Beato José Allamano, um padre italiano que tem seu ardor missionário presente em nossa Diocese
José Allamano nasceu em 21 de janeiro de 1851 em Castelnuovo D’asti, ao norte da Itália. Em 20 de setembro de 1873 foi ordenado sacerdote na catedral de Turim, com apenas 22 anos de idade.
Em 1900, Allamano criou o instituto missionário, obtendo sua aprovação em 29 de janeiro de 1901 – o Instituto Missões Consolata dos Padres e Irmãos. E em 29 de janeiro de 1910, o Padre Allamano fundou em Turim outro instituto para as missões, o dasIrmãs Missionárias da Consolata.
Os Missionários e as Missionárias da Consolata estão presentes em 27 países do mundo. E em Roraima a congregação serve em missão há 75 anos.
Padre Bento é um dos missionários da Consolta e está aqui desde novembro de 2019. Segundo ele, o legado do Beato José Allamano é o da Missão.
“Ele deixa um legado aos seus missionários. Um legado da missão, o legado para anunciar as maravilhas de Deus, anunciar o Evangelho”, disse.
Ainda segundo o sacerdote, a permanecia dos missionários da Consolata na Diocese de Roraima é o concretizar da missão de andar com o povo.
“A nossa presença na Diocese de Roraima é a realização do projeto do nosso fundador. Caminhar com o povo e trabalhar com o povo”, finalizou.
E nessa caminhada, há 20 anos a Rádio Monte Roraima leva o nome do beato. A rádio educativa José Allamano tem esse nome justamente para homenagear o beato e seus missionários, diz Padre Josimar Lobo, diretor geral da Monte Roraima Fm.
“Nossa fundação educativa é dedicada justamente a José Allamano que está a caminho da canonização. Ele que inspirou muitos trabalhos, muitos serviços missionários e evangelizadores em defesa da vida e da cidadania”, enfatizou o Padre.
“Padres da Consolata fazem parte do conselho da Rádio. E de uma certa forma eles estão presentes nos ajudando no dia-a-dia para que a gente possa ter uma comunicação mais eficaz, uma comunicação da verdade, uma comunicação mais libertadora”, finalizou o Diretor geral.
Padre José Allamano faleceu no dia 16 de fevereiro de 1926, em Turim, na Itália. E em 7 de outubro de 1990, o então Papa João Paulo II beatificou José Allamano por toda a sua vida dedicada à igreja.
Nesta quarta-feira, 15, a Comunidade Nossa Senhora de Nazaré, no bairro Jardim Caranã, realiza a Missa em honra ao Beato Jose Allamano.
A celebração também terá um tom de agradecimento pelo serviço do Padre Claúdio Cobalchini. O sacerdote atua na Area Missionária São Joao Batista e irá para o Estado de São Paulo ao fim deste mês.
Padre Cláudio é missionário da congregação da Consolata e serve na Diocese de Roraima desde junho de 2019.
Para ele, foi uma experiência enriquecedora.
“Foi uma experiência muito construtiva e positiva, porque me deu a oportunidade de conhecer essa realidade tão rica, não só de material, mas sobretudo uma riqueza espiritual. Um trabalho intenso, especialmente com os povos indígenas”, destacou.
Em tom de despedida, Padre Cláudio Cobalchini deixa uma mensagem vocacional aos fiéis.
“Não deixemos de rezar pelas vocações, Deus chama! Não importa onde nós nascemos e a nossa condição, Deus chama!”, finalizou.
A Missa será às 19h:30 na Comunidade Nossa Senhora de Nazaré, que fica na Rua: Altair Pereira Melo, 330, bairro: Jardim Caranã.
Instagram: Paróquia Nossa Senhora de Fátima- Mucajaí
Nesta quarta-feira, 15, ocorre em Mucajaí a missa de acolhida dos Missionários da congregação Lazaristas: Padre Willan Medeiros e Diácono Felipe passos.
Os Missionários ofertarão seus serviços no município e a missa de acolhida será na comunidade Nossa Senhora de Fátima às19h:30.
Padre Willan Medeiros fala que é a primeira vez da congregação lazarista na diocese.
“É a primeira vez que nossa congregação trabalha aqui em Roraima, e vamos iniciar esse trabalho em Mucajaí”.
Diácono Felipe passos é o outro missionário que cumprirá sua missão em Mucajaí. Em julho se tornará sacerdote, e já espera que Mucajaí seja sua primeira missão sacerdotal.
“Com certeza esse trabalho como Diácono vai ser o primeiro amor, a paroquia Nossa Senhora de Fátima, e como sacerdote também espero continuar”.
A missa será as 19h:30, na comunidade Nossa Senhora de Fátima, em Mucajaí.
Iniciou nesta terça-feira, 14, o Encontro dos coordenadores de Pastoral das Dioceses e Prelazias, em Manaus.
Aproximadamente 10 dioceses se encontram no evento que acontece em Manaus, e a diocese de Roraima tem sua representante.
Uma das pautas é a partilha do que acontece em nossa região.
