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Dia de São João Paulo II

Um Legado de Fé e Inspiração

O dia 22 de outubro é um momento especial no calendário católico, marcando a celebração do Dia de São João Paulo II, um dos papas mais influentes da história recente da Igreja Católica. Neste dia, fiéis em todo o mundo se reúnem para homenagear e recordar o legado de um homem que desempenhou um papel fundamental na promoção da fé, da justiça e do diálogo inter-religioso.

Nascido Karol Józef Wojtyła em 18 de maio de 1920, em Wadowice, Polônia, ele se tornou Papa João Paulo II em 16 de outubro de 1978. Seu papado, um dos mais longos da história, durou até sua morte em 2 de abril de 2005. Durante seu pontificado, São João Paulo II teve um impacto significativo, viajando extensivamente, promovendo a paz, condenando a violência e defendendo os direitos humanos.

O legado de São João Paulo II também inclui seu papel na queda do comunismo na Europa Oriental, particularmente em sua Polônia natal. Ele era um símbolo de resistência e esperança para muitos que lutavam por liberdade e democracia em um período de turbulência política.

São João Paulo II é lembrado por sua humanidade, compaixão e habilidade de tocar o coração de pessoas de todas as crenças. Seu compromisso com a paz, a justiça e a promoção da dignidade humana continua a inspirar milhões de pessoas em todo o mundo, tornando o Dia de São João Paulo II uma ocasião de reflexão e celebração da vida de um homem que deixou uma marca indelével na história religiosa e mundial.

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Padre Fred Opiyo Okumu Celebra 5 Anos de Dedicação e Serviço no Brasil

O Padre destacou a importância do acolhimento caloroso que encontrou em Roraima

Hoje, 20 de outubro, marca um marco significativo na vida do Padre Fred Opiyo Okumu, que comemora seu 5º aniversário desde sua ordenação sacerdotal. Sua jornada de fé o trouxe do Quênia para o Brasil, onde ele tem dedicado sua vida a servir a comunidade na Diocese de Roraima.

Padre Fred Opiyo Okumu ingressou no seminário em 2008, em sua terra natal, o Quênia. Sua formação religiosa e sacerdotal ocorreu ao longo de anos de estudo e reflexão em Nairobi, África. Após anos de dedicação, ele foi ordenado sacerdote em 2018 e começou sua missão na paróquia no Quênia, onde serviu por 9 meses.

No entanto, sua jornada o levou além das fronteiras de seu país natal. Em 2019, Padre Fred recebeu a missão de continuar seu trabalho no Brasil, especificamente na Diocese de Roraima. Desde setembro de 2019, ele tem servido com dedicação na Região Baixo Cotingo, Raposa do Sol, no município de Normandia, no estado de Roraima.

Em uma emocionante entrevista com a equipe de jornalismo da Radio Monte Roraima, Padre Fred compartilhou sua alegria e gratidão por seu serviço no Brasil. Ele declarou: “É uma grande alegria servir o povo como sacerdote, pois o povo aqui é bom e acolhedor. Sempre levo meu coração para onde quer que vá, servindo o povo de Deus.”

O Padre destacou a importância do acolhimento caloroso que encontrou em Roraima, bem como a dedicação da comunidade em sua missão religiosa. Seu serviço exemplar e compromisso com a fé têm deixado uma marca positiva nas vidas daqueles que ele toca, e a comunidade está imensamente grata por sua presença e orientação espiritual.

Neste 5º aniversário de ordenação, Padre Fred Opiyo Okumu é um testemunho inspirador de dedicação, amor e serviço à comunidade. Seu legado como sacerdote continua a crescer e prosperar, e seus ensinamentos e orientação espiritual continuam a iluminar o caminho daqueles que têm a sorte de conhecê-lo.

