Igreja em Roraima celebra eleição de novo papa: Leão XIV é o sucessor de Pedro

Igreja em Roraima celebra eleição de novo papa: Leão XIV é o sucessor de Pedro

Bispo de Roraima, Dom Evaristo Pascoal Spengler, comenta eleição e destaca unidade da Igreja.

Igreja em Roraima celebra eleição de novo papa: Leão XIV é o sucessor de Pedro
Dennefer Costa e Lucas Rosseti – Radio Monte Roraima

A-A+

A Diocese de Roraima se manifestou oficialmente nesta sexta-feira (13) sobre a eleição do novo líder da Igreja Católica. Em coletiva de imprensa conduzida pelo bispo Diocesano, Dom Evaristo Pascoal Spengler, a Igreja de Roraima expressou alegria, esperança e compromisso com o novo pontificado de Leão XIV, nome escolhido pelo cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, eleito Papa em um dos conclaves mais breves da história recente da Igreja.

Durante a coletiva, Dom Evaristo destacou que a eleição rápida — com fumaça branca no segundo dia — reflete a unidade entre os cardeais e uma forte ação do Espírito Santo. “Alguns pensam que há polaridade na Igreja, mas essa eleição mostra unidade. Os cardeais votaram não por preferências pessoais, mas com discernimento espiritual”, afirmou.

O bispo de Roraima ressaltou também a trajetória de Leão XIV, que tem raízes missionárias profundas, especialmente na América Latina. “Ele é agostiniano, foi missionário no Peru por 12 anos, e isso demonstra seu conhecimento da nossa realidade e sua sintonia com o legado do Papa Francisco”, disse Dom Evaristo.

Dom Evaristo em coletiva de imprensa sobre a eleição do novo papa. Foto: Lucas Rosseti

 

Ao comentar a escolha do nome papal, o bispo explicou que Leão XIV remete a Leão XIII, Papa do fim do século XIX que iniciou uma nova fase na doutrina social da Igreja com a encíclica Rerum Novarum. “Ao escolher esse nome, Leão XIV indica que continuará o diálogo com os desafios sociais do mundo moderno, como a fome, a pobreza e a guerra, sempre iluminados pela fé em Jesus Cristo”, completou.

O novo Papa já ocupava funções de grande relevância na Cúria Romana, como prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina — cargos que evidenciam a confiança depositada nele por Francisco. Para a Diocese de Roraima, sua eleição é motivo de esperança e renovação. “Reafirmamos nossa comunhão com o sucessor de Pedro e rezamos para que ele confirme os irmãos na fé e conduza a Igreja pelo caminho da unidade e da misericórdia”, diz trecho do comunicado oficial lido pelo bispo.

A eleição de Leão XIV marca uma nova etapa na caminhada da Igreja, reforçando o espírito missionário, o compromisso com a justiça social e a abertura ao diálogo com os mais diversos setores da sociedade global. Para a comunidade católica em Roraima, é tempo de acolher, com fé e entusiasmo, o novo pastor da Igreja Universal.

Questionado sobre a possibilidade de um Papa brasileiro, Dom Evaristo disse: “Estava na expectativa de um italiano ou até um asiático, mas acolhemos com fé a escolha do Espírito Santo”.

Com a eleição de Leão XIV, a Igreja inicia um novo capítulo, reforçando seu compromisso com a justiça social e a unidade global.