Ângela Maria, Coordenadora de evangelização diocese de Roraima, fala que esse encontro promove a união nas igrejas e a certeza de que a igreja de Roraima caminha junto com outras dioceses.
“A importância pra nós como igreja de Roraima, primeiro é a certeza de caminharmos juntos. E segundo, é essa troca, essa escuta das experiências”
O encontro segue até esta Quarta-feira, 15 de fevereiro.
Já são mais de 16 mil os mortos em decorrência no terremoto na Turquia e na Síria na noite entre domingo e segunda-feira. Os feridos são ao menos 62.914 e centenas ainda estão sob os escombros à espera de ajuda.
Na segunda-feira, o Papa já havia enviado telegramas aos núncios na Síria e na Turquia – cardeal Mario Zenari e o bispo Marek Solczyński, respectivamente -, nos quais havia assegurado sua oração e proximidade às vítimas do devastador terremoto. Na Audiência Geral desta quarta-feira, o agradecimento de Francisco aos que levam ajudas e às populações e o encorajamento à solidariedade:
Neste momento, o meu pensamento dirige-se às populações da Turquia e da Síria, duramente atingidas pelo terramoto que provocou milhares de mortos e feridos. Rezo com comoção por eles e exprimo a minha proximidade a estes povos, aos familiares das vítimas e a todos os que sofrem devido a esta devastadora calamidade. Agradeço àqueles que estão se empenhando em levar socorro e encorajo todos à solidariedade com esses territórios, em parte já martirizados por uma longa guerra. Rezemos juntos para que estes nossos irmãos e irmãs possam seguir em frente diante desta tragédia, e peçamos a Nossa Senhora que os proteja: Ave Maria…
O número de mortos no terremoto que atingiu a Turquia e a Síria na noite entre domingo e segunda-feira ultrapassa os 16 mil; são 14.014 na Turquia e 2.902 na Síria. Os feridos são quase 63 mil e centenas ainda estão sob os escombros à espera de ajuda. 6.500 prédios e casas desabaram.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, informou na tarde desta quarta-feira, que um total de 60.000 equipes de resgate estão envolvidos em operações de busca, resgate e assistência às vítimas do terremoto. “Entre proteção civil, exército, organizações não governamentais, equipas vindas do estrangeiro e voluntários, neste momento existem 60.000 socorristas no terreno”, declarou o presidente turco que hoje chegou à zona atingida há dois dias pelo terrível sismo.
As autoridades turcas confirmam que cerca de 13,5 milhões de pessoas foram afetadas diretamente pelo terremoto e que o impacto foi sentido em uma área que se estende por cerca de 450 quilômetros de Adana, no oeste, a Diyarbakir, no leste, e 300 quilômetros de Malatya, no norte, até Hatay, no sul. As autoridades sírias relataram mortes até Hama, a cerca de 100 km do epicentro do terremoto.
O terremoto que atingiu o sudeste da Turquia e o norte da Síria em 6 de fevereiro foi muito forte. Para se ter uma ideia: a terra tremeu mil vezes mais forte, por exemplo, que em Amatrice, na Itália, em 2016. A energia liberada foi igual a 32 explosões atômicas, a terra se moveu vários metros em poucos segundos ao longo de uma linha de 150 quilômetros e a onda de choque derrubou milhares de prédios.
As pessoas retiradas com vida dos escombros
E na corrida contra o tempo para resgatar com vida as pessoas soterradas por escombros, são testemunhados verdadeiros milagres, que provocam uma mistura de alívio e alegria, e arrancam aplausos entre os socorristas, como foi o caso da menina recém-nascida encontrada viva com o cordão umbilical ainda preso à mãe, que acabou morrendo sob os escombros em Jandairis, na Síria, ou aquela mãe e suas duas filhas que foram retiradas com vida dos escombros após 33 horas em Hatay, um dos locais mais áreas afetadas da Turquia.
Uma bebê de 18 meses foi retirada com vida dos escombros mais de 56 horas após o terremoto na província de Kahramanmaras, no sul da Turquia. A informação foi divulgada pelo site turco Anadolu. Ela foi encontrada com a mãe. A pequena Masal, esse é o nome dela, sobreviveu graças a sua mãe que a amamentou.
Um pai, seu filho e filha foram retirados com vida dos escombros de um prédio que desabou devido ao terremoto extremamente violento de segunda-feira na vila síria de Bisnia, relata o Guardian.
Solidariedade internacional
A catástrofe desencadeou uma onda de solidariedade e uma mobilização geral, que conta com o envolvimento de engenheiros, soldados, bombeiros, médicos e paramédicos e até cães treinados em resgate e busca. Pessoal e equipamentos chegam de todo o mundo para os primeiros socorros às populações afetadas na Turquia e na Síria. Uma corrida contra o tempo, enquanto as réplicas, várias centenas desde segunda-feira, se sucedem no inverno rigoroso da área afetada. Cada minuto pode ser vital para poder resgatar os cidadãos presos nos escombros.
