Renovação e Compromisso: Missa dos Santos Óleos na Diocese de Roraima

RENOVAÇÃO E COMPROMISSO: MISSA DOS SANTOS ÓLEOS NA DIOCESE DE RORAIMA

Cerimônia presidida pelo bispo Dom Evaristo Pascoal Spengler marca momento de renovação sacerdotal e bênção dos óleos sacramentais na Catedral Cristo

Renovação e Compromisso: Missa dos Santos Óleos na Diocese de Roraima
Lucas Rosetti – Foto

Na última terça-feira, dia 26 de março, a Diocese de Roraima testemunhou um evento profundamente significativo no povo diocesano: a realização da Missa dos Santos Óleos. Oficiada por, Dom Evaristo Pascoal Spengler bispo de Roraima, a cerimônia teve lugar na Igreja Catedral Cristo Redentor, localizada na Praça do Centro Cívico, Boa Vista, às 19h30.

Este evento anual representa um momento de renovação das promessas sacerdotais dos padres da arquidiocese, além de ser uma ocasião para a bênção dos três óleos sagrados fundamentais para os sacramentos: os óleos dos Catecúmenos, dos Enfermos e do Crisma.

A fala do Padre Mauro Maia durante a celebração ecoou com significado, destacando a importância da Missa dos Santos Óleos como um momento de retorno às responsabilidades sacerdotais e à missão de servir às comunidades em todo o estado de Roraima. “Voltamos para a nossa missão, cada um na sua paróquia, na sua área missionária, região aqui do estado de Roraima, procurando ser fiéis àquilo que foi respondido ao bispo diocesano, honrando os compromissos de fidelidade no Ministério na dispensa dos sacramentos, nos votos de pobreza, castidade, obediência, e fidelidade ao povo de Deus”, ressaltou o padre.

A Missa dos Santos Óleos, que tradicionalmente é celebrada na Quinta-feira Santa de acordo com os costumes da Igreja, foi realizada na terça-feira santa na Diocese de Roraima, precedida por dois dias de retiro espiritual para os missionários e missionárias que servem na diocese.

Jucineide Costa, Leiga da comunidade da Catedral Cristo Redentor, também expressou a importância do evento, destacando-o como um momento de renovação da vocação e união de todo o clero e religiosos em torno do bispo: ”, é um momento muito especial da nossa igreja, que reúne todo o clero, todos os sacerdotes religiosos, religiosos, em torno do bicho para essa renovação, da vocação.”
.Após a cerimônia, os padres retornaram às suas comunidades, levando consigo uma porção dos óleos abençoados para administrar os sacramentos aos fiéis. Essa missa marca o encerramento dos ritos litúrgicos antes do tríduo pascal, sendo uma celebração carregada de profundo significado espiritual e simbolismo

Produção ; Libia López

Programação da Semana Santa – Boa Vista -RR

Nesta terça-feira 26 de março de 2024, Missa da Unidade – Missa dos Santos óleos, na Igreja Catedral Cateral Cristo Redentor, missa presidida por Dom Evaristo Pascoal Spengler, com transmissão pelas redes sociais da Diocese de Roraima e Rádio Monte Roraima FM a partir das 19h30 horário local.

Diversas Áreas Missionárias e Paróquias preparam sua programação da Semana Santa, confira abaixo:

ÁREA MISSIONÁRIA SÃO RAIMUNDO NONATO

PARÓQUIA SÃO JERÔNIMO

ÁREA MISSIONÁRIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE SANT´ANNA GALVÃO

ÁREA MISSIONÁRIA SANTA ROSA DE LIMA:

ÁREA MISSIONARIA SÃO JOÃO BATISTA

PARÓQUIA SÃO MATEUS

PARÓQUIA CATEDRAL CRISTO REDENTOR

PARÓQUIA MATRIZ NOSSA SENHORA DO CARMO

PARÓQUIA SÃO FRANCISCO

REITORIA DE NOSSA SENHORA DE APARECIDA

Celebração da Semana Santa na Área Missionária do Cantá: Comunidades se Reunim para Iniciar os Ritos Sagrados

Bispo Dom Evaristo Junta-se às Irmãs Franciscanas Bernardinas em Celebrações Marcantes

As Irmãs Franciscanas Bernardinas que atendem diretamente 13 comunidades da Área Missionária do Cantá/ Região Félix Pinto, celebraram junto ao povo neste final de semana dando início à Semana Santa. Dom Evaristo, bispo diocesano de Roraima, também celebrou junto às comunidades.

