CNBB propõe à Igreja no Brasil um tempo de oração pelo Papa Francisco

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou nesta terça-feira, 19 de fevereiro, uma carta que foi enviada ao episcopado brasileiro propondo um tempo de oração, nos próximos dias, pela “plena recuperação de saúde do Papa Francisco”. A iniciativa surgiu na reunião do Conselho Episcopal de Pastoral (CONSEP) da CNBB, reunido na sede da Conferência em Brasília dias 18 e 19 de fevereiro. Veja a íntegra da carta abaixo.

No vídeo abaixo, o arcebispo de Porto Alegre (RS), presidente da CNBB e do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam), o cardeal Jaime Spengler, convida a Igreja no Brasil para unir os corações e a rezar pela saúde do Papa Francisco.

Aproveitando especialmente a festa da Cátedra de São Pedro, no próximo sábado, 22, dom Jaime reforça o pedido de oração pela recuperação do Santo Padre: “Como Igreja também nós nos dirigimos de uma forma toda especial ao senhor pedindo pela pronta recuperação de sua saúde”.

O que a CNBB sugere

Que as comunidades espalhadas pelo Brasil sejam incentivadas a viverem este tempo de oração, sobretudo, nas Celebrações da Eucaristia e da Palavra, com uma intenção especial pela saúde do Papa.

A Comissão Episcopal de Liturgia da CNBB, sugere o acréscimo de uma intenção nas Orações dos Fiéis em todas as celebrações, conforme proposta indicada:

Senhor Deus,
vosso servo, o Papa Francisco,
tornou-se para nós “testemunha dos sofrimentos de Cristo”.
Nós vos suplicamos,
vinde em seu auxílio,
aliviando suas dores,
na esperança da pronta recuperação da sua saúde,
para continuar nos confirmando na fé.

Além da sugestão proposta pela Comissão para a Liturgia, os fieis também são convidados a expressar suas intenções também rezando o terço e orações espontâneas.

Acesse a carta:

Fonte: CNBB

Coordenações de Pastoral e das Pastorais do Regional se encontram em vista de movimentar a evangelização nas comunidades

Os coordenadores e coordenadoras de Pastoral das igrejas locais do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil encerraram seu encontro, realizado nos dias 18 e 19 de fevereiro em Manaus, com uma reunião com os coordenadores e coordenadoras das Pastorais Sociais em nível Regional, que contou com a presença do arcebispo de Manaus e presidente do Regional, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, e do bispo auxiliar de Manaus, dom Zenildo Lima.

A secretária executiva do Regional Norte 1, Ir. Rose Bertoldo, apresentou brevemente os passos dados no encontro dos coordenadores e coordenadoras de Pastoral, que aconteceu em clima de sinodalidade, destacando a importância do encontro das coordenações de Pastoral das dioceses e prelazias e das Pastorais. Um momento que tem um caráter operativo, segundo salientou dom Zenildo Lima.

A coordenação entre as pastorais e as coordenações de pastoral das Igrejas locais é algo que “no fundo, vai movimentar a nossa Igreja, vão movimentar a evangelização”, segundo o presidente do Regional Norte 1. Daí a importância desse encontro, que “pode dar muito fruto”. O arcebispo de Manaus insistiu na importância da comunidade, o que faz com que “as coordenações estão sempre de olho voltado para a comunidade, comunidade que importa. A comunidade é que faz a Igreja ser”, reforçando que “se existe uma Igreja particular, se existe uma diocese, se existe uma prelazia, porque existem comunidades.”

O cardeal Steiner disse que “nessas comunidades é que nós vamos, devagarinho, sendo ajudados.” Ele vê as pastorais como aquelas que estão ajudando as comunidades a terem vida. É por isso, afirmou, a necessidade de “ter as pastorais que ajudem a comunidade a viver.” Nessa perspectiva, partindo da realidade da arquidiocese de Manaus, ele sublinhou que “nós percebemos que as pastorais são essenciais”, considerando as coordenações de pastoral como aqueles que “têm essa visão de saber que existe uma prelazia, existe uma diocese, existem comunidades”, e nessas comunidades existem as pastorais.