Confira o comunicado da Diocese de Roraima na íntegra 


A todo o Povo de Deus da Diocese de Roraima: Presbíteros, Diáconos, Religiosos e
Religiosas, Seminaristas, Leigos e Leigas.
“O vento sopra onde quer” (Jo 3,8)
Com alegria no coração e esperança renovada, anunciamos a toda a Igreja em Roraima a
eleição do novo Sucessor de Pedro, o cardeal Robert Francis Prevost Martinez que assume
o nome de Papa Leão XIV. A brevidade na sua eleição confirma uma profunda unidade na
Igreja Católica, iluminada pelo Espírito Santo em tudo o que faz.
Logo após ser eleito, em suas primeiras palavras o novo Papa desejou a Paz para o mundo
inteiro. Homenageou o Papa Francisco dizendo que gostaria de prosseguir “com a mesma
bênção”, ou seja de dar continuidade ao seu legado. Reforçou a necessidade da Igreja ser
Missionária: “Precisamos tentar juntos ser uma Igreja Missionária, uma Igreja que constrói
pontes e diálogo, sempre aberta a receber como nesta Praça, com os braços abertos todos
aqueles que precisam da nossa caridade e da nossa presença”.
O Papa Francisco, antes da sua morte dava muitos sinais de que tinha grande confiança no
cardeal agora eleito Papa. Foi com o Papa Francisco que ele foi nomeado bispo, criado
cardeal e recebeu importantes funções no Vaticano.
O nome do novo Papa nos apresenta um programa para o seu pontificado. Leão XIII é
considerado um Papa inovador para a sua época. Buscou conciliar a tradição da Igreja com
os desafios do mundo moderno. Destacou-se com a preocupação social, publicando a
encíclica que foi o marco para a origem da Doutrina Social da Igreja, a Rerum Novarum. Ele
promoveu o diálogo com o mundo moderno. O novo Papa, Leão XIV, aponta que no seu
pontificado continuará o diálogo com os desafios atuais, iluminando os dramas sociais com
a fé em Jesus Cristo.
Leão XIV é filho de Santo Agostinho, nasceu nos Estados Unidos, foi missionário no Peru por
12 anos. Exerceu a função de superior Geral da Ordem de Santo Agostinho, e tendo
retornado como missionário ao Peru, em 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo. Em 2023,
nomeado cardeal, recebe uma importante missão no Vaticano, de Prefeito do Dicastério
para os Bispos. Também exercia a função de Presidente da Comissão Pontifícia para a
América Latina.
O novo Papa é tido como uma pessoa discreta, mas corajosa, assumindo as consequências
das decisões que toma.
Nossa Diocese de Roraima acolhe com alegria o novo pastor universal da Igreja e reza para
que o Espírito Santo o ilumine. Que ele, como Pedro, confirme seus irmãos na fé (Lc 22,32)
e nos guie pelos caminhos da misericórdia, da unidade e da esperança.
Dom Evaristo Pascoal Spengler, OFM
Bispo Diocesano de Roraima

 FONTE/CRÉDITOS: Dennefer Costa

Saiba quem foi Leão XIII: o Papa que consagrou o século XX ao Espírito Santo

Saiba quem foi Leão XIII: o Papa que consagrou o século XX ao Espírito Santo

Leão XIII destacou-se por sua intensa produção de documentos eclesiásticos, abordando temas diversos, entre eles o pensamento social da Igreja.

Saiba quem foi Leão XIII: o Papa que consagrou o século XX ao Espírito Santo
CNBB

No dia 2 de março de 1810 nascia na Itália Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci, que mais tarde se tornaria o Papa Leão XIII, uma das figuras mais influentes da história da Igreja Católica. Ordenado sacerdote aos 27 anos e nomeado arcebispo aos 33, foi eleito Papa em 1878, permanecendo no cargo até sua morte, em 1903, aos 93 anos.

Durante seus 25 anos de pontificado, Leão XIII destacou-se por sua intensa produção de documentos eclesiásticos, abordando temas diversos, entre eles o pensamento social da Igreja. Seu nome ficou marcado especialmente pela Encíclica Rerum Novarum, de 1891, que lançou as bases da Doutrina Social da Igreja e ainda hoje é referência em debates sobre justiça social e direitos dos trabalhadores.

Contudo, outro aspecto marcante de seu pontificado foi a ênfase na devoção ao Espírito Santo. Atendendo aos insistentes apelos de Elena Guerra — conhecida como “Apóstola do Espírito Santo” —, o Papa escreveu em 1897 a Encíclica Divinum Illud Munus, a primeira da Igreja dedicada exclusivamente à pessoa e missão do Espírito Santo. O documento instituiu oficialmente a novena de preparação para a Festa de Pentecostes, encorajando a oração, o culto e a reflexão sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

Leão XIII também foi responsável por divulgar a Ladainha do Espírito Santo, ainda recitada por fiéis em todo o mundo. Outras de suas contribuições sobre o tema, como a breve Provida Matris Charitate e a carta apostólica Ad fovendum in christiano populo, ajudaram a impulsionar o que estudiosos chamam hoje de um “retorno ao Espírito Santo” na espiritualidade católica contemporânea.

