ENCONTRO REGIONAL DA CNBB REÚNE LÍDERES RELIGIOSOS PARA DISCUTIR DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A AMAZÔNIA EM ENCONTRO MARCADO POR ESPIRITUALIDADE

o encontro ocorre entre os dias 5 a 8 de fevereiro.

No período de 5 a 8 de fevereiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) do regional Norte 1 reúne representantes das regiões do Amazonas e Roraima no Sesc Tepequém. Este encontro tem como objetivo central a discussão de temas para a região e sua população.

Entre os participantes está o arcebispo de Manaus e presidente do regional Norte 1, Cardeal Dom Leonardo Ulrich Steiner . Ele expressou a importância do encontro. “Além de momentos de confraternização e lazer, o evento aborda questões administrativas e pastorais, com a presença especial de Dom Gilberto, Arcebispo do Maranhão, representando a Comissão Episcopal para a Amazônia”, disse.

“Em futuras reuniões, a questão indígena será abordada, e o encontro atual proporciona espaço para discutir temas relevantes, não apenas com a presença de bispos, mas também de religiosos, padres e indígenas”, completou.

Além do Cardeal Dom Leonardo, outros bispos marcam presença, sendo um deles Dom Gilberto Pastana, Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia. Dom Gilberto enfatizou a escuta atenta aos bispos, reconhecendo as esperanças e dificuldades enfrentadas na realização da missão.

“O encontro não se limita apenas a discussões formais; há também momentos de espiritualidade e oportunidades para a troca de experiências pastorais. Os bispos terão a chance de compartilhar vivências, sucessos e desafios em suas dioceses”, disse Dom Gilberto.

Dom Evaristo Pascoal Spengler, bispo da Diocese de Roraima, destacou pautas importantes. “Sobre as pautas importantes, destacamos o regulamento regional e a articulação de diversos organismos na Amazônia. Vale destacar a necessidade de levar essas discussões para outras instâncias, como a CNBB e a Conferência Eclesial da Panamazônia”, disse Dom Evaristo.

O Bispo de Roraima destacou ainda as novidades do encontro. “Uma novidade no encontro deste ano é a entrada de três novos bispos, trazendo uma perspectiva renovada para as decisões e articulações futuras. A diversidade de bispos de diferentes ordens e regiões reforça o compromisso da CNBB em unir a Igreja Católica no Brasil, buscando soluções comuns para os desafios contemporâneos”, completou.

O evento promete ser um momento de diálogo fraterno, discernimento espiritual e fortalecimento da missão da Igreja diante dos desafios enfrentados pela sociedade brasileira contemporânea.

FONTE/CRÉDITOS: Filipe Gustavo

Celebração de Alegria e Renovação: Dom Vanthuy Neto é Ordenado Bispo de São Gabriel da Cachoeira

Em uma cerimônia marcada por entusiasmo e fraternidade, o Monsenhor Vanthuy Neto assume sua nova missão episcopal na presença de milhares de fiéis e líderes religiosos.

Em um cenário repleto de fervor religioso, as primeiras luzes do dia testemunharam a chegada de caravanas e veículos provenientes das distintas áreas missionárias de Boa Vista e do interior de Roraima. O motivo era singular e auspicioso: a tão aguardada ordenação episcopal do então Monsenhor Dom Vanthuy Neto.


Ao adentrar o recinto, Monsenhor Vanthuy foi calorosamente recebido por um mar de aplausos e cumprimentos fraternos, irradiando um sorriso que refletia a alegria e a devoção presentes naquele momento. Milhares de pessoas, unidas pelo elo da fé, testemunharam a solenidade que transformou o sacerdote e bispo, prometendo um caminho de liderança espiritual para a comunidade religiosa local.
A celebração eucarística começou e foi presidida pelo Cardeal Leonardo Ulrich Steiner da Arquidiocese de Manaus, às 8:30h, foi acompanhada mais de 20 bispos de outros estados, além disso, também estiveram presentes 3 representações internacionais da Venezuela, Colômbia e Itália, padres, diáconos, religiosos e religiosas, em comunhão e fraternidade, participaram desse momento.


Após a aclamação do Evangelho, iniciou-se o rito de ordenação, quando Monsenhor Vanthuy foi conduzido à presença de Cardeal Leonardo pelos Bispos e Padre assistentes. Após a apresentação do eleito, o Arcebispo de Manaus proferiu a homilia, destacando o chamado ao episcopado no clero amazonense, especificamente no São Gabriel da Cachoeira.
O chamado ao episcopado
“É uma imensa alegria estar aqui de volta a Boa Vista para ordenação do Dom Vanthuy Neto que vai ser o meu sucessor em São Gabriel. A gente está com a coração vibrando de alegria e será uma celebração inesquecível aqui para Boa Vista. Vamos acompanhar esta celebração que vai trazer paz e alegria para todos nós.””, afirmou Dom Leonardo.