O presidente do Regional lembrou que “muitas vezes também são as pastorais que nos ajudam a movimentar, inclusive socialmente e politicamente, no sentido do bem-estar da comunidade.” Ele insistiu na necessidade de partilha entre as pastorais e as coordenações de Pastoral.

Na mesma perspectiva, dom Zenildo Lima destacou a importância das diretrizes para a evangelização do Regional Norte1, que o bispo auxiliar de Manaus considera horizontes de evangelização. Ele considera muito importante que sempre nessa perspectiva de sinodalidade, ir organizando o Regional e as pastorais, da partilha de uns com os outros, ajudando a conhecer as demandas, também pela presidência do Regional.

Uma partilha que foi realizada durante a reunião por parte dos coordenadores e coordenadoras das pastorais em nível regional e de Pastoral nas igrejas locais. Algo que pode ajudar a melhorar o diálogo em vista de um avançar nos processos evangelizadores. Um diálogo que ajuda a buscar caminhos e estratégias a seguir, sendo a partilha uma oportunidade de crescimento em vista de descobrir as pastorais como tentativa de seguir Jesus numa comunidade, sendo o Regional algo que existe para ajudar as dioceses e as pastorais. Todos somos enviados para anunciar a plenitude do Reino em Jesus, concluiu o cardeal Steiner.

Luis Miguel  Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Protagonismo feminino: dar passos firmes para assumir essa dinâmica para sempre

O protagonismo feminino, a presença das mulheres em espaços de decisão, é um dos grandes debates na sociedade e na Igreja católica. Em todos os níveis de Igreja, vão se dando passos que devem ajudar a assumir uma prática que não deveria regredir, que deveria fazer parte da vida da Igreja católica para sempre.

O Papa Francisco tem ajudado a avançar nesse caminho com sua reflexão, mas também com suas decisões, colocando mulheres em cargos ocupados tradicionalmente por ministros ordenados. Até pouco tempo atrás era impensável que uma mulher fosse nomeada prefeita de um dicastério da Cúria ou governadora do Estado Vaticano, algo que tem se concretizado nos últimos messes.

Essa realidade está ajudando a dar passos nos diversos níveis que fazem parte da estrutura organizativa da Igreja católica. Na Igreja da Amazônia, o protagonismo feminino é algo que faz parte da vida das comunidades, áreas missionárias, paróquias, pastorais, movimentos e organismos. As mulheres assumem o comando das comunidades, inclusive de áreas missionárias e paróquias, mas também de espaços de maior responsabilidade.

A coordenação de Pastoral, um espaço de grande relevância na vida das igrejas locais, conta cada vez mais com rostos femininos. No Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que compreende nove igrejas locais dos estados de Amazonas e Roraima, as mulheres assumem esse serviço em cinco dessas igrejas. Junto com isso, a secretaria executiva do Regional e a articulação das Pastorais Sociais em nível regional é um serviço assumido por mulheres.

Na Igreja católica a vida pastoral, os processos de evangelização, a missão, podem ser considerados elementos decisivos. A presença das mulheres nesses espaços é um claro exemplo do avanço que as igrejas do Regional Norte 1 tem feito na concretude da sinodalidade, um modo de ser Igreja que nos leva a caminhar juntos, assumindo a diversidade como um elemento que enriquece a missionariedade da Igreja.

O encontro de coordenadores e coordenadoras de Pastoral do Regional Norte 1 realizado em Manaus nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2025 é uma mostra disso. O modo de realizar os trabalhos, o fato de ser um espaço marcado pela liberdade para cada um, cada uma, expressar sua opinião na hora de construir o caminho coletivo, nos faz ver que isso vai se assumindo como algo que sempre deveria fazer parte da vida da Igreja. O desafio é que essa dinâmica possa se sedimentar para evitar uma volta atrás, algo que infelizmente algumas pessoas, inclusive algumas mulheres, demandam.

Se faz necessário continuar avançando, concretizando, dando passos, para fazer visível uma Igreja com diversidade de rostos, uma Igreja que conta com todos e todas. Uma Igreja que escuta a diversidade de vozes em vista de uma maior e melhor evangelização, sendo também testemunho para uma sociedade que continua relegando as mulheres.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Retiro do clero de Roraima: “Voltar para a missão rejuvenescidos, animados, mas convictos de uma caminhada sinodal”

O clero da diocese de Roraima realiza de 17 a 21 de fevereiro de 2025 seu retiro anual em Tepequém. O retiro, assessorado pelo bispo da diocese de Borba, dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, tem como tema central o seguimento de Jesus Cristo, sempre cultivando a espiritualidade presbiteral, e conta com 27 participantes.