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Pastoral dos Migrantes recebe Palestra sobre Prevenção Contra o Tráfico de Pessoas

Oferecido pela Faculdade Estacio em parceria com a Rede Caritas

Na manhã de hoje, 19 de outubro,  foi realizado nas instalações da sede da Pastoral de Migrantes, abordando a questão crítica do tráfico de pessoas. A palestra teve como objetivo informar, sensibilizar e conscientizar o público sobre as diferentes situações de tráfico humano, como elas ocorrem nos dias de hoje, onde procurar ajuda e como denunciar. A iniciativa foi orientada por Mirlei Farias, professora do departamento de Psicologia da Faculdade Estácio, em parceria com a Rede Caritas e a Pastoral dos Migrantes.

Com um público atento, a palestra trouxe à tona um problema complexo e muitas vezes invisível, que afeta inúmeras pessoas em todo o mundo. O tráfico de pessoas é uma forma de exploração que envolve o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas por meio de ameaças, violência, engano ou coerção, visando à exploração. A turma Acadêmicos de Ppsicologia da Faculdade Estácio, que acompanhou com suas orientações foram:

  • Leandro Luiz de Castro
  • Elizia Lopes 
  • Thayna de Nazaré Borges Rodrigues 
  • Katiane de Jesus feitosa 
  • Silvia Letícia Ribeiro Lima
  • Alyne Yasmin Tamaia da Rocha 
  • Gabriel Contreira da Silva
  • Mayara Alves de Souza

Leando, parte da equipe, enfatizou a importância de conhecer as diferentes situações de tráfico de pessoas e os métodos utilizados por aqueles que exploram os vulneráveis. Ela afirmou: “A conscientização é a primeira linha de defesa contra o tráfico de pessoas. Precisamos estar atentos aos sinais, saber como podemos ajudar as vítimas e onde denunciar essas práticas abomináveis”.

A palestra também destacou a necessidade de fornecer informações claras sobre como as pessoas podem buscar ajuda e denunciar casos de tráfico de pessoas de maneira segura e eficaz. Organizações como a Rede Caritas e a Pastoral dos Migrantes desempenham um papel fundamental ao oferecer apoio às vítimas e trabalhar em estreita colaboração com as autoridades para combater o tráfico humano.

A ação de hoje exemplifica como a sociedade civil, instituições acadêmicas e organizações sem fins lucrativos podem se unir para abordar questões críticas e promover a conscientização em comunidades vulneráveis. A Pastoral de Migrantes e a Faculdade Estácio fomentam um ambiente de aprendizado e debate sobre o tráfico de pessoas, com o objetivo de proteger os mais vulneráveis e erradicar essa forma de exploração.

São Lucas, o Evangelista

Origens 

São Lucas Evangelista, que, segundo a tradição, nasceu em Antioquia de uma família pagã, era médico de profissão. Convertido à fé de Cristo, foi companheiro caríssimo do apóstolo São Paulo até a confissão (martírio) deste. Serviu irrepreensivelmente ao Senhor, jamais tomou mulher nem teve filhos. 

Características do Evangelho

É possível perceber a característica mais original do Evangelho de Lucas graças aos seis milagres e às dezoito parábolas, que não encontramos nos outros Evangelhos. Ele dedica atenção particular aos pobres e às vítimas das injustiças, aos pecadores arrependidos, acolhidos pelo perdão e a misericórdia de Deus.

São Lucas: o Evangelista da Misericórdia

Parábolas Narradas 

Ele narra a parábola do pobre Lázaro e o rico Epulão. Fala do Filho Pródigo e do pai misericordioso, que o acolhe de braços abertos. Descreve a ação da pecadora perdoada, que lava os pés de Jesus com as suas lágrimas e os enxuga com seus cabelos. Cita as palavras de Maria, no Magnificat, quando ela proclama que Deus “derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens e despede os ricos de mãos vazias!” (Lc 1,52-53).

Padroeiro dos Médicos, Pintores e Vidraceiros 

Pintor

Os cristãos orientais atribuem ao “médico pintor”, Lucas, numerosos quadros representando a Virgem. Em seu Evangelho, escrito em grego fluente e límpido, Lucas traça a biografia da Virgem e fala da infância de Jesus. 