Iniciando com a celebração do Domingo de Ramos, celebramos com os ramos nas mãos seguindo os passos de Jesus na sua entrada triunfal em Jerusalém, junto ao povo de 8 comunidades da Área Missionária do Cantá, onde foram contempladas: Vila Aguiar (Santa Luzia), Monte Horeb (Sagrado Coração de Jesus), Vila São José Km20 (São José), Félix Pinto (Santo Antonino), Vila Itã (Nossa Senhora da Conceição), Arco Íris (Santa Luzia), Vicinal 29 (Nossa Senhora do Rosário) e Vila São José Km55 (São José).

Em suas palavras nas homilias, Dom Evaristo manifestou sua sensibilidade, afeto e cuidado com a fé do povo, fazendo- se próximo e irmão de todos.

Que possamos viver esta Semana Santa percorrendo com Jesus seus últimos passos entre as realidades que vivemos, e viver a alegria da Ressurreição.

São José e sua solenidade – o patrono da Igreja Universal

Origens
Solenidade de São José, esposo da Santíssima Virgem Maria, homem justo, da descendência de David, que exerceu a missão de pai do Filho de Deus, Jesus Cristo, que quis ser chamado filho de José, e Jesus foi submisso como um filho ao seu pai. A Igreja venera, com especial honra, como seu patrono aquele a quem o Senhor constituiu chefe da sua família.

Solenidade
Em 1870, o Papa Pio IX declarou José como patrono da Igreja Universal e instituiu outra festa, uma solenidade com uma oitava, a ser realizada em sua homenagem na quarta-feira, na segunda semana após a Páscoa. A festa de 1870 foi substituída no Calendário Romano Geral do Papa Pio XII, em 1955, pela Festa de “São José Operário”, a ser comemorada em 1º de maio. Essa data coincide com o Dia Internacional dos Trabalhadores, desde a década de 1890, e reflete o status de José como santo padroeiro dos trabalhadores.

Magistério
Em 1870, no Decreto QUEMADMODUM DEUS, o Papa Pio IX proclamou São José como Patrono da Igreja à Cidade e ao Mundo. Logo após, em 1871, o mesmo Papa, na INCLYTUM PATRIARCHAM, Carta Apostólica, concedeu as prerrogativas litúrgicas dos Patriarcas às festas de São José para Perpétua Memória. Em 1889, o Papa Leão XIII emitiu a encíclica Quamquam Pluries, em que pedia aos católicos que rezassem a São José, como patrono da Igreja, em vista dos desafios que a Igreja enfrenta.

São José e o Plano da Redenção

Cânon 
Em 1989, por ocasião do centenário dos cultos de Quamquam Pluries, o Papa João Paulo II emitiu o Redemptoris Custos (Guardião do Redentor), que apresentava o papel de São José no plano de redenção, como parte dos “documentos de redenção” emitidos por João Paulo II. Em 1962, o Papa João XXIII inseriu o nome de José no cânon da missa, imediatamente após o da Virgem Maria. Em 2013, o Papa Francisco inseriu seu nome nas três outras orações eucarísticas.

Justo
A primeira definição de José, que encontramos no Evangelho de Mateus, é “homem justo”. Diante da inexplicável gravidez da sua noiva, não pensa no próprio orgulho ou na sua dignidade ferida: pelo contrário, pensa salvar Maria da malvadez das pessoas, da lapidação à qual podia ser condenada. Ele não quis repudiá-la publicamente, mas deixá-la em segredo. Porém, um Anjo veio sugerir-lhe a escolha mais justa de não ter medo. “Não temas receber a Maria, tua esposa, porque o que nela está gerado é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus”.

Obediente e íntimo dos Anjos
Um Anjo acompanha José nos momentos mais difíceis da sua vida; a sua atitude, diante das palavras do Mensageiro celeste, foi de confiante obediência: recebe Maria como sua esposa! E, depois do nascimento de Jesus, o Anjo volta a advertir-lhe sobre o perigo da perseguição de Herodes. Então, de noite, ele fugiu com a sua família para o Egito, um país estrangeiro. Ali, ele deveria começar tudo de novo e procurar um trabalho. E quando o Anjo volta, mais uma vez, para avisar-lhe da morte de Herodes, convidando-o a regressar para Israel, ele tomou consigo sua mulher e seu filho e se refugiou em Nazaré, na Galileia, sob a orientação do Anjo.