O pregador tem refletido sobre três símbolos: a cruz, a luz e a unção, renovando assim a aliança e criando as perspectivas. Neste Ano Jubilar dom Zenildo destaca a importância da esperança, “para voltarem para a missão rejuvenescidos, animados, mas convictos de uma caminhada sinodal.” Na diocese de Roraima, ele destaca ser um clero muito animado, uma igreja extremamente missionária, dizendo ter se encantado com “a alegria entre os padres, na convivência, na comunhão, na preparação das atividades, mas, sobretudo, na convivência entre eles e entre nós.”

O retiro é sempre um tempo em que a gente se retira para oração, para reflexão, para aprofundar um pouco mais sobre a nossa missão com os presbíteros neste chão que é a Diocese de Roraima”, segundo o vigário episcopal para pastoral da Diocese de Roraima, padre Celso dos Santos, que vê o retiro como “um momento muito importante de refazer as forças, reanimar para a gente voltar à missão de acompanhar as comunidades, os trabalhos pastorais”.

Ele destacou que “dom Zenildo está nos ajudando a aprofundar, a meditar sobre esse momento que a gente precisa viver um pouquinho mais. Ele tem nos dito que esse é um momento de a gente buscar viver, melhorar a nossa missão, colocar a nossa vida a serviço, fundamentada no sacramento da reconciliação, na vivência da Eucaristia, na missão e tudo isso vai nos ajudando cada vez mais a reafirmar e a confirmar aquele sim que nós damos ao chamado que Deus nos fez para o ministério como presbíteros da Igreja.

O padre Jefferson Almeida destacou vê o retiro como oportunidade para “nos fortalecer espiritualmente, estreitar os laços de comunhão, de unidade, de convivência, de partilha.” Junto com isso, ele disse que “é um momento de nós descansarmos um pouco entre nós, na companhia de Nosso Senhor Jesus, na Eucaristia, na Palavra. Então, é um período muito propício para que assim a gente, de fato, redescubra a motivação, a animação, o entusiasmo de ser missionário nesta terra amazônida, no Estado de Roraima, terra de muitos desafios, de muitas dificuldades, mas também de muitas luzes, de muitos testemunhos, de muitas experiências proféticas.”

O missionário da diocese de Jundiaí, padre Raphael Casaca, chegado em Roraima no final de janeiro, disse que “o retiro tem sido muito bom, dom Zenildo tem tratado da nossa vida sacerdotal, configurada a Cristo, assumindo a nossa cruz de cada dia, abraçando a cruz e também sendo luz no meio do mundo. Tem sido um momento muito bom de renovação do ministério sacerdotal, um tempo de estar mais unido a Cristo, de estar mais perto de Deus, um tempo de aprofundamento de oração e também de crescimento na espiritualidade.”

Da mesma diocese de Jundiai, também chegado poucas semanas atrás, o padre Samuel Maciel Romão, que vai exercer seu pastorei no sul do Estado de Roraima, ele disse que “o retiro espiritual desse ano veio positivamente ao encontro dessa minha nova etapa no exercício do meu ministério.” Ele destacou que o pregador, “nos apresentou algumas pistas para o bom êxito na missão, tendo como referência espiritual o lema que escolhemos para nossa ordenação; no meu caso: “Quem quiser salvar sua vida vai perdê-la, e quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho vai ganha-la” (Mc 8,35).”

A partir daí, afirmou o padre Samuel, “pude fazer uma revisão de vida, apoiando-me espiritualmente na força propulsora do primeiro amor. Realmente hoje posso afirmar que de tudo o que pensava ter perdido, na verdade tem se multiplicado, amigos, famílias, irmãos… Nesses dias de oração, além do silêncio orante e da meditação contemplativa, pude enriquecer meu humano afetivo na presença paterna do nosso bispo dom Evaristo, assim como cultivar a amizade junto aos irmãos presbíteros numa convivência fraterna e muito rica de experiências.”