Conhecia os outros Evangelistas 

Lucas conhecia os Evangelhos de Mateus e Marcos quando começou a escrever o seu, antes do ano 70. Julgava que ao primeiro faltava uma certa ordem no desenvolvimento dos fatos e considerava o segundo por demais conciso.

Como diligente estudioso, Lucas, depois de ter documentado escrupulosamente as notícias da vida de Jesus ,“desde o início”, quis narrá-la novamente de forma ordenada, de modo que os fatos e ensinamentos progredirem pari passu como a realidade.

Deu prova da mesma agradável fluência narrativa também na redação dos Atos dos Apóstolos.

Maria é o foco do seu Evangelho

Evangelista dedicado a Maria 

A relação particular que Lucas tem com Maria é outra característica do seu Evangelho. Por meio dele e — podemos imaginar —, por meio da narração que Maria lhe fez pessoalmente, conhecemos as palavras da Anunciação, da Visita a Isabel e do Magnificat. 

Por seu intermédio, sabemos os particulares da Apresentação de Jesus ao Templo e a angústia de seus pais, Maria e José, por não poder encontrar seu filho de doze anos no Templo. Provavelmente, graças a esta sua sensibilidade narrativa e descritiva, que nasce a tradição de ser o primeiro iconógrafo, sabemos que Lucas era pintor.

Páscoa

As notícias concernentes à sua morte são incertas: algumas fontes falam do seu martírio; outras dizem que viveu até a idade avançada. A tradição mais antiga diz que morreu na Beócia, com 84 anos, depois de ter-se estabelecido na Grécia, onde escreveu seu Evangelho.

Três cidades se ufanam de conservar suas relíquias: Constantinopla, Pádua e Veneza.

Minha oração

“Poderoso Evangelista, inspirado pelo Espírito Santo ao relatar a vida de Jesus, cuidai dos escritores para que mostrem a verdade e dos comunicadores para que vivam segundo o que anunciam. Sede também um modelo de busca pelo Cristo. Amém.”

São Lucas, rogai por nós!

Santo Inácio de Antioquia, o bispo perseguido e jogado às feras

Origens 

Descendente de uma família pagã, não romana, Inácio converteu-se ao cristianismo em idade avançada, graças à pregação de São João Evangelista, que havia passado por aquelas terras. Santo Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia, na Síria, cidade que foi a terceira metrópole do mundo antigo — depois de Roma e Alexandria, no Egito —, e da qual o próprio São Pedro foi o primeiro bispo.

Os seguidores da sua Igreja o definiam como um cristão “fogoso”, segundo a etimologia do seu nome. 

Santo Inácio de Antioquia era um Bispo forte, um pastor de zelo ardente

Perseguição do Imperador Trajano

Durante o seu episcopado, começou a terrível perseguição do imperador Trajano, da qual também o Bispo foi vítima por não querer negar sua fé em Cristo. Por isso, foi preso e transportado acorrentado para Roma. Assim, começou a sua longa viagem, rumo ao patíbulo, durante a qual foi torturado pelos guardas, até chegar ao seu destino final.

Páscoa 

Preso e condenado, Inácio foi conduzido acorrentado, de Antioquia à Roma, onde se organizavam festas em homenagem ao imperador; e os cristãos serviam de espetáculo, no circo. No Coliseu, seu corpo foi despedaçado pelas feras, durante as celebrações da vitória do imperador na Dácia, no ano 107.

Sete Cartas 

Durante sua viagem de Antioquia à Roma, Santo Inácio escreveu sete cartas. Nestas cartas, o Bispo enviado à morte recomendava aos fiéis que fugissem do pecado; para se proteger contra os erros dos gnósticos; sobretudo para manter a unidade da Igreja.

As sete lindas cartas que constituem um documento inimitável da vida da Igreja na época 

As Primeiras Cartas 

Ao chegar à Esmirna, escreveu as quatro primeiras cartas, três das quais dirigidas às comunidades da Ásia Menor: aos Efésios, Magnésios e Trálios. Nelas, ele expressa a sua gratidão pelas muitas demonstrações de carinho. 