Um dos gestos mais simbólicos de seu pontificado ocorreu na noite de 31 de dezembro de 1899, na passagem do século XIX para o XX. Durante uma solene celebração eucarística, Leão XIII entoou o hino Veni Creator Spiritus e consagrou o século XX ao Espírito Santo — um ato profético que, para muitos, antecipou eventos decisivos na vida da Igreja, como o Concílio Vaticano II e o surgimento da Renovação Carismática Católica.

Mais de um século após sua morte, o legado espiritual e pastoral de Leão XIII continua a ecoar entre os fiéis. Com sabedoria pastoral e sensibilidade às inspirações divinas, ele deixou marcas profundas na vida da Igreja, especialmente ao incentivar uma relação mais íntima com o Espírito Santo.

Em suas palavras na encíclica Divinum Illud Munus, Leão XIII expressou o desejo que continua a ressoar: “Resulte disso, como é nosso desejo ardente, que nas almas se reavive e se vigore a fé no augusto mistério da Trindade, e especialmente cresça a devoção ao divino Espírito, a quem de muito são devedores todos quanto seguem o caminho da verdade e da justiça.”

 FONTE/CRÉDITOS: CNBB

Papa Prevost, a escolha de Francisco para continuar o processo

A Igreja Católica tem um novo Papa. Depois de cuatro votações, o sucessor de Pedro foi anunciado, mas poderíamos dizer que, nesse caso, o sucessor de Francisco foi anunciado. O primeiro Papa latino-americano tem continuidade em alguém que cresceu em sua vocação e experiência eclesial na América Latina, especificamente no Peru.

Missionário e bispo no Peru

Nascido em Chicago (Estados Unidos), como jovem agostiniano escolheu o Peru para ser missionário em uma terra onde se tornou bispo da diocese de Chiclayo. Anteriormente, durante 12 anos, havia sido Superior Geral da Ordem de Santo Agostinho, período em que morou bem próximo à Praça de São Pedro, de onde uma rua separa a sede da Casa Geral dos Agostinianos.

O novo papa pode ser considerado um construtor de pontes entre o Norte e o Sul, dado seu local de nascimento e missão. Mas ele também é alguém que realizou essa tarefa em nível global, já que os agostinianos realizam sua missão em todo o mundo. Essa é a função do bispo de Roma, ser um pontífice, um construtor de pontes.

A secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina, a teóloga argentina Emilce Cuda, que trabalhou com o cardeal Prevost desde que ele foi nomeado prefeito do Dicastério para os Bispos, um dos mais importantes da Cúria do Vaticano, tem se dedicado a construir pontes entre o Norte e o Sul desde que chegou ao Vaticano.

A escolha de Francisco

Cuda não hesita em afirmar que o novo Papa “foi o escolhido de Francisco”, com quem se encontrava todos os sábados em Santa Marta. A teóloga enfatiza que “Francisco deu muitos sinais de que depositava sua confiança nele”, uma afirmação que deriva de sua proximidade com o último pontífice, com quem trabalhou diretamente. De fato, diz ela, Francisco “o colocou em um dos lugares-chave da Cúria Romana, que é o dicastério dos bispos”. Além disso, ele foi nomeado cardeal bispo, o que o fez crescer exponencialmente no Colégio de Cardeais.

A secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina insiste na sensatez da escolha, pois considera o novo Papa, seu superior direto até a morte de Francisco, “uma pessoa de grande capacidade de decisão, o que não é fácil de encontrar”. Cuda o define como alguém “de poucas palavras e talvez também não muito expressivo, como todos os norte-americanos. Mas há uma distinção entre latino-americanos e norte-americanos, os primeiros falam e outros agem. Acho que o Cardeal Prevost tem a virtude de ser capaz de apoiar com ambos”, enfatiza.

Carisma é a capacidade de mobilizar

Sobre esse ponto, ela afirma que “embora alguns digam que ele não tem carisma, o carisma não é apenas a capacidade de fazer um show. Carisma é a capacidade de mobilizar as pessoas em uma direção e em uma ação, sem pressão, mas sim para conseguir essa conversão, para ir junto”. Para a teóloga, ter essas características “é o que nos dá a certeza de que ele pode ir adiante com o processo que Francisco iniciou”. Isso porque “o Papa disse que tínhamos que falar sobre processos, tínhamos que iniciar processos”.

