Santo André, o Apóstolo

Origens
Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus. De início, foi discípulo de João Batista, até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e, com São João, começou a segui-Lo. Santo André é reconhecido pela Liturgia como o “Protocleto”, ou seja, o primeiro a ser chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”.

O Abandono e o Seguimento de Cristo
A Liturgia conta que, quando Jesus se apresentou pela segunda vez na região do Jordão, onde João Batista batizava, ele exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus”. “No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. E, avistando Jesus que ia passando, disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus’” (João 1,35-36). André e João, ouvindo essas palavras, decidiram deixar tudo para seguir Cristo.

Evangelho
Santo André expressa-se no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele quem se coloca entre seu irmão Simão e Jesus. “Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)” (João 1,41).

Santo André: a ponte do Salvador

O Chamado de Jesus
Segundo a narrativa de São João, este foi o primeiro encontro de André com Jesus. Entretanto, André e Pedro não ficaram definitivamente com o Senhor, voltando às suas ocupações de pescadores. Dias depois, Jesus passava pelo Lago de Tiberíades e avistando os irmãos pediu que eles O seguissem. “Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: ‘Vinde após mim e vos farei pescadores de homens’” (Mateus 4,18-19). Deu-se, a partir dessas palavras, o chamamento oficial de André como apóstolo junto com seu irmão Pedro.

Apóstolo Discreto
Poucas menções foram registradas no Evangelho sobre Santo André. A primeira delas é a multiplicação dos pães e peixes. Jesus interpela Filipe sobre a possibilidade de alimentar uma grande multidão, e André intervém dizendo: “Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes (…) mas que é isto para tanta gente?” (João 6,9).

Pregador do Evangelho no mundo afora

Evangelizador na região dos mares Cáspio e Negro
Conta a tradição que, depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro, a fim de pregar o Evangelho pelo mundo afora.

Páscoa
Apóstolo da coragem e da alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X por volta do ano 60, a qual recebeu do santo este elogio: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”.

Minha oração

“Em forma de X foste testemunha de nosso Senhor e Salvador, que nós também possamos dar testemunho ao nosso modo de todo o coração. Perpetuai a fé cristã nos lugares mais remotos e divergentes, aumentai a fé naqueles que estão enfraquecidos e renovai os costumes cristãos. Amém.”

Santo André Apóstolo, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 30 de novembro

  • Em Milão, Itália, São Mirocletes, bispo, que Santo Ambrósio menciona entre os bispos fiéis que o precederam. († d. 314)
  • Na Bretanha Menor, na França, São Tudual, apelidado Pabu, abade e bispo, que construiu um mosteiro no território de Tréguier. († s. VI)
  • No monte Siépi, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, São Galgano Guidotti, eremita. († 1181)
  • Em Montpellier, na Provença, atualmente na França, o Beato João de Vercelas Garbella, presbítero, mestre geral da Ordem dos Pregadores. († 1283)
  • Em Ratisbona, na Baviera, região da Alemanha, o Beato Frederico, religioso da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. († 1329)
  • Em Lanceston, na Inglaterra, São Cutberto Mayne, presbítero e mártir. († 1577)
  • Em York, Inglaterra, o Beato Alexandre Crow, presbítero e mártir. († 1586)
  • Em Quixan, localidade do Sichuan, província da China, São Tadeu Liu Ruiting, presbítero e mártir. († 1823)
  • Em Hué, no Anam, agora no Vietnam, São José Marchand, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir. († 1875)
  • Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, na Espanha, o Beato Miguel Francisco Ruedas Mejias e seis companheiros, mártires, religiosos da Ordem de São João de Deus.(† 1936)
  • Em Valência,na Espanha, o Beato José Otin Aquilué, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936)
  • Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, os beatos Agostinho Renedo Martino, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e quarenta e nove companheiros mártires. († 1936)
  • Perto de Munique, na Baviera, região da Alemanha, no campo de concentração de Dachau, o Beato Luís Roque Gientyngier, presbítero e mártir. († 1941)

São Francisco Antônio Fasani, verdadeiro “ministro” franciscano

Origens
São Francisco Antônio Fasani nasceu em Lucera, na Itália, em 6 de agosto de 1681. Seu nome de batismo era Giovanniello. Seus pais, Giuseppe Fasani e Isabella Della Monaca, tiveram a alegria de vê-lo crescer dotado de promissores dons morais e intelectuais.

Ordem dos Frades Menores Conventuais
Seus estudos tiveram início no convento franciscano dos Frades Menores Conventuais de Lucera; onde a compreensão sobre sua vocação tornou-se mais clara. Demonstrando o desejo de seguir a vida apostólica e evangélica, assim que entrou para a Ordem dos Frades Menores Conventuais, assumiu os nomes dos santos Francisco e Antônio.

