Diocese de Roraima oficializa doação de terras e fortalece regularização fundiária em Boa Vista

A Gleba Cauamé, que possui 200 hectares, era de propriedade da Diocese de Roraima. A doação histórica beneficia 1.100 famílias de Boa Vista

Em um gesto histórico, a Diocese de Roraima formalizou a doação de uma área de 199,86 hectares remanescente da antiga Fazenda Auazinho, localizada na Gleba Cauamé. A cerimônia ocorreu nesta segunda-feira (25), durante a abertura da 2ª Semana Nacional de Regularização Fundiária na sede do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR). A faz parte do projeto “Solo Seguro”, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e beneficiou cerca de 1.100 famílias em três bairros de Boa Vista: Nova Canaã, Cambará e Professora Araceli Souto Maior.

A decisão da Diocese reflete um gesto jubilar alinhado aos valores da Igreja Católica e às orientações do Papa Francisco, que defende os “três T” – terra, teto e trabalho – como direitos sagrados pelos quais vale a pena lutar.

O bispo da Diocese de Roraima, Dom Evaristo Pascoal Spengler, destacou o significado desse ato como um gesto jubilar. “Inspirados pelo Papa Francisco, que enfatizam os direitos sagrados à terra, ao teto e ao trabalho, entendemos essa doação como uma resposta às demandas sociais e uma contribuição à paz social, promovendo o direito à moradia digna e segurança jurídica para essas famílias”, afirmou o bispo.

O prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique, ressaltou os resultados positivos da doação para o processo de regularização fundiária. “Durante a minha gestão, entregamos 1.954 títulos definitivos, e agora, com essa doação, teremos a oportunidade de regularizar cerca de 1.100 imóveis, mais de 50% do que já realizamos até agora. Isso garante que todas essas famílias tenham acesso ao documento que garantir a posse de fato e de direito sobre seus imóveis, residenciais ou comerciais. Com o título definitivo, os moradores terão segurança jurídica, acesso a crédito e avaliação de imóveis”, explicou o prefeito.

A Diocese também superou consideráveis ​​desafios para viabilizar a doação, conforme relatado o econômico Vivaldo Sirivaldo. “Mesmo para doar, enfrentamos dificuldades, como encargos tributários e de cartórios. Graças ao apoio do Tribunal de Justiça, conseguimos isentar esses custos, garantindo a gratuidade do processo para os ocupantes das terras”, comentou.

Além de promover a segurança jurídica, a ação marca um importante avanço no desenvolvimento social e urbano de Boa Vista, como enfatizou o juiz auxiliar do CNJ, Rodrigo Gonçalves de Souza. “Essa parceria entre o Poder Judiciário, a Prefeitura e a Diocese possibilita a regularização fundiária, promovendo a inclusão social e a redução de desigualdades. Estima-se que cerca de metade dos domicílios no Brasil enfrente incertezas quanto à titularidade das propriedades. Esse processo é um exemplo para o país”, destacou o magistrado.

Os próximos passos incluem o recadastramento das famílias, a precisão dos lotes e a emissão dos títulos definitivos. O prefeito garantiu que o processo será gratuito para famílias de baixa renda e que a Prefeitura, por meio da Emhur (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional), conduzirá o levantamento diretamente nas áreas beneficiadas.

Com a formalização da doação, a Diocese de Roraima reafirma seu compromisso com a justiça social, enquanto a Prefeitura de Boa Vista avança no desafio de garantir segurança jurídica e qualidade de vida para milhares de moradores da capital.

Semana Nacional do Solo Seguro

A cerimônia integrou as ações da Semana Nacional de Regularização Fundiária, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A iniciativa busca acelerar processos de regularização urbana e rural, com foco na Amazônia Legal, e foi considerada crucial para o desenvolvimento socioeconômico da região.

Com a formalização da doação, a Prefeitura de Boa Vista iniciará o recadastramento das famílias e a medição dos lotes, garantindo que o processo seja gratuito para moradores de baixa renda. Este gesto reforça o compromisso da Diocese de Roraima com a justiça social e a promoção da dignidade humana, em consonância com o chamado do Papa Francisco para um Jubileu de perdão e solidariedade.

