Retiro do clero de Roraima: “Voltar para a missão rejuvenescidos, animados, mas convictos de uma caminhada sinodal”

O clero da diocese de Roraima realiza de 17 a 21 de fevereiro de 2025 seu retiro anual em Tepequém. O retiro, assessorado pelo bispo da diocese de Borba, dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, tem como tema central o seguimento de Jesus Cristo, sempre cultivando a espiritualidade presbiteral, e conta com 27 participantes.

O pregador tem refletido sobre três símbolos: a cruz, a luz e a unção, renovando assim a aliança e criando as perspectivas. Neste Ano Jubilar dom Zenildo destaca a importância da esperança, “para voltarem para a missão rejuvenescidos, animados, mas convictos de uma caminhada sinodal.” Na diocese de Roraima, ele destaca ser um clero muito animado, uma igreja extremamente missionária, dizendo ter se encantado com “a alegria entre os padres, na convivência, na comunhão, na preparação das atividades, mas, sobretudo, na convivência entre eles e entre nós.”

O retiro é sempre um tempo em que a gente se retira para oração, para reflexão, para aprofundar um pouco mais sobre a nossa missão com os presbíteros neste chão que é a Diocese de Roraima”, segundo o vigário episcopal para pastoral da Diocese de Roraima, padre Celso dos Santos, que vê o retiro como “um momento muito importante de refazer as forças, reanimar para a gente voltar à missão de acompanhar as comunidades, os trabalhos pastorais”.

Ele destacou que “dom Zenildo está nos ajudando a aprofundar, a meditar sobre esse momento que a gente precisa viver um pouquinho mais. Ele tem nos dito que esse é um momento de a gente buscar viver, melhorar a nossa missão, colocar a nossa vida a serviço, fundamentada no sacramento da reconciliação, na vivência da Eucaristia, na missão e tudo isso vai nos ajudando cada vez mais a reafirmar e a confirmar aquele sim que nós damos ao chamado que Deus nos fez para o ministério como presbíteros da Igreja.

O padre Jefferson Almeida destacou vê o retiro como oportunidade para “nos fortalecer espiritualmente, estreitar os laços de comunhão, de unidade, de convivência, de partilha.” Junto com isso, ele disse que “é um momento de nós descansarmos um pouco entre nós, na companhia de Nosso Senhor Jesus, na Eucaristia, na Palavra. Então, é um período muito propício para que assim a gente, de fato, redescubra a motivação, a animação, o entusiasmo de ser missionário nesta terra amazônida, no Estado de Roraima, terra de muitos desafios, de muitas dificuldades, mas também de muitas luzes, de muitos testemunhos, de muitas experiências proféticas.”

O missionário da diocese de Jundiaí, padre Raphael Casaca, chegado em Roraima no final de janeiro, disse que “o retiro tem sido muito bom, dom Zenildo tem tratado da nossa vida sacerdotal, configurada a Cristo, assumindo a nossa cruz de cada dia, abraçando a cruz e também sendo luz no meio do mundo. Tem sido um momento muito bom de renovação do ministério sacerdotal, um tempo de estar mais unido a Cristo, de estar mais perto de Deus, um tempo de aprofundamento de oração e também de crescimento na espiritualidade.”

Da mesma diocese de Jundiai, também chegado poucas semanas atrás, o padre Samuel Maciel Romão, que vai exercer seu pastorei no sul do Estado de Roraima, ele disse que “o retiro espiritual desse ano veio positivamente ao encontro dessa minha nova etapa no exercício do meu ministério.” Ele destacou que o pregador, “nos apresentou algumas pistas para o bom êxito na missão, tendo como referência espiritual o lema que escolhemos para nossa ordenação; no meu caso: “Quem quiser salvar sua vida vai perdê-la, e quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho vai ganha-la” (Mc 8,35).”

A partir daí, afirmou o padre Samuel, “pude fazer uma revisão de vida, apoiando-me espiritualmente na força propulsora do primeiro amor. Realmente hoje posso afirmar que de tudo o que pensava ter perdido, na verdade tem se multiplicado, amigos, famílias, irmãos… Nesses dias de oração, além do silêncio orante e da meditação contemplativa, pude enriquecer meu humano afetivo na presença paterna do nosso bispo dom Evaristo, assim como cultivar a amizade junto aos irmãos presbíteros numa convivência fraterna e muito rica de experiências.”

“Haja vista, o local escolhido também foi muito favorável, me fez contemplar a beleza e o amor de Deus através da natureza com sua diversidade de pássaros, árvores, animais e flores. O retiro espiritual realmente fez em mim maravilhas, é força necessária para recomeçar esse projeto de amor que Deus tem para comigo, de estar junto a seu povo como sinal vivo da sua presença. O retiro para os presbíteros não é um bem reservado aos padres, mas através dos padres um bem em favor de todo povo”, concluiu.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

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