Grande Estudioso
Em 1696, o jovem Francisco emitiu seus votos, assim completando os estudos das artes liberais; e continuou os estudos filosóficos nos seminários de sua província religiosa. Em seguida, começou os estudos teológicos em Agnone e os continuou no Centro de Estudos Gerais em Assis, próximo ao túmulo de São Francisco. Foi lá que Francisco recebeu sua ordenação sacerdotal em 1705. Em 1707, doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial.

São Francisco Antônio Fasani: o modelo perfeito de sacerdote e pastor de almas

Modelo
São Francisco Antônio apresenta-se a nós, de modo especial, como modelo perfeito de sacerdote e pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, em Lucera e também nos territórios ao redor, dedicou-se as mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.

Amigo do Povo
Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.

São Francisco Antônio Fasani era servo de todos os Frades

Verdadeiro “ministro”
Como religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.

Páscoa
Acometido por uma enfermidade, ele queria oferecer sua morte ao Senhor com um espírito de alegria com a mesma expressão que dedicou toda a sua vida a Ele. Morreu em 29 de novembro de 1742. Seu corpo foi enterrado na igreja de São Francisco, após rituais fúnebres nos quais toda Lucera participou com o grito: “Nosso santo Padre Maestro morreu!”.

Via de Santificação
“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Francisco Antônio Fasani.

As testemunhas de seu processo canônico, por sua santidade, nos asseguram que Deus recompensou todo o zelo apostólico de São Francisco Antônio Fasani com abundantes frutos de conversão e uma vida cristã renovada entre os fiéis. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado em 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II.

Minha oração

“Querido frade, através dos sagrados votos de castidade, obediência e pobreza, pudeste alcançar a santidade. Que, da mesma maneira, sigamos esses conselhos evangélicos e nos tornemos amigos íntimos de Jesus, Nosso Senhor, amém.”

São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!

Santa Catarina Labouré e a Medalha de Nossa Senhora das Graças

Origens
Santa Catarina Labouré nasceu em Fain-lès-Moutiers, uma aldeia de Borgonha, na França, em 2 de maio de 1806. Seu pai era Pedro Labouré, e sua mãe Luísa Madalena Gontard. Catarina era a nona filha do casal. Moravam no campo, tinham amor ao trabalho e à simplicidade de vida.

Um desejo latente
Sua mãe faleceu aos 46 anos, quando Catarina tinha 9 anos de idade. Com a morte da mãe, assumiu com empenho a maternidade e a educação dos irmãos. Alimentava, em seu coração, o ardente desejo de ver Nossa Senhora, pedido esse constante em suas orações.

Compreensão do seu chamado
Um dia, dirigindo-se à Casa das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, nota na parede da sala de visitas uma fotografia do sacerdote que ela via em seus sonhos. Uma irmã lhe explicou: “É o nosso pai, São Vicente de Paulo”. Catarina compreende que ela seria Filha da Caridade.

Noviciado
Em 21 de abril de 1830, Catarina entra no noviciado das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris, após seu pai lhe dar permissão para sair de casa.

Aparição da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré 

O Mistério de Deus
Aconteceu que, em 19 de julho de 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começou a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição. Por isso descreveu Catarina:

“A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até a cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mais pedem.”

A medalha de Nossa Senhora das Graças
Nossa Senhora apareceu, por três vezes, a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás de ouvir a minha voz em tuas orações”. No fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada por todo o mundo.

Santa Catarina Labouré foi silenciosa e fervorosa a Deus em sua humildade

O Convento
Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal dessa aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.

Desconhecida Santa
Como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento e na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.

Páscoa
Santa Catarina Labouré entrou no Céu, em 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade. 

Via de Santificação
Em 1933, foi beatificada pelo Papa Pio XI. Por ordem do Arcebispo, seu corpo foi exumado. Verificou-se que estava perfeitamente conservado, até seus olhos ficaram intactos. Depositaram-no em um caixão de cristal sob o altar das aparições. Em 1947, foi canonizada pelo Papa Pio XII.

A Prodigiosa Medalha de Nossa Senhora das Graças
Como disse sua santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e, sobretudo, conversões, que a voz unânime do povo a chamou, desde logo, medalha milagrosa”.

Essa devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina, que muito bem soube relacionar-se com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.

Minha oração

“Humilde serva de Maria, divulgadora das tuas mensagens e devoção, que assim como a ti também nos tornemos verdadeiros devotos e divulgadores do amor a Virgem Santíssima. Assim como tu, através dessa espiritualidade, sejamos santos como o Senhor nos quer. Amém.”

Santa Catarina Labouré, rogai por nós!

Dom Evaristo Spengler: Na Amazônia, pensar em um novo modelo de economia, que não destrua a natureza

Bispos da Amazônia, dentre eles a presidência da REPAM-Brasil, se reuniram ao longo da última semana com diversos ministérios do Governo Federal. Segundo dom Evaristo Spengler, bispo da diocese de Roraima e presidente da REPAM-Brasil, ao longo de quase 10 anos, “a REPAM fez um papel muito importante na escuta dos povos da Amazônia”, destacando o processo do Sínodo para a Amazônia.