Em seguida, procedeu-se os demais ritos de ordenação, sendo Dom Geraldo saudado com aplausos pelos presentes ao ser aclamado bispo.
Símbolo dessa oblação e comunhão do clero, a cerimônia foi marcada pela presença de: Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, Dom Evaristo Spengler, Dom Mario Antônio, Dom Roque Paloschi e Dom Edson Damian.
Para Dom Mario, “É um dia realmente de emoção, um dia também vocacional, um dia especial da graça de Deus para esta igreja particular e para toda a nossa amazónia em comunhão, sobretudo com a igreja de São Gabriel da Cachoeira. Nos alegramos como o monsenhor Vanthuy para servir a igreja de Jesus Cristo na Amazónia, ainda nesse Regional Norte 1, um especificamente, São Gabriel da Cachoeira é toda a nossa igreja na Amazônia, inclusive arquidiocese de Cuiabá, onde estou hoje, que se une a Alegria com a igreja de Roraima para juntos é acompanharmos essa ordenação e a nova missão de Dom Vanthuy”, destacou.
Ao novo bispo brasileiro, Dom Mario manifestou sua felicidade na sua missão: “Nos alegramos como o monsenhor Vanthuy para servir a igreja de Jesus Cristo na Amazónia, ainda nesse Regional Norte 1, um especificamente, São Gabriel da Cachoeira é toda a nossa igreja na Amazônia, inclusive arquidiocese de Cuiabá, onde estou hoje, que se une a Alegria com a igreja de Roraima para juntos é acompanharmos essa ordenação e a nova missão de Dom Vanthuy””, afirmou.
Vale pena destacar a importância desta Ordenação episcopal de Dom Vanthuy Neto, pois é a primeira que recebe um Padre da Diocese de Roraima.

Dom Vanthuy Neto:
Pe. Raimundo Vanthuy Neto, nasceu no sertão nordestino em 10 de Maio de 1973, em Pau dos Ferros / alto oeste do Rio Grande do Norte, na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, Diocese de Mossoró, filho de uma família de quatro irmãos (Tarcísio, Urbano, Etevaldo) e duas irmãs (Taneide e Vaneide)
O Santo Padre, o Papa Francisco o nomeou Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira em 08 de novembro do ano passado de 2023. Escolheu como lema: Servir o na Caridade e na Esperança, e a Posse será no dia 11 de fevereiro em São Gabriel da Cachoeira. Marcada pelos seus 23 povos originários e pela presença missionária dos Salesianos e Salesianas, a família espiritual de Dom Bosco.

Fotos: Libia López

DOM VANTHUY: “GRATIDÃO AO POVO DE DEUS DO ALTO RIO NEGRO, QUE ME CONVIDAM E ME DEIXAM ENTRAR EM SUA BARCA”

Uma celebração marcada pela simplicidade de um bispo que escolheu as sandálias, símbolo tradicional de missão, para calçar em um dia de grande importâ

Gratidão foi a palavra que marcou a intervenção de Dom Raimundo Vanthuy Neto, bispo eleito de São Gabriel da Cachoeira, no final da celebração, presidida pelo cardeal Leonardo Steiner, em que foi ordenado bispo. Uma celebração marcada pela simplicidade de um bispo que escolheu as sandálias, símbolo tradicional de missão, para calçar em um dia de grande importância daqui para frente.

Gratidão em primeiro lugar a Deus, “Trindade Santa que olhando a minha pequenez quer ainda se servir dela, a graça a mim dada/conferida nesta manhã na sucessão dos apóstolos, é mais uma possibilidade do Senhor de fazer avançar minha conversão, que aponta para o seguimento mais de perto de Jesus, pobre da Manjedoura, entregue na Cruz e doado na Eucaristia”, disse o novo bispo. Ele insistiu em que “só posso comprender o mandato do Papa Francisco na pespectiva que o Espíirto Santo ainda tem muito trabalho na minha pobre e fragil humanidade e por isso encontrou na Igreja do Alto Rio Negro na sagrada companhia dos mais de 23 povos originários, nos seus caminhos sagrados, suas culturas, nas suas vidas, na pluralidade daquelas etnias o lugar da graça e da visibilidade do seu amor a mim”, agradecendo aos bispos presentes.

Gratidão à Igreja de Manaus, onde se formou no Seminário São José, à amada Igreja de Roraima, aos corajosos Povos Indígenas, insistiendo em que nesta Igreja, “vocês me acolheram na mais bela aventura da vida cristã, a vida comunitária, na audácia da missão, na formação das lideranças, no andar juntos. Aqui vocês me gestaram sempre para ser melhor, do útero da minha família, aqui fui alimentado pelo testemunho de grandes missionários e testemunhas da fé”, lembrando o nome de muitos deles, das religiosas, “verdadeiras mães no dar a vida pela missão”.

Gratidão ao Prado, que definiu como “a escola que Deus me chamou desde o seminário para seguir seu Filho Jesus mais de perto, no estudo do Evangelho cotidiano, a fim de fazer chegar o Evangelho onde ainda no meu ser não entrou de cheio, no serviço à evangelização dos pobres, no dom da vida fraternal”, concretizado naqueles que fazem parte dessa espiritualidade e tem caminhado com ele.

Gratidão ao povo de Deus do Alto Rio Negro, das comunidades da diocese de São Gabriel, “que me convidam e me deixam entrar em sua barca, suas canoas com e remos e rabetas, para experimentar os frutos do Evangelho plantado pelos inumeros missionários e missionárias da nobre familia salesiana, os filhos e filhas de Maria Auxiliadora e de dom Bosco”. Ele agradeceu por “me deixarem com as comunidades a continuarem a semear o Evangelho, pois lá me dizem sem medo que a boa noticia das culturas indígenas continuam a acolher a boa notícia do Evangelho”.

Falando sobre sua nova diocese, ele destacou que “lá  muitos missionários, missionárias armaram suas redes e muitos nasceram de novo, como disse Jesus a Nicodemos, nas águas da vida de vossas comunidades e no amor terno dos preferidos de Deus, os pobres. As missionárias salesianas contam que chegaram como amigas e foram convertidas em irmãs. Essa é a novidade do Evangelho, de estrangeiros, Jesus nos faz todos irmãos e irmãs, uma só família, o Povo de Deus. Assim, quero chegar eu, como aluno da escola de Jesus Cristo, pequeno servo da vinha do Senhor e filho da Igreja, me coloco à disposição de ir caminhar com vocês e conhecer esse mundo fascinante de muitas culturas originárias, das águas e da floresta. Peço de me ajudarem a vencer o medo das cachoeiras, do novo que me é dado agora viver”.  Um sentimento de gratidão enorme a dom Edson, “muito obrigado meu irmão pelas sementes semeadas, vou lá na tentativa de continuar a cultivar e ousar a continuar a semeadura”. 

