de abril, a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) testemunhou um momento de profunda emoção e fé no Santuário Nacional de Aparecida. Às 07h00, fiéis e clérigos se reuniram para a missa do Terceiro Domingo da Páscoa, oficiada pelo Dom Giambattista Diquatro, Núncio Apostólico do Brasil.

Um dos pontos altos da cerimônia foi a bênção dos bispos nomeados durante o ano, um gesto que simboliza o compromisso renovado com a missão eclesiástica. Entre os homenageados, destaca-se Monsenhor Lúcio Nicoletto, recentemente nomeado bispo de São Felix da Araguai em 13 de março.

Durante a cerimônia, Dom Giambattista proferiu palavras de gratidão e bênção, unindo todos os nomeados em uma prece emocionante: “Com todos nomeados durante todo juntos a benção. Deus que pela ressurreição do seu filho único, uma graça da Redenção e nos tornou os seus filhos, vos conceda a alegria de sua benção. Deus que pela Redenção de Cristo vos concedeu o dom da verdadeira liberdad e por Misericórdia vos torna e participantes da herança eterna. E vivendo agora retamente possaino-se unirnos a Deus, para o qual pela fé já ressuscitaste desce no batismo. Amém. E a benção de Deus todo poderoso pai, filho espírito santo, desça sobre vós e permaneça para sempre. Amém, graças a Deus.”

Ao final da missa, os devotos se uniram em oração, clamando a intercessão de Nossa Senhora Aparecida pela paz nas nações: “Ó Maria, nossa Senhora Aparecida, rogai ao vosso Filho, ressuscitado derrame a paz às nações.”

Em meio a cânticos e preces, a 61ª Assembleia Geral da CNBB reafirmou seu compromisso com a missão cristã e a busca pela paz e justiça no Brasil e no mundo.

 FONTE/CRÉDITOS: Libia López

DEOLINDA MELCHIOR DA SILVA, DO POVO MACUXI, DA REGIÃO AMAZÔNICA, É A PRIMEIRA INDÍGENA INSTITUÍDA CATEQUISTA NO BRASIL

Ocorreu neste sábado, 13 de abril, foi um momento especial na programação da 61ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (C

19 catequistas, 18 mulheres e um homem, representando os 19 regionais a partir dos quais se organiza a Igreja no Brasil receberam o ministério de Catequistas pelas mãos do arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin.

O ministério do Catequista foi instituído pelo Papa Francisco com o motu próprio Antiquum Ministerium, em 10 de maio de 2021. Seu papel é fundamental na Igreja, nos processos evangelizadores para os quais os bispos do Brasil estão elaborando as Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Um papel reconhecido por dom Leomar Brustolin quando,  dirigindo-se aos catequistas, fez a pergunta: “Que seria da nossa Igreja sem a vossa missão?”.

Entre os que receberam o ministério, se encontra a indígena do Povo Macuxi, da Missão Muturuca, no município de Uiramutã (RR), Deolinda Melchior da Silva. Ela exerce o ministério de catequistas há 42 anos junto ao seu povo, ajudando a concretizar uma Igreja com rosto indígena no bioma Amazônico.

O presidente da Comissão Bíblico-Catequética afirmou que “foi uma grande a alegria em poder ter instituído, entre o grupo dos primeiros catequistas do Brasil, uma indígena com longa experiência na catequese, com uma capacidade muito grande de evangelizar”.

Dom Leomar Brustolin afirmou que a presença de Deolinda revela a grandeza da pluriculturalidade brasileira. “Ela mostra a grandeza da fé nessa terra e, acima de tudo, o quanto o Evangelho precisa ser inculturado e encarnado nas terras brasileiras. Para nós da Comissão, termos uma indígena, catequistas que trabalham com pessoas com deficiência, representantes de comunidades negras… Todas elas representam a beleza do Evangelho sendo inculturado em diversas realidades”.