 FONTE/CRÉDITOS: Dennefer Costa -Diocese de Roraima e Rádio monte Roraima Fm

Diocese doa Gleba Cauamé à Prefeitura de Boa Vista abrindo caminho para regularização de mais de 1,1 mil imóveis

Diocese doa Gleba Cauamé à Prefeitura de Boa Vista abrindo caminho para regularização de mais de 1,1 mil imóveis

Doação foi mediada pelo Tribunal de Justiça e formalizada durante a abertura da 2ª Semana Nacional de Regularização Fundiária Solo Seguro

Diocese doa Gleba Cauamé à Prefeitura de Boa Vista abrindo caminho para regularização de mais de 1,1 mil imóveis
SEMUC

A Diocese de Roraima oficializou, nesta segunda-feira (25), a doação da Gleba Cauamé à Prefeitura de Boa Vista, durante a abertura da 2ª Semana Nacional de Regularização Fundiária, na sede do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR). A doação da área, que *abrange três bairros, permitirá que a Prefeitura avance na emissão dos títulos definitivos de cerca de 1.100 imóveis.

A Gleba Cauamé, que possui 200 hectares, era de propriedade da Diocese de Roraima, mas já não estava sob sua posse direta há muitas décadas. Dentro desta área estão os *bairros Cambará, Professora Aracelis Souto Maior e Nova Canaã.

O prefeito Arthur Henrique ressaltou os benefícios do processo para as famílias. “Essa iniciativa garante que todas essas famílias tenham acesso ao documento que assegura a posse de fato e de direito sobre seus imóveis, sejam eles residenciais ou comerciais. Com o documento em mãos, os proprietários poderão buscar crédito em instituições financeiras para melhorar suas residências ou investir em negócios, além de garantir a hereditariedade dos imóveis”, explicou.

O chefe do Executivo também destacou o avanço na regularização fundiária nos últimos quatro anos. “Durante a minha gestão, já entregamos 1.954 títulos definitivos, e agora, com essa doação, teremos a oportunidade de regularizar cerca de 1.100 imóveis. Isso representa mais de 50% do que realizamos até agora”, afirmou o prefeito.

Para Dom Evaristo Pascoal Spengler, bispo da Diocese de Roraima, a doação reflete valores fundamentais da instituição religiosa, promovendo o acesso à moradia digna. “Entendemos isso como um gesto jubilar, um ato que promove direitos fundamentais, como o acesso à terra, ao trabalho e à moradia, o ‘teto’, como costuma dizer o Papa Francisco”, declarou o bispo.

A contrapartida da Prefeitura foi o reconhecimento da imunidade tributária concedida. O prefeito enfatizou a importância da parceria com a igreja. “Costumo dizer que uma cidade só pode ser plenamente feliz com uma atuação forte da igreja, que proporciona apoio espiritual e social. A Diocese desempenha um trabalho incrível e, mais uma vez, foi uma parceira indispensável para alcançarmos este resultado”, afirmou.

Juiz afirma que regularização fundiária promove inclusão social

O processo de negociação foi mediado pelo Tribunal de Justiça de Roraima. Houve um diálogo entre o Tribunal, a Prefeitura e a Diocese, com o objetivo de criar um espaço de negociação, como uma mesa-redonda, onde esse tema foi tratado. O juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Rodrigo Gonçalves de Souza, destacou a parceria que viabilizou a ação.

“Essa união entre o Poder Judiciário, Prefeitura e Diocese foi essencial para que Boa Vista continue avançando na regularização fundiária. Estima-se que, no Brasil, cerca de metade dos domicílios enfrentam dúvidas sobre quem é o real titular de suas propriedades”, pontuou.

Ele explicou ainda que essa insegurança fundiária compromete o acesso a crédito, a valorização dos imóveis e a própria função social da terra. “Com a entrega dos títulos definitivos, promovemos inclusão social, fortalecemos a segurança jurídica e contribuímos para o desenvolvimento sustentável, reduzindo desigualdades”, acrescentou.

Próximos passos

Com a doação formalizada, a Prefeitura dará início ao recadastramento das famílias, à medição dos lotes e à verificação de possíveis subdivisões. O prefeito Arthur Henrique explicou que o número de imóveis beneficiados pode aumentar conforme o levantamento avançar.