“Haja vista, o local escolhido também foi muito favorável, me fez contemplar a beleza e o amor de Deus através da natureza com sua diversidade de pássaros, árvores, animais e flores. O retiro espiritual realmente fez em mim maravilhas, é força necessária para recomeçar esse projeto de amor que Deus tem para comigo, de estar junto a seu povo como sinal vivo da sua presença. O retiro para os presbíteros não é um bem reservado aos padres, mas através dos padres um bem em favor de todo povo”, concluiu.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Sacerdotes da Diocese de Roraima realizam Retiro Anual no Tepequém

Sacerdotes da Diocese de Roraima realizam Retiro Anual no Tepequém

O encontro iniciou em 17 e segue até esta sexta-feira, 21, na Estância Ecológica SESC, no Tepequém.

Sacerdotes da Diocese de Roraima realizam Retiro Anual no Tepequém
Imagem Diocese de Roraima.

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Entre os dias 17 e 21 de fevereiro, os sacerdotes da Diocese de Roraima participam do Retiro Anual, realizado na Estância Ecológica SESC, no Tepequém. O encontro foi conduzido por Dom Zenildo Lima da Silva, bispo da Diocese de Borba (AM), que orientou os padres em momentos de espiritualidade, reflexão e renovação da missão sacerdotal.

Durante os dias de recolhimento e oração, Dom Zenildo destacou a importância do retiro para fortalecer a comunhão e a unidade do clero. “É realmente uma oportunidade muito boa para celebrar a nossa comunhão e a nossa unidade. Estamos trabalhando a temática do seguimento de Jesus como sacerdotes, discípulos e missionários do Senhor”, afirmou o bispo.

A programação contou com momentos de meditação e aprofundamento espiritual, utilizando três símbolos representativos: a cruz, a luz e a unção. “O primeiro foi a cruz, que representa nosso encantamento e sinal de amor por Jesus, a Igreja e a missão. No segundo dia, refletimos sobre a luz do mundo, a missionariedade do Evangelho. No último dia, trabalhamos a unção, fortalecendo a oração e a missão sacerdotal”, explicou Dom Zenildo.

O bispo da Diocese de Roraima, Dom Evaristo Pascoal Spengler, também ressaltou a relevância do retiro como um tempo de encontro com Deus e com a comunidade presbiteral. “O retiro anual é um momento de encontro pessoal, mas também com o grupo de presbíteros e, sobretudo, com o Senhor, que nos chamou e nos envia em missão. Estamos colocando as intenções de todo o nosso povo, especialmente os migrantes que enfrentam dificuldades com o corte de verbas para projetos em Boa Vista e Pacaraima”, pontuou.

Dom Evaristo destacou ainda a importância da oração pelos sacerdotes e vocações na Diocese. “Pedimos que rezem pelos nossos padres, pelos seminaristas, para que nossa diocese seja sempre rica em vocações religiosas e missionárias. E que os leigos, que exercem um papel essencial na condução do povo de Deus, também sejam fortalecidos em sua missão”, concluiu.

O Retiro Anual do clero é uma tradição na Diocese de Roraima e representa um tempo de renovação e fortalecimento espiritual para os sacerdotes, que retornam às suas comunidades revigorados para a missão pastoral.

 FONTE/CRÉDITOS: Dennefer Costa

Coordenação de Pastoral: Ouvir as bases para construir uma ação pastoral coletiva e participativa

A coordenação de Pastoral nas nove igrejas que formam o Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é um serviço que expressa a sinodalidade presente na Igreja. Um serviço assumido por padres, religiosas, leigos e leigas, que desde diferentes carismas e ministérios acompanham o trabalho evangelizador nas igrejas locais.

A Ir. Mónica Cestari Nascimento é coordenadora de Pastoral na diocese de Roraima. A religiosa vê esse serviço como “um grande aprendizado. Estar com o povo, viver a comunhão para criar esse testemunho de fraternidade”, algo que ela afirma ser “muito forte na minha caminhada religiosa.” A religiosa destaca o testemunho da simplicidade, o testemunho de igualdade, que “me faz ficar sempre mais atenta aos apelos e aquilo que é próprio do meu carisma, que é servir como Cristo serve.”