O sofrimento provocado pela grande seca

Diante da situação bastante trágica que a Amazônia está vivendo, “com eventos climáticos que tem provocado uma grande seca e isolamento de comunidades, porque a água dos rios baixou muito por falta de chuva”, dom Evaristo Spengler denuncia que “nós temos comunidades isoladas sem comida, sem água”, e junto com isso a morte dos peixes pelo aumento da temperatura da água. Diante dessa realidade, a REPAM-Brasil, segundo seu presidente se perguntou pelo seu papel neste momento da história.

O primeiro passo foi realizar durante setembro e outubro uma grande escuta com a participação da Cáritas, Comissão Pastoral da Terra, Comissão Pastoral dos Pescadores, Conselho Indigenista Missionário e os comitês locais da REPAM dos nove estados da Amazônia brasileira. Segundo o bispo de Roraima, “isso gerou um grande diagnóstico com muitas reivindicações”. Diante dos resultados a REPAM se questionou “como agora dar uma resposta ao nosso povo que clama por direitos que não estão sendo respeitados neste momento”, e “decidiu-se ir a Brasília para uma grande incidência política”, destacou o presidente da REPAM-Brasil.

Uma agenda cheia e variada

Ao longo da semana percorreram 13 ministérios, foram ao Supremo Tribunal Federal, Ministério Público e procuraram entidades parceiras que defendem a Amazônia e estão preocupados com o Meio Ambiente. Em uma agenda variada, a primeira reivindicação foi “uma atenção a esses povos que agora estão com fome e sede na Amazônia, de modo especial com atenção com comida, mas também com a criação de políticas públicas que possam gerar um sustento digno para o nosso povo da Amazônia”, ressaltou dom Evaristo Spengler.

Junto com esse assunto imediato, ele disse ter sido tratado questões relacionadas com a crise climática, que atinge todo o Brasil com secas prolongadas e enchentes em algumas regiões, consequência do aquecimento global, com fenómenos como “El Niño”. Dom Evaristo Spengler lembrou da alerta do Papa Francisco desde o início de seu ministério, sobretudo com a Laudato Sí, pedindo atenção muito grande de preservação com a casa comum. Um chamado que continuou com o recente lançamento da Laudate Deum, onde diz, segundo lembra o bispo, que “o caminho que nós tomamos é um caminho suicida, porque o ser humano é a única espécie que pode ser suicida”, o que se manifesta na falta de preocupação com a vida no presente e para as gerações futuras.

A bomba já estourou

O bispo de Roraima diz ter ficado impactado por uma frase escutada ao longo da semana: “a bomba já estourou e nós ainda não ouvimos o ruido”, chamando a pensar em um novo modelo de economia, que não destrua a natureza, que não use tantos combustíveis fósseis e sim energias renováveis. Igualmente disse ter sido abordado a questão indígena, a questão do Marco Temporal, que está sendo tratada no Senado, uma realidade que atinge aos povos indígenas, ameaçados pela invasão das terras, pelo garimpo, que está trazendo doenças, fome e quebra do modelo harmonioso que eles viviam.

Um exemplo disso é a alta concentração de mercúrio nas pessoas moram na Amazônia em consequência do garimpo no Brasil e em outros países vizinhos, chegando a ter 32 vezes mais do que o permitido pela saúde pública. Do mesmo modo, com relação aos conflitos agrários se faz necessário investir na demarcação das terras indígenas e de áreas de preservação ambiental, para evitar conflitos que levam a ameaçar pessoas, inclusive a ser mortas, por estar defendendo os direitos da Amazônia, de seus povos e do Meio Ambiente. Igualmente denunciou os grandes projetos desenhados para a Amazônia, ferrovias, estradas, hidroelétricas, como a do Bem Querer, em Roraima, que terá um grande impacto ambiental para uma produção pequena de energia, atingindo terras indígenas e a vida dos peixes.

Ministérios com diferentes visões

Uma visita onde ele diz ter percebido que há ministérios preocupados com o meio ambiente, mas também tem outros preocupados com o desenvolvimento a qualquer custo. Dom Evaristo Spengler destaca a importância de uma reunião com a Secretaria da União e a Casa Civil onde foi recolhida toda essa pauta de demandas e promessa de uma resposta oficial do Governo em três meses, afirmando que “a REPAM vai continuar monitorando os encaminhamentos a partir dessa resposta que nos deem”.

Foi abordada a questão da desintrusão dos garimpeiros das terras indígenas, algo que define como um enxugar gelo, dado que os garimpeiros, pessoas vulneráveis e pobres, que muitas vezes estão lá como um trabalho quase escravo, esperam voltar quanto antes para o garimpo. O bispo demanda políticas públicas que garantam sua sustentabilidade. Uma situação que é vivida na região Yanomami, que vai demorar uns anos para que possa voltar a como estava antigamente.