Falando sobre o Alto Rio Negro, seu novo bispo a partir de 11 de fevereiro, disse que “escuto que essa grande região ainda é como um cobiçado jardim da Criação onde a natureza e as sociedades vivem em equilíbrio. O compromisso da defesa e do cuidado com a Casa Comum tornou-se uma missão essencial dos Povos da Amazônia, dos povos do Rio Negro, dos migrantes que chegaram nessa região, do Estado Brasileiro e, claro, também da Igreja. Em muitas partes da Amazônia, aqui em Roraima já sentimos os efeitos devastadores do garimpo, da contaminação das águas, do desmatamento, da pesca predatória, e do avanço da fronteira do agronegócio. Aprendemos na seca dos nossos rios que ano passado assolou a Amazônia, revela que  a agressão à Casa Comum nos afeta a todos e tem consequências que vão além de nós. Diante das crises climáticas somos chamados a dar as mãos, a trabalhar em colaboração e com esperança”.

Finalmente gratidão “a meus pais e irmãos”, que “me moldaram na graça da boa noticia de Jesus, de filho e irmão. A seca, a pobreza do Nordeste nos trouxeram a uma terra tão boa e cheia de esperança, Roraima. Somos do sertão do Rio Grande do Norte, de Pau dos Ferros, da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, da Diocese de Mossoró”.

Um sentimento de gratidão “ao Senhor que conduz a missão de bispo a qual sou envia hoje, só pode ser numa única perspectiva, na perspectiva do Servir na Caridade e na Esperança, desta intuição vinda das primeiras comunidades cristãs, nasce a indicativa do ministério que nesta  manhã, vocês me comunicam, vocês, por que todos aqui temos a única igualdade, a fonte de onde emana todo chamado, o Batismo, a fonte de todos os serviços na Igreja, é Cristo, somos todos de Cristo e  nele somos de Deus”. 

Dom Vanthuy insistiu em que “vou para o Rio Negro, pois lá Belém se apresenta, na simplicidade, na pobreza, na acolhida, na precariedade, no essencial para se bem viver, tão presente nas comunidades indígenas, por lá também sei que  o calvário há de chegar, pois nosso Mestre Jesus bem nos lembra, nos alerta, quem quizer me seguir renuncie a si mesmo tome sua crus e me siga, para abraçar o verdadeiro dispulado é preciso abraçar a Cruz, sigularmente nos dias de hoje diante de uma religiosidade que quer prosperidade e sucesso, bençãos e bem estar,  lá junto dos rio negrinos sei o sofrimento bate pelo suícidio que avança sobre a juventude,  lá muitas familia carregam a cruz pesada, destruidora e mortal que é a bebida alcoolica, veneno destruidor da vida pessoal e comunitária… lá os missionários e tantos amigos da vida se somam ao canto do anuncio em tantas línguas, que a vida deve está em primeiro lugar,  lá a mesa da Última Ceia, da Eucaristia e de suas lições estáo postas, onde a partilha, o não acumulo, o saber viver com necessário, diante do consumo desefreado e egoista há de ser regra libertadora e anunciadora do dividir, do partilhar do que se tem e do anuncio da vida comunitária, como bem maior frnte o individualismo sedutor e embriagante que nossas sociedades urbanas vão se alimentando e se tornando obesas e doentes”.

Segundo o novo bispo, “são estas as dádivas que se abrem a mim hoje pelo sagrado dom do ministério de bispo do Rio Negro”, pedindo ao Santo Espírito “dai-me a graça de sair de minha miopia pessoal e as vezes coletiva que este mundo me envolve, concede-me mais aprender a viver o Evangelho que só falar del, o Verbo, o Cristo”.

 FONTE/CRÉDITOS: Luis Miguel Modino

DOM VANTHUY É ORDENADO BISPO PARA “NOS AJUDAR A SER UMA IGREJA SEMPRE MAIS ACOLHEDORA DAS CULTURAS”

“Toda vocação é uma escolha para participar plenamente desse amor”.

Boa Vista, sede da diocese de Roraima acolheu neste domingo 4 de fevereiro de 2024 a ordenação episcopal de Mons. Raimundo Vanthuy Neto, bispo eleito da diocese de São Gabriel da Cachoeira, que escolheu como lema: “Servir na Caridade e na Esperança”. Uma celebração marcada por uma realidade indígena presente na igreja local e naquela que o Papa Francisco lhe confiou para ser seu pastor, seu bispo. A benção inicial do Povo Macuxi, a primeira leitura e a apresentação do candidato nessa mesma língua, a benção indígena de um padre de São Gabriel da Cachoeira, a continua presença dos povos indígenas de Roraima na celebração, são detalhes que mostram o desejo da Igreja da Amazônia de acolher a riqueza das culturas dos povos da Amazônia.

Na homilia, o cardeal Steiner começou lembrando as palavras de Jesus no Evangelho: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi”, insistindo em que “todos nós fomos escolhidos, buscados, todos nós fomos amados: ‘eu vos amei, como meu Pai me amou’. Fomos desejados, amados com o amor que o Pai amou o seu filho Jesus. No mesmo amor, na mesma intensidade, na mesma afabilidade, fomos e somos amados, amadas. E porque fomos atingidos por um amor inigualável, gratuito, Jesus nos faz um pedido: ‘permanecei no meu amor’”.