Quarta Carta

A quarta carta, ao invés, foi dirigida à Igreja de Roma, na qual faz um apelo aos fiéis para não impedirem seu martírio, do qual se sentia honrado, pela possibilidade de percorrer o caminho e a Paixão de Jesus.

Três últimas cartas 

De passagem por Trôade, Inácio escreveu outras três cartas: à Igreja da Filadélfia, de Esmirna e ao seu Bispo, Policarpo. Em suas missivas, pedia a solidariedade espiritual dos fiéis com a Igreja de Antioquia, que passava pelas provações do eminente destino do seu pastor; ao Bispo Policarpo, ofereceu interessantes diretrizes de como cumprir a sua função episcopal.

Cartas que declararam o seu amor ao Cristo e à Sua Igreja

Ele escreveu também páginas de verdadeiras e próprias declarações de amor a Cristo e a Sua Igreja, que, pela primeira vez, foi chamada “católica”; testemunhos do conceito tripartido do ministério cristão entre Bispos, presbíteros e diáconos; e ainda diretrizes para combater a heresia do Docetismo, que acreditava na Encarnação do Filho apenas como aparência e não real.

Enfim, através das cartas de Inácio, percebemos seu desejo, quase como uma súplica ardorosa, de que os fiéis mantivessem a Igreja unida, contra tudo e contra todos.

Minha oração

“Querido Inácio, pela tua valentia, soubeste doar a tua vida em favor do Evangelho, reconhecendo que seu sangue seria semente de novos cristãos, zelai pela Igreja e seus representantes, para que tenham a mesma doação e coragem sua. Amém!”

Santo Inácio de Antioquia , rogai por nós!

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Foi realizada a Assembleia Extraordinária da Cáritas Diocesana

Com o Lema: A caridade é simples Adorar a Deus e Servir aos outros.

Nos dias 14 e 15 de outubro, foi realizado no Colégio Claretiano de Boa vista, a Assembleia Extraordinária da Cáritas Diocesana. Esta reuniu a comunidade diocesana, membros, representantes de diversas áreas missionárias e pastorais em um encontro que promoveu a reflexão, o diálogo e o fortalecimento do trabalho humanitário e caritativo.

O evento teve início com um seminário aberto, que proporcionou um espaço para debates, reflexões e compartilhamento de experiências. Foi um momento de conexão, onde os participantes puderam aprender uns com os outros e fortalecer os laços que os unem como membros da Cáritas Diocesana. O seminário também teve um caráter místico, reforçando os valores espirituais que motivam o trabalho caritativo da organização.

Os convidados especiais desta assembleia trouxeram uma perspectiva enriquecedora para o evento. Entre eles, destacaram-se Dom Evaristo, Bispo de Roraima, e Dom Adolfo Zon, Bispo de Alto Salomões. Suas presenças demonstraram o apoio e o comprometimento da Igreja com as atividades da Cáritas Diocesana, incentivando a importância do serviço aos necessitados e o papel da organização no cumprimento dessa missão.

Além dos bispos, várias autoridades e membros da Rede Cáritas de Roraima e Cáritas Brasileira estiveram presentes, oferecendo uma visão ampla das ações e desafios que a Cáritas enfrenta em diferentes níveis. Essa troca de experiências e perspectivas enriqueceu as discussões e fortaleceu a rede de solidariedade que a organização representa.

O ponto culminante da Assembleia foi a discussão e aprovação das propostas do estatuto da Rede Cáritas. O estatuto é o documento que rege o funcionamento e as diretrizes da organização, e sua revisão e atualização são de extrema importância para garantir que a Cáritas continue a cumprir sua missão de aliviar o sofrimento dos mais vulneráveis. Essa fase do evento foi marcada por um ambiente de colaboração e participação ativa de todos os presentes.