Políticas que provocam um grave impacto ambiental

Na questão do Meio Ambiente, o bispo de Roraima falou dos dados apresentados pela ministra Marina Silva, sobre a redução neste ano no desmatamento na Amazônia, números que ainda não são suficientes. Uma postura que é diferente no Ministério das Minas e Energia, que diante da possibilidade de um apagão no Brasil, disse ser necessário criar cada vez mais energia. Nesse sentido, o bispo afirma que mesmo diante da preocupação por energias renováveis não se para a busca por petróleo na Amazônia, algo que provoca um grave impacto ambiental.

O presidente da REPAM-Brasil disse ter “alguma esperança de que algo pode avançar a partir daqueles que são mais sensíveis no governo”, mas sabendo que sendo um governo de coalizão se faz necessário negociar. Nesse sentido, ele questiona sobre o porquê os 42 territórios indígenas que já estão prontos para serem demarcados, eles demoram tanto para serem executados, vendo atrás disso negociações políticas, cedendo naquilo que é social para ganhar naquilo que é econômico.

O papel da Igreja

A Igreja tem um papel importante nessas negociações, segundo o bispo, que destacou que “o Papa Francisco tem feito isso de uma forma exemplar”, mesmo sem ter sido percebido por muita gente. Igualmente Dom Evaristo Spengler destacou o papel da Conferência Episcopal do Brasil, que “tem assumido com grande maestria esse desejo do Papa Francisco de preservação da casa comum”, apoiando com força os bispos da Amazônia, que “se encontram e buscam cada vez mais dar consistência àquilo que o Papa deseja e um cuidado maior com a casa comum”.

Ele chama à conscientização de todos, cristão e não cristãos, “porque todos vivemos no mesmo Planeta”, lembrando das palavras do Papa no Sínodo para a Amazônia, onde disse que “esse não é um problema apenas civil, social, mas diante de um pecado que brada aos céus, onde nós destruímos aquilo que é a Criação do próprio Deus, é uma questão de fé, uma questão religiosa”.

Responsabilidade no consumo

Nesse sentido, o bispo chama à responsabilidade pessoal no consumo, por exemplo de carne bovina, que vai levar a um maior desmatamento da Amazônia, o que demanda redução no consumo de carne. Também a refletir sobre o consumismo desenfreado, buscando um consumo responsável, chamando a “uma revisão de vida, das opções, além de toda essa questão estrutural que são os modelos económicos que devem ser modificados daqui para frente de uma forma muito mais radical”.

O bispo de Roraima destaca que os povos indígenas foram muito citados em todas as abordagens que vieram das bases, sobretudo o que faz referência aos seus territórios e suas formas de vida. Segundo ele, “os indígenas nos dão um grande exemplo de cuidado da casa comum”, citando a reserva indígena dos Waimiri Atroari, única parte da estrada entre Manaus e Roraima, com quase 800 km, onde a natureza está intacta e os animais são cuidados, insistindo em que “os indígenas são mestres no cuidado da casa comum”.

“Proteger das agressões que vem acontecendo é um dever da Igreja”, segundo o bispo. Isso fez com que essa questão fosse várias vezes abordada, especialmente quando se tratava do Marco Temporal, o cuidado diante dos agressores que vem em busca de minério, de madeira. Isso fez com que “a agenda em Brasília tivesse uma prioridade com os nossos povos indígenas”, ressaltou.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Conselho Diocesano de Evangelização (CDE) encerra o ano com preparativos para a Assembleia Diocesana

Ocorreu no sabado (25), no Colégio Claretiano acompanhados pelo Dom Evaristo Spengler, demas representantes religiosos e membros.

No dia 25 de novembro, sábado, aconteceu o último Conselho Diocesano de Evangelização (CDE) da Organização Católica para o Desenvolvimento e a Evangelização (OCDE) deste ano. O evento, realizado nas dependências do Colégio Claretiano, no auditório da instituição, tem como principal objetivo afinar os preparativos para a Assembleia Diocesana que se avizinha.

Convocação Abrangente: Envolvendo Todos os Segmentos Diocesanos

Para este CDE, Acompanha Dom Evaristo Spengler Bispo de Roraima e participaram os coordenadores diocesanos das pastorais, serviços, movimentos e organismos da diocese. Além disso, os vigários, padres responsáveis pelas áreas missionárias e paróquias, bem como todos os padres, participam ativamente. A convocação se estende também aos representantes das congregações religiosas, diáconos e leigos, assegurando uma representação diversificada de todos os segmentos que compõem a rica tapeçaria diocesana.