Aqui, um pequeno panorama das iniciativas implementadas para enfrentar a emergência:
– As Nações Unidas, disse o secretário-geral António Guterres, enviaram “equipes ao terreno para avaliar as necessidades e prestar assistência”. Enquanto o Crescente Vermelho Palestino está realizando operações de resgate e socorro em campos de refugiados palestinos e áreas vizinhas na Síria.
– A União Europeia enviou equipes de busca e salvamento, ativando o sistema de satélite Copernicus para fornecer serviços de mapeamento de emergência. “Até agora – twittou o comissário europeu de emergências Janez Lenarcic – mobilizamos 27 equipes de busca e salvamento e médicas de 19 Estados europeus por meio do “Mecanismo de Proteção Civil da UE” para ajudar a Turquia após o terremoto, juntamente com mais de 1.150 socorristas e 70 cães de resgate”. Na Síria, acrescentou Lenarcic, a UE está trabalhando “em estreito contato com nossos parceiros humanitários que também estão envolvidos em operações de resgate”. As áreas de chegada das equipes são as mais afetadas: 11 já chegaram ao destino.
– A Itália ofereceu assistência através da Proteção Civil e do Corpo de Bombeiros. Na noite de segunda-feira, o primeiro C130 da Força Aérea decolou com material e pessoal a bordo para prestar socorro à população, chegando a Adana por volta das 6 da manhã. A bordo estavam 50 bombeiros das equipes USAR da Toscana e Lazio. Pessoal especializado na busca de pessoas desaparecidas sob os escombros, que trabalhou em emergências semelhantes na Itália e no exterior. No grupo, também, 11 agentes de saúde e 6 unidades da Proteção Civil.
– A Alemanha está enviando geradores de emergência, tendas, cobertores e água. O país também ofereceu a contribuição da Proteção Civil. Médicos e especialistas foram enviados para chegar ao cerne da catástrofe. A Ministra dos Assuntos Estrangeiros, Annalena Baerbock, acrescentou ainda que os alemães vão fornecer um subsídio econômico de cerca de um milhão de euros, aproveitando a necessidade de entrar na Síria para prestar a ajuda necessária: “Todos os acores internacionais, incluindo a Rússia, são chamados a pressionar o regime sírio para permitir ajuda humanitária às vítimas do terremoto”.
– A Espanha se ofereceu para enviar dois contingentes de busca e salvamento, juntamente com uma equipe de bombeiros voluntários. As autoridades turcas aceitaram a ajuda na manhã de terça-feira: Madri envia, portanto, a equipe Starts com hospital de campanha, que tem bloco operatório e capacidade de internação para 20 pessoas, e contribuirá para o apelo de emergência lançado pela Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Movimento e apoiará as ativações de emergência de ONGs humanitárias espanholas que têm acordos com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid).
Yigit Cakmak (C), de oito anos, reage após ser resgatado do local de um prédio desabado, cerca de 52 horas após um grande terremoto, em Hatay, Turquia, 08 de fevereiro de 2023. EPA/ERDEM SAHIN
– A vizinha (e histórica rival da Turquia) Grécia enviou uma equipe de 21 pessoas, incluindo especialistas em sismologia. As equipes de resgate chegaram recentemente com uma aeronave militar C-130 na região sul de Hatay, com cães farejadores, médicos, enfermeiras e um veículo especial de combate a incêndios.
– A França já enviou unidades de resgate para a Turquia.
– A Áustria enviou 84 soldados da Unidade de Desastres Naturais.
– A Suíça ofereceu sua contribuição com a equipe especial REDOG: 22 socorristas com 14 cães já estão na Turquia. Outras 80 pessoas, incluindo especialistas em desastres naturais, serão enviadas para a área.
– Os Estados Unidos, graças à operação de coordenação do Pentágono e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, estão realizando uma missão de assistência à Turquia. Em Los Angeles, na Califórnia, pelo menos 100 pessoas, entre bombeiros e engenheiros, munidos de cães treinados, foram enviadas para a área. O presidente, Joe Biden disse em um tweet que instruiu sua equipe para monitorar de perto e continuamente a situação em coordenação com a Turquia e fornecer toda a assistência necessária.
O Seminário São José da Arquidiocese de Manaus, onde se formam os seminaristas do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil celebrou nesta terça-feira 7 de fevereiro a Missa de abertura do Ano 2023.
A celebração foi presidida pelo Reitor do Seminário São José, Padre Zenildo Lima, e concelebrada pelos formadores, o Padre Rubson Vilhena, do clero da Arquidiocese de Manaus, que acompanha a Etapa da Configuração, da qual fazem parte os 22 estudantes de Teologia, e o Padre Alex Mota, do clero da Prelazia de Itacoatiara, que será o formador da Etapa do Discipulado, formada pelos 30 estudantes de Filosofia.
