Foi realizada eleição da nova coordenação da Pastoral Indigenista da Diocese de Roraima

Encontro no Centro de Formação Raposa Serra do Sol destaca debates sobre o Marco Temporal, conjuntura política e prioridades para os povos indígenas.

Entre os dias 6 e 8 de novembro, o Centro de Formação Raposa Serra do Sol – Região Surumu foi palco da Reunião da Pastoral Indigenista, um evento de grande relevância que reuniu a Equipe Surumu e Lideranças Tradicionais Regionais. O encontro teve como objetivo principal lançar um olhar sobre as perspectivas e desafios dos Territórios Yanomami para o ano de 2024.

Durante os três dias, foram abordados temas cruciais, incluindo as perspectivas e retrocessos em relação ao Marco Temporal, desde as decisões do Supremo Tribunal Federal até o veto presidencial.

Nesta reunião realizou debates acerca das questões que impactam diretamente os territórios indígenas. A reunião encerrou-se de maneira marcante com a eleição da Nova Coordenação da Pastoral Indigenista para o periodo 2024-2026: Pe. Mattias, ir. Rita, Ir. simão.

Este evento reforçou o compromisso da Pastoral Indigenista na defesa e promoção dos direitos e interesses dos povos indígenas, destacando-se como um espaço crucial para a articulação e planejamento estratégico para o futuro.

PAPA NOMEIA PE. RAIMUNDO VANTHUY NETO COMO NOVO BISPO DE SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA NO AMAZONAS

O sacerdote foi escolhido para liderar a diocese, sucedendo a Dom Edson Taschetto Damian, que atualmente ocupa o cargo.

O Papa Francisco anunciou na quarta-feira, 8 de novembro, a nomeação de um novo bispo para a diocese de São Gabriel da Cachoeira, localizada no estado do Amazonas, Região Norte do Brasil. O sacerdote Raimundo Vanthuy Neto foi escolhido para liderar a diocese, sucedendo a Dom Edson Taschetto Damian, que atualmente ocupa o cargo.

A decisão do Papa Francisco representa um momento significativo para a comunidade católica da Região Norte do Brasil, especialmente para os fiéis da diocese de São Gabriel da Cachoeira. O novo bispo traz consigo uma rica trajetória de vida e uma sólida formação teológica.

Biografia do Pe. Raimundo Vanthuy Neto

 Pe. Raimundo Vanthuy Neto nasceu em 10 de maio de 1973, na cidade de Pau dos Ferros, no sertão nordestino do Brasil, na Diocese de Mossoró, Rio Grande do Norte. Ele é o filho de Manoel Urbano e Vicência Martins e cresceu em uma família composta por quatro irmãos e duas irmãs. Seu batismo ocorreu na festa de São Pedro, em 29 de junho de 1973.

A história de Pe. Vanthuy Neto está marcada por sua migração para a Amazônia/Roraima na década de 1980. Na Diocese de Roraima, ingressou no Seminário São José da Arquidiocese de Manaus, onde realizou seus estudos de Filosofia e Teologia no então CENESCH – Centro de Estudos do Comportamento Humano. Ele foi ordenado Diácono em 11 de julho de 1999 e, posteriormente, Presbítero em 3 de junho de 2001, por Dom Apparecido José Dias, em memória.

Além de sua formação em Teologia, Pe. Raimundo Vanthuy Neto possui mestrado em Missiologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, com uma dissertação intitulada “Dirigir Almas e Servir ao Jeito de Muitos – A Missão dos Beneditinos junto aos Povos Indígenas de Roraima (1909-1948).”

Sua jornada pastoral incluiu o estágio diaconal na Paróquia Sagrada Família, na Diocese de Santos, São Paulo, entre 1998 e 2000. Ele também desempenhou funções como pároco em diferentes paróquias, incluindo Nossa Senhora Consolata (2001-2004), Catedral Cristo Redentor e Matriz Nossa Senhora do Carmo (2005-2013) em Boa Vista. Em 2018, foi vigário da Área Missionária do Município do Cantá.