A teóloga argentina recorda os quatro princípios bergoglianos. “Quando Francisco disse que o tempo é superior ao espaço, esse tempo é um processo. Não se trata de ganhar esse espaço, mas de levar adiante um processo, que não termina em uma geração. É por isso que ele fala de um povo, porque é um povo que leva esse processo adiante. Acho que o Cardeal Prevost tem a capacidade de levar esse processo adiante. Não apenas por causa do desejo de continuar, mas também porque é preciso ter a mesma virtude de ser capaz de tomar a decisão certa no momento certo, como fez Francisco”.

Uma pessoa corajosa

Entre as capacidades do novo Papa, Cuda destaca que “ele é uma pessoa corajosa”, algo que ele diz ter visto em várias ocasiões, “onde ele não tinha medo de tomar essas decisões e assumir a responsabilidade pelas consequências que poderiam surgir”. Além disso, ela o define como “uma pessoa sensível, mas, ao mesmo tempo, carinhosa, risonha e, quando você diz a ele algo irônico, ele logo começa a rir. Quando o conheci, não achei que ele pudesse ser o Papa, mas fiquei impressionada com o frescor com que ele ri espontaneamente da ironia, das piadas. E isso fala de uma pessoa espontânea, uma pessoa natural. Ele sempre tem um sorriso no rosto”.

Cuda diz que não é possível, nem se pretende, “fazer um culto à figura de Francisco, como foi feito com outros pontífices, é seguir o processo, o que também implica uma mudança. Há continuidade no processo, mas a situação histórica muda e esse processo deve ser flexível o suficiente para se adaptar a essa mudança histórica”. Por essa razão, ele não hesita em dizer que “o Cardeal Prevost não é um daqueles que vai fazer um culto a Francisco, mas vai seguir o processo, tendo a capacidade de tomar decisões para fazer as mudanças ou modificações necessárias exigidas pelo conflito histórico em um determinado momento”.

Um americano para uma nova lógica global

Analisando alguns dos papados recentes, a Secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina considera que “Paulo VI foi a pessoa certa em um momento em que o socialismo passou pelo voto e a Igreja tinha alguém com capacidade de dialogar com aquele momento político histórico. João Paulo II vem da Polônia, um país comunista, e travou a batalha naquele momento histórico. O Papa Francisco vem da América Latina, o berço do populismo, e teve a capacidade de lidar com essas categorias e dialogar com o populismo”.

Seguindo essa lógica de análise, ela afirma que “hoje o mundo está claramente distribuído de uma forma geopolítica diferente, e acredito que quem tem a capacidade de dialogar com os Estados Unidos, com sua nova fase – alguns podem chamá-la de imperial, eu a chamo de neofeudalismo – será um norte-americano que possa falar e entender essa lógica”. É por isso que Cuda conclui que “ele é a pessoa certa para este momento da história”.

Picture of Luis Miguel Modino

Luis Miguel Modino

Leão XIV: O papado continua na América

“Habemus Papam”, a frase mais esperada nos últimos dias, foi pronunciada pelo protodiácono, Cardeal Dominique Mamberti. Depois de cinco votações, o Cardeal Robert Prevost, que de agora em diante será conhecido como Leão XIVpareceu na Loggia Central da Basílica de São Pedro.

Um norte-americano peruano

Com sua eleição, podemos dizer que o papado continua na América, em toda a América, pois o agostiniano nascido em Chicago (EUA) cresceu como religioso no Peru, país onde se tornou bispo da diocese de Chiclayo entre 2015 e 2023. Uma diocese aparentemente de pouca importância, mas que agora entrará para a história como a única em que o novo Papa foi bispo. Foi lá que Francisco o procurou para assumir o Dicastério dos Bispos, um dos mais importantes da Cúria Vaticana.

Antes de retornar ao Peru como bispo, onde viveu por 12 anos, em 1985 e 1986 e de 1988 a 1998, o novo Papa foi geral da Ordem de Santo Agostinho de 2001 a 2013, período em que viveu bem próximo à Praça de São Pedro, de onde uma rua separa a sede da Casa Geral dos Agostinianos. Esse aspecto destaca sua capacidade de governar por um longo período uma das maiores ordens religiosas.

Um cardeal próximo a Francisco

Estamos diante de um pontífice, um autêntico construtor de pontes, a quem o Colégio de Cardeais, sob a inspiração do Espírito Santo, confia para ser o sucessor de Pedro e de Francisco, com quem, nos últimos anos, ele se reuniu todos os sábados durante duas horas em Santa Marta.