Conciliar os trabalhos, os serviços da Congregação, com aquilo que é a necessidade real de um coordenador de pastoral diocesano é um desafio, segundo a religiosa. Junto com isso, a Ir. Mónica afirma ser um segundo desafio o fato de “criar o laço de comunhão com os agentes de pastoral, com os padres.”

“O coordenador de pastoral, além de animar toda a pastoral a nível diocesano, a importância é manter essa comunhão, essa unidade entre a ação pastoral, entre todas as paróquias e a nível diocesano”, afirma o coordenador de pastoral da diocese de Coari, padre Valdivino Araújo.

Entre os desafios, o padre destaca “essa escuta e também essa abertura a acolher a participação de todos dentro desse processo de construção da ação pastoral, especialmente a nível diocesano. É ouvir as bases e também fazer o discernimento disso para construir uma ação pastoral evangelizadora coletiva e participativa”, salientou.

Na diocese de Borba, a coordenação de Pastoral é assumida por uma leiga e um leigo, Ademir Jackson. Ele destaca que “essa dinâmica da sinodalidade nos ajuda a, junto como cristãos e como Igreja, poder dizer que nesse desafio todos nós precisamos assumir o nosso compromisso como batizado. E depois de entendermos esse chamado como missão de batizado, o cristão leigo assumir o seu compromisso também de protagonista, de poder também assumir os serviços, os ministérios que a Igreja tem como meio de evangelização, de levar a Palavra de Deus ao povo, de organizar as pastorais, as comunidades.”

“O Regional Norte 1 já tem uma prática, desde tempos idos, de reunir anualmente os coordenadores e coordenadoras de Pastoral”, lembrou a secretária executiva, Ir. Rose Bertoldo. Um encontro que tem como objetivo, a partir da caminhada, “traçar linhas comuns e alguns encaminhamentos que são importantes para uma caminhada nessa dinâmica da sinodalidade, da colegialidade e da comunhão, o que é muito próprio do Regional Norte 1”, ressaltou a religiosa.

A secretária executiva destacou a importância de acolher as coordenadoras e os coordenadores novos que chegam, e poder inseri-los nessa dinâmica do cuidado, da vida, da missão, da pastoral, em nível de cada diocese em particular, mas também dentro dessa dinâmica da caminhada coletiva das nove igrejas do Regional Norte 1.

O encontro de coordenadores e coordenadoras de Pastoral, que está sendo realizado em Manaus nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2025, está ajudando a dar passos em vista dessa ação pastoral evangelizadora em comunhão, que é fundamento da sinodalidade, um modo de ser Igreja presente no Regional Norte 1.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

"Noite tranquila" para o Papa no Gemelli, Francisco descansa e lê jornais

Papa está com pneumonia bilateral e quadro requer novo tratamento

No boletim vespertino publicado esta terça-feira, 18 de fevereiro, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, deu mais detalhes acerca das condições de saúde do Santo Padre.

Vatican News

"Noite tranquila" para o Papa no Gemelli, Francisco descansa e lê jornais

“Os exames laboratoriais, a radiografia do tórax e a condição clínica do Santo Padre continuam a apresentar um quadro complexo.

A infecção polimicrobiana, que surgiu em um contexto de bronquiectasia e bronquite asmática, e que exigiu o uso de antibioticoterapia com cortisona, torna o tratamento terapêutico mais complexo.

A tomografia computadorizada no tórax a que o Santo Padre foi submetido nesta tarde, prescrita pela equipe de saúde do Vaticano e pela equipe médica da Fundação Policlínica “A. Gemelli”, mostrou o aparecimento de uma pneumonia bilateral que exigiu uma terapia farmacológica adicional.

Não obstante, o Papa Francisco está de bom humor.

Esta manhã, ele recebeu a Eucaristia e, durante o dia, alternou o repouso com a oração e a leitura de textos. Ele agradece a proximidade que sente neste momento e pede, com  coração agradecido, que se continue a rezar por ele.”

Encontro de coordenadores e coordenadoras de pastoral Regional Norte 1: Ser uma Igreja profundamente inserida na Amazônia

Na Igreja da Amazônia a comunhão missionária, a sinodalidade, uma dinâmica assumida há décadas, continua dando passos largos, buscando assim crescer em comunhão, solidariedade, confiança e missionariedade. Mais um exemplo disso está sendo vivenciado no encontro dos coordenadores e coordenadoras de pastoral das igrejas locais do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), que acontece em Manaus nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2025.