Segundo o arcebispo de Manaus, “a realização da nossa vida, a alegria de viver, de saborear a vida vem do amor que recebemos de Jesus. Ele desperta uma alegria plena, realizadora. Um amor que plenifica, cria a verdadeira família, a verdadeira comunidade, a Igreja”, recordando as palavras de Jesus: “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Uma frase que o levou a perguntar: “Como nos amou?”, dando ele mesmo a resposta: “ofertando a sua vida”. Dom Leonardo disse que “como a mãe entrega a sua vida no cuidado materno para que os filhos cresçam e cheguem à maturidade de uma vida plena, muito mais fez Jesus. Nos amou até a morte e morte de cruz.

Um amor que aparece definido no Evangelho: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos”, afirmando que “é desse amor que vivemos, é nesse amor que nos movemos, é desse amor que nos alimentamos e damos frutos: geramos, educamos, plenificamos vidas”. O cardeal Steiner “esse amor nos escolheu, a esse amor fomos chamados. Esse amor nos encontrou. Nenhuma iniciativa nossa”. Lembrando as palavras de São Bernardo sobre a escolha, o chamado, disse. Isso porque “no amor somos escolhidos, não escolhemos. Nesse amor benevolente somos todos discípulos missionários, todas discípulas missionárias, pois tomados pela dinâmica extraordinária de pertencermos à predileção amorosa de Deus”.

Toda vocação é uma escolha para participar plenamente desse amor. Toda vocação é a possibilidade de permanecer no amor de Jesus e em Jesus viver a graça do Reino. Toda a vocação é um modo de guardar e ser guardado pelo mandamento do amor. É desse amor que toda a vocação e ministério se alimenta e é dinamizado. É no Reino do “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”, que a alegria é plena e realizativa. Toda a vocação é dar a sua vida em resgate por muitos, por todos os que são e não são amigos e amigas de Jesus, mesmo os inimigos”, refletiu o cardeal de Manaus. 

Lembrando a escolha dos Doze para caminhar com Ele e enviá-los a pregar o Reino de Deus, Dom Leonardo Steiner disse que “eles foram as testemunhas da vida, da morte e da ressurreição de Jesus; testemunhas do amor que tudo vivifica e restaura. Nessa missão foram confirmados pelo Espírito Santo, segundo a promessa: ‘Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, Samaria e até os extremos da terra’”. Isso porque “a missão dos apóstolos de anunciar o Evangelho da vida deveria durar até o fim dos séculos (cf Mt 28,20), por isso, os apóstolos constituíram sucessores (LG, 20)”.

A celebração de ordenação episcopal “visibiliza, mais uma vez, a escolha, o chamado, o envio, a frutificação”. Ele lembrou que “a Igreja aqui reunida invocará o Espírito Santo sobre padre Raimundo Vanthuy e com o gesto milenar da imposição das mãos dos bispos, com a oração de ordenação e a unção, ele recebe o múnus episcopal e participa do colégio dos bispos como sucessor dos apóstolos. Ele participará do múnus dos apóstolos de anunciar, bendizer e cuidar do Reino de Deus, da igreja de São Gabriel da Cachoeira”.

Comentando a primeira leitura, o cardeal disse que “o Espírito e a unção enviam para uma presença de caridade, de amor, de esperança! Hoje, após a invocação do Espírito Santo, a imposição das mãos, a oração de ordenação e a unção com o óleo do crisma, padre Vanthuy poderá dizer com o profeta: ‘O espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu’. Vamos impor as mãos na força do Espírito Santo e te ungir, para seres enviado. Enviado para dar a boa-nova aos humildes, curar as feridas da alma e do corpo, pregar a redenção aos cativos no corpo e no espírito; a liberdade aos que estão presos em si mesmos, nas prisões da ganância, da morte, das ideologias; consolar todos os que choram e gemem. Serás enviado para proclamar o tempo da graça, da libertação, da transformação, da salvação, pois levarás na alegria o óleo da caridade e o vinho da esperança (cf. Is 61,1-3ª). Enviado na caridade e na esperança! Não é privilégio, mas uma missão que te é confiada. Enviado para recordar, rememorar, viver na caridade e na esperança”.

“Pelo sacramento da Ordem o bispo recebe o dom da caridade pastoral de Cristo. A caridade pastoral cria a comunhão e desperta para a plenificação da vida segundo o Evangelho. Um modo da caridade é a compaixão, compadecer-se dos frágeis, dos que foram colocados à margem, seja pela cultura, seja pelo sistema econômico. Cuidar das comunidades com amor paterno-materno, sendo bondoso e compassivo com os doentes e todos os necessitados no corpo e no espírito. Com uma vida simples e sóbria, ativa e generosa, estar com os últimos da nossa sociedade e colocá-los ao centro da comunidade cristã. Como bispo deixar-se tomar pela ‘fantasia da caridade’ para encontra modos de acolhimento, de transformação, de inspiração, de proximidade e acolhida”, lembrou o cardeal citando Pastores Gregis, nº 20.

Dom Leonardo Lembrou as palavras de Papa Francisco aos irmãos do Prado onde fala da “fantasia da caridade”, onde lhes convida “a regressar continuamente à magnífica figura do vosso fundador, a meditar sobre a sua vida, a pedir a sua intercessão. A experiência espiritual que ele viveu intensamente – uma compaixão imensa pelos pobres, a compreensão e a partilha dos seus sofrimentos e, ao mesmo tempo, uma contemplação do despojar-se de Cristo que se fez um deles – foi a fonte do seu fervor apostólico (cf. Papa Francisco, 2018). A criatividade, a fantasia da caridade do Bem-aventurado Antônio Chévrier, será também a fantasia do teu ministério episcopal. O teu ministério tenha a força e a dinamicidade de promover, ‘globalizar’ a caridade”.