Encontros nos quais Francisco e o Prefeito do Dicastério dos Bispos procuraram concretizar, neste momento da história, como tornar realidade um processo que agora continua de maneira diferente, mas com o mesmo objetivo: avançar na Igreja proposta pelo Concílio Vaticano II, uma Igreja povo de Deus, uma Igreja de todos, todos, todos.

Luis Miguel Modino

Fumaça branca: novo papa é eleito no conclave

Fumaça branca: novo papa é eleito no conclave

Cardeais se reuniram na Capela Sistina para votar no sucessor de Francisco; ainda não se sabe o escolhido.

Fumaça branca: novo papa é eleito no conclave
Foto reprodução: (ANSA)/ Vatican News

Nesta quinta-feira, 08, um dia hitórico, a fumaça branca da chaminé da Capela Sistina acaba de anunciar aos fiéis e ao mundo que um novo bispo de Roma, Sucessor de Pedro, foi eleito. Mas o que aconteceu sob as abóbadas com afrescos de Michelangelo alguns minutos antes, e o que ocorrerá até o anúncio do nome do novo Papa, pronunciado após o “Habemus Papam” do Balcão das Bênçãos da Basílica de São Pedro pelo cardeal protodiácono, o francês Dominique Mamberti?

O rito de aceitação

De acordo com o que é estabelecido e regulamentado pelo Ordo rituum Conclavis e pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, um cardeal presente na Capela Sistina alcançou a maioria necessária, e a eleição ocorreu canonicamente. O primeiro dos cardeais por ordem e idade, ou, se fosse o eleito, o segundo, em nome de todo o Colégio de eleitores, pediu, em latim, o consentimento do eleito com as seguintes palavras: “Aceita sua eleição canônica como Sumo Pontífice? E assim que recebeu o consentimento, ele lhe fez a pergunta: “Como deseja ser chamado?”. Em seguida, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, atuando como notário e tendo dois mestres de cerimônias como testemunhas, redigiu um documento atestando a aceitação do novo Pontífice e o nome que ele escolheu.

Conclusão do Conclave

O Conclave, especifica a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, termina depois que o novo Papa dá seu consentimento à sua eleição, “a menos que ele disponha de outra forma”. Portanto, podem entrar na Capela Sistina o substituto da Secretaria de Estado, o Secretário para as Relações com os Estados e qualquer outra pessoa que deve tratar com o Pontífice eleito as coisas que são necessárias no momento.

A fumaça e a “Sala das lágrimas

Terminado o rito de aceitação, todas as cédulas e outras escrituras usadas para a eleição foram queimadas, e a fumaça branca atestou que um novo Pontífice havia sido eleito. Enquanto os fiéis na Praça São Pedro aplaudem e o mundo inteiro espera para saber o nome do novo Papa, o eleito deixa a Capela Sistina e entra na sacristia, a chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, com a ajuda do mestre das Celebrações Litúrgicas, ele veste uma das três roupas papais prontas.

A primeira cerimônia, a homenagem e o ‘Te Deum”

Ao retornar à Capela Sistina, o recém-eleito Pontífice senta-se na cátedra e uma breve cerimônia é realizada, iniciada com uma saudação do primeiro cardeal da Ordem dos Bispos. O primeiro dos cardeais presbíteros lê então uma passagem do Evangelho, que pode ser “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” ou “Apascenta as minhas ovelhas”. Por fim, o cardeal protodiácono recita uma oração pelo recém-eleito Sucessor de Pedro. Em seguida, todos os cardeais eleitores presentes, de acordo com a ordem de precedência, desfilam em frente ao novo Pontífice para manifestar sua homenagem, seu obséquio e obediência. Em seguida, todos juntos cantam o hino do “Te Deum”, entoado pelo Papa recém-eleito.

Oração do novo Papa na Capela Paulina

O cardeal protodiácono Dominique Mamberti chega ao Balcão das Bênçãos e anuncia ao povo a eleição e o nome do novo Pontífice com a fórmula “Annuntio vobis gaudium magnum: habemus Papam!”. Enquanto isso, o Papa eleito, ao sair da Capela Sistina para ir ao Balcão, entra na Capela Paulina, onde se detém para rezar, em silêncio, diante do Santíssimo Sacramento, e depois retoma sua caminhada em direção ao Balcão, de onde dirige sua saudação e dá a primeira bênção apostólica “Urbi et Orbi”.