O Regional Norte 1 tem feito um grande esforço de ser uma igreja sinodal, uma igreja de comunhão, de participação”, disse o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1, cardeal Leonardo Ulrich Steiner. Ele lembrou diversos exemplos disso: o seminário é único, o tribunal eclesiástico é único, a comissão de escuta no caso de abusos de crianças e adolescentes, a formação que o Regional está buscando proporcionar às prelazias e dioceses é única.

Uma belíssima caminhada, ressaltou o presidente do Regional, que “já vem há muitos anos, já vem há décadas.” Com relação ao encontro de coordenadores e coordenadoras de pastoral, ele disse que “será um momento de troca de ideias, será um momento de irmos vendo o que é melhor para as nossas dioceses e prelazias, irmos nos ajudando mutuamente para que sempre mais a nossa igreja seja uma igreja missionária, profundamente inserida na Amazônia.”

O cardeal Steiner lembrou que “temos feito algumas caminhadas em comum, por exemplo, o subsídio que fizemos para o tempo do Natal, que foi tão bem recebido”, uma proposta que vai ser também realizada no próximo ano na Campanha da Fraternidade.

O presidente do Regional enfatizou a importância do encontro com as coordenações das pastorais sociais, que vão ajudando a dinamizar a vida das nossas igrejas particulares, que irá acontecer no final deste encontro. Nesse sentido, o cardeal insistiu em que “nós podemos crescer ainda muito mais na medida em que nós nos ajudarmos”, sublinhando a importância de crescer em “nossa identidade eclesial na região da Amazônia.”

Ele agradeceu o trabalho da secretária executiva, Ir. Rose Bertoldo, da articuladora das Pastorais Sociais, Ir. Rosiene Gomes, e dos coordenadores e coordenadoras de pastoral nas igrejas locais, padres, religiosas, cristão leigos e leigas, expressão de uma Igreja sinodal. O cardeal Steiner insistiu em que “a coordenação de pastoral é muito importante, não apenas para a diocese, mas para o Regional”, pedindo que no final do encontro seja elaborada uma carta aos bispos. Igualmente, ele destacou que “é das dioceses que vem essa dinâmica, não é do Regional. O Regional apenas acolhe para podermos ir ajudando as diversas igrejas particulares nas nossas prelazias e dioceses”, pedindo que no encontro “haja liberdade de podermos dizer o que nós pensamos. Isso sempre para o bem da Igreja, para o bem das nossas comunidades.”

O encontro está sendo uma oportunidade para que as igrejas locais partilhem sua caminhada pastoral. Uma caminhada que em 2025 tem como elemento importante a programação do Jubileu da Esperança, junto com as diversas atividades que são realizadas nas igrejas locais. 

Os coordenadores e coordenadoras partilharam as dificuldades e desafios, falta de pessoas para ajudar, para assumir o trabalho pastoral, pouco envolvimento dos padres, grandes distâncias, dificuldade para abrir e acompanhar os processos, cansaço nas lideranças, fações… Mas também os sinais de esperança, os caminhos a seguir que surgem nas assembleias de Pastoral, que estão levando a rearticular as pastorais, a ser uma igreja que aposta no laicato, na juventude, na missionariedade e na sinodalidade, em vista do avanço na evangelização, a fomentar a formação, sendo destacada a presença e acompanhamento dos bispos nas paróquias e comunidades e seu incentivo do trabalho pastoral. Sinais de esperança também presentes no Regional, com um maior investimento para fomentar a formação e os encontros e assim ajudar no avanço do trabalho pastoral. 

Ao longo do encontro, os coordenadores e coordenadoras de Pastoral do Regional Norte 1 irão estudar as Diretrizes para a Ação Evangelizadora da CNBB, que serão aprovadas na 62ª Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada no final de abril e início de maio em Aparecida. Igualmente, no encontro será abordado o Diretório das Pastorais e organismos do Regional Norte 1.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Cáritas Brasileira suspende projetos emergenciais de apoio a migrantes em Roraima

Cáritas Brasileira suspende projetos emergenciais de apoio a migrantes em Roraima

A instituição informou que a suspensão ocorre a pedido do financiador e diante da inexistência de novos aportes financeiros.