Além de suas responsabilidades pastorais, Pe. Vanthuy Neto contribuiu para o Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia – ITEPES (2014-2017), que hoje é a Faculdade Católica do Amazonas. Ele tem sido um colaborador ativo nos estudos sobre o Cristianismo e os Povos Indígenas na Amazônia, participando de encontros inter-regionais de Bispos desde 1997 e atuando como auditor no Sínodo para a Amazônia em 2019.

Além disso, o novo Bispo é membro do Instituto Secular – Associação dos Padres do PRADO e colaborou no Conselho Nacional do Prado no Brasil de 2017 a 2023. Ele também viveu o Ano Internacional Pradosiano em Lyon, na França.

Atualmente, Pe. Raimundo Vanthuy Neto é membro do Colégio de Consultores, do Conselho Presbiteral e atua como chanceler da Diocese de Roraima.ee

A nomeação de Pe. Raimundo Vanthuy Neto foi recebida com entusiasmo pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que enviou saudações calorosas ao Pe. Raimundo Vanthuy Neto em reconhecimento aos anos de serviço dedicados à diocese de Roraima. A CNBB expressou confiança de que o novo Bispo, com sua vasta experiência pastoral e acadêmica, continuará a liderar a comunidade católica na Região Norte do Brasil com sabedoria e dedicação.

Saudação ao novo bispo da diocese de São Gabriel da Cachoeira

Estimado irmão, monsenhor Raimundo Vanthuy Neto

Muito nos alegra a notícia de sua nomeação realizada pelo Santo Padre, o Papa Francisco, na manhã desta quarta-feira, 8 de novembro, para a diocese de São Gabriel da Cachoeira, localizada no extremo noroeste do país.

Essa Igreja Particular possui uma característica muito marcante, pois tem a maior percentagem de população indígena do Brasil, além de ter um território extenso, situado às margens da bacia do Rio Negro.

Gostaríamos de recordar-lhe que a Igreja é toda missionária e que é na missão que encontra a sua unidade, portanto, ide e se inspire nos quatro grandes sonhos do Papa Francisco, citados em sua Exortação Apostólica Pós-Sinodal “Querida Amazônia” para a região: lute pelos direitos dos mais pobres; preserve a riqueza cultural; zele pela beleza natural e por uma Igreja com rosto amazônico.

“Conhecer Jesus Cristo é tudo”, assim dizia o beato Antônio Chévrier, fundador do Prado.

Que as palavras de Jesus sejam sempre o seu ponto de referência!

Em Cristo, 

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Presidente da CNBB

Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo de Goiânia (GO)
Primeiro Vice-presidente da CNBB

Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Arcebispo de Olinda e Recife (PE)
Segundo Vice-presidente da CNBB

Dom Ricardo Hoepers
Bispo Auxiliar de Brasília (DF)
Secretário-geral da CNBB

A chegada de Pe. Raimundo Vanthuy Neto à diocese de São Gabriel da Cachoeira é aguardada com expectativa e esperança, uma vez que ele traz consigo uma profunda ligação com a Amazônia e uma vasta experiência na missão de servir e guiar as comunidades católicas na região. A diocese e seus fiéis se preparam para acolher seu novo líder e acompanhar o caminho que ele traçará para a comunidade local.