Coordenado pela equipe da Coordenação Diocesana de Evangelização, o foi um momento de reflexão, planejamento e alinhamento de estratégias para fortalecer a ação evangelizadora na região. Este CDE desempenha um papel importante na preparação para a Assembleia Diocesana, que representa um marco importante na vida da diocese.

As pautas do dia foram:

Oração inicial oferecida pela Pastoral Familiar e palavras de Dom Evaristo, em sinodalidad seguimos en missao com  coraçoes ardentes e pes a caminho .

O Padre Lucio Nicoletto, Vigario geral, destacou a importancia do caminho junto, nestos 300 anos de fidelidade e novos desafios em uma igreja sinodal.

O Bispo, Dom Vanthuy Neto, deu um  histórico sobre as assembleias diocesanas. Seguidamente do impacto da presença da diocese e das assembleias diocesanas, na sociedades roraimenses, com a Prof. Marcia Maria de Oliveira. 

O Encontro encerrou com apresentações das equipes de trabalho por area, paroquia e serviços.

Colaboradores Especiais para uma Caminhada Significativa

A jornada de preparação para a Assembleia Diocesana contará com a colaboração de pessoas especializadas que auxiliarão os participantes nessa caminhada. É um momento significativo de troca de experiências, aprendizado e alinhamento de propósitos, consolidando o trabalho que já está sendo realizado e direcionando os esforços para os desafios e oportunidades que estão por vir.

Com a assembleia diocesana no horizonte, o Conselho Diocesano de Evangelização encerra o ano de forma estratégica, promovendo a unidade e a sinergia entre os diversos setores da diocese. É uma oportunidade valiosa para fortalecer os laços comunitários, aprofundar o compromisso evangelizador e consolidar o trabalho conjunto em prol da missão da OCDE na região.

Celebrando 25 Anos de Dedicação: Jubileu de Prata do Padre Revislande dos Santos Araújo

Uma Jornada de Fé e Serviço à Comunidade

No dia 25 de novembro, a Diocese de Roraima se reúne para celebrar um marco significativo na vida do Padre Revislande dos Santos Araújo: seus 25 anos de ministério presbiteral. A ocasião será marcada por uma emocionante Missa Eucarística de ação de graças, na Paróquia de Nossa Senhora da Consolata, no sábado, às 18h.

A trajetória sacerdotal do Padre Revislande teve início sob a influência de sua mãe, uma figura que desempenhou um papel importante em sua jornada espiritual. Originária da Guiana Inglesa, ela fez parte da Missão Santo Inácio, situada às margens do rio Tacutu, na fronteira entre a Guiana e o Brasil. Em suas palavras, o padre relembra: “Eu tive influência da minha mãe que veio da Guiana Inglesa, que fez parte da Missão Santo Inácio”.

Após seu rito de ordenação, o padre celebrou uma significativa missa na Missão Santo Inácio, marcando o início oficial de sua vida sacerdotal. Seu percurso espiritual continuou nas igrejas de Boa Vista, onde foi batizado na Igreja Matriz, recebeu sua Primeira Comunhão, Crisma e Oração de Diácono na Igreja Santa Luzia. A transição para o sacerdócio foi vivida na Igreja Consolata, onde também realizou estágio de diácono e passou seus primeiros três meses como padre.

Ao celebrar este Jubileu de Prata, a comunidade se une para parabenizar o Padre Revislande pelo exemplo notável de dedicação ao sacerdócio. Suas palavras ecoam o espírito de serviço, conforme expresso em Lucas 22,27: ”Eu estou no meio de vós como aquele que serve”. Que esta celebração seja um testemunho inspirador de fé, serviço e comprometimento para toda a comunidade.

Bispo da Igreja Católica realiza agenda com os ministérios da Pesca e Aquicultura e da Justiça para dialogar sobre as situações dos povos amazônidas

Dom Evaristo Pascoal Spengler, Bispo de Roraima, realizou dois encontros nos Ministérios da Pesca e Aquicultura e da Justiça na tarde desta segunda-feira (20)

O primeiro encontro ocorreu com o Secretário Nacional da Pesca, Cristiano Wellington Noberto Ramalho, para dialogar sobre os impactos da seca na Amazônia, sustentabilidade dos pescadores, acordos de pesca e o benefício dos pescadores.  

Na ocasião, Dom Evaristo ressaltou a atuação e missão da Rede, que está a serviço da vida e dos povos na Amazônia. Ele explicou que a Rede tem acompanhado com muita preocupação a seca na região e as diversas violações de direitos humanos e socioambientais que os povos amazônidas vêm sofrendo.  

O bispo destacou também a necessidade de ações emergenciais junto aos ribeirinhos, pescadores e comunidades para facilitar o acesso ao seguro dos pescadores. Além disso, enfatizou a importância de maior presença do Ministério na região amazônica.  