São José: exemplo de simplicidade

Carpinteiro e patrono dos trabalhadores
Mateus, no capítulo 13, fala da sua profissão de carpinteiro, quando os habitantes céticos de Nazaré se perguntam: “Não será este o filho do carpinteiro”? Assim, ele ganha a confiança dos vizinhos. Veem-se nesse grande homem a virtude do trabalho santificado de modo sublime. Ele trabalha e ensina o menino Jesus no serviço. Por isso, se torna modelo para nós, em nossos ofícios.

Pai putativo
Sem dúvida alguma, José amou Jesus com toda a ternura que um pai tem por seu filho: tudo o que José fez foi proteger e educar o misterioso Menino, obediente e sábio, que lhe fora confiado. Educar Jesus: a imensa desconformidade de uma tarefa de dizer ao Filho de Deus o que é justo e o que é injusto. Deve ter sido difícil para ele, humanamente falando, ter que procurá-lo, com aflição, por três dias, no Templo, onde ele tinha ficado, sem avisar seus pais, para discutir com os doutores, e ter que ouvir daquele menino de doze anos: “Não sabias que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?“.

Este é um tipo de perplexidade que todo pai sente quando percebe que seus filhos não lhes pertencem e que o destino deles está nas mãos de Deus, por isso ele é modelo de paternidade e intercessor dessas causas. 

Patrono e Orações a São José

Patrono dos moribundos
Segundo a tradição, José teria morrido circundado por Jesus e Maria. Por esse motivo, é invocado também como protetor dos moribundos. Tal invocação deve-se a todos nós que gostaríamos de deixar esta terra tendo ao nosso lado Jesus e sua Mãe.

Oração de Leão XIII a São José pela Igreja
“A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, tendo implorado o auxílio de vossa santíssima esposa, cheios de confiança solicitamos também o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar favorável sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder. Protegei, ó guarda providente da Divina Família, o povo eleito de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.

Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas, e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas do Inimigo e de toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.”

Minha oração
“Oh Glorioso São José, assuma-me também como teu filho adotivo. Contigo desejo experimentar a paternidade do Pai. Alimenta-me fisicamente e espiritualmente para que eu te imite no amor a Jesus e Maria para todo o sempre!”

São José, rogai por nós!


Outros beatos e santos que a Igreja faz memória em 19 de março:

  • O martírio dos santos SátiroSaturninoRevocato e Secundino,  em Cartago.(† 203)
  • Martírio de Santo Eubúlio em Cesareia da Palestina.(† 309)
  • Os santos bispos BasílioEugénioAgatodoroElpídioEtérioCapitão e Efrém, mártires em Quersoneso, na actual Ucránia. († c. s. IV)
  • São Paulo o Simples, na Tebaida, região do Egipto. († s. IV)
  • São Gaudioso, bispo em Bréscia, cidade do atual Lombardia, região da Itália. († s. V)
  • Santo Ardão Smaragdo, presbítero no mosteiro de Aniane, na Septimania, atualmente na França. († 843)
  • São Paulo, bispo em Prusa, cidade da Bitínia, na atual Turquia. († 850)
  • Os beatos mártires João Larke e João Ireland, presbíteros, e Germano Gardiner, em Londres, na Inglaterra. († 1544)
  • Santa Teresa Margarida Rédi, virgem, em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália. († 1770)
  • São João Baptista Nam Chong-sam, mártir em Seul, na Coreia.(† 1866)
  • Os santos mártires Simeão Berneux, bispo, Justo Ranfer de BretenièresLuís Beaulieu e Pedro Henrique Dorie, presbíteros da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, em Sai-Nam-Hte, também na Coreia. († 1866)
  • Beato José Olallo Valdés, religioso da Ordem Hospitaleira de São João de Deus.Em Camaguey, cidade de Cuba. († 1889)
  • Beato Leónidas Fedorov, bispo e mártir em Kirov, cidade da Rússia. († 1935)
Papa Francisco nomea o Pe. Lúcio Nicoletto como bispo prelado de  São Félix do Araguaia no Mato Grosso.

PAPA FRANCISCO NOMEA O PE. LÚCIO NICOLETTO COMO BISPO PRELADO DE SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA NO MATO GROSSO.