Em 2023 o número de seminaristas no Seminário São José é de 52, sendo 13, 11 no primeiro ano de Filosofia e 2 no primeiro ano de Teologia, os seminaristas que passam a integrar a comunidade formativa, sendo acolhidos na celebração de abertura. 4 seminaristas são da Diocese de Roraima, 4 da Diocese de Parintins, 6 da Diocese de São Gabriel da Cachoeira, 4 da Prelazia de Itacoatiara, 6 da Diocese de Alto Solimões, 4 da Prelazia de Borba, 7 da Diocese de Coari e 17 da Arquidiocese de Manaus.
Entre os seminaristas, 12 são indígenas, quase a quarta parte do total, são indígenas, 4 Tukanos, um Tikuna, 2 Kokamas, 3 Macuxis, um Maraguá e um Sateré Maué. Sua presença é importante em vista da proposta do Sínodo para a Amazônia de avançar numa Igreja com rosto indígena na Amazônia.
Durante a homilia, o Padre Zenildo Lima, tomando como ponto de partida a leitura do Livro do Génesis, onde faz a narrativa da Criação, resgatou a Aula Inaugural da Faculdade Católica do Amazonas, aonde o Padre Adelson Araújo dos Santos, chamava a atenção para as implicações da fé e o meio ambiente e a relação com a ecologia, fazendo memória da Laudato Si´ e do Sínodo para a Amazônia, assim como também a intervenção da Professora Marilene Corrêa, que dizia que as políticas públicas não contemplam a nossa região da Amazônia, para quem o Brasil está de costas.
O Reitor do Seminário São José insistiu na necessidade de que “estabeleçamos uma relação nova com toda a realidade criada, a partir da categoria do saber, do conhecimento”. Segundo o Padre Zenildo, “onde existe o conhecimento dos nossos povos ancestrais, a relação com toda a realidade criada é bem mais plena, é bem mais equilibrada”. O padre da Arquidiocese de Manaus fez ver aos seminaristas que “todo vocacionado ao ministério presbiteral é também um homem vocacionado ao saber para que se relacione de um modo novo com toda a realidade”.
Se faz necessário, destacou o Reitor do Seminário São José de Manaus, “uma sadia experiência de ritualidade e de memória. Não vale a pena tradições e tradicionalismos que não nos permitam esse contato com a realidade”.
No final da celebração foram chamados os novos seminaristas que vão compor a casa, assim como Hugo Barbosa, do 4º Ano de Teologia, e Michel Carlos, do 3º Ano de Teologia, que juntamente com o diácono Mateus Marques e o seminarista Marcos Vinicius, da Arquidiocese de Brasília, que está fazendo uma experiência na Arquidiocese de Manaus, irão constituir uma comunidade de seminaristas na Area Missionária São João Paulo II.
Uma formação que está dividida em diferentes áreas: dimensão humana, dimensão intelectual, dimensão espiritual e dimensão pastoral, uma faceta que se concretiza no trabalho pastoral dos seminaristas nas paróquias e áreas missionárias onde são enviados aos finais de semana, visando sempre formar padres no coração da Amazônia.
A Faculdade Católica do Amazonas iniciou seu primeiro ano letivo completo. Após seu lançamento em 23 de setembro de 2022, continuando o trabalho realizado pelo Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (ITEPES), no dia 6 de fevereiro deu início aos trabalhos que pretendem contribuir com a formação da Igreja do Regional Norte1 da CNBB, num contexto amazônico, seguindo a bússola da caminhada da Igreja da Amazônia.
Um momento que foi oportunidade para fazer memória da história do ensino da Igreja na região, que a Faculdade Católica do Amazonas quer dar continuidade com gratidão, paixão e esperança, na busca de novos caminhos e horizontes, a uma formação teológica integral, pastoral e missionária, buscando caminhos de diálogo, inserindo-se, inculturando-se e encarnando-se na vida das diversas comunidades amazônicas.
A Aula Inaugural contou com a presença do Padre Adelson Araújo dos Santos, que refletiu sobre “Teologia, ecologia, espiritualidade e cosmovisão indígena: Ecos da Laudato Si´ e Querida Amazônia”. Desde Roma, com um coração amazonense, quis refletir de modo virtual sobre o diálogo entre Teologia e Ecologia. O professor da Universidade Gregoriana partiu da ideia de que a Laudato Si’ não é uma “encíclica verde”, e sim um escrito pontifício que defende “uma ecologia integral, apoiada na fé cristã”, na linha das outras dez encíclicas sociais, iniciadas em 1891 com a Rerum Novarum do Papa Leão XIII.
Um texto que mostra o que a ecologia diz “respeito à evangelização, à missão da Igreja, ao serviço dos cristãos ao mundo”, afirmou o jesuíta manauara. Segundo ele, “não se pode falar de compromisso social cristão sem incluir a ecologia”, insistindo em que essa é uma atitude que nasce do pedido do Concílio Vaticano II que chama a Igreja a estar no mundo. De fato, o professor considera indissociável o trinômio Igreja-Reino-Mundo, pois “a missão da Igreja, de realizar o Reino de Deus, realiza-se no mundo e para o mundo”.