Cáritas Brasileira suspende projetos emergenciais de apoio a migrantes em Roraima

A Cáritas Brasileira anunciou, nesta segunda-feira (17), a suspensão por tempo indeterminado de dois importantes projetos emergenciais voltados para a população migrante e pessoas em situação de vulnerabilidade em Roraima. O “Projeto Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras”, que promovia o acesso à água, saneamento e higiene, e o “Projeto Sumaúma: Nutrindo Vidas”, que oferecia segurança alimentar e nutricional, tiveram suas atividades interrompidas devido à falta de novos recursos financeiros.

A instituição informou que a suspensão ocorre a pedido do financiador e diante da inexistência de novos aportes financeiros, o que inviabiliza a continuidade dos atendimentos. O Projeto Sumaúma era responsável por distribuir cerca de 1.800 refeições diárias no Posto de Recepção e Apoio (PRA) de Boa Vista, enquanto o Projeto Orinoco oferecia instalações para higiene pessoal, como banheiros, duchas, lavanderias e bebedouros, realizando cerca de 1.000 atendimentos diários.

Foto: Leonardo Milano/La Mochila Migrante

Segundo Wellthon Leal, assessor nacional da Cáritas Brasileira, a interrupção dessas atividades impacta diretamente a população em situação de rua e os migrantes que dependiam dos serviços. “A suspensão do Projeto Orinoco já havia ocorrido de forma parcial anteriormente, mas agora, com o esgotamento de recursos oriundos de doações, não conseguimos mais garantir o funcionamento”, explicou.

Ele também ressaltou que a falta de comunicação com o governo dos Estados Unidos, principal financiador dos projetos, inviabilizou a continuidade do fornecimento de alimentos e do pagamento da equipe envolvida no Projeto Sumaúma. “Já estamos mobilizando toda a nossa rede para buscar novos recursos, tanto no Brasil quanto no exterior, e seguimos dialogando com os governos municipal, estadual e federal, além de representantes internacionais, para discutir alternativas”, disse Leal.

Vanessa Ayres, também assessora nacional da Cáritas, alertou para o impacto que a suspensão causará na cidade de Boa Vista. “A sobrecarga sobre os serviços já existentes será enorme. Não são apenas migrantes que utilizavam essas estruturas, mas também brasileiros em situação de alta vulnerabilidade. O encerramento dessas atividades significa uma perda significativa para todos que dependem delas”, afirmou.

Foto: Leonardo Milano/La Mochila Migrante

Mobilização da Igreja e campanha de doação

A Cáritas Brasileira, vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem recebido apoio da Igreja Católica para manter diversos projetos pelo país. Wellthon Leal revelou que já houve um diálogo com Dom Evaristo Pascoal Spengler, bispo de Roraima, que busca apoio dentro da rede eclesial, inclusive com o Vaticano, para arrecadar recursos que possibilitem a retomada dos programas.

Em meio à crise, a Cáritas também lançou uma campanha emergencial de arrecadação. Segundo Áurea Cruz, coordenadora local do Projeto Sumaúma, a continuidade das atividades depende do apoio da sociedade. “Nosso custo mensal é alto, cerca de R$ 800 mil, principalmente devido aos encargos trabalhistas. Há a possibilidade de doações para compra de alimentos, mas não temos recursos para custear a mão de obra”, explicou. Desde o início do projeto, já foram servidas mais de 1,2 milhão de refeições.

Para garantir a continuidade desses serviços essenciais, a Cáritas Brasileira pede apoio financeiro por meio de doações. Os interessados podem contribuir via PIX (doe@caritas.org.br) ou transferência bancária (Banco do Brasil – Agência: 0452-9, Conta Corrente: 53.377-7). Para doações internacionais, os dados bancários incluem IBAN: BR1600000000004520000533777C1 e Swift: BRASBRRJSBO.