O anuncio ocorreu nesta quarta-feira, 13, em comunicado emitido pela CNBB.

Papa Francisco nomea o Pe. Lúcio Nicoletto como bispo prelado de  São Félix do Araguaia no Mato Grosso.
Da Itália ao Brasil, uma vida dedicada ao serviço religioso e pastoral culmina na nomeação como bispo prelado de São Félix do Araguaia, Mato Grosso.

Nesta quarta-feira, 13, o Papa Francisco anunciou a nomeação do Padre Lúcio Nicoletto como bispo prelado de São Félix do Araguaia, no interior do estado do Mato Grosso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)  divulgou a nota na integra nesta manhã. (Confira no fim da matéria)

 A história de Padre Lúcio é uma jornada de fé e serviço, desde sua infância na Itália até sua missão pastoral no Brasil, começando agora com sua nomeação episcopal, uma nova missão evangelizadora.

Nascido em Este ( cidade da diocese de Pádua na Itália), em 18 de agosto de 1972, Padre Lucio é filho de Dino e Paola Paluan. Cresceu em um ambiente profundamente religioso, onde recebeu sua formação cristã na comunidade paroquial de Ponso, sob a orientação do pároco Pe. Francisco Dalla Valle. Sua jornada educacional incluiu o colégio “Manfredini”, dirigido pelos Padres Salesianos, onde desenvolveu sua fé e vocação.

Em setembro de 1987, aos 15 anos de idade, Padre Lúcio ingressou no Seminário Menor de Pádua, em Tencarola, dando início ao seu caminho rumo ao sacerdócio. Lá, ele estudou Filosofia e Teologia na Faculdade Teológica da Itália Setentrional, seção de Pádua, preparando-se para seu serviço ministerial. Sua ordenação como diácono em 1997 e sacerdote em 1998 marcou o início de sua dedicação ao serviço da Igreja.

Os primeiros anos de ministério de Padre Lúcio foram na paróquia de San Michele Arcangelo em Selvazzano Dentro, na periferia de Pádua, onde serviu com zelo ao lado do Pe. Bruno Piazzon. No entanto, sua jornada o levou além das fronteiras italianas quando, em maio de 2005, foi designado para trabalhar no Brasil, na Diocese de Duque de Caxias.

Desde então, Padre Lúcio tem desempenhado um papel vital na vida religiosa e pastoral no Brasil. Ele acompanhou a paróquia de Vilar dos Teles, no município de São João de Meriti juntamente com pe. Massimo Valente, e assumiu diversas responsabilidades, incluindo o acompanhamento dos seminaristas da diocese e o serviço na Catedral de Santo Antônio em Duque de Caxias.

Sua dedicação e liderança foram reconhecidas quando, em 2011, foi nomeado Reitor do Seminário Diocesano de Duque de Caxias, além de assumir diversas funções na pastoral da juventude e na formação do clero. Em 2016, após concluir o Mestrado em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Padre Lucio assumiu uma nova missão na diocese de Roraima, abrindo a missão de Pádua em Roraima e assumindo a paróquia de Caracaraí juntamente com o pe. Benedetto Zampieri.

Durante sua estadia em Roraima, Padre Lúcio também foi responsável pela catequese diocesana e pelo projeto de Iniciação à Vida Cristã (IVC), demonstrando seu compromisso com a formação espiritual e pastoral. Em 2019, sua liderança foi novamente requisitada quando assumiu o cargo de Vigário Geral da Diocese de Roraima,  e em  2022 foi escolhido administrador diocesano até a nomeação do novo bispo, Dom Evaristo Pascoal Spengler, em 2023.

Foto: Catedral Nossa Senhora da Assunção – São Felix do Araguaia – MT

A prelazia de São Félix do Araguaia:

 A Prelazia de São Felix foi erigida em13 de maio de 1969, com a bula pontifícia “Quo commodius”, pelo Papa Paulo VI. O primeiro bispo foi D. Pedro Casaldaliga, missionário Claretiano, ordenado bispo em 1971. Dom Pedro, permaneceu no pastoreio da Prelazia até 2005, e em 2006 lhe sucedeu Dom Leonardo Steiner, que ficou até 2011.

A prelazia de São Felix teve os seguintes bispos, Dom Pedro Casaldaliga, Dom Leonardo Steiner, OFM(cardeal da Amazonia) e  Dom Adriano Ciocca Vasino. Agora como novo Bispo, Pe. Lúcio Nicoletto.