O Reino de Deus tem “uma dimensão imanente, intra-histórica”, segundo o Padre Adelson. Ele defende que o conceito de ecologia “nos remete à relação do ser humano com o planeta como um todo”, considerando que o cristianismo concebe a ecologia numa tríplice relação: ser humano – natureza – Deus. Isso fez com que o conceito de ecologia fosse assumindo diferentes rostos no Magistério dos últimos pontífices.
No Magistério do Papa Francisco, a ecologia é integral “porque envolve todas as relações do ser humano”, afirmou o jesuíta, “tudo está relacionado”, nos diz Laudato Si´. Daí podemos dizer que “é a nossa fé cristã que nos leva à preocupação pela ecologia e ao compromisso social pelo cuidado da nossa Casa Comum e seus habitantes”, insistiu o professor da Gregoriana.
O Padre Adelson considera o Sínodo para a Amazônia, onde ele foi perito, como “um marco na caminhada da Igreja”. Segundo o religioso, na Amazônia, o anúncio de Cristo Jesus, “está sempre ligado à defesa da casa comum, à ecologia integral, à vida e à luta pela garantia dos direitos humanos”. Ele lembrou que a palavra central que atravessa o todo o Documento Final do sínodo é a palavra conversão: integral, pastoral, cultural, ecológica, sinodal.
Uma conversão que “deve fazer parte de todos os programas formação e evangelização na Amazônia”, insistiu o professor. Ele fez um chamado a “criar uma Igreja com rosto indígena, crescer na fé e celebrar o mistério de Cristo em sua pluralidade cultural, com símbolos e gestos das culturas locais, numa verdadeira liturgia da Igreja na Amazônia”. Analisando os quatro sonhos do Papa Francisco na Querida Amazônia (social, cultural, ecológico e eclesial), o jesuíta destacou que o sentido desta Exortação é expressar as ressonâncias, ser caminho de diálogo e discernimento, um resumo de algumas das principais preocupações, ajudar e orientar, dentre outras.
Um caminho que deve conduzir ao diálogo entre espiritualidade cristã e cosmovisões indígenas, que nos ensinam como buscar “uma conexão harmoniosa com a Mãe Terra e seu mundo espiritual”, dado que “a espiritualidade indígena é fortemente marcada por uma mística cosmológica, na qual o cosmos, a natureza, a comunidade e um senso de interdependência com todos os seres são características-chave”, destacou o professor da Universidade Gregoriana.
Um Deus que é transcendente, mas que “está oculto na imanência de todas as coisas e de todos os seres presentes na natureza”. Umas espiritualidades “marcadamente sapienciais, ou seja, ensinam a sabedoria de viver em harmonia com a natureza”. Daí surgem caminhos de “eco espiritualidade” ou “eco teologia”, fundamentados numa espiritualidade ecológica que nos ensina a abraçar o Cosmos e o Deus do Cosmos. Umas cosmovisões indígenas que ajudam a compreender sua importância na preservação da vida em nosso mundo ameaçado, de renovar o compromisso do ser humano com a preservação da casa comum.
Na segunda intervenção da Aula Inaugural, a Professora Marilene Corrêa levou os presentes a refletir sobre o tema “Educação e Ciência no Amazonas: Desafios e Esperanças em Tempos de Ataque à democracia“. Ela partiu da ideia de que no Brasil a democracia está em constante ameaça, são constantes a violência e os ataques à democracia no Brasil, numa sociedade reacionária, segundo a professora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Num país governado por um sistema presidencialista, a organização do Estado e as políticas publicas fizeram com que durante muito tempo só o 30 por cento dos brasileiros participavam da plena cidadania. Políticas nacionais que deixam fora a Amazônia, que se restringem ao ambiente urbano, que demandam maior inclusão, o que desafia a transformar as políticas setoriais em políticas nacionais, dentre elas a educação.
A professora colocou vários desafios para a sociedade brasileira, refletindo sobre a realidade amazônica ao longo da história do Brasil e o que ela representa na conjuntura mundial, com uma agenda que envolve a Amazônia, num momento em que o Brasil se afastou da América Latina, especialmente nos últimos 4 anos. As políticas de todo tipo não alcançam a Amazônia em sua totalidade, insistiu a professora, que denunciou a hipocrisia dos brasileiros em relação à Amazônia, chegando dizer que “o Brasil sempre esteve de costas para a Amazônia”, vista muitas vezes como entretenimento e não estando presente nas políticas públicas, que não alcançam a totalidade do território amazônico.
Em relação à Amazônia, a professora da UFAM fez algumas demandas presentes na Amazônia, refletindo sobre a realidade e as prioridades, temas, agendas e estratégias que devem estar presentes na região amazônica, e que tem relação com uma falta de inclusão no Brasil presente na Amazônia, marcada por históricas desigualdades. Daí fez propostas de um novo desenvolvimento produtivo, sustentado na ciência, tecnologia e educação, em vista da sustentabilidade.