Globalização onde, segundo o cardeal, “a delicadeza de caridade eleva, ilumina, consola, se inclina, lava os pés da existência. A delicadeza da caridade que olha nos olhos a violência, não teme o poder da dominação, do dinheiro, do poder. Na delicadeza da caridade, o bispo quando ensina, ao mesmo tempo santifica e governa o Povo de Deus; enquanto santifica, também ensina e governa; quando governa, também ensina e santifica”. Ele lembrou que “Santo Agostinho ensina que a totalidade do ministério episcopal é amoris officium, o ‘ofício do amor’”.

Segundo o presidente do Regional Norte1 da CNBB, “o bispo é enviado como esperança! Não somente porque anuncia ao mundo a esperança do Reino, mas porque é presença de esperança no Ressuscitado. Profeta da esperança! Ser profeta, testemunha e servo da esperança. Infundir confiança e proclamar perante quem quer que seja as razões da esperança cristã”, segundo diz a Primeira Carta de Pedro. “Profeta, testemunha e servo da esperança sobretudo nas realidades onde o esquecimento de Deus e o esquecimento dos pobres é palpável, onde os indígenas são violentados. Onde falta a esperança, também a fé é posta em questão. O amor enfraquece, quando o horizonte da esperança desaparece. A esperança que o Ressuscitado trouxe à luz”, enfatizou.

Citando Santo Agostinho, ele disse que a “esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”. O cardeal destacou que “por ser profeta da esperança, o bispo é inquieto, insatisfeito, sonhador, transformador, deixa-se tomar pelo movimento da geração, da transfiguração. A esperança na sua filha indignação, indica o sentido do anúncio e da visibilização do reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça do amor e da paz”, recordando as palavras do Prefácio. Ele insistiu em que “o bispo pode ser tomado de indignação, quando guiado e tomado pela verdade, a justiça e paz. E porque vive do Reino, a coragem o impulsiona a propor, ensinar, refletir, questionar, procurar e indicar o caminho da justiça, da equidade, da fraternidade”.

O bispo é um convite à esperança, pois fala duma realidade que está enraizada no mais fundo do ser humano. Fala duma sede, duma aspiração, dum anseio de plenitude, de vida bem-sucedida, de querer agarrar o que é grande, o que enche o coração e eleva o espírito para coisas grandes, como a verdade, a bondade e a beleza, a justiça e o amor. A esperança desperta ousadia, sabe olhar para além das comodidades pessoais, das pequenas seguranças e compensações que reduzem o horizonte, para se abrir aos grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna, atraente e sublime. Caminhe na esperança, o Povo de Deus a ti confiado seja ungido com a esperança, e toda a tua evangelização esteja guiada pela esperança que nasce do Espírito Santo!”, afirmou Dom Leonardo inspirado nas palavras de Papa Francisco.

Ele enfatizou que “a esperança na indignação e na coragem é sonhadora e criativa. Papa Francisco nos diz que devemos ser criativos, inconformados, dinâmicos, sonhadores, corajosos. Na indignação e na coragem inculturar o Evangelho, viver uma espiritualidade inculturada, celebrar a fé, a esperança e caridade nas culturas locais”.

Se dirigindo ao novo bispo, Dom Leonardo lhe disse: “o teu ministério episcopal na diocese mais indígena do Brasil, possa nos ajudar a ser uma Igreja sempre mais acolhedora das culturas. Uma Igreja que tenha sempre mais rostos multiformes que manifestem melhor a riqueza inesgotável do Evangelho na Amazônia. As filhas da esperança, a indignação e a coragem, movimentem os teus e nossos sonhos indicados por Papa Francisco: preservar a riqueza cultural da Amazônia que a caracteriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana; guardar zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna a casa comum da Amazônia, a vida transbordante que enche os rios e as florestas; evangelizar as comunidades cristãs para que sejam capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos. Uma Igreja na Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos originários, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida (QA, nº 6-7). A esperança de que todos os filhos e filhas de Deus e todas as criaturas participem do Reino definitivo”.

“Realmente são lindas as filhas da esperança, pois nascidas do amor”, disse o cardeal, citando o texto evangélico: “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos”. Daí a necessidade de “ser impulsionado pela caridade e pela esperança e despertar as comunidades para que vivam da esperança e da caridade”.

O cardeal Steiner chamou a repetir as palavras de Paulo na segunda leitura: “Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a perseverança da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. A nossa gratidão à Igreja de Roraima, pelo testemunho de esperança e de caridade. Agradecemos a Deus e à Igreja em Roraima por ofertar à Igreja este irmão que recebe hoje a ordenação episcopal. Sabemos que o Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força do Espírito Santo; e isso, com toda a abundância”, agradecendo a Dom Evaristo Spengler por “enviar para São Gabriel da Cachoeira este irmão que hoje é ordenado bispo da Igreja Católica”.

Igualmente agradeceu a dom Edson Damian, a quem dom Raimundo Vanthuy vai suceder e à Igreja de São Gabriel da Cachoeira “pelo testemunho, por nos provocar a sermos uma Igreja sempre atenta e desperta para a causa dos povos indígenas e os pobres. Louvamos e bendizemos pela diocese de São Gabriel”. Também agradeceu aos pais, à família de Dom Raimundo Vanthuy, “pelo dom da vida e pela fé que lhe deram como alimento e bebida. Deus os abençoe. Irá com a benção a vossa benção”.

Ao novo bispo lhe disse, “na caridade e na esperança caminharemos contigo. Sentirás a presença colegial dos bispos de nosso Regional e a força da oração do teu povo. Não estarás só. Contigo desejamos ser profetas, testemunhas e servos da esperança e da caridade. Estaremos contigo em comunhão”.