Foto: Painel do Pintor Maximino Cerezo, Missionário Claretiano, Catedral N. Sra. Assunção – São Felix do Araguaia – MT

Agora, nomeado como prelado de São Félix do Araguaia, sucessor do grande bispo e profeta Dom Pedro Casaldaliga, o Padre Lúcio Nicoletto está pronto para assumir novos desafios e continuar seu ministério de serviço à Igreja e ao povo de Deus. Sua trajetória é um testemunho de fé, dedicação e compromisso com a missão da Igreja Católica no Brasil e além. Que sua jornada episcopal seja abençoada e frutífera, guiada pelo Espírito Santo e pelo exemplo de Cristo, o Bom Pastor.

Mapa da Prelazia de São Felix do Araguaia – MT.

Confira a nota na íntegra: 

 FONTE/CRÉDITOS: Libia López

Santa Matilde da Alemanha exortava: “Feliz quem prepara sua eterna salvação”

Santas Matilde
Segundo o Martirológio Romano, que relata os santos e beatos oficializados, assim como também com outros santos, há uma série com o nome Matilde. Sendo elas:

– Santa Matilda da Escócia [† 1118], filha de Santa Margarida da Escócia [† 1093], Rainha da Inglaterra, comemorada em 30 de abril;

– Santa Matilda de Hackeborn ou de Helfta, [1241-1299], monja beneditina e mística alemã, que é homenageada em 19 de novembro;

– Beata Matilde [† 1154], beneditina alemã no Mosteiro de Spanheim, celebrada em 26 de fevereiro;

– Beata Matilde di Canossa [† 1115], Duquesa da Toscana, Vice-Rainha da Itália, Condessa de Canossa e várias cidades italianas, celebrada em 23 de março;

– Beata Matilde, Condessa Palatina, celebra 21 de maio;

– Beata Matilde de Diessen [† 1160], abadessa beneditina de Diessen e reformadora do mosteiro de Edelsterten, celebrada em 31 de maio;

– Beata Matilde [† 1200], escocesa que se mudou para a França, eremita em Lappion (Picardia), celebrada em 11 de abril;

– Beata Matilde de Magdeburg [† 1280], mística beneditina, irmã de Santa Matilda de Hackeborn e Santa Gertrudes, celebrada em 8 de outubro;

– Beata Matilde do Sagrado Coração [1841-1902], religiosa espanhola fundadora da Congregação das Filhas de Maria Mãe da Igreja, comemoração de 17 de dezembro.

Qual delas a Igreja faz memória em 14 de março?
Este texto reporta-se a Santa Matilde que viveu na atual Alemanha. Foi esposa fidelíssima do rei Henrique I e se dedicou generosamente à assistência aos pobres e à fundação de hospitais e mosteiros.

Berço, humildade e maternidade
Matilde foi educada numa nobre família junto a um mosteiro beneditino. Após casar-se com Henrique I, rei da Alemanha, manteve sua nobreza interior. Não deixou-se influenciar pelo poder. Teve cinco filhos e, sempre como mãe humilde e orante, buscou ensinar para os filhos os caminhos da salvação eterna.

Santa Matilde da Alemanha: Mãe dos Pobres

Caridade
Matilde também foi mãe para o povo, em especial, para os pobres. Mulher cheia de compaixão que, dentro das possibilidades, ajudou e influenciou a muitos.

A verdadeira riqueza
Com o falecimento de Henrique I, essa grande mulher de Deus disse aos filhos: “Gravai bem no vosso coração o temor de Deus. Ele é o Rei e Senhor verdadeiro, que dá poder e dignidade perecíveis. Feliz quem prepara sua eterna salvação”.

Filho entregará mãe (cf. Mt 10,21)
Com a morte do marido, o seu calvário começou: foi traída pelos filhos, sob a falsa acusação de que estaria desperdiçando os bens com os pobres. Retirou-se para um convento e ali intercedeu pelos seus amados filhos, por meio da oração e dos sacrifícios.

Consciência da Injustiça

Conversão dos filhos
Seus filhos, então, tomaram consciência da injustiça que estavam cometendo. Com a conversão deles, teve mais facilidade para ajudar a muitos outros pobres. Em 968, partiu para o Reino dos céus, o Reino dos santos.