Cristiano Ramalho, secretário da pasta, agradeceu o encontro e falou sobre o momento importante da parceria, destacando o papel significativo da Igreja na formação social e política de muitas lideranças de movimentos populares, sociais e políticos ao longo da história. “A gente fala do nosso respeito aqui do Ministério dessa tradição do compromisso que a Igreja Católica sempre teve, e do papa Francisco que é essa grande referência para a Humanidade, com pautas inclusive de reparação histórica, com as causas libertadoras”, destacou Ramalho.  

Ao final da reunião, o secretário do Ministério propôs uma metodologia de diálogo com a pauta levada por Dom Evaristo e os outros representantes da Igreja, não apenas para responder às demandas, mas para discutir juntos os pontos apresentados na reunião.  

O objetivo da mobilização é articular soluções para a realidade da seca que assola milhões de pessoas no bioma amazônico, mas uma reflexão que seja também propositiva, que oriente a efetivação de políticas públicas nos estados e pelo Governo Federal.  

Também estiveram presentes no encontro, Cristiane Braz, consultora jurídica da pasta, Helen Moya, engenheira ambiental do Ministério e Jocemar Tomasino Mendonça, diretor do departamento de territórios pesqueiros e ordenamento. Pela REPAM-Brasil, participaram a Irmã Maria Irene Lopes, Secretária Executiva da REPAM-Brasil e Melillo Dinis, assessor jurídico e de incidência política da Rede. 

Diálogo sobre os defensores de Direitos Humanos na Amazônia 

No final da tarde de segunda-feira (20), o bispo foi recebido por Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, a pauta da reunião abordou diversas instâncias da situação dos defensores e defensoras de Direitos Humanos na Amazônia e políticas de proteção para territórios ameaçados. 

A comitiva da REPAM entregou ao ministro Flávio Dino um dossiê com toda a escuta nos nove estados do Brasil. “Apresentamos ao ministro Dino os problemas dos povos indígenas, dos povos ribeirinhos sobre a situação da Amazônia na questão ambiental, sobre a migração e reivindicações de direitos dos amazônidas e tivemos uma recepção bastante calorosa da parte dele, inclusive se comprometeu em responder pontualmente cada uma das demandas: do tráfico humano, violência sexual, demarcação da terra indígena. O diálogo foi aberto, para nós foi muito importante essa acolhida e também percebi que tem uma seriedade na busca de soluções”, destaca Dom Evaristo, presidente da REPAM-Brasil. 

“O Ministério da Justiça é apenas uma parte imediata, depois se exige as políticas públicas de continuidade e é por isso que nós também vamos percorrer outros Ministérios outras instâncias aqui em Brasília para que esse mosaico possa ser contemplado e que cada um possa assumir aquilo que lhe compete”, afirma.  

O bispo destaca ainda a gravidade da situação de violação de direitos da Amazônia e dos povos indígenas e comunidades tradicionais, que são os guardiões dessa biodiversidade com seus modos próprios de vida. “É necessário que haja incentivo para estas comunidades e povos para que possa se desenvolver de proteger o seus territórios sendo eles protagonistas e tendo autonomia em seus territórios para isso é preciso políticas de proteção, fiscalização e de sustentabilidade eu espero que o espaço possa ter auxiliado a refletir a grave crise socioambiental o que vivemos e nível planetário e de compromissos sérios em prol da Amazônia e dos povos amazônicos repensarem os modelo econômico que produz a destruição do meio ambiente e o extermínio dos povos originários”.  

Programação  

A agenda de diálogos segue até a sexta-feira, 24 de novembro, com encontros e reuniões entre os bispos da Amazônia e a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e representantes de outros ministérios, como Povos Indígenas, Direitos Humanos, Assistência Social e Combate à Fome e Minas e Energia.  

Santa Cecília, padroeira dos músicos e cantores

Origens 

Santa Cecília era uma nobre jovem romana, foi martirizada por volta do ano 230, durante o império de Alexandre Severo e o Pontificado de Urbano I. Seu culto é antiquíssimo: a Basílica a ela dedicada no bairro romano de Trastevere é anterior ao edito de Constantino. Em 313, decretou o domingo como dia ferial; e a festa em sua memória foi celebrada no ano 545.

Voto de Virgindade Perpétua
A narração do seu martírio está contida na Passio Sanctae Caeciliae, um texto mais literário que histórico caracterizado por uma forte conotação lendária. Segundo a Passio, Santa Cecília era esposa do patrício Valeriano, para quem, no dia do matrimônio, revelou ter-se convertido ao Cristianismo e ter feito o voto de virgindade perpétua, por isso, não poderia viver as relações matrimoniais, além disso, indicou que ele fizesse o mesmo. Valeriano aceitou, então, foi catequizado e batizado pelo Papa Urbano I. 