IGREJA DE RORAIMA PARTICIPA DA ORDENAÇÃO EPISCOPAL DO MONSENHOR RAIMUNDO VANTHUY NETO

A celebração acontece na manhã deste domingo no Ginásio Totozão

Neste domingo, 04, a Diocese de Roraima celebra a ordenação do novo bispo Raimundo Vanthuy Neto, para São Gabriel da Cachoeira no interior do Amazonas, a cerimônia ocorre no ginásio Totozão e contou com a presença de milhares de fiéis de todo país. 

A primeira parte da cerimônia iniciou com a entrada dos diáconos carregando a Nossa Senhora da Consolata e com suas esposas, representando os 75 anos da presença dos missionários da Consolata no estado.

Logo após, o novo bispo dom Vanthy Neto, acompanhado de dom Leonardo Steiner, dom Evaristo Spengler, dom Edson Damian, na qual foram acolhidos pelos indígenas da etnia macuxi com cantos Macuxi maruai.

A celebração da eucaristia foi presidida pelo cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), concelebrada pelo bispo de Roraima, Dom Evaristo Spengler, e os anteriores, Dom Mário Antônio, Dom Roque Paloschi e Dom Edson Damian. Os bispos de outras dioceses como Afogados da Ingazeira (PE), Maranhão e Pará e Manaus (AM), além de padres, religiosos e religiosas, e pessoas da diocese de São Gabriel também participaram da ocasião.

Passa nestes dias por Roraima a Relíquia do Bem aventurado Antônio Chevrier, fundador do PRADO, fraternidade que pe. Vanthuy participa,  o ícone, escrito pelo pe. Mário Castro e a Relíquia, trazida pelo responsável do Prado no Brasil e pelo Assistente geral do Instituto de Vida Apostólica.

A Ordenação Episcopal do nosso Padre Vanthuy, filho desta Igreja de Roraima cujo ministério episcopal hoje lhe é confiado, já se compreende desde a raiz como um ministério em chave missionária, do Cristo que aponta para a Amazônia, da Igreja Diocesana de Roraima que dá de sua pobreza!

(Matéria em atualização)

Quem é Dom Vanthuy Neto

Pe. Raimundo Vanthuy Neto, nasceu no sertão nordestino em 10 de Maio de 1973, em Pau dos Ferros / alto oeste do Rio Grande do Norte, na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, Diocese de Mossoró, filho de uma família de quatro irmãos (Tarcísio, Urbano, Etevaldo) e duas irmãs (Taneide e Vaneide), batizado na festa de S. Pedro em 29 de junho de 1973 pelo padre Manoel Caminha Freire (In memoriam). Foi alfabetizado na escola das Filhas da Caridade, o patronato Alfredo Fernendes, sua primeira professora ainda vive, Ir. Geralda Araújo, fez sua primeira comunhão em 1983, presidida pelo então Pe. Dário Tórbolli (In memoriam), missionário de Trento, na Diocese de Mossoró. Com seus pais Manoel Urbano e Vicência Martins, irmãos e irmãs, migrou à Amazônia na década de 1980, vão morar primeiro em Itaituba – Pará, ali, na paróquia da Catedral de Santana, foi Crismado por Dom Capistrano (In memoriam). Acolhido na Diocese de Roraima, começa a participar da Legião de Maria e foi catequista na Paróquia da Consolata, ali participou da Escola de Formação de Teologia para leigos. Em 1991 ingressou no Seminário S. José da Arquidiocese de Manaus, na companhia de Revislande Santos e Mário Castro (In memoriam), onde fez seus estudos de Filosofia e Teologia, no então CENESCH – Centro de Estudos do Comportamento Humano, ordenado Diácono em 11 de julho de 1999 e Presbítero em 3 de junho de 2001, por Dom Apparecido José Dias (In memoriam). Mestre em Teologia, com especialização em Missiologia – (1998/2000) pela então Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção – SP, com dissertação: Dirigir Almas e Servir ao Jeito de Muitos – A missão dos Beneditinos junto aos Povos Indígenas de Roraima – 1909/1948. Foi acompanhado pelo então teólogo ligado ao CIMI, Pe. Paulo Suess. Fez seu estágio diaconal na Paróquia Sagrada Família – Diocese de Santos/SP (1998/2000), na companhia do Pe. Valdeci e Dom David Picão (In memoriam). Foi diretor e professor do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia – ITEPES 2014/17), hoje Faculdade Católica do Amazonas, colabora com os estudos sobre o Cristianismo e Povos Indígenas na Amazônia. Acompanha a vida Eclesial desta região com seus encontros inter-regionais de Bispos desde 1997, quando se celebrou os 25 anos do Documento de Santarém, participou como auditor do Sínodo para a Amazônia 2019 em Roma. Na vida pastoral, foi pároco nas Paróquias: Nossa Senhora Consolata (2001/2004), Catedral Cristo Redentor e Matriz Nossa Senhora do Carmo (2005/2013) em Boa Vista, padre cooperador da Catedral de Nossa Senhora da Conceição e capelão do Colégio Auxiliadora, das Irmãs Salesianas em Manaus. De volta à Roraima em 2018, foi vigário da Área Missionária do Município do Cantá, acompanhou a Coordenação de Evangelização e Pastoral da Diocese (2002/2005), atualmente com pe. Giogio Dal Ben respondia como Reitor da Casa Vocacional – Seminário Menor e da Reitoria Nossa Senhora Aparecida, muito colaborou na Formação das Lideranças Leigas na Escola de Teologia e Pastoral da Diocese de Roraima, na escola de Liturgia e na Escola para o Diaconato Permanente. Pe. Vanthuy é membro do Instituto Secular – Associação dos Padres do PRADO, colaborou no Conselho Nacional do Prado no Brasil 2017/2023, participou o Ano Internacional Pradosiano em Lyon – França. Atualmente é membro do Colégio de Consultores, do Conselho Presbiteral e colabora como chanceler da Diocese de Roraima. O Santo Padre, o Papa Francisco o nomeou Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira em 08 de novembro do ano passado de 2023. Escolheu como lema: Servir na Caridade e na Esperança, ele será o pastor daquela Igreja Particular. Marcada pelos seus 23 povos originários e pela presença missionária dos Salesianos e Salesianas, a família espiritual de Dom Bosco. 