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PRESIDENTES DA CNBB, DA CÁRITAS E DA REPAM-BRASIL PEDEM ÀS DIOCESES QUE APOIEM AS VÍTIMAS DA SECA NA AMAZÔNIA

Continua a mobilização de toda a Igreja no Brasil para socorrer os irmãos e irmãs da Amazônia que sofrem com as consequências da estiagem na região. Os presidentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),  dom Jaime Spengler; da Cáritas Brasileira, dom Mário Antônio da Silva; e da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil), dom Evaristo Paschoal Spengler, assinaram a carta intitulada “Clamamos por uma Amazônia viva!”. No texto, conclamam toda as dioceses, paróquias e comunidades a unirem forças em oração e doação pelos que mais precisam, por meio da campanha “SOS Amazônia – defenda a vida, apoie agora”

Por conta da redução do nível dos rios, são mais de 500 mil pessoas afetadas pelos efeitos da estiagem e mais de 50 municípios do Amazonas em alerta de emergência, alguns deles isolados. Comunidades indígenas e ribeirinhas estão sem acesso à alimentação e água potável.

“A Amazônia clama pela nossa ajuda, nesse momento de sofrimento. A severa estiagem que atinge a região, está provocando uma série de dificuldades na vida das comunidades que dependem diretamente das águas dos rios para o seu sustento, navegação e sobrevivência”, afirmam os bispos.

20.10.23 Governador Wilson Lima leva ajuda humanitária  a Tefé

Foto: Alex Pazuello/Secom Governo do Amazonas

A campanha SOS Amazônia tem o objetivo de arrecadar recursos para a aquisição de produtos alimentares, água e outras necessidades que possam apoiar as famílias amazônidas afetadas pelos efeitos da estiagem.

“Conclamamos o auxílio das dioceses, paróquias e toda comunidade cristã para unir forças em oração e doação, pelos nossos irmãos e irmãs que mais precisam”, pedem na carta.

Confira a carta na íntegra.

As doações podem ser realizadas através das seguintes contas:

Banco do Brasil
Agência – 0452-9
Conta Corrente: n° 52.755-6
Pix: 33.654.419.0001-16 (CNPJ)

Caixa Econômica Federal
Agência – 1041
Operação – 003
Conta Corrente: 3573-5

São Nuno de Santa Maria, o grande Santo Condestável

Origens 

Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal em 24 de junho de 1360. Filho do cavaleiro dos hospitalários, Álvaro Gonçalves Pereira recebeu a educação cavalheiresca, típica dos filhos das famílias nobres de seu tempo.

Juventude
Aos treze anos, tornou-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser, pouco depois, cavaleiro. Em 1376, aos 16 anos, casou-se, por vontade de seu pai, com a jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim. De sua união nasceram três filhos: dois homens, que morreram em tenra idade; e uma menina, Beatriz, a qual mais tarde viria a casar-se com o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.

Condestável por D. João I
Em 1383, diante da crise causada pela morte do rei D. Fernando, sem ter deixado filhos varões, seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter se casado com a filha do falecido rei. Tomando o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, comandante supremo do exército, Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até ser consagrado na batalha de Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385, a qual acabou por determinar a resolução do conflito.

A  Perspicácia Militar de São Nuno de Santa Maria era acompanhado pela sua espiritualidade 

Dotes Militares
Os dotes militares de São Nuno eram, no entanto, acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela Eucaristia e pela Virgem Maria eram os alicerces de sua vida interior. O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros de São Tiago e São Jorge. Construiu ainda às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de Santa Maria da Vitória.

Entrada no Convento
Após a morte de sua esposa, no ano 1387, Nuno recusou um novo casamento, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente alcançou a paz, distribuiu a maior parte de seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acabou por se desfazer totalmente dos demais em 1423, quando decidiu entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria.

São Nuno dedicou-se totalmente aos Serviços do Senhor e de Maria 

Abandono das Armas
Impelido pelo amor, abandonando as armas e o poder, para revestir-se da armadura do Espírito recomendado pela Regra do Carmo, essa era a opção por uma mudança radical de vida em que selava o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado.

Abandono dos Privilégios
O Condestável do rei de Portugal, o comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao ingressar no convento, abriu mão de todos os privilégios para assumir a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor e de Maria — sua Padroeira que sempre venerou —, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.