Foto: Leonardo Milano/La Mochila Migrante

Números do impacto dos projetos

  • De julho de 2019 a dezembro de 2024, mais de 100 mil pessoas foram atendidas pelo Projeto Orinoco.
  • No período, foram contabilizados 1,1 milhão de acessos a instalações sanitárias e 82 mil quilos de roupas lavadas.
  • Somente em 2024, foram atendidas mais de 50 mil pessoas, com uma média de 1.000 acessos diários.
  • O Projeto Sumaúma serviu 1.225.159 refeições entre agosto de 2022 e dezembro de 2024.
  • Foram atendidas 40.545 pessoas nesse período, considerando migrantes e brasileiros em situação de vulnerabilidade.

“Seguimos firmes em nossa missão de serviço, solidariedade e esperança, buscando caminhos para continuar atendendo quem mais precisa”, finaliza a nota da instituição.

 FONTE/CRÉDITOS: Filipe Gustavo

Povos indígenas celebram missa de ação de graças pela canonização de São José Allamano na Terra Indígena Raposa Serra do Sol

Povos indígenas celebram missa de ação de graças pela canonização de São José Allamano na Terra Indígena Raposa Serra do Sol

A missa ocorreu neste final de semana nos dias 14 a 16 de fevereiro, reunindo mais de 150 indígenas das regiões Surumu, Raposa, Serras e Baixo Cotingo

Povos indígenas celebram missa de ação de graças pela canonização de São José Allamano na Terra Indígena Raposa Serra do Sol
Padre Mugewa Joseph – Raposa Serra do Sol

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Nos dias 14 a 16 de fevereiro, ocorreu a Santa Missa de Ação de Graças pela Canonização de São José Allamano, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. A celebração ocorreu na escola do Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol, no Surumu, reunindo mais de 150 indígenas das regiões Surumu, Raposa, Serras e Baixo Cotingo, além de missionários da Consolata e lideranças religiosas.

A missa foi presidida por Dom Evaristo Pascoal Spengler, Bispo da Diocese de Roraima, e contou com a participação de Dom Zenildo Luiz, Bispo da Prelazia de Borba. O evento marcou não apenas a gratidão pela canonização de São José Allamano, mas também relembrou a caminhada dos povos indígenas junto aos missionários da Consolata desde sua chegada à região em 1948.

Segundo o padre Mugewa Joseph, organizador do evento, destacou que a canonização de Allamano é um sinal do amor de Deus pelos mais sofridos e marginalizados. “O milagre que levou à sua canonização é um chamado à conversão pessoal e social, especialmente para aqueles que interferem nos direitos dos povos indígenas”, afirmou. A intenção da missa foi dedicada à luta dos indígenas contra o marco temporal e a PEC 48, pedindo a intercessão de São José Allamano para que alcancem vitória em suas causas.

Homenagens

Durante a celebração, também foram homenageados dois missionários da Consolata que completaram 10 anos de ordenação sacerdotal: Pe. James Murimi, da missão Maturuca, e Pe. Victor Wafula Mbesi, da missão Cantagalo. A presença desses religiosos reforçou o vínculo entre a Igreja e as comunidades indígenas, destacando o trabalho missionário de promoção da vida, da cultura e dos direitos dos povos originários.

José Allamano

José Allamano, fundador dos Institutos dos Missionários da Consolata e das Irmãs Missionárias da Consolata, foi canonizado em 20 de outubro de 2024, no Vaticano, durante o Dia Mundial das Missões. Sua canonização foi resultado do reconhecimento de um milagre ocorrido na Missão Catrimani, na Amazônia brasileira, onde um indígena Yanomami foi curado de forma inexplicável após a intercessão de Allamano.

O Papa Francisco, durante a cerimônia de canonização, destacou que Allamano e os outros 14 novos santos canonizados naquele dia “viveram o estilo de Jesus: o serviço”. O pontífice também enfatizou a importância da atenção aos mais pobres e vulneráveis, citando especificamente o povo Yanomami e a necessidade de proteger seus direitos e territórios contra a exploração.

A Missão Catrimani, localizada na Amazônia brasileira, próxima à fronteira com a Venezuela, é um exemplo do legado de São José Allamano. Desde 1965, os missionários da Consolata têm trabalhado em defesa da vida, da cultura e do território do povo Yanomami, enfrentando desafios como a mineração ilegal e a poluição dos rios. O modelo de missão baseado no respeito e no diálogo promovido por Allamano tem sido fundamental para a construção de laços de amizade e alianças em prol do bem viver.

 FONTE/CRÉDITOS: Dennefer Costa