Coordenação de Pastoral: Ouvir as bases para construir uma ação pastoral coletiva e participativa

A coordenação de Pastoral nas nove igrejas que formam o Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é um serviço que expressa a sinodalidade presente na Igreja. Um serviço assumido por padres, religiosas, leigos e leigas, que desde diferentes carismas e ministérios acompanham o trabalho evangelizador nas igrejas locais.

A Ir. Mónica Cestari Nascimento é coordenadora de Pastoral na diocese de Roraima. A religiosa vê esse serviço como “um grande aprendizado. Estar com o povo, viver a comunhão para criar esse testemunho de fraternidade”, algo que ela afirma ser “muito forte na minha caminhada religiosa.” A religiosa destaca o testemunho da simplicidade, o testemunho de igualdade, que “me faz ficar sempre mais atenta aos apelos e aquilo que é próprio do meu carisma, que é servir como Cristo serve.”

Conciliar os trabalhos, os serviços da Congregação, com aquilo que é a necessidade real de um coordenador de pastoral diocesano é um desafio, segundo a religiosa. Junto com isso, a Ir. Mónica afirma ser um segundo desafio o fato de “criar o laço de comunhão com os agentes de pastoral, com os padres.”

“O coordenador de pastoral, além de animar toda a pastoral a nível diocesano, a importância é manter essa comunhão, essa unidade entre a ação pastoral, entre todas as paróquias e a nível diocesano”, afirma o coordenador de pastoral da diocese de Coari, padre Valdivino Araújo.

Entre os desafios, o padre destaca “essa escuta e também essa abertura a acolher a participação de todos dentro desse processo de construção da ação pastoral, especialmente a nível diocesano. É ouvir as bases e também fazer o discernimento disso para construir uma ação pastoral evangelizadora coletiva e participativa”, salientou.

Na diocese de Borba, a coordenação de Pastoral é assumida por uma leiga e um leigo, Ademir Jackson. Ele destaca que “essa dinâmica da sinodalidade nos ajuda a, junto como cristãos e como Igreja, poder dizer que nesse desafio todos nós precisamos assumir o nosso compromisso como batizado. E depois de entendermos esse chamado como missão de batizado, o cristão leigo assumir o seu compromisso também de protagonista, de poder também assumir os serviços, os ministérios que a Igreja tem como meio de evangelização, de levar a Palavra de Deus ao povo, de organizar as pastorais, as comunidades.”

“O Regional Norte 1 já tem uma prática, desde tempos idos, de reunir anualmente os coordenadores e coordenadoras de Pastoral”, lembrou a secretária executiva, Ir. Rose Bertoldo. Um encontro que tem como objetivo, a partir da caminhada, “traçar linhas comuns e alguns encaminhamentos que são importantes para uma caminhada nessa dinâmica da sinodalidade, da colegialidade e da comunhão, o que é muito próprio do Regional Norte 1”, ressaltou a religiosa.

A secretária executiva destacou a importância de acolher as coordenadoras e os coordenadores novos que chegam, e poder inseri-los nessa dinâmica do cuidado, da vida, da missão, da pastoral, em nível de cada diocese em particular, mas também dentro dessa dinâmica da caminhada coletiva das nove igrejas do Regional Norte 1.

O encontro de coordenadores e coordenadoras de Pastoral, que está sendo realizado em Manaus nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2025, está ajudando a dar passos em vista dessa ação pastoral evangelizadora em comunhão, que é fundamento da sinodalidade, um modo de ser Igreja presente no Regional Norte 1.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

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