Dia histórico para a Igreja em Roraima e o Norte 1

Foto: Gustavo Cabral – A-12

Deolinda é catequista na Missão Muturuca, município de Uiramutã, diocese de Roraima (RR), há 42 anos, e nos últimos 15 anos coordena a catequese em sua região. Ela disse se sentir muito feliz em receber esse ministério de catequista em uma celebração onde sentiu-se fortalecida.

“Cada vez mais a fé vai aumentando e assim vamos trabalhando, fazendo um chamado aos catequistas indígenas a seguir realizando sua missão”, afirmou. Na diocese de Roraima, ela contou que a cada ano realizam cursos de formação para catequistas e lideranças que celebram a Palavra em suas comunidades.

A instituição no ministério de catequista de Deolinda Melchior da Silva é considerada pelo bispo de Roraima, dom Evaristo Spengler, como um dia histórico para a diocese e para o regional Norte 1 da CNBB . De acordo com ele, aqueles que receberam esse ministério são pessoas que preparam o povo para “serem discípulos e discípulas de Jesus Cristo, caminhando com Ele, ouvindo sua Palavra, vivendo em comunidade, se alimentando da Eucaristia e do convívio fraterno em comunidade”.

Dom Evaristo Spengler, que entregou a Bíblia Deolinda durante o ritual de instituição do ministério de Catequista, igual fizeram os outros bispos com cada catequista, destacou a importância de ter a primeira indígena recebendo o ministério de Catequista em representação de todos os povos indígenas do Brasil.

“Os povos originários foram evangelizados por missionários que chegaram de outros lugares e, agora os indígenas são protagonistas da missão”, disse. Dom Evaristo reforça que em uma região com comunidades de difícil acesso, dona Deolinda é incansável e um testemunho vivo do Evangelho que se difunde em maio ao nosso povo”, frisou.

Primeiro grupo de catequistas a serem instituídas no ministério no Brasil. | Foto: Gustavo Cabral – A-12
 

 FONTE/CRÉDITOS: Com colaboração de padre Luiz Modino (Norte 1) – Comunicação 61ª AG CNBB

A Diocese De Roraima Participa Da Celebração Dos 102 Anos Do Vicariato De Caroni

Ressaltando A Importância Da Evangelização Em Regiões Distantes

No último dia 4 de março, a cidade de Santa Elena de Uairén, capital do município da Gran Sabana, foi momento de uma celebração de importância histórica para a igreja católica. O Vicariato de Caroni, situado na Venezuela, comemorou seus 102 anos de fundação em um evento marcado por emoção, espiritualidade e união entre diferentes comunidades religiosas. A visita de Dom Evaristo Spengler, da Diocese de Roraima, em Santa Elena reunindo-se com Dom Gonzalo Alfredo Ontiveros Vivas, vigário apostólico de Caroni, destacou-se como um momento de reflexão sobre a importância da evangelização em regiões de difícil acesso e a integração entre povos indígenas e religiosos.

A celebração contou com a presença não apenas de padres, religiosas, religiosos e leigos representando diversas comunidades tanto locais como do povo indígena. Dom Evaristo Spengler expressou sua gratidão e emoção ao participar da celebração, destacando a importância de fortalecer os laços entre a Diocese de Roraima e o Vicariato de Caroni. Ele ressaltou a ideia de que a igreja não possui fronteiras geográficas, estabelecendo uma conexão espiritual entre locais distantes, como Roraima e Caroni, que estão separados por mais de 200 quilômetros.

‘’Mais um povo com muita doação, com muita alegria e queremos continuar rezando por esse povo, por Dom Gonçalo, por esse Vicariato de Caroni. Todos os missionários que aqui estão, aqueles que estiveram no passado e certamente aqueles que virão para ajudar na evangelização nesse belíssimo futuro deste Vicariato.’’ Declarou Dom Evaristo.