Ele também garantiu que o processo será gratuito para as famílias de baixa renda. “É fundamental que os moradores dessas áreas procurem a Emhur (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional) ou aguardem a visita da equipe, que realizará o levantamento diretamente em suas casas”, orientou.

2ª Semana Nacional de Regularização Fundiária Solo Seguro da Amazônia Legal

A iniciativa é promovida com apoio do Conselho Nacional de Justiça, que visa definir, coordenar e agilizar ações de Regularização Fundiária Urbana (Reurb) e rural, proporcionando segurança jurídica e transparência na posse e uso de terras na Amazônia Legal. Ação nacional abrange também os estados do Pará, Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Tocantins e Maranhão.

 FONTE/CRÉDITOS: Por Isaque Santiago e Jaqueline Pontes

Papa com delegação do Conselho Universal da Paz

Diálogo, perdão, esperança e bom humor: o caminho para a paz

O Papa recebeu jovens de diferentes religiões e falou da contribuição imprescindível da juventude mundial para a causa da paz.

Vatican News

O Papa recebeu em audiência uma delegação juvenil do Conselho Universal da Paz (Universal Peace Council), uma instituição fundada em 2016 e que inclui 15 organizações de várias religiões em todo o mundo. De modo especial, seus membros atuam em prol da paz na Terra Santa, “terra que nos séculos foi testemunha de tanta violência e sofrimento”, constatou Francisco.

A situação atual, que degenerou no último ano, torna a promoção da paz ainda mais importante e a contribuição dos jovens é fundamental, afirmou o Pontífice, pois possuem um tipo de “idealismo, entusiasmo e esperança, que recordam a todos nós que um mundo melhor é possível, que a paz é possível”. 

Papa com delegação do Conselho Universal da Paz

Papa com delegação do Conselho Universal da Paz

Francisco citou uma série de características que fazem dos jovens artesãos de paz, como uma maior propensão ao perdão, a superar preconceitos e feridas do passado e ao diálogo, “único caminho para paz”. 

“Os jovens são criativos, mas é ruim quando encontramos jovens ‘ideologizados’, em que a ideologia toma lugar dos pensamentos e a vontade de fazer o bem.”  

Para o Pontífice, é fácil desanimar quando se veem os efeitos devastasores da guerra e do ódio, da pobreza, da fome e da discriminação. Mas jamais perder a esperança:

“Nesses momentos, lembrem-se de que qualquer coisa que valha a pena fazer nunca é fácil. Requer sacrifício e vontade de empenhar-se todos os dias. Mantenham viva a esperança, queridos jovens, mantendo sempre presente que somos todos parte de uma única família humana”, encorajou o Papa, que acrescentou outro elemento imprescindível: não perder jamais o senso de humor. “Isso é muito importante! Não perder a capacidade de alegrar-se, que ajuda a ver as coisas melhor.”

Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB lança hot site em preparação para o Jubileu da Juventude 2025

As juventudes de todo o país estão convidadas a vivenciar o Ano Santo 2025, que tem como tema “Peregrinos da Esperança”, de forma especial o Jubileu dos Jovens, evento que acontecerá em Roma, de 28 de julho a 3 de agosto de 2025.

Em preparação para esse encontro mundial, a Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, em parceria com o Dicastério para a Evangelização, acaba de lançar um hotsite exclusivo para os jovens brasileiros.

O site traz todos os detalhes necessários para a caminhada rumo ao Jubileu, incluindo inscrição, informações sobre a programação, orientações para a peregrinação e conteúdos espirituais que ajudarão os participantes a se prepararem para viver esse momento único de fé, comunhão e esperança.

Clique aqui e acesse já:
jubileu.jovensconectados.org.br

O hotsite lançado pela Comissão Episcopal para a Juventude é mais que um espaço informativo; é um ponto de encontro virtual para jovens que desejam se organizar para a peregrinação. Nele, é possível, por exemplo, acessar a programação oficial do Jubileu dos Jovens, realizar a inscrição (pessoal ou de grupos), conferir orientações práticas para a viagem e estadia em Roma, explorar materiais formativos e reflexões espirituais para viver intensamente o lema “Peregrinos da Esperança”.

Além da peregrinação à Roma, a Comissão Espiscopal está preparando diversos materiais para que os jovens brasileiros vivam intensamente o Jubileu também em suas dioceses e expressões juvenis.