Santa Margarida Maria Alacoque, Apóstola do Coração de Jesus

Origens

Santa Margarida Maria Alacoque nasceu em uma família rica da Borgonha, em 22 de julho de 1647. Seus pais eram católicos fervorosos, mas não o suficiente para permitir que uma de suas filhas se tornasse freira. No entanto, aos cinco anos, Margarida consagrou-se ao Senhor com um voto de castidade. Aos 24 anos, vencendo a resistência dos pais, pôde entrar na Ordem da Visitação fundada por São Francisco de Sales.

Zombada pelas irmãs

Margarida, ao fazer seus votos, acrescentou o nome de Maria por causa das visões que tinha. No entanto, rumores estão circulando, e muitas das freiras e suas superiores não acreditam nela ou até mesmo zombam dela, sugerindo que ela está doente ou louca. Entre as Visitandinas, porém, permanecerá por mais de vinte anos experimentando graças extraordinárias, mas também enormes penitências e mortificações que sempre enfrentará com um sorriso.

Um bom diretor espiritual

Caberá ao seu pai espiritual, o jesuíta Claude de la Colombière, reconhecer nela o carisma dos santos. Ele ordenar-lhe que relate suas experiências místicas no que será sua autobiografia, que chegou até nós. A princípio, ela resiste, depois, por obediência, ela concorda. Enquanto escrevia, continuava convencida de que estava fazendo isso apenas para si mesma, não percebeu o valor do que seria contando naquelas páginas.

“Meu coração se expandirá para espalhar abundantemente os frutos de seu amor sobre aqueles que me honram.”  (Santa Margarida Maria Alacoque)

O Sagrado Coração de Jesus

A partir de 1673, Santa Margarida Maria Alacoque começou a receber visitas de Jesus que lhe pedia uma devoção particular ao Seu Sagrado Coração, que lhe aparecia “radiante como um sol, com uma chaga adorável, rodeada de espinhos e encimado por uma cruz, deitado sobre uma trono de espinhos”. De sua história, emergirá a iconografia que conhecemos hoje. Pelo seu empenho à instituição da festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus, marcada para o oitavo dia depois do Corpus Christi, a freira também recebe uma grande promessa de Jesus: quem comungasse por nove meses consecutivos, na primeira sexta-feira do mês, receberia o dom da penitência final, ou seja, morrer recebendo os sacramentos e sem pecado. Jesus também pede que ela apele ao rei da França Luís XIV para consagrar o país ao Sagrado Coração, mas a santa não obtém resposta do soberano.

Páscoa

Jesus aparece a Santa Margarida Maria Alacoque por 17 anos, até o dia de sua morte, quando voltará a tomá-la pela mão. Ele a chama de “discípula amada”, comunica-lhe os segredos de seu coração e a torna participante da ciência do amor. Margarida Maria faleceu em 17 de outubro de 1690; graças a ela, no bairro de Montmartre, em Paris, entre 1875 e 1914, foi construído um santuário dedicado ao Sacre Coeur, consagrado em 1919. Beatificada por Pio IX, em 1864, foi canonizada por Bento XV em 1920.

Minha oração

“Assim como encontraste o coração de Jesus em tuas orações, dai a nós o mesmo privilégio e união com Ele, o mesmo amor que tivestes ao nosso redentor. Nesse Coração Santo, encontremos misericórdia e virtudes para nós, expiação dos pecados para os afastados de Deus. Amém!”

Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós!

Santa Teresa d’Ávila, a grande doutora da oração

Origens

Segunda filha de um judeu convertido, Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus), Teresa Sánchez de Cepeda Dávila y Ahumada, nasceu em Ávila (Castela), em 28 de março de 1515. A infância feliz, passada junto com irmãos e primos, a deixa fascinada por romances de cavalaria. Após a morte, em batalha, de seu irmão mais velho, Giovanni, em 1524, e a perda de sua mãe, Beatrice, a jovem foi enviada para estudar no mosteiro agostiniano de Nossa Senhora da Graça. Ali, foi atingida por uma primeira crise existencial.