As palavras de Dom Evaristo foram complementadas pelas declarações de Dom Gonzalo Alfredo Ontiveros Vivas, que enfatizou a relevância histórica da celebração dos 102 anos do Vicariato de Caroni. Ele mencionou a presença significativa da igreja brasileira, representada por importantes dioceses como a de Roraima. A união entre as igrejas do Brasil e da Venezuela reflete a missão compartilhada de promover a fé e a evangelização em meio a desafios como a distância geográfica e as dificuldades logísticas.

”Há sido uma experiência maravilhosa, extraordinária, porque nós compartilhamos a cultura, compartilhamos a fé, mas também compartilhamos outros elementos, como a cultura, as tradições, onde há tido esse intercâmbio hermoso, bonito, maravilhoso, que nos traz à nossa memória, nos integra, nos ajuda.” Afirmou Dom Gonzalo.

O Vicariato de Caroni, desde sua fundação, tem sido um ponto central para a disseminação da fé católica em uma região marcada pela diversidade cultural e pela presença de comunidades indígenas. A influência dos pais capuchinhos deixou um legado importante na formação espiritual e na inculturação da evangelização. A diocese de San Cristóbal, na Venezuela, desempenha um papel fundamental no envio de missionários e na colaboração para fortalecer a presença da igreja católica na região.

Durante a celebração, foram discutidos também os desafios enfrentados pela evangelização no Vicariato de Caroni, como a escassez de recursos e as dificuldades de acesso às comunidades mais distantes. A presença constante e o apoio das igrejas brasileiras e venezuelanas são essenciais para enfrentar esses desafios e fortalecer a presença da igreja católica em áreas remotas.

O evento culminou em uma reflexão sobre a importância da união entre diferentes comunidades religiosas e culturais para promover a mensagem de amor e paz pregada pelo evangelho. A troca de experiências e tradições entre os povos indígenas e os religiosos evidenciou a riqueza da diversidade e a universalidade da fé cristã.

Ao encerrar a celebração, Dom Gonzalo Alfredo Ontiveros Vivas expressou sua gratidão pela participação e apoio de todas as comunidades presentes. Ele ressaltou a mensagem de que a igreja católica é uma igreja sem fronteiras, capaz de unir povos de diferentes origens em um só propósito: a vivência da fé e a busca pela paz e fraternidade.

Em meio às dificuldades e desafios enfrentados pela evangelização em regiões remotas, a celebração dos 102 anos do Vicariato de Caroni representa não apenas uma homenagem à história e à dedicação dos missionários que contribuíram para sua fundação, mas também um compromisso renovado de continuar a missão de levar a mensagem do evangelho a todos os povos, sem distinção de cultura ou nacionalidade.

ENCERRAMENTO DA 24º ASSEMBLEIA DIOCESANA NO COLÉGIO CLARETIANO DE BOA VISTA FORTALECE LAÇOS RELIGIOSOS NA COMUNIDADE

Evento assessorado por Dom Zenildo Lima da Silva, discute prioridades e define nova coordenação para os próximos 2 anos

Neste domingo, 25, encerrou a 24º Assembleia Diocesana, com o lema: ”Diocese de Roraima: 300 anos de fidelidade e novos desafios numa Igreja Sinodal,” e que contou com a assessoria especial de Dom Zenildo Lima da Silva, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus. Evento que por tres dias, reuniu religiosos, religiosas, leigos e membros das diferentes áreas missionárias, paroquias, serviços e pastorais da Diocese em momentos de reflexão destacando o papel da Igreja na Amazônia é o caminho da iniciação à vida cristã.

No tema abordado hoje domingo, Dom Zenildo lima ressalta a importância da preparação dos sacramentos tornandoze prioridade para a diocese de Roraima, por isso o tema central desta assembleia é precisamente essa. Nesse mesmo sentido, e como tema de encerramento foi a sinodalidade, o que significa caminhar junto a igreja católica.

”A sinodalidade, palavra que está sendo recuperada, porque durante muitos anos a gente usou uma expressão pastoral de conjunto. Em nossas comunidades, é que cada um quer ir para o seu lado, cada um quer tomar o seu rumo. É como se estivesse dividido. A gente aprendeu a caminhar juntos, que essa, literalmente, é a tradução da palavra, é um desafio para nós. Mas nesse caminhar juntos também implica em mudanças estruturais da igreja, em mudanças de relação, em mudanças de relações de poder.” Destacou Dom Zenildo.