Um convite especial do Papa Francisco

Todos os jovens receberam um convite especial do Santo Padre para este momento de graça da Igreja. Ao falar sobre os jovens, o Papa Francisco os descreve como a “alegre esperança de uma Igreja e de uma humanidade em caminho”.

No contexto do Jubileu, Francisco propõe que a juventude medite sobre a alegria e a esperança que brotam do mistério pascal. Ele reforça que essa esperança não é apenas otimismo, mas a certeza enraizada no amor de Deus, que nunca abandona seus filhos.

A abertura oficial do Ano Santo, marcada pela abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, acontecerá em 24 de dezembro de 2024. A partir dessa data, jovens de todo o mundo serão convidados a viver profundamente a graça e o perdão oferecidos por Deus, enquanto se preparam espiritualmente para o encontro em Roma. O Jubileu será marcado por dois grandes presentes para as juventudes: o Papa Francisco oficialmente proclamará a santidade de Carlo Acutis durante o Jubileu dos Adolescentes em abril, e de Pier Giorgio Frassati durante o Jubileu dos Jovens em agosto.

Com colaboração Jovens Conectados/ @jconectados

Papa Francisco nomeia frei Samuel Ferreira de Lima, OFM, bispo auxiliar de Manaus

O Papa Francisco nomeou nesta segunda-feira, 25 de novembro, frei Samuel Ferreira de Lima, OFM, bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus. Nascido no Rio de Janeiro no dia 28 de maio de 1967, ele fez sua profissão solene na Ordem dos Frades Menores em 24 de setembro de 1993 em Petrópolis – RJ, sendo ordenado presbítero em 27 de janeiro de 1996 em São João de Meriti – RJ.

O bispo eleito tem formação técnica em Química, é licenciado em Filosofia pela Universidade São Francisco, de São Paulo – SP, e bacharel em Teologia pelo Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis – RJ. Frei Samuel estudou Espiritualidade Franciscana e tem especialização Lato Sensu em Formação Humana pela Faculdade Vicentina de Curitiba – PR, além de diversos cursos.

Enviado pela Ordem Franciscana, o bispo eleito da arquidiocese de Manaus foi missionário em Angola de 1996 a 2006, onde foi capelão do Mosteiro Sagrado Coração de Jesus, em Luanda, professor de Filosofia, Doutrina Social da Igreja e Pedagogia, vigário paroquial, formador, assistente das Irmãs Clarissas, mestre dos professos, guardião, ecônomo e conselheiro da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, na Missão Católica da Katepa – Malange.

Na volta ao Brasil, frei Samuel foi guardião, ecônomo, moderador da Evangelização Missionária, vice mestre dos postulantes, assistente das Irmãs Clarissas, mestre de Noviços, Vigário Paroquial e assistente da OFS, definidor da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, mestre dos pós-noviços, animador do SAV, membro da Capelania ecumênica do Hospital Nossa Senhora do Rocio, mestre dos noviços, e vigário da casa.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Santa Catarina de Alexandria, padroeira dos filósofos

Origens
Santa Catarina de Alexandria nasceu no ano 287, em Alexandria, onde recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, venerada pela Igreja Ortodoxa como uma grande mártir, e na Igreja Católica é reverenciada como um dos catorze Santos Auxiliadores.

Juventude
Diz a lenda que o pai era Costes, rei de Alexandria. Aos 17 anos, Catarina era a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império. Essa sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.

Alma Orgulhosa
“Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado”, disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. “Gostas tu d’Ele?”, perguntou Maria. -“Oh, sim”. -“E tu, Jesus, gostas dela?” -“Não gosto, é muito feia”. Catarina foi logo ter com Ananias: “Ele acha que sou feia”, disse chorando. -“Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada”, respondeu o eremita. 

Santa Catarina de Alexandria: padroeira dos estudantes, filósofos e professores

O Casamento Místico de Santa Catarina
Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disso, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isso que se ficou chamando, desde então, o “casamento místico de Santa Catarina”.

Apresentação diante o Imperador Maximino
Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maximino, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. 

Conversão de Filósofos
Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maximino reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província, que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isso tudo para a infelicidade do terrível imperador.

Santa Catarina de Alexandria: Provada na dor e Aprovada por Deus no Martírio 

Páscoa

Maximino mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, o ajudante de campo Porfírio e os duzentos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte desses, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305.