Fuga para o Carmelo

Após uma grave doença, regressa à casa do pai, onde assiste à partida do seu querido irmão Rodrigo para as colônias espanholas no ultramar. Em 1536, foi atingida pela chamada “grande crise” e amadureceu a firme decisão de entrar no mosteiro com os Carmelitas da Encarnação de Ávila. Mas o pai se recusa e Teresa foge de casa. Acolhida pelas freiras, chegou à profissão em 3 de novembro de 1537.

Embates na saúde

Sua saúde logo se deteriora novamente. Apesar do consequente retorno à família, o caso é julgado desesperador.  Santa Teresa D’Ávila é levada de volta ao convento onde as freiras começam a preparar seu funeral. Inexplicavelmente, porém, em poucos dias, a paciente volta à vida. Parcialmente liberta dos compromissos da vida de clausura, devido à convalescença.  

“Morro filha da Igreja”  (Santa Teresa D’Ávila) 

Mulher da mística

De carácter alegre, amante da música, da poesia, da leitura e da escrita, vai tecer uma densa rede de amizades, polarizando em torno de si várias pessoas desejosas de a conhecer. Mas em breve ela perceberá esses encontros como motivos de distração da tarefa principal da oração e experimentará sua “segunda conversão”: “Meus olhos caíram sobre uma imagem … Ela representava Nosso Senhor coberto de feridas. Assim que olhei para ela, me senti todo emocionado… Me joguei aos pés d’Ele em prantos e implorei que me desse forças para não mais ofendê-Lo”. 

As visões e êxtases representam o capítulo mais misterioso e interessante da vida de Santa Teresa de Ávila. Na Autobiografia (escrita por ordem do bispo) e em outros textos e cartas, descreve as várias etapas das manifestações divinas, visuais e auditivas. Ela é vista levitando, desmaiando e permanecendo morta (é assim que Bernini a retratará por volta de 1650, na estátua de S. Maria Della Vittoria em Roma). Essas manifestações correspondem a um grande crescimento espiritual, que Teresa, naturalmente trazida à escrita e à poesia, vai derramar em seus textos místicos, entre os mais claros, poderosos, poéticos já escritos.

Reforma do Carmelo

Não compreendida nesta sua intensa espiritualidade e considerada por alguns dos seus confessores até vítima de ilusões demoníacas, é apoiada pelo jesuíta Francesco Borgia e pelo frade franciscano Pietro d’Alcántara, que dissiparão as dúvidas dos seus acusadores. Teresa sente que deve refundar o Carmelo para remediar uma certa desorganização interna. Em 1566, o Superior Geral da Ordem autorizou-o a fundar vários mosteiros em Castela, incluindo dois conventos de Carmelitas Descalços. Assim, surgem os conventos em Medina, Malagon e Valladolid (1568); Toledo e Pastrana (1569); Salamanca (1570); Alba de Tormes (1571); Segóvia, Beas e Sevilha (1574); Sória (1581); Burgos (1582), entre outros.

Santa Teresa  D’ Ávila: Fundadora e Amiga de João da Cruz 

Amizade com João da Cruz

Decisivo, em 1567, foi o encontro entre Santa Teresa  D’ Ávila e um jovem estudante de Salamanca, recém ordenado sacerdote: com o nome de João da Cruz, o jovem assumiu a roupagem do Scalzi e acompanhou o fundador em suas viagens . Juntos, eles superaram vários eventos dolorosos, incluindo divisões dentro da ordem e até acusações de heresia. Eventualmente Santa Teresa  D’ Ávila prevalecerá com o nascimento da ordem reformada dos Carmelitas e Carmelitas Descalços.

Páscoa

A obra mais famosa de Teresa é certamente “O Castelo Interior”, um itinerário da alma em busca de Deus, por meio de sete passagens particulares de elevação, ladeadas pelo Caminho da Perfeição e pelos Fundamentos, bem como por muitas máximas, poemas e orações. Incansável apesar de sua saúde precária, Santa Teresa D’Ávila morreu em Alba de Tormes em 1582, durante uma de suas viagens.