O encerramento da Assembleia, culminou com a eleição dos membros da nova coordenação da CODE (Conselho Diocesano de Evangelização), composta por oito pessoas eleitas, juntamente com o bispo Dom Evaristo Spengler e o vigário geral Padre Lucio Nicoletto, membros natos. A nova coordenação foi formada por os seguintes membros:

Padres

• Pe. Josimar Lobo – Paróquia São Francisco
• Pe. Antônio Roberto de Sousa Dias Paróquia Frei Galvão

Religiosas

•Irmã Sofia Quintans Bouzada – Franciscana Missionária da Mãe do divino pastor , Chacheler e Secretária da Cúria Diocesana.
• Irmã Clementine – Franciscana Missionária da Mãe do divino Pastor. Da área missionária São João Batista

Leigos:
Maria Joselha Silva Lima – Leiga- Área São Raimundo Nonato
Ronaldo da Silva Santos – Leigo- Área São Raimundo Nonato
Tânia Mª Sena Barbosa – Paróquia Catedral Cristo Redentor

Antes do encerramento, os participantes foram convidados a momentos de oração com a celebração eucarística, para agradecer e pedir, que os frutos desta Assembleia possam ser colhidos sob a orientação do Espírito Santo. 

A importância dos momentos como nas assembleias é inegável. A Assembleia não é apenas um encontro, mas uma expressão significativa de comunhão e propósito. Em nossas igrejas da Amazônia, e particularmente na Diocese de Roraima, esses momentos têm uma relevância ainda maior, pois estão enraizados na experiência vital das missões.

As missões confiadas a uma congregação, ou a um grupo missionário, são o coração pulsante de nossa jornada espiritual. Elas representam a busca contínua pelos melhores caminhos para o anúncio de Jesus Cristo e para a transformação da realidade à luz do Evangelho, tendo como horizonte o reino de Deus.

Portanto, cada assembleia não é apenas uma reunião, mas um ponto de convergência de esforços, uma oportunidade para refletir, planejar e fortalecer a missão comum. Juntos como povo de Deus, avanzamos na jornada da fé e na construção do reino de Deus em nossas comunidades.

Avanços e Reflexões na 24ª Assembleia Diocesana: Rumo à Nova Coordenação CODE

Dom Zenildo Lima conduz discussões sobre o tema “Igreja na Amazônia” e Iniciação à Vida Cristã em Roraima

A 24ª Assembleia Diocesana, teve início nessa sexta-feira, 23, e será encerrada amanhã, dia 24, promete marcar um novo capítulo na história da Diocese de Roraima com a eleição da nova coordenação do CODE (Conselho Diocesano de Evangelização). O evento, realizado no Colegio Claretiano reuniu quase 300 pessoas entre religiosos, religiosas, líderes e membros das diferentes comunidades de Boa Vista e do interior do Estado de Roraima, foi palco de discussões significativas e momentos de reflexão profunda sobre o futuro da igreja na região. O padre Celso, na sexta feira, partilhou resultados das escutas nas comunidades, e com ajuda dos presentes fizeram as análises.

Abertura feita na sexta feira 23, pelo Dom Evaristo Spengler, Bispo de Roraima. Foto: Lucas Rosetti

Hoje 24, na abertura feita por Dom Evaristo Spengler oferecendo dados interessantes sobre a população do estado, assim como ressaltar a diferencial com a demandas cristã, da migração, dos indígenas e próprias da região. Um dos destaques foi a participação de Dom Zenildo Lima, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, que abordou o tema “Igreja na Amazônia” e o caminho da Iniciação à Vida Cristã neste contexto específico. Suas palavras ressoaram entre os presentes, trazendo reflexões valiosas para o desenvolvimento espiritual e pastoral na região resgatando o tema da Campanha da Fraternidade 2024 Fraternidade e Amizade.