Sua influência no Brasil
 É desta Santa Matilde que des­cenderam os reis de Portugal e, por conseguinte, a Família Imperial do Brasil.

Minha oração
“Senhor Jesus, a exemplo de Santa Matilde, ajuda o teu povo, incluindo a mim, esse pecador que Vos faz essa oração agora, a importar-se mais com a salvação da alma do que com os bens terrenos. Amém.”

Santa Matilde, rogai por nós!

São Luís Orione propagou: “Fazer o bem sempre e a todos. O mal nunca e a ninguém”

Origens
São Luís Orione nasceu em Pontecurone, lugarejo entre o Piemonte e a Lombardia, na Itália, em 23 de junho de 1872. Em um ambiente pobre e profundamente religioso, recebeu de sua mãe, Carolina, fundamentos ternos e vigorosos de um apaixonado amor a Deus e aos necessitados, esse forma toda a luz de sua existência. “Uma grande mãe em todos os aspectos”, disse ele, “especialmente porque ela lhe ensinou a esmola e a misericórdia para com os pobres, um compromisso firme com a religião e perseverança em seu trabalho”.

Descoberta vocacional
Luís Orione sente seu chamado à sua missão muito precoce, acompanhando sempre o padre Cattaneo no hospital de Pontecurone. Ali o jovem Orione aprendeu a prestar atenção aos doentes e sofredores. Por três anos, ele trabalhou com o pai e, em 1885, finalmente realizou o seu sonho: passou uma temporada de seis meses com os religiosos franciscanos em Voghera, que, infelizmente, foi interrompida por causa de uma pneumonia.

Providência
A Providência pôs uma segunda etapa no caminho vocacional do jovem Orione. Em 4 de outubro de 1886, ele entra no Oratório de Dom Bosco de Turim. Conheceu o santo pessoalmente, confessou-se com ele, recebeu de Dom Bosco orientação espiritual e conselhos, com a grande promessa: “Seremos sempre amigos”. Durante o retiro para o ingresso do noviciado, diante o túmulo de Dom Bosco, em uma noite de orações e lágrimas, Luís Orione sente que deve encontrar seu próprio caminho na sua diocese natal; e dia 16 de outubro de 1889 é acolhido pelo seminário de Tortona.

“A oração é a graça das graças: peçamo-la e Deus nos tornará santos!” (São Luís Orione)

Sacerdócio
De 1889 a 1893, Luís Orione esteve no seminário diocesano de Tortona, nesse período de profunda vivência religiosa, social e política, enquanto se preparava para o sacerdócio, Luís sentiu formar-se em seu coração o desejo de dedicar-se inteiramente aos meninos órfãos e abandonados, conduzindo-os a Deus e educando-os para o bem. Ainda clérigo, iniciou uma série de ações juvenis. Mais tarde, abriu instituições para os mais pobres e abandonados, vítimas da fome e da miséria, desvalorizados pela sociedade. Foi ordenado sacerdote em 13 de abril de 1895, em Tortona. No dia de sua primeira missa, tomou a decisão de não ser um padre somente para os que iam à Igreja, mas ser padre para todos, especialmente para os mais afastados da Igreja e para os pobres.

Fundador e propósito sobre o Brasil
Sua atividade foi crescendo num ritmo apaixonado e foram surgindo obras, escolas, colônias agrícolas, oficinas para aprendizes, escolas profissionalizantes, casas de caridade e os Pequenos Cotolengos. Para atender a tantas obras, fundou as Congregações Religiosas: Pequena Obra da Divina Providência, eremitas da Divina Providência, Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade e Irmãs Sacramentinas Cegas. Para visitar e incentivar os seus filhos missionários, esteve diversas vezes na América do Sul: Argentina, Uruguai, Chile e no Brasil (1921, 1922, 1934 e 1937) disse que o que não pudesse fazer pelo Brasil quando vivo, o faria depois de morto.

Últimos dias
Morreu em 12 de março de 1940, em San Remo, na Itália, onde foi cuidar de sua saúde por ordem de seus médicos e superiores. Antes de ir a San Remo, protestou que não era entre palmas que queria morrer, mas entre os pobres.