São Cornélio de Cesareia, centurião temente a Deus

Referência Bíblica
Partes da vida de São Cornélio de Cesareia são registradas nos Atos dos Apóstolos, no capítulo 10. “Havia em Cesareia um homem por nome Cornélio. Centurião da corte e religioso, ele e todos de sua casa eram tementes a Deus. Dava muitas esmolas ao povo e orava constantemente”. (cf. At 10,1-2)

Particularidade
Cornélio de Cesareia era centurião, que quer dizer o responsável por parte da infantaria do exército romano, dando ordens que deveriam ser imediatamente obedecidas. Cornélio, junto com a sua família e seus amigos, foi assim o primeiro dos não-judeus incircuncisos a tornar-se cristão. Esta ocasião histórica levou Pedro a exclamar: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas, mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo” (cf. Atos 10, 34-35).

Um Evangelizador
Deus o visitou por meio de um anjo, que lhe indicou São Pedro, por isso uma das imagens artísticas que retrata o santo é a do seu diálogo com um anjo. São Pedro, que também teve uma visão, foi à casa de Cornélio. Foi aí que aconteceu a abertura da Igreja para a evangelização dos pagãos e dos estrangeiros. No outro dia, Pedro chegou em Cesareia. Cornélio o estava esperando, tendo convidado seus parentes e amigos mais íntimos. Não somente ele queria encontrar-se com o Senhor, como também queria o mesmo para todos os seus parentes e amigos.

Relação com Pedro
Cornélio ouviu da boca do primeiro Papa da Igreja: “Deus me mostrou que nenhum homem deve ser considerado profano ou impuro” (At 10,28). Assim, São Pedro começou a evangelizar e, de repente, no versículo 44: “Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos que ouviam a Santa Palavra. Os fiéis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos, pois eles os ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus. Então, Pedro tomou a palavra: “Porventura pode-se negar a água do batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós? E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Rogaram-lhe então que ficasse com eles por alguns dias” (At 10,44-48).

Primeiro Bispo de Cesareia
São Cornélio tornou-se o primeiro bispo em Cesareia. Deus pôde contar com ele para a obra que até nos dias de hoje alcança a humanidade: o Evangelho.

A minha oração
“Senhor Jesus, eu também, mesmo fraco e pecador, comprometo-me Contigo no anúncio da Sua Palavra. Dá-me a graça do Batismo no Espírito Santo, para que eu seja cheio de amor por Ti, como foi São Cornélio de Cesareia. Assim seja.”

São Cornélio de Cesareia, rogai por nós!

Padre Vanthuy Neto será ordenado bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira neste domingo, 04

O evento histórico que ficará marcada na Diocese de Roraima ocorre no Ginásio Totozão em Boa Vista.

Neste próximo domingo, 04 de fevereiro, ocorrerá a ordenação episcopal do padre Raimundo Vanthuy Neto, nomeado pelo Papa Francisco, como Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira.  O evento é aberto ao público e será realizada em Boa Vista – RR, às 8h30, no Ginásio Totozão.

 A celebração, será presidida pelo Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo de Manaus e Presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1).

O início do Ministério Apostólico e Pastoral como Bispo da Igreja do Alto Rio Negro será no dia 11 de fevereiro. A celebração de posse canónica como Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira – AM, será realizada 8h no Ginásio Arnaldo Coimbra, na cidade de São Gabriel da Cachoeira.

Segundo o bispo de Diocese de Roraima, Dom Evaristo Pascoal Spengler,  faz parte do rito de ordenação de um bispo a entrega de insígnias que são símbolos ou sinais visíveis da missão do bispo entre eles os sinos estão anel o ábaco e a mitra.

O anel o bispo recebe no dedo anelar da mão direita como símbolo de amor e fidelidade e da união com a igreja, esposa de Cristo. Ele deverá usar o anel sempre dentro e fora da celebrações. outro sinal e a mitra que é símbolo da santidade que o bispo chamado a viver como entrega de amor como foi Jesus. Outro sinal e o báculo; o Báculo lembra Jesus, o bom pastor que dá vida pelas suas ovelhas também o bispo chamada cuidar das ovelhas especialmente as mais fragilizados, isso envolve acompanhar, escutar, conduzir e animar num processo de comunhão, participação e missão”. Completou.

Evento histórico

Esta é a primeira vez que o estado de Roraima realizará a ordenação episcopal de um padre, para se tornar bispo em uma região amazônica.

 O padre Vanthuy Neto, novo bispo de São Gabriel da Cachoeira, deve assumir a diocese da cidade amazonense em fevereiro.  “A Igreja de Roraima me fez padre da Amazônia, com uma preocupação principal do cuidado com os povos indígenas, com a casa comum”. Segundo Mons. Vanthuy, “eu fui gestado na Igreja de Roraima e no Seminário São José de Manaus.

Ele fala ainda sobre os desafios a serem enfrentados ao assumir uma nova diocese.