Uma Faculdade que irá se concretizando a partir de mudanças, capacidades e potencialidades, segundo o Padre Hudson Ribeiro, Diretor da Faculdade. Em parceria com diferentes universidades do Brasil e do exterior, com a colaboração do quadro de professores que fazem parte da Faculdade Católica do Amazonas, e sustentados nos princípios da instituição acadêmica.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
Já se tornou costume que no início do mês de fevereiro os Bispos do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se reúnam numa das dioceses ou prelazias. “Uma visita fraterna para conhecer melhor o irmão bispo e a realidade em que ele exerce o seu ministério, com seus desafios, suas esperanças”, segundo Dom Edson Damian, Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira e Presidente do Regional Norte1 da CNBB.
Entre os vários assuntos a serem tratados no encontro desta semana, de 6 a 9 de fevereiro, que será realizado em Tefé, onde seu Bispo, Dom José Altevir da Silva, assumiu no dia 1º de maio de 2022, Dom Edson destaca “as tumultuadas eleições, a vitória da democracia, o simbolismo da posse de Lula, seu novo ministério e seu primeiro mês de governo”. Junto com isso, “o ato de terrorismo naquela multidão que movida pelo ódio, pela intolerância, extrema violência, destruiu a sede dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro. E também as medidas oportunas e enérgicas que estão sendo tomadas para defender definitivamente a democracia e o vigor da Constituição”.
Os Bispos do Regional Norte1, segundo seu Presidente, também disse que dentro da pauta está “a revelação do genocídio que está acontecendo com o Povo Yanomami em Roraima e as ações que estão sendo realizadas para salvar tantas vidas ameaçadas pelas doenças, pela miséria, pela fome”. Dom Edson lembrou da recente visita do Cardeal Leonardo Steiner em nome do Papa e da CNBB, que relatará, junto com o Padre Lúcio Nicoletto, Administrador diocesano de Roraima, a situação em Roraima.
Os Bispos do Regional Norte1, segundo seu Presidente, “vamos nos alegrar com Dom Giuliano Frigenni, que receberá seu sucessor”, um momento que vai acontecer no próximo domingo, 12 de fevereiro, com o início do ministério como Bispo da Diocese de Parintins de Dom José Araújo de Albuquerque, até agora Bispo auxiliar de Manaus, que contará com a presença de seus irmãos bispos. Dom Edson também lembrou que os Bispos irão se preparar para acolher Dom Evaristo Spengler, Bispo eleito da Diocese de Roraima, transferido da Prelazia do Marajó, que irá assumir no dia 25 de março.
A preparação da 60ª Assembleia Geral da CNBB, que será realizada em Aparecida de 19 a 28 de abril, finalmente totalmente presencial, insiste Dom Edson, também está na pauta do encontro. Uma assembleia importante, “porque serão renovados todos os cargos e serão aprovadas as novas Diretrizes para a Ação Evangelizadora na Igreja do Brasil para os próximos 4 anos”. O Presidente do Regional Norte1 considera importante, “destacar a graça do encontro, que fortalece nossa colegialidade episcopal, nossa amizade e fraternidade, que também se expressa nos vários momentos de oração entre nós e de celebração com as comunidades de Tefé”.
Dom Altevir expressou sua alegria de “receber todos os Bispos do Regional Norte1 para uma semana de encontro”, afirmando que a expectativa é grande e “a Prelazia preparou tudo com muito carinho para receber os nossos Bispos”, que foram acolhidos por uma grande equipe da Prelazia no aeroporto. Os Bispos se encontrarão com os padres de Tefé e algumas autoridades locais, lembrou Dom Altevir, que destacou a celebração eucarística que acontecerá na Catedral de Santa Teresa com a participação de todas as paróquias de Tefé. Os Bispos também irão celebrar nas comunidades de Tefé na terça-feira, segundo Dom Altevir.
“Um encontro muito animado, tranquilo, sem correria”, segundo o Bispo da Prelazia de Tefé, que disse que os Bispos também irão conhecer a realidade das reservas na região de Tefé, uma iniciativa que ajuda na preservação e cuidado da casa comum. Dom Altevir insistiu na grande expectativa de um encontro tão esperado.
Ser sal da terra e luz do mundo é aquilo que “Jesus continua a nos indicar a que fomos chamados”, nos lembra o Cardeal Leonardo Steiner no comentário às leituras do 5º Domingo do Tempo Comum. O Arcebispo de Manaus lembra que “no Evangelho do domingo que passou, vimos que fomos chamados a perseverar, a ser fidelidade, a permanecer a caminho, ser fiéis”.
O chamado a ser sal e luz é visto pelo cardeal como a “necessidade de uma transformação radical do nosso existir”, insistindo em ser “sal e luz que anunciam o novo céu e a nova terra, onde possa desabrochar, livre de toda a servidão, uma nova felicidade. Somos, mais uma vez convidados à plenitude”. Lembrando que as bem-aventuranças nos ensinam “o modo de viver, de caminhar de jamais voltar para trás com a texto das chamadas”, vemos neste domingo “Jesus a nos dizer que somos sal da terra e luz do mundo. É o chamado à conversão radical, o retorno do coração à fonte do ser, a Deus. As palavras de Jesus a destravar, desvencilhar a nossa vida, para impulso dinâmico do sopro divino, sagrado, criador, iluminador, libertador da vida. Entrarmos na dinâmica da luz, do sal”.