O Processo de Canonização

De Beato a Santo
João Paulo II o beatificou em 26 de outubro de 1980. Depois de reconhecidas suas virtudes heroicas e sua bondade em vários milagres comprovados e aprovados, o mesmo Papa João Paulo II o proclamou Santo da Igreja numa missa de Canonização na Praça de São Pedro, em Roma, no dia 16 de maio de 2004. Papa João Paulo II reconhece:

“É impossível resumir a riqueza do espírito de Dom Orione, porque tinha um coração como o de São Paulo: terno e sensível até as lágrimas; incansável e tenaz até a audácia; dinâmico até o heroísmo; viveu em contato com os grandes homens da política e da cultura, iluminou os sem fé, converteu pecadores, viveu recolhido em contínua oração, praticava incríveis penitências.”

Atividades missionárias de grande importância

Missões
Recebeu grandes demonstrações de estima de papas e de autoridades que lhe confiaram missões importantes e delicadas. Tais missões foram para sanar feridas profundas no seio da Igreja e da sociedade. Foi Dom Orione, pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.

Ideais de vida
Viveu para amar e servir. Não conheceu outro motivo para viver. Fez da sua vida e da sua fé uma única missão. Sofreu muito, mas não fez ninguém sofrer. Tinha como ideal “fazer o bem sempre, fazer o bem a todos. O mal nunca e a ninguém”. Esse propósito continua vivo em seus filhos e filhas (religiosos, religiosas, leigos e leigas), que continuam difundindo seu carisma, por meio de obras de caridade nos 4 continentes, em mais de 30 países.

Frases

“Só a caridade salvará o mundo: dos riscos, dos medos, de todo mal.”

“Minha pobre vida seja toda inteira um cântico de divina caridade na terra.”

“Arda nossa vida de divino amor e seja toda consagrada a Deus!”

“Vamos esvaziar o coração de tudo que não é  Deus, que não é amor!”

“Competir, rivalizar, sim, para sermos melhores  servidores de Deus e do amor.”

Devoção a São Luís Orione

Oração oficial de São Luís Orione
Ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, nós vos adoramos e vos damos graças pela imensa caridade que infundistes no coração de São Luís Orione e por ternos dado nele o Apóstolo da Caridade, o Pai dos Pobres e o Benfeitor da humanidade, sofredora e abandonada. Concedei-nos que possamos imitar o amor ardente e generoso que São Luiz Orione tinha para convosco, com a Santíssima Virgem, com a Igreja, com o Papa e com todos os aflitos. Pelos seus méritos e sua intercessão, concedei-nos a graça que vos pedimos (pedir a graça) para experimentar a vossa Divina Providência. Amém.

Minha oração
“São Luís Orione, amigo dos jovens excluídos e necessitados, ensinai-me a ter um coração aberto e acolhedor para as realidades da juventude atual. Que eu seja fonte de acolhida e compreensão, mas também de testemunho cristão. Dai-me a paternidade para educar esses pequeninos como tu educaste e o amor para ensiná-los o caminho do céu.”

São Luís Orione, rogai por nós!

Santos Marcos Chong e Aleixo Se-yong, decapitados por seus parentes coreanos

Igreja que nasce no martírio
A história da Igreja é repleta de relatos de mártires, dentre eles, há uns mais conhecidos do que outros. Alguns nomes, como São Sebastião e Santa Luzia, são comuns entre os católicos. Outros mais recentes, como São Maximiliano Maria Kolbe, também são mais populares. Mas este texto pretende apresentar a você dois santos mártires, desconhecidos por muitos brasileiros, que, ao lado de outros, se tornaram verdadeiras bases da Igreja no Oriente: santos mártires Marcos Chong Ui-bae, catequista; e Aleixo U Se-yong, seu catequizando.

Fé na Coreia
Por causa da fé cristã, os dois foram ultrajados e flagelados pelos próprios parentes na Coreia em 1866. A oferta de vida deu origem à fé cristã na Coreia, que começa dois séculos antes, com a iniciativa de alguns leigos. O desenvolvimento das primeiras comunidades foi solidificado apenas no século XIX, com a chegada dos primeiros missionários vindos da França. 

Mergulhando na vida dos mártires chineses
Poucos anos antes, nascia Marcos Chong Ui-bae. Filho de uma família pagã da nobreza local, Marcos se tornou professor, se casou e ficou viúvo. Foi aí que se sentiu tocado pelo testemunho de dois sacerdotes católicos martirizados: a alegria dos padres, mesmo diante da tortura, fez com que o jovem coreano se interessasse pelo catolicismo, a ponto de pedir o Batismo pouco tempo depois.