Páscoa

São Nuno de Santa Maria morreu aos 71 anos de idade. Era o domingo de Páscoa, dia 1 de abril de 1431. Após sua morte, passou imediatamente a ser aclamado “santo” pelo povo que, desde então, começou a chamá-lo de “Santo Condestável”.

Via de Santificação

Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV através do Decreto “Clementíssimus Deus”, e foi consagrado beato no dia 6 de novembro. O Santo Padre, Papa Bento XVI, durante o Consistório de 21 de fevereiro de 2009, determinou que o beato Nuno fosse inscrito no álbum dos santos no dia 26 de abril de 2009.

Minha oração

“São Nuno, que soube desapegar-se dos cargos para seguir a Deus por inteiro, rogai por nós para que não coloquemos o trabalho ou qualquer outro tipo de coisa acima do Senhor Jesus. Que Ele reine em nossas vidas e de nossas famílias. Amém.”

São Nuno de Santa Maria, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 6 de novembro

  • Em Toniza, na Numídia, hoje Túnis, na Tunísia, São Félix, mártir. († s. III)
  • Comemoração de São Paulo, bispo de Constantinopla. († c. 351)
  • Em Rennes, na Bretanha Menor, atualmente na França, São Melânio, bispo. († d. 511)
  • No mosteiro de Llanilltud Fawor, na Câmbria, hoje País de Gales, lugar que tomou o seu nome, Santo Iltuto, abade, que fundou este cenóbio. († c. 540)
  • Em Noblac, perto de Limoges, na Aquitânia, atualmente na França, São Leonardo, eremita. († c. s. VI)
  • Em Jerusalém, os santos CalínicoHimérioTeodoroEstêvão, outro TeodoroJoão, outro João e mais alguns cujo nome é desconhecido, mártires. († 638)
  • Em Barcelona, na Hispânia, São Severo, que, segundo a tradição, recebeu a coroa do martírio. († c. s. VII)
  • No território dos Helvécios, na Borgonha, atualmente na Suíça, São Protásio, venerado como bispo de Lausana. († s. VII)
  • No território de Thérouanne, na Austrásia, hoje na França, São Vinoco, abade. († 716)
  • Em Apt, na Provença da Gália, na França, Santo Estêvão, bispo. († 1046)
  • Em Le Dorat, no território de Limoges, na Aquitânia, hoje também na França, São Teobaldo, presbítero,. († 1070)
  • Perto de Colónia, na Lotaríngia, na atual Alemanha, a Beata Cristina de Stolmeln, virgem. († 1312)
  • Em Nishizaka, no Japão, o Beato Tomás de Santo Agostinho, presbítero da Ordem de Santo Agostinho. († 1637)

Santo do dia Santa Lídia

“Umas das primeiras santas a ser venerada dentro da fé católica”

Uma antiga tradição cristã a respeito do culto aos santos demonstra que Santa Lídia foi uma das primeiras santas a ser venerada dentro da fé católica.

Lídia era uma prosélita, ou seja, uma pagã convertida ao judaísmo. Veio da Grécia asiática e instalou-se para o seu comércio em Filipos, porto do Mar Egeu.

Fez-se cristã pelo ano de 55, quando São Paulo evangelizava essa região. São Lucas, que andava com o Apóstolo, contou este episódio: “…Filipos, que é a cidade principal daquele distrito da Macedônia, uma colônia (romana). Nesta cidade nos detivemos por alguns dias. No sábado, saímos fora da porta para junto do rio, onde pensávamos haver lugar de oração. Aí nos assentamos e falávamos às mulheres que se haviam reunido. Uma mulher, chamada Lídia, da cidade dos tiatirenos, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava. O Senhor abriu-lhe o coração, para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16,12-14).

As formalidades da canonização levam frequentemente muitos anos. Foram, porém, curtíssimas ao tratar-se de Santa Lídia. Foi Barónio (+ 1607) que, em 1586, com sua própria autoridade, a introduziu no Martirológio romano, cuja revisão lhe estava entregue.

Santa Lídia, rogai por nós!