Síntese

Virgem e doutora da Igreja: ingressou na Ordem Carmelita em Ávila na Espanha e tornou-se mãe e mestra de uma observância muito rigorosa, preparou em seu coração um caminho de aperfeiçoamento espiritual sob o aspecto de uma ascensão gradual da alma a Deus ; para a reforma de sua Ordem suportou muitas tribulações, que sempre superou com um espírito invencível; também escreveu livros imbuídos de elevada doutrina e carregados de sua profunda experiência.  Canonizada em 12 de março de 1622, pelo Papa Gregório XV.

Minha oração

“Ó doutora da oração, ensinai àqueles que te procuram uma vida verdadeiramente contemplativa que alcança a cada um em sua própria realidade. Convocai as almas para se entregarem verdadeiramente na intercessão, assim como novas vocações carmelitas. Que, através da oração, possamos encontrar a vontade de Deus. Amém.”

Santa Teresa de Jesus, rogai por nós!

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Foi inaugurada a Casa da caridade ”Papa Francisco”

Novo Espaço de Solidariedade

No dia 13 de outubro, testemunhamos um evento notável para a nossa comunidade: a inauguração da Casa da Caridade Papa Francisco. Este projeto é uma manifestação do amor, compaixão e solidariedade que a nossa sociedade tanto precisa.

A Casa da Caridade consiste em dois blocos distintos e promete ser um farol de esperança e apoio para muitos. O primeiro bloco, denominado Casa da Caridade 1, encontra-se no antigo edifício das monjas beneditinas. O segundo bloco, a Casa da Caridade 2, abrangerá o espaço das pastorais sociais situado entre o Colégio São José e a Rádio Monte Roraima. Este espaço será o local de trabalho de diversas pastorais e movimentos dedicados a ajudar aqueles que mais precisam.

Nesta inauguração fizeram presença Dom Evaristo, Bispo de Roraima, Padre Luiz Botteon, Padre Lucio Nicoletto, Missionários, Autoridades e membros da comunidade diocesana, representantes de Igreja de Jesus Cristo Dom Pedro Edimilson Noguera e Dom Pedro Toledo. A Radio Monte Roraima FM fez cobertura completa, com apressentação da Rejane Silva, depois de momentos de historias da Casa da Caridade e animação, aconteceu o momento mais importante: a benção dos novos espaços com a presença de Dom Evaristo e Padre Lucio abençoando cada espaço da Casa da Caridade Papa Francisco.

Estão contemplados a trabalhar em conjunto as pastorais da comunidade diocesana. Cada uma dessas pastorais tem uma missão singular de auxiliar os mais vulneráveis em nossa sociedade, abordando desafios, a carência, a promoção da educação e da espiritualidade. Através desse novo centro de solidariedade, poderão ampliar suas ações e alcançar mais pessoas necessitadas.

Neste momento, mais do que nunca, é essencial que o povo diocesano se una em um esforço conjunto com as pastorais e movimentos. Juntos, podemos fazer a diferença e criar um impacto positivo em nossa comunidade. A Casa da Caridade Papa Francisco visa realizar um serviço verdadeiramente sinodal, seguindo o convite do Papa Francisco para que sejamos uma Igreja de compaixão e ação.

Este é um momento emocionante e de grande esperança para todos nós. A Casa da Caridade Papa Francisco é um símbolo de nossa capacidade de nos unir em prol dos mais necessitados. Que este seja o início de uma jornada de solidariedade e amor ao próximo, à medida que trabalhamos juntos para construir um mundo mais justo e acolhedor. Unidos, somos mais fortes e mais capazes de realizar grandes feitos.

Reportagem e fotos: Libia López

São Calisto I, Papa criador do cemitério da Via Ápia

Origens 

Romano de Trastevere, filho de escravos, São Calisto não teve vida fácil. Ele está sepultado com efeito na igreja de Santa Maria, em Trastevere, e não nas catacumbas que levam seu nome.