Historiadores contam que o corpo de Santa Catarina foi levado pelos anjos ao Monte Sinai, onde, anos mais tarde, em honra à mártir, foi construído o Mosteiro de Santa Catarina por ordem do imperador bizantino Justiniano I.

Via de Santificação
Considerada padroeira dos estudantes, filósofos e professores, o culto a Santa estendeu-se por todo o mundo. A Universidade de Paris escolheu a santa como padroeira, e no Brasil é considerada padroeira do Estado de Santa Catarina. A festa em honra a Santa Catarina foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).

Minha oração

“Com grande intelectualidade e sabedoria, soubeste amar e servir a Deus através desses dons da graça divina, fortaleça em nós as mesmas dádivas e nos ensine abrir novos caminhos no campo das ciências e tecnologias, mas acima de tudo sirvamos a Deus como Ele deseja. Amém.”

Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!

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NOTA DE SOLIDARIEDADE À PRELAZIA DO MARAJÓ PELO FALECIMENTO DO BISPO EMÉRITO, DOM JOSÉ LUIZ AZCONA HERMOSO

Nesse momento, eu e toda a Diocese de Roraima nos unimos emoração ao PovodaPrelazia do Marajó, ao presbitério e ao Bispo, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira. Manifesto, ainda, minhas condolências à Ordem dos Agostinia nos Recoletos (OAR), os quais deram três bispos à Prelazia do Marajó, sendo o último, Dom Luis Azcona. DirijoaDeus minhas preces, pedindo ao Senhor Jesus, Pastor dos Pastores, que o acolha juntoa si, em sua infinita misericórdia!
Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno. E brilhe para ele a vossa luz. Descanse empaz. Amém!
Dom Evaristo Pascoal Spengler
Bispo de Roraima

São Roque González e companheiros mártires

Origens 

São Roque González de Santa Cruz nasceu em Assunção, Paraguai, em 1576. Filho de pais espanhóis, de elevada posição e de autêntico cristianismo, em sua infância e adolescência sobressai entre seus companheiros por sua vida de honestidade, recolhimento e pureza, por seu espírito e prática de oração ou piedade, bem como pela frequente recepção dos sacramentos e amigo da Eucaristia. Exercia, além disso, entre seus colegas, verdadeira liderança, e todos lhe queriam bem. Notável era a sua coragem, e seu caráter era forte e coerente em tudo que dizia respeito a Deus e à religião.

Ordenação Sacerdotal
Desde cedo, São Roque González preocupou-se com a sorte dos índios, cuja língua dominava. Pouco a pouco e vida afora, passou a conhecer e atingir profundamente a alma guarani. Sentia, porém, mais que tudo a exploração indigna e inumana, de que o índio era alvo constante da maioria dos “encomenderos”. Estudou com os jesuítas. Foi ordenado sacerdote em Assunção, contando apenas 22 anos de idade.

Primeira Missão
Recém-ordenado, o padre Roque já teve sua primeira missão junto aos índios ervateiros — que trabalhavam em verdadeira escravidão — na serra de Maracaju, ao norte de Assunção. Fez-se aí tudo para todos, mas regressou para Assunção por ordem superior e foi nomeado cura da catedral. 

São Roque González possuía um grande amor pelos povos nativos

Não teve aceitação dos Espanhóis
Ao que parece, não teve aceitação de todos, sobretudo de espanhóis e “encomenderos”, porque se preocupava demais com os índios, e por isso foi considerado iletrado — já havia estudado apenas em Assunção, e não em Alcalá e Salamanca, as grandes centrais do conhecimento. Todavia, espalhava-se sua fama de sacerdote virtuoso, dedicado e prudente. 

A Recusa
Não queria honrarias, por isso recusou o cargo de Provisor e Vigário Geral da diocese, e buscou as fileiras da Companhia de Jesus, na qual entrou a 9 de maio de 1609, sentindo-se à vontade entre os filhos de Santo Inácio, reconhecendo aí sua verdadeira vocação. Decidiu, então, tomar carreira jesuítica.

A Difícil Missão
Pouco após sua entrada, foi-lhe confiada, junto com o experimentado padre Vicente Griffi, uma das tarefas mais difíceis e perigosas: a pacificação dos terríveis, belicosos e valentes guaicurus do Chaco. Depois, chamaram-no de “o segundo fundador”, “Santo Inácio Guaçu”.