Dom Zenildo Lima, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus. Foto: Libia López

‘’A questão é, esse processo de iniciação à vida cristã, de catequese, de formação dos batizados, acontece no espaço específico, que é a Igreja do Amazônia. Então o meu papel é tentar apresentar este chão, este cenário, para que a nossa perspectiva de formação, de iniciação à vida cristã, leve em conta essa territorialidade.’’ Destacou Dom Zenildo.

Momentos de reflexões. Foto: Libia López

Durante a tarde, antes das discussões nos grupos de trabalho, os participantes dedicaram um momento para refletir sobre a Iniciação à Vida Cristã com inspiração catecumenal, com a introdução e apresentação do projeto diocesano. Essa iniciativa promoveu uma atmosfera de partilha e introspecção, consolidando a importância da formação espiritual na comunidade. Dom Zenildo destaca: A catecuminato, é exatamente, o que se pensa é… Como o nosso processo de formação das pessoas que são batizadas, de fato, gerem pessoas comprometidas com o segmento de Jesus.’’

O dia foi marcado por intensos momentos de partilha e reflexão, onde as experiências individuais se entrelaçaram em uma expressão coletiva de fé e compromisso. Essa assembleia mais uma vez destacou a vitalidade e a significância da Diocese de Roraima, em um ambiente de profunda fraternidade e união, reafirmando sua posição como um farol de esperança e renovação na região amazônica.

Casa da Caridade Papa Francisco realizou atividade preparatória para a II COMIGRAR

Evento reúne representantes para discutir desafios e perspectivas de políticas públicas migratórias em Roraima

Hoje, dia 23 de fevereiro, a partir das 8:30h, a sede da Casa da Caridade Papa Francisco foi o palco de uma importante atividade voltada a políticas públicas. O evento organizado, pela Pastoral dos Migrantes em parceria com a Caritas Diocesana, teve início com uma Celebração Eucarística conduzida pelo Padre Juan Carlos, seguida por um momento de compartilhamento entre os participantes, amigos, agentes pastorais, colaboradores e parceiros.

A atividade teve como objetivo principal a preparação para a II Conferência Livre Nacional de Roraima: “Desafios e Perspectivas de Políticas Públicas Migratórias – Roraima a caminho da II COMIGRAR”, que está agendada para os dias 01 e 02 de março de 2024, na Universidade Federal de Roraima (UFRR), mais especificamente no Auditório do Cadecon.

Este encontro regional é parte integrante da II COMIGRAR, que visa mobilizar nacionalmente diversos atores sociais, políticos e institucionais interessados no tema das migrações. Durante a conferência, serão destacadas as principais demandas e contribuições da sociedade, apontando caminhos para que o Governo Federal possa efetivar os direitos da população migrante, refugiada, apátrida e brasileira retornada, tanto em território brasileiro quanto no exterior.

Orilene Marques, secretaria executiva da Caritas Diocesana e responsável da atividade, destaca a importância da sociedade civil neste COMIGRAR: ‘’Nessas conferências serão realizadas propostas para ser encaminhada. E a importância da sociedade civil também estar presente, junto com os migrantes, para se pensar nas propostas de políticas públicas para os migrantes, refugiados e a patridias.’’

Esta atividade na Casa da Caridade Papa Francisco, compõem a Etapa Preparatória para a II COMIGRAR. Elas têm o papel de disparar processos de articulação, mobilização e debate que serão fundamentais para a realização da conferência nacional. Além disso, as Conferências Livres têm o poder de enviar propostas e eleger delegadas/os que representarão Roraima na Conferência Nacional.

Este evento representa um passo significativo na busca por soluções e políticas públicas mais eficazes para lidar com as questões migratórias em Roraima e em todo o Brasil. A participação ativa da sociedade civil e de diversas instituições demonstra o compromisso coletivo em promover uma abordagem mais inclusiva e solidária em relação às pessoas em situação migratória.