Administrador pouco habilidoso

O cristão Carpóforo, da família do imperador Cômodo, havia lhe confiado a administração dos bens da comunidade cristã. Não foi um hábil administrador e, descoberto um grande desfalque, Calisto fugiu.

Capturado em Óstia, a ponto de zarpar, foi condenado a girar a roda de um moinho. Carpóforo mostrou-se generoso, condenando-o a pagar o débito, mas a justiça seguiu seu curso. Foi condenado à flagelação, depois, deportado para as minas da Sardenha.

São Calisto I: de Condenado a Papa da Igreja 

A Liberdade

Libertado, o Papa Vítor ocupou-se pessoalmente dele — sinal de que Calisto desfrutava de certa fama, furto à parte. Para desviá-lo da tentação, fixou-lhe um ordenado. O sucessor Zeferino foi igualmente generoso: ordenou-o diácono e confiou-lhe a guarda do cemitério cristão na via Ápia Antiga (as célebres catacumbas conhecidas em todo o mundo com seu nome).

Missão: Cemitérios da Igreja

O Papa Zeferino, no entanto, o chamou de volta à Roma, confiando-lhe os cuidados dos cemitérios da Igreja. Assim começou a escavação do grande cemitério ao longo da Via Appia que leva seu nome. 

Eleito Papa

Com a morte de Zeferino, Calisto foi eleito Papa. Mas seu pontificado atraiu as inimizades de uma ala da comunidade cristã de Roma que o acusou falsamente de heresia.

Opositores

Ele teve muitos opositores entre os cristãos dissidentes de Roma e, justamente, de um escrito do líder desses cristãos separados, um antipapa. Por essa razão, temos quase todas as notícias sobre ele apresentadas, porém, de forma tendenciosa. Lemos que, antes de se tornar Papa, ele era escravo e fraudador. Tendo fugido para Portugal, foi preso e levado de volta a Roma, onde foi condenado a trabalhos forçados nas minas da Sardenha. Retornando a Roma por ocasião de uma anistia, ele foi enviado para Anzio. 

Páscoa

São Calisto coroou a vida com o martírio, como bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Segundo a tradição mais segura, morreu numa revolta popular contra os cristãos e foi lançado a um poço. Mais tarde, deram-lhe sepultura honorífica no Cemitério de Calepódio, na Via Aurélia, junto do lugar do seu martírio. Assim se explica não ter sido enterrado na grande necrópole que ele próprio ampliara e onde foram enterrados São Zeferino e os Papas seguintes, na parte chamada precisamente Cripta dos Papas.

O Legado de São Calisto I 

A Construção da Cripta 

Uma das metas obrigatórias para os peregrinos e turistas que se dirigem à Roma são as catacumbas. Particularmente célebres e frequentadas são as de São Calisto, definidas pelo Papa João XXIII “as mais respeitáveis e as mais célebres de Roma”. Numa área de mais de 120.000 m², com quatro andares sobrepostos, foi calculado que lá existem não menos de 20 quilômetros de corredores. 

Importância da Cripta

Essa obra colossal fixa para sempre a memória de São Calisto, que cuidou de sua realização, primeiro como diácono do Papa Zeferino, e depois como o próprio Papa. Mas além das dimensões, este lugar é precioso pelo grande número e pela importância dos mártires que ali foram sepultados, e particularmente célebres são a cripta de Santa Cecília e a contígua à dos papas, na qual foram sepultados o Papa Ponciano Antero, Fabiano entre outros.

Relíquia

O túmulo dele está colocado bem no meio da Roma antiga, na basílica de Santa Maria in Trastevere, que, construída por determinação do Papa Júlio, na metade do século IV, foi intitulada também de São Calisto. 

Minha oração

“Ao Papa santo e pastor da Igreja, rogai pelos fiéis espalhados pelo mundo e não os deixeis abandonados sem pastores. Atrai vocações para o seguimento radical de Cristo assim como novos sacerdotes. Que sejamos santos à imagem de Jesus, Bom pastor. Amém!”

São Calisto I, rogai por nós!