Por intermédio de Nossa Senhora da Conceição, teve grandes conquistas

O Quadro de Nossa Senhora da Conceição
Em 1611, ganhou do padre Torres Bollo (provincial) um quadro de Nossa Senhora da Conceição, que, depois, se tornou a célebre “conquistadora”, que haveria de acompanhar o padre Roque em todas as suas longas e arriscadas empresas missionárias no Paraná e no Uruguai. Pestes, fomes, doenças, catequese, educação rural e agrícola… Essas foram as ocupações dele. Superava a tudo e a todos com a sua caridade e o seu fervor. Muitos missionários jovens foram mandados fazer estágio com ele.

Fundador
A 3 de maio de 1626, celebrou a Santa Missa, a primeira no solo gaúcho brasileiro, batizando a nova fundação de “São Nicolau’’; era a primeira semente do Evangelho, da fé e da civilização nessa região, que desabrochou, depois, de forma esplêndida. Em 1628, fundou outras quatro reduções: Candelária, Caaçapá-Mirim, Caaró e Assunção do Ijuí ou Pirapó. 

Páscoa
O seu trabalho missionário atraía o ódio dos feiticeiros e dos maus índios. E assim, a 15 de novembro de 1628, logo após a Santa Missa, emissários do soberbo feiticeiro Nheçu, que dominava a região próxima, descarregaram dois violentos golpes de itaiçá (clava de pedra) na cabeça de Roque. Pouco depois, assassinaram também o companheiro de Roque, padre Afonso Rodrigues. E no dia 17 foi a vez do padre João de Castilho, a 50 km de Caaró.

O Martírio não impediu que sua obra continuasse 

A Voz
No dia seguinte, ao procurarem reunir lenha para queimar as vítimas, os indígenas enfurecidos ouviram uma voz: 

“Matastes a quem tanto vos amava e queria! Matastes, porém, meu corpo apenas, pois minha alma está nos céus. Virão meus filhos castigar-vos, sobretudo pelo fato de haverdes maltratado a imagem da Mãe de Deus (a ‘Conquistadora’). Voltarei, contudo, através de meus sucessores, para vos ajudar nos muitos trabalhos, que, por causa da minha morte, vos hão de sobrevir”.

Atribuíram essa voz ao coração do padre Roque; então, arrancaram-no e transpassaram. Hoje, o coração está conservado num relicário.

Via de Santificação

Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.

Minha oração

“Aos companheiros mártires, diante da sua coragem e testemunho, concedei ao povo o mesmo ardor e amor que inflamaram vossas almas para que sejamos missionários e anunciadores do evangelho em todas as realidades. Amém.”

São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!

Dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo

Origens 

Celebra-se o aniversário de duas grandes Basílicas pontifícias: São Pedro, no Vaticano, e a de São Paulo fora dos Muros. Localizadas em Roma, a dedicação da Basílica de São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre, que governou a Igreja entre o ano 314 a 335. A Basílica de São Paulo foi dedicada pelo Papa Sirício, cujo pontificado ocorreu entre 384 a 399. Na cripta da Basílica de São Pedro de Roma, descansam os seus restos mortais.

Importância dos Apóstolos
Nesta celebração das belas basílicas, são ressaltadas a importância dos dois apóstolos, chamados “as duas colunas da Igreja”. Um foi o grande condutor e primeiro Papa da Igreja, o outro desbravou a evangelização e levou Cristo aos gentios. Celebrando essa memória, deseja-se ressaltar a fraternidade entre os apóstolos e a unidade dentro da Igreja. São locais importantíssimos para o catolicismo por terem os corpos (relíquias) dessas grandes personalidades. Essa data faz pensar que cada qual em seu chamado tem seu papel fundamental dentro do contexto eclesial.

São Pedro e de São Paulo: as duas colunas da Igreja 

Basílica de São Pedro

Início da Construção
No ano 323, o imperador Constantino começou a construir a Basílica de São Pedro, a pedido da sua mãe, Santa Helena, sobre o lugar da sepultura do apóstolo Pedro. Durante o pontificado de Júlio II, a antiga igreja de São Pedro foi demolida e construída outra. Inspirada na memória do Príncipe dos Apóstolos, foi desenhada por Bramante, em forma de uma Cruz grega, que correspondia aos ideais da Renascença.