A Prisão dos Irmãos
Logo depois, também seu irmão Tibúrcio abraçou a fé cristã. Ambos os irmãos foram presos, por ordem do prefeito Turcio Almachio; após serem torturados, foram decapitados, juntos com Máximo, o oficial encarregado de levá-los ao cárcere; mas que, ao longo do caminho, também se convertera e, por isso, morreu junto a eles.

A fé de Santa Cecília venceu a morte 

As Frustradas tentativas de Almachio
Por conseguinte, Almachio decidiu também matar Santa Cecília. No entanto, ele temia as repercussões por uma execução pública, visto a popularidade da jovem cristã. Então, após tê-la submetido a um julgamento sumário, mandou levá-la para a sua casa, onde foi trancada em uma terma, em altíssima temperatura, simulando uma morte por asfixia. Depois de um dia e uma noite, os guardas a encontraram milagrosamente viva, envolvida em um celeste refrigério. Assim, Almachio mandou decapitá-la. Mas apesar de três golpes violentos na nuca, o algoz não conseguiu cortar sua cabeça. 

Páscoa
Santa Cecília morreu após três dias de agonia, durante os quais doou todos os seus bens aos pobres, a sua casa à Igreja. Não podendo mais pronunciar sequer uma palavra, continuou a professar a sua fé em Deus, Uno e Trino, apenas com os dedos das mãos. Foi desta forma que o pintor Stefano Maderno a esculpiu na famosa estátua, que ainda se encontra sob o altar central da Basílica a ela dedicada.

“A virgem Cecília que trazia sempre em seu coração o Evangelho de Cristo” (Papa Pascoal I)

Relíquias
A Lenda Áurea, a coletânea medieval de biografias hagiográficas, composta em latim pelo dominicano, Jacopo de Varazze, que conta uma série de elementos narrativos da Passio. Na coletânea, narra que foi o próprio Papa Urbano I, com a ajuda de alguns diáconos, que sepultou o corpo da jovem mártir nas Catacumbas de São Calisto. Foi sepultada em um lugar de honra, perto da cripta dos Papas. 

A Transladação das Relíquias
No ano 821, o Papa Pascoal I, grande devoto da santa, transladou suas relíquias à cripta da Basílica de Santa Cecília, no bairro romano de Trastevere, edificada em sua memória. Às vésperas do Jubileu de 1600, durante as obras de restauração da Basílica, a pedido do Cardeal Paulo Emílio Sfrondati, foi encontrado o sarcófago, com o corpo da jovem Santa. O corpo estava em ótimo estado de conservação, coberto com um vestido de seda e ouro.

Santa Cecília e a Música

A conexão com a Música
Há uma conexão explícita entre Santa Cecília e a Música, documentada desde a Idade Média tardia. O motivo deve-se a uma errada interpretação, segundo alguns, de um trecho da Passio. Segundo outros, da antífona de entrada da Missa, por ocasião da sua festa, onde se lê: “Enquanto os órgãos tocavam, ela canta, em seu coração, somente ao Senhor”. A partir da segunda metade do século XV, em diversos lugares da Europa, a iconografia da Santa começa a proliferar-se e a enriquecer-se de elementos musicais.

Obra de Rafael Sanzio
O êxtase de Santa Cecília, obra-prima de Rafael Sanzio para a igreja de São João no Monte, em Bolonha, que a representa com uma mão em um órgão móvel e, em seus pés, vários instrumentos musicais. A obra confirma a íntima ligação da mártir romana com a música. Ela já era invocada e celebrada como Padroeira dos músicos e cantores. Foi dedicada a ela a Academia de Música, fundada em Roma em 1584.

Exemplo de Entrega total a Jesus
Santa Cecília é para a Igreja um grande sinal de fé e pureza, pois ela permaneceu fiel aos seus votos de virgindade mesmo em meio às ameaças contra a sua vida. Escolheu abraçar o martírio do que renunciar seu amor total a Jesus. Torna-se, então, um exemplo de mulher forte na fé, convicta no amor. Portanto, é padroeira da música porque cantou com a vida uma canção de amor a Jesus.

Minha oração

“Ó querida santa, rogai pelos músicos, para que tenham composições santas, que se inspirem cada dia mais na vida e no testemunho da Igreja de Cristo; e, por meio disso, o nome do Senhor seja anunciado, querido e amado por todos os que rezam através das músicas. Amém.”

Santa Cecília, rogai por nós! 