Fazendo ver que “o sal pode destruir por corrosão”, Dom Leonardo afirma que “o próprio do sal é conservar a comida, proteger contra a putrefação, a decomposição. Ele mantem os nossos alimentos saudáveis. Sobressai no sal a sua virtude protetora e purificadora, fazendo dele um condimento fisiologicamente necessário à vida, um remédio, símbolo da incorruptibilidade, de perenidade”.
O cardeal lembra “o pacto de sal” no Antigo Testamento, “que designa uma aliança que Deus não pode romper com seu povo”. Segundo ele, “o sal que acompanha as ofertas e os sacrifícios. Como a mesa é o altar e toda refeição um sacrifício, o hebreu oferece aos convivas o pão e o sal. O sal é símbolo da hospitalidade e da comunhão”.
Ser ouvintes de Jesus, nos torna “um povo que é sal, tempero, sinal, preservação da presença, do cuidado de Deus”, segundo Dom Leonardo. Citando um poeta, ele diz que “o sal a simbolizar o Povo de Israel, e o novo Povo de Deus, a Igreja”. Ser o sal da terra é “um testemunho da presença salvadora e criadora de Deus”, insistindo em cada um de nós e como comunidade de seguidores e seguidoras de Jesus, “se deixamos de ser sal, se deixarmos de sermos preservação, condimento necessário à vida, um remédio, o símbolo da incorruptibilidade, de perenidade, ‘não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens’”.
Diante disso, “o sal que deveríamos ser, é dispensado, jogados fora”, ressalta Dom Leonardo, que questiona: “Se somos sal, qual a nossa valia, a nossa contribuição, na visibilização do Reino de Deus; da transformação da nossa sociedade como sal da terra?”. O Arcebispo vê o ser sal como “tempero de paz, de concórdia, de solidariedade, de samaritanidade; sal de justiça, de equidade; sal de ânimo, de caminho a ser percorrido, jamais desanimar”. Daí faz um chamado a “não deixar que a nossa humanidade esteja corrompida. O sal não pode deixar de salgar. Mas nós como sal da terra, podemos perder a força cuidadora, purificadora, salgadora, mostrando o sentido de conviver pelas sendas e caminhos de Deus”.
Seguindo a tradução bíblica, “se somos sal e deixamos de ser sal, enlouquecemos, não sabemos mais quem somos, não conservaremos a preciosidade da vida, não preservamos mais a vida na sua totalidade”, diz Dom Leonardo. Ele reflete dizendo que “se um povo deixar de ser sal, se um povo enlouquecer, perder a razão de existir, de ser, quem executará a sua missão de salvar o mundo?”. Citando André Chouraqui em sua obra “A Bíblia Matyah”, o Cardeal diz que “Israel não será mais suficientemente forte para nada senão ser jogado fora e pisado pelos homens. É o que aconteceu efetivamente em 70 d.c., quando as legiões romanas destruirão a pátria e o templo de Israel, pisando no povo e jogando fora os sobreviventes, vendidos como escravos nos mercados do império romano”.
Nesse ser sal da terra, o Cardeal Steiner afirma que “somos chamados, vocacionados a ser o tempero, o sabor da vida de tantas existências que perderam a razão de existir, de ser. Seguidores e seguidoras de Jesus somos, pela cruz e ressurreição de Jesus sal. A sinalizar o sentido da agradabilidade e suavidade do Reino”.
“A luz se faz mais luz na noite, nas trevas”, segundo o Cardeal, que lembra que “na criação Deus concede a luz, tudo fica iluminado. A luz, o conhecimento, a iluminação, como o sopro de vida, o sopro de Deus, o Espírito que paira e ilumina. A sua vibração é criadora, ela traz em si o real que ela forma e esculpe em sua transparência. A luz precede as trevas e as sucede tanto na ordem real quanto na iluminação interior de uma dualidade universal que se exprime desde os primeiros versículos do Gênesis”, se referindo novamente às palavras de André Chouraqui.
Dom Leonardo ressalta que “a luz simboliza a vida, a salvação e o amor que brotam da fonte única: Deus que é própria Luz”. Ele destaca que “a dinâmica das palavras de Jesus segue o método talmúdico do geral ao particular”. Junto com isso, o Arcebispo de Manaus nos faz ver que “Jesus nos chamou de ‘luz do mundo’ porque, iluminados por Ele, verdadeira e eterna Luz, nos tornássemos, a luz que brilha nas trevas. Jesus é o Sol da Justiça; nos chama a todos para ser ‘luz do mundo’; pois é por meio de nós que irradia sobre o mundo a luz esplendorosa de Jesus”.