Cúpula por Michelangelo
Em 1506, a pedido do Papa Paulo III, o gênio imortal de Michelangelo construiu a famosa Cúpula, entre 1546 e 1564, mas não conseguiu completá-la antes da sua morte, em 1564. Carlos Maderno construiu a fachada e terminou a nave a pedido do Papa Paulo V, entre 1607 e 1614. Bernini levantou o grande baldaquino do altar-mor, em 1623. Continuou a decoração interior e desenhou as Colunas da Praça São Pedro.

Dedicação da Basílica de São Pedro
No dia 18 de novembro de 1626, o Papa Urbano VIII consagrou a Basílica dedicada ao Apóstolo São Pedro. A Basílica de São Pedro é a maior de todas as igrejas católicas do mundo. Foi construída sobre o túmulo do Apóstolo Pedro, ocupa uma área de 23.000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas.

Basílica de São Paulo

Relíquia de São Paulo
São Paulo foi enterrado, provavelmente, no lugar do seu suplício, em um cemitério comum dos cristãos, sobre o qual foi construída a Basílica a ele dedicada. Ao longo dos séculos, houve um grande movimento de peregrinações à sua sepultura. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, a Basílica de São Paulo fora dos Muros, por se encontrar fora da Porta da Cidade Eterna, fez parte do itinerário do ano jubilar, para se obter indulgência plenária. Além disso, contava com uma Porta Santa. Na entrada, encontra-se uma enorme estátua do evangelista Paulo. A estátua possui 131,66 metros de comprimento, 65 de largura e 29,70 de altura.

A Construção
Trata-se de uma construção imponente, a segunda em grandeza das quatro Basílicas papais. A primeira é a de São Pedro, a segunda de São Paulo e, a seguir, as outras duas: Santa Maria Maior e São João de Latrão, sede da diocese de Roma. A atual Basílica de São Paulo fora dos Muros é uma reconstrução, do século XVIII, da antiga basílica de Constantino. A Basílica, situada em um lugar, que, antes, se encontrava fora dos Muros da Cidade de Roma, foi restaurada entre o ano 440 e 461 pelo Papa São Leão.

Dedicação da Basílica de São Paulo
Em 15 de julho de 1823, um incêndio destruiu a Basílica Paulina, mas a sua reconstrução ficou bem mais formosa. Sob o altar-mor, uma placa de mármore indica o lugar, onde o Apóstolo Paulo foi sepultado. Ali, está escrita a seguinte frase: “Paulo, Apóstolo, mártir”. O Papa Pio IX quis que a Dedicação da Basílica de São Paulo fosse no mesmo dia da Basílica de São Pedro, em 18 de novembro.

Minha oração

“Aos templos que recordam os dois pilares da Igreja, pedimos aos santos Apóstolos que inspirem e iluminem a Igreja neste tempo tão necessário à evangelização. Conduzi o nosso Papa nos caminhos que Deus lhe pede, desafios tão difíceis da atualidade e concedei que seja fiel até o fim. Aos leigos dai o amor e zelo pela Igreja. Amém.”

São Pedro e São Paulo, rogai por nós! 

Assembleia da diocese de São Gabriel da Cachoeira: “Não é possível caminhar separado, mas em sinodalidade”

A diocese de São Gabriel da Cachoeira iniciou com uma celebração carregada de simbolismo sua 37ª Assembleia Diocesana, que tem como tema “Na Tua Palavra, cheios de esperança, lançaremos as redes do Evangelho” acontece de 14 a 17 de novembro de 2024, com representantes das 11 paróquias da diocese. Uma assembleia que segundo o bispo local, dom Raimundo Vanthuy Neto, passará a se chamar, após ser proposto aos participantes, de Assembleia Sinodal da Igreja do Rio Negro.

A celebração de abertura foi marcada por três grandes momentos: na praia foi lembrado e feito a memória dos primeiros missionários, que chegaram ao Rio Negro, foram acolhidos pelos povos indígenas e experimentaram a oferecer a luz da fé, marcada pelos limites, pelos acertos, mas também pelos erros, iniciando uma procissão, à luz das velas, conduzidos pelo Cirio Pascal, onde foi pedido perdão pelas falhas no caminho da evangelização, e a luz do Espírito Santo.