Outros santos e beatos celebrados em 22 de novembro 

  • Comemoração de São Filémon de Colossos, na atual Turquia, cujo amor a Jesus Cristo foi causa de alegria para São Paulo; juntamente com ele é venerada sua esposa, Santa Ápia.
  • Em Arbela, na Pérsia, hoje Erbil, no Iraque, Santo Ananias, mártir. († 345)
  • Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Benigno, bispo. († c. 470)
  • Em Autun, na Gália Lionense, na hodierna França, São Pragmácio, bispo. († c. 517)
  • Junto ao rio Zihun, perto de Maras, cidade da Cilícia, no território atual da Turquia, os beatos Salvador Lillo, presbítero da Ordem dos Frades Menores, João, filho de Balzi, e outros seis companheiros naturais da Arménia, mártires.  († 1895)
  • Na localidade de Triora, na Ligúria, região da Itália, o Beato Tomás Réggio, bispo de Gênova. († 1901)
  • Em Teocaltitlan, cidade do México, São Pedro Esqueda Ramírez, presbítero e mártir. († 1927)
  • Em Paterna, cidade da província de Valência, na Espanha, os beatos Elias e Beltrão Francisco, religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936)
  • Em Orfans, perto de Gerona, também na Espanha, o Beato Fernando Maria, presbítero da Ordem dos Carmelitas e mártir. († 1936)

MJSP DEBATE VIOLAÇÕES DE DIREITOS NA AMAZÔNIA

Ministro Flávio Dino conversou com o presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica, Dom Evaristo Pascoal Spengler, para buscar soluções relacionadas a ess

Demarcação de terras indígenas; respeito às comunidades tradicionais, quilombolas, afrodescendentes, mulheres, juventude e indígenas; retirada de garimpeiros de áreas de exploração e implementação de política pública que os contemple na geração de renda; prevenção e combate ao garimpo ilegal, narcotráfico, tráfico humano e exploração sexual e feminicídio. Essas foram algumas das demandas apresentadas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta segunda-feira (21), por uma comitiva que representou a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam Brasil) – ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) -, em audiência no Palácio da Justiça.

O ministro conversou com o presidente da instituição, Dom Evaristo Pascoal Spengler, e afirmou que vai analisar cada uma das demandas apresentadas, como o reforço na política de segurança pública em áreas de conflitos, o aumento do contingente de polícia especializada em questões agrárias e mais iniciativas que desenvolvam assistências às necessidades básicas de migrantes na região, entre outras.

De acordo com Flávio Dino, cabe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a adoção de práticas e políticas imediatas. Na sequência, é necessário haver políticas públicas de continuidade por parte de outros órgãos do governo federal. Nesse sentido, o ministro recebeu um documento contendo uma lista de demandas e um retrato da situação na região, a partir de dados coletados pela instituição nos estados que compõem a Amazônia.

Indígenas e migrantes

“O ministro recebeu a síntese do nosso trabalho, que veio das bases da Amazônia, e agora vai encaminhar às respectivas áreas do Ministério para responder a cada uma dessas demandas”, afirmou Dom Evaristo Pascoal Spengler, também bispo da Diocese de Roraima. O religioso disse que se preocupa, principalmente, com a situação dos yanomami e os migrantes, especialmente os oriundos da Venezuela. Além, também, de problemas relacionados ao tráfico de drogas, violência sexual e demarcação de terras indígenas.

Segundo Dom Evaristo, o diálogo com o MJSP foi aberto, o que demonstra, em suas palavras, seriedade na busca de soluções. “O ministro nos disse que as soluções nem sempre são tão fáceis, mas que ele está trabalhando em estruturas de defesa, seja dos povos indígenas ou do meio ambiente, além do combate ao tráfico humano e exploração sexual e feminicídio, por exemplo”, ressaltou.

Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública

A PASTORAL FAMILIAR ENCERROU ENCONTROS PREPARATÓRIOS PARA O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

Quinze casais, decididos a unir suas vidas nas paróquias de nossa diocese.

No dia 18 de novembro, às 17:00, na sala de reuniões da prelazia, celebramos o encerramento dos oito encontros preparatórios para o Sacramento do Matrimônio. Quinze casais, decididos a unir suas vidas nas paróquias de nossa diocese, receberão a certificação conquistada ao longo deste inspirador itinerário.

Durante esses encontros, acompanhamos de perto esses casais, desenvolvendo um roteiro de itinerário vivencial de acompanhamento personalizado para o Sacramento do Matrimônio. Esse roteiro não apenas orienta os casais, mas também enriquece a igreja, ajudando-a a encontrar nos diálogos familiares a essência da base da sociedade: a família.

Aprendemos valiosas lições com esses casais, reforçando a importância da família como igreja doméstica. O processo de formação dos futuros casais é vital para que a igreja e a sociedade possam compreender e apoiar a família como alicerce da comunidade.

No emocionante encontro de encerramento, o Padre Jefferson liderará discussões sobre as principais pastorais, serviços e movimentos da nossa diocese. Além disso, abordará o engajamento pastoral desses casais, proporcionando um processo formativo embasado na sagrada escritura e na doutrina da igreja católica sobre o casamento.

Acreditamos que esses casais contribuirão significativamente para nossa jornada, assim como nós, enquanto igreja, desejamos fortalecer nossa relação com eles. Os casais interessados em participar da formação para noivos em 2024, é só procurar a secretaria da diocese de Roraima