“O primeiro desafio, é o da comunicação. São Gabriel é a região mais plural que o Brasil tem. São vinte três povos, mais de dezoito línguas. Segundo é o isolamento, São Gabriel ainda é muito isolado, (…) agora que começa a chegar uma internet de melhor qualidade em São Gabriel através do Starlink. E pra mim o primeiro sinal da minha vida vai ser ficar calado, escutar até porque alguns eu não vou compreender por causa da língua. Segundo amá-los como eles são, porque o amor também ama os limites e os defeitos. O primeiro passo é esse, ouvir, escutar, estar atento amar aquele povo e quero pedir a Deus uma graça muito grande de paciência. Eu sou nordestino, eu tenho um ritmo e lá o ritmo é outro”, enfatizou.

Relembre

Em novembro de 2023, o Pontífice então nomeou como novo bispo do terceiro maior município brasileiro em extensão territorial, localizado na fronteira com a Colômbia e a Venezuela, o Pe. Raimundo Vanthuy Neto, do clero de Roraima, reitor do Santuário Diocesano Nossa Senhora Aparecida e do Seminário Propedêutico.

A biografia de Pe. Raimundo Vanthuy Neto

Padre Raimundo Vanthuy Neto nasceu em 10 de maio de 1973, em Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte, diocese de Mossoró. Em 1991 ingressou no Seminário São José da arquidiocese de Manaus, onde fez seus estudos de Filosofia e Teologia no então Centro de Estudos do Comportamento Humano. Foi ordenado diácono em 11 de julho de 1999 e presbítero em 3 de junho de 2001.

Mestre em Teologia, com especialização em Missiologia (1998/2000) pela então Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Fez seu estágio diaconal na Paróquia Sagrada Família – diocese de Santos (1998/2000). Foi diretor e professor do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia – ITEPES (2014/17), hoje Faculdade Católica do Amazonas. Colabora com os estudos sobre o Cristianismo e Povos Indígenas na Amazônia. Acompanha a vida eclesial desta região com seus encontros inter regionais de bispos desde 1997, quando se celebrou os 25 anos do Documento de Santarém. Participou como auditor do Sínodo para a Amazônia 2019.

Na vida pastoral, foi pároco nas Paróquias: Nossa Senhora Consolata (2001/2004), Catedral Cristo Redentor e Matriz Nossa Senhora do Carmo (2005/2013) em Boa Vista; vigário da Área Missionária do Município do Cantá; acompanhou a Coordenação de Evangelização e Pastoral da Diocese (2002/2005); padre cooperador da Catedral de Nossa Senhora da Conceição; atualmente Reitor da Casa Vocacional – Seminário Menor e Reitoria Nossa Senhora Aparecida; ajuda na Formação das Lideranças Leigas na Escola de Teologia Pastoral da diocese de Roraima e na Escola para o diaconato permanente.

Padre Vanthuy é membro do Instituto Secular – Associação dos Padres do Prado; colaborou no Conselho Nacional do Prado no Brasil (2017/2023); viveu o Ano Internacional Pradosianoem Lyon – França. Atualmente é membro do Colégio de Consultores, do Conselho Presbiteral e colabora como chanceler da Diocese de Roraima.

Santa Veridiana, protetora e intercessora das presidiárias

Origens
Italiana, Santa Veridiana nasceu em Castelfiorentino, na Toscana, em 1182. De família nobre, ela gozava de grande prestígio.

Cotidiano
Seu tio, muito rico, encarregou-a de ser administradora de seus bens. Ela assumiu tal cargo, pois viu nisso maior oportunidade de praticar a caridade.

Sobrenatural
Conta-se que, certo dia, seu tio, após acumular muitos alimentos, vendeu-os por um alto preço, por causa da carestia da época. Quando o comprador chegou, o celeiro estava sem nada. Veridiana havia dado tudo aos pobres. O tio enfureceu-se e pediu ao comprador um prazo de 24 horas para encontrar uma solução. No dia seguinte, o celeiro foi encontrado miraculosamente cheio.

Virgem e reclusa, Santa Veridiana é intercessora das presidiárias e dos presídios femininos

Solidão e penitência
Após peregrinar ao túmulo de São Tiago de Compostela, que era a grande meta dos peregrinos cristãos após a recente perda da Terra Santa aos muçulmanos, Veridiana sentiu maior desejo de solidão e penitência. Seus contemporâneos, para conservá-la próxima, edificaram-lhe uma cela onde a santa viveu por 34 anos. Por uma janelinha, ela assistia à Missa, falava com as visitas e recebia o escasso alimento para conservá-la viva.

Interessante
Por ser contemporânea de São Francisco de Assis, recebeu a visita do Santo símbolo de humildade em 1221, quando foi admitida na Ordem Terceira dos Franciscanos.

Badalar dos sinos
Conta-se que sua morte, em 1º de fevereiro de 1242, aos 60 anos, foi anunciada pelo repicar dos sinos de Castelfiorentino sem que ninguém tivesse tocado.

Devoção
O culto de Santa Veridiana, adotado pela congregação Vallombrosana, foi aprovado pelo Papa Clemente VII 300 anos após sua morte, e é muito popular na Toscana, Itália. É invocada como protetora dos presídios femininos e intercessora das presidiárias. O fato deu-se por, em 1865, após Repressão Napoleônica, autoridades civis da Itália revogarem o uso do então Mosteiro de Santa Veridiana, para se tornar um presídio feminino.

Iconografia
Em sua vida reclusa, Santa Veridiana foi fortemente atormentada pelo mal. Relata-se que ela viveu em sua cela durante décadas com duas cobras. Não se sabe objetivamente se foram dois animais literalmente ou alusão a dois tormentos malígnos sobrenaturais.

Minha oração
“Senhor Jesus, se Santa Veridiana venceu o mal, mesmo convivendo com ele e sendo assolada tantas e tantas vezes, eu Te peço: dai-me a graça de não desistir dos meus propósitos de bondade, conversão, oração e penitência. Amém!”

Santa Veridiana, rogai por nós!