No segundo momento, dentro da Catedral, foi entoada uma ladainha, lembrando os santos que o povo do Rio Negro tanto gosta e celebra, como auge de sua fé, concretizada nas festas dos santos. Com os padroeiros e padroeiras das comunidades, o povo foi repetindo cânticos populares e hinos dos santos, sendo feita uma memória com a ajuda do padre Ivo Trevisol, missionário de longa data na diocese, sobre a presença da Igreja na vida social, de modo especial na demarcação das terras indígenas, no compromisso da formação das lideranças, na formação das comunidades e no diálogo, na defesa da vida, de modo especial o fórum das instituições do Rio Negro.

A celebração deu continuidade, com a ajuda da Ir. Cidinha Fernandes com uma leitura da vida pastoral dos caminhos que a Igreja do Rio Negro foi assumindo, sobretudo a partir das prioridades de Santarém: formação das comunidades, formação das lideranças, povos indígenas e a questão da migração, uma questão muito atual na Igreja local. A Ir. Nazaré fez memória de um dos caminhos mais intensos da evangelização no Rio Negro, que foi a questão da educação, os grandes colégios, os internados, que levou a região a ser a mais alfabetizada da Amazônia, fruto da grande contribuição salesiana.

A passagem do Evangelho de Lucas, onde Jesus na sinagoga se diz cheio do Espírito e apresenta o seu programa, proclamado em português e nheengatu, deu pé à partilha do padre Maurício Sete, que convidou os participantes a descobrir o caminho comum. Jesus continua a missão dele através de nós, lembrou o missionário italiano, afirmando que somos capazes porque somos homens e mulheres do espírito, destacando como Jesus tem um programa de companhia com os pobres, da defesa da vida e dos oprimidos e da questão da libertação. A celebração da Palavra continuou com a benção e partilha do pão.

Na celebração, o bispo diocesano destacou três aspetos: o primeiro, que, no caminho, as nossas velas se apagam e nós precisamos dos outros. Isso nos faz lembrar que “a fé é vivida comunitariamente e quando nossa fé fica mais frágil, outros podem ajudar ela a se tornar mais intensa, luminosa”, disse dom Vanthuy, dando passo a um canto para pedir que as luzes se espalhassem na vida de cada um e cada uma, a ajuda do Santo Espírito. O segundo aspecto foi que “a experiência da assembleia é como o movimento de Jesus, as primeiras comunidades que seguem a missão de Jesus”, afirmou o bispo, que sublinhou que “a assembleia se pauta na experiência do Cristo que envia seus discípulos. Por isso, é comum, na vida discipular dos homens e mulheres que seguem Cristo, sentarem juntos para pensar o caminho que Jesus lhes ofereceu, o caminho que o Senhor lhes convidou a participar, e como responder a esse anúncio na atualidade”.

O terceiro aspecto colocado por dom Vanthuy foi a formação das comunidades, que levou a assembleia a cantar que é feliz viver na comunidade. Ele lembrou o caminho vindo do Concílio, “a Igreja comunidade, Povo de Deus, testemunha, sal e fermento no mundo e na sociedade, de modo especial numa pluralidade de povos indígenas, comunidade que tem no chão a experiência tão própria dos povos originários”. Finalmente, o bispo convidou a se somar ao grande movimento iniciado no Sínodo para a Amazônia e agora confirmado “não é possível caminhar separado, mas caminharmos juntos, em sinodalidade”.

Diante do flagelo das guerras em que muitas comunidades no mundo vivem, a assembleia rezou pela paz no mundo, pedindo a benção e a invocação da Virgem Maria, nela que residiu a força do Espírito e a docilidade para, como ela, seguir seu Filho mais de perto. A assembleia tem na programação a avaliação do Plano diocesano de evangelização e partilhas sobre a caminhada da diocese e como viver o centenário da criação da prelazia 1925-2025, sendo lançado o logo do Centenário. Da assembleia participa a secretária executiva do Regional Norte1, Ir. Rose Bertoldo, que ajudará a refletir sobre o Protocolo de Proteção de Crianças e Adolescentes e Pessoas Vulneráveis.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1