Diante disso, “deveríamos, com nosso modo de vida, afugentar dos corações das pessoas as trevas do erro, da injustiça, do abandono, do desprezo, do egoísmo. Manifestar a luz da verdade, da bondade, da proximidade, da samaritanidade”. Recordando as palavras de São Paulo, nos diz que “iluminados por Jesus e pelos irmãos e irmãs que seguem a Jesus, também nós passamos das trevas para a luz”.
Citando o teólogo ortodoxo Paulo Evdokimov, em sua obra “O amor louco de Deus”, que diz que ilumina a escuridão de nossa indiferença diante de sermos sal da terra e luz do mundo, Dom Leonardo destaca “o amor louco de Deus a nos dizer que somos sal da terra e luz do mundo”. Por isso insiste em que “o sal deve salgar, conservar, purificar; a luz iluminar, clarear, indicar o caminho. Tudo para que o Evangelho seja fecundo, vivificante, transformador, um sopro de vida nova. Um Espírito que renova a face da terra. Nada de indiferença, neutralidade!”.
Dom Leonardo reflete sobre o fato de que “fomos em Jesus libertados, iluminados, transformados. Fomos libertados das trevas, do erro, sabemos o caminho da felicidade, de estarmos libertos das trevas do erro”. Daí convida a “caminhar na luminosidade, como filhos e filhas da luz”, insistindo em que “a lâmpada, a luz resplandecente, que foi acesa para nossa salvação, deve brilhar sempre em nós, e aluminar os outros”. Por isso, ele pede que “deixemos que brilhe a vida e a graça que recebemos, iluminemos a vida, estanquemos a escuridão da violência, da guerra, da degradação, do esquecimento. Iluminemos os dias da humanidade, não deixemos que ela pereça pela nossa indiferença”. Uma atitude que deve nos levar a fazer com que “os Yanomami vejam brilhar a luz da esperança, iluminados e temperados possam reconstituir-se como povo, que as crianças possam espargir alegria, levar seus sorrisos e firmar os passos”.
Com sua mensagem, Francisco deseja “abraçar neste momento todos os irmãos e irmãs consagrados de todas as partes do mundo”. “Quando vocês ouvirem esta mensagem, estarei em missão na República Democrática do Congo e sei que suas orações me acompanharão”, escreve o Papa, recordando o tema do Dia Mundial da Vida Consagrada deste ano, “Irmãos e irmãs para a missão”.
Mariangela Jaguraba – Vatican News
O Papa Francisco enviou uma mensagem aos consagrados, nesta quinta-feira (02/02), Dia Mundial da Vida Consagrada e festa litúrgica da Apresentação do Senhor.
A missa solene do Dia Mundial da Vida Consagrada foi presidida pelo prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz, na tarde de quinta-feira, na Basílica de Santa Maria Maior.
Todos os carismas são para a missão
Com sua mensagem, o Papa deseja “abraçar neste momento todos os irmãos e irmãs consagrados de todas as partes do mundo”. “Quando vocês ouvirem esta mensagem, estarei em missão na República Democrática do Congo e sei que suas orações me acompanharão”, escreve o Papa, recordando o tema do Dia Mundial da Vida Consagrada deste ano, “Irmãos e irmãs para a missão”. “Todos juntos somos membros da Igreja, e a Igreja está em missão desde o primeiro dia, enviada pelo Senhor Ressuscitado, e assim estará até o último dia, com a força do seu Espírito”, ressalta o Pontífice.
“No Povo de Deus, enviado a levar o Evangelho a todos os homens, vocês, consagrados, têm um papel especial, que vem do dom particular que receberam: um dom que confere ao seu testemunho um carácter e um valor especiais, pelo fato de vocês serem totalmente dedicados a Deus e ao seu Reino, na pobreza, virgindade e obediência. Se na Igreja cada um é uma missão, cada um e cada uma de vocês o é com uma graça especial como pessoa consagrada”, escreve ainda o Papa.
“Além deste dom fundamental, a sua missão se enriquece com os carismas de seus institutos e sociedades, com os carismas de seus fundadores e fundadoras. Na sua maravilhosa variedade, eles são todos dados para a edificação da Igreja e para a sua missão.”
“Todos os carismas são para a missão, e o são com a incalculável riqueza da sua variedade, para que a Igreja possa testemunhar e anunciar o Evangelho a todos e em todas as situações”, sublinha o Papa.
Festa do encontro com Cristo
O Papa recorda que os consagrados celebram no Dia Mundial da Vida Consagrada “a festa do Encontro”. “Que a Virgem Maria nos obtenha a graça de que a nossa vida de consagrados seja sempre festa do encontro com Cristo, e assim, como ela, poderemos levar a todos a luz de seu amor: a sua luz, não a nossa! Levar Ele, não a nós mesmos”, ressalta. O Santo Padre conclui sua mensagem, agradecendo aos consagrados “pelo que são e pelo que fazem”, e incentivando-os a “prosseguir em sua missão profética”Fon