Santos Marcos Chong e Aleixo Se-yong: a vivência cristã

Vivência cristã
Catequista, aderiu a uma vida de pobreza e austeridade, ao lado da esposa, também cristã, se dedicou à caridade, prestando serviços aos doentes e aos órfãos, chegando a adotar uma criança. Mas seu testemunho não foi o suficiente para conter a onda de perseguições que surgia contra os cristãos. Marcos chegou a ajudar muitos católicos a deixar a Coreia, mas decidiu permanecer no próprio país.

O encontro
Conheceu um jovem, enviado pelo então bispo São Simeão Berneux, para ser catequizado: Aleixo U Se-Yong. Também oriundo de uma família rica, Aleixo rapidamente aceitou a pregação do Evangelho realizada por Marcos e se tornou cristão, abandonando a família que não aceitava aquela conversão, a ponto de ameaças e agressões físicas. Anos depois, fruto de sua intercessão, 20 membros de sua família aceitariam se tornarem cristãos.

A Perseguição e Negação

Perseguição
A perseguição contra os cristãos continuava: de um lado, o confucionismo, religião oficial do Estado, e, de outro, as tradições de veneração de ancestrais. Marcos Chong Ui-bae é preso. Seus algozes tentam em vão que ele denuncie outros católicos; Marcos oferece nomes de cristãos que já haviam morrido, em sinal do seu amor aos irmãos e sua fidelidade a Cristo. A Igreja relata que foi Aleixo quem se empenhou na tradução do Catecismo e de outros textos católicos para o idioma coreano. 

Negou e arrependeu-se profundamente
Ao saber da prisão daquele que o havia catequizado, resolve negar a fé cristã e participa de um linchamento de um catequista. À semelhança de São Pedro, é irremediavelmente tomado por um arrependimento profundo de seus atos, resolve visitar um bispo na prisão, recebe o perdão dos pecados, mas acaba cativo, onde permaneceu firme na fé.

O Martírio e os Cristãos na Coreia

Decapitados em fidelidade a Deus
Em 11 de março de 1866, Marcos, aos 70 anos, e Aleixo, aos 19, caminharam juntos em direção ao martírio, quando foram decapitados, pelos próprios parentes. Os dois foram beatificados 102 anos depois, pelo Papa Paulo VI, e canonizados em 6 de maio de 1984, pelo Papa João Paulo II, ao lado de outros 93 mártires coreanos e 10 padres franceses. As estimativas é que cerca de 10 mil católicos coreanos foram martirizados no primeiro século de vida da Igreja naquele país. Em 2014, o Papa Francisco beatificou outros 124 coreanos, vítimas do martírio. 

Os cristãos hoje na Coreia
Não há como não vincular o avanço da evangelização na Coreia do Sul à fé provada ao limite do martírio de homens, como São Marcos Chong Ui-bae, catequista, e São Aleixo U Se-yong. Hoje, a Coreia do Sul vê um considerável aumento no número de católicos. Segundo o relatório do Catholic Pastoral Institute of Korea, em 2018, os católicos sul-coreanos eram 5.866.510, enquanto que, em 1999, eram 3.946.844. Uma alta de 48,9%. Neste período de tempo, a porcentagem de católicos do país passou de 8,3% a 11,1%.

Reflexão e Oração

Lição para a vida pessoal
O que se aprende com esses dois santos? Em primeiro lugar, assim como na história de todos os mártires, a inegável fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho. Ainda que São Aleixo tenha apostatado, ciente do erro que havia cometido, volta confiante na misericórdia divina à comunhão da Igreja e da fé. Com eles também aprende-se que a pertença é inegociável, mesmo que, quando quem exige uma negação são os mais próximos. Mais que isso, ensinam a não desistir daqueles que perseguem, colocando em prática o ensino de Jesus de orar sem cessar por aqueles.

Minha oração
“Senhor Jesus, que o testemunho de São Marcos Chong Ui-bae, catequista, e São Aleixo U Se-yong, de terras e épocas tão diferentes das nossas, anime o nosso coração à busca contínua do amor e fidelidade a Jesus, sabendo que, com a nossa adesão radical ao Evangelho, outros também serão alcançados — na nossa família, na nossa cidade, no nosso país —, ainda que isto seja pago com o preço da nossa própria vida. Amém!”

Santos Marcos Chong e Aleixo Se-yong, rogai por nós!