 FONTE/CRÉDITOS: Com informaçoes Vatican News

Com duas horas de atraso, fumaça preta após a primeira votação

Depois de uma longa espera, a fumaça deveria ter saído por volta das 19 horas de Roma e só saiu 21 horas, podemos dizer que na primeira votação ninguém alcançou os 89 votos que são necessários para se tornar o sucessor de Pedro, mas também o sucessor de Francisco, o primeiro Papa latino-americano.

133 eleitores, 89 votos necessários

Milhares de pessoas se juntaram em volta da Praça de São Pedro esperando o resultado de uma votação que iniciou depois do “extra omnes”, as palavras com as quais é exigido que saiam da Capela Sistina aqueles que não participam do Conclave. 133 eleitores, dentre eles sete brasileiros, participam de um momento singular da vida da Igreja.

Pessoas chegadas de todos os cantos do mundo ficaram na expectativa, ainda mais pela demora com que saiu a fumaça pela primeira vez. Pessoas que ainda lembram de Francisco com um sentimento de gratidão. Sua falta faz com que as pessoas desejem uma eleição que faça com que a cadeira de Pedro volte a ser ocupada.

Uma noite de reflexão

Como era esperado, depois desta primeira votação, a noite desta quarta-feira será uma oportunidade para refletir e assim buscar um maior consenso, que ajude a alcançar os votos dois terços dos cardeais eleitores. Mesmo com a demora, teria sido uma grande surpresa que alguém tivesse sido eleito neste primeiro dia de Conclave.

Na quinta-feira, o programa diz que, sempre que não seja eleito o novo Papa, os cardeais, que iniciam seus trabalhos com uma missa às 8 horas, realizarão quatro votações, duas na manhã e duas na tarde. A fumaça deve sair, se não houver atraso de novo, ao meio-dia de Roma e às 19 horas. Se o Papa fosse eleito na segunda votação do Conclave, haverá fumaça branca por volta das 10:30 da manhã. Se ele fosse eleito na quarta votação, a fumaça seria por volta das 17:30, sempre no horário de Roma.

Fonte: Luis Miguel Modino – Regional Norte 1

Conclave: segundo dia começa com fumaça preta; papa ainda não foi escolhido

Conclave: segundo dia começa com fumaça preta; papa ainda não foi escolhido

Para ser eleito, o novo Papa deve alcançar 2/3 dos votos dos cardeais eleitores.

Conclave: segundo dia começa com fumaça preta; papa ainda não foi escolhido
Foto reprodução Youtube Vatican News

Ainda não foi desta vez. Reunidos para duas votações na Capela Sistina na manhã desta quinta-feira, segundo dia do Conclave, os 133 cardeais votantes ainda não chegaram a um consenso em torno do nome do próximo Sucessor de Pedro. A indicar, a fumaça preta que saiu da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina por volta das 11h50, sob o olhar das cerca de 12 mil pessoas presentes na Praça São Pedro e das câmaras e lentes de jornalistas de todo o mundo.

Os 133 cardeais eleitores ainda não escolheram o novo Papa. Para esta quinta-feira (08/05) estão previstas mais quatro votações.

Concluídas as votações da manhã, os cardeais retornam à Casa Santa Marta e às 15h45 novamente o traslado para o Palácio Apostólico, para mais uma rodada de votações na Capela Sistina. Prováveis horários da fumaça: após as 17h30 e por volta das 19h.

Para ser eleito, o novo Papa deve alcançar 2/3 dos votos dos cardeais eleitores. 

FONTE/CRÉDITOS: Com informações Vatican News

Comunicadores do Regional Norte 1 unidos para fortalecer participação no 14º Muticom e organizar a comunicação regional

Representantes da comunicação das igrejas que integram o Regional Norte 1 (Amazonas e Roraima) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reuniram-se online no dia 7 de maio para definir estratégias de mobilização e incentivar a participação de comunicadores no 14º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom), agendado para Manaus (AM) de 25 a 27 de setembro de 2025. O encontro também proporcionou um diálogo sobre a articulação da comunicação no âmbito regional.

Nove igrejas locais

O Regional Norte 1 é organizado pela Arquidiocese de Manaus (AM) e pelas Dioceses do Alto Solimões, Coari, Parintins, São Gabriel da Cachoeira, Borba e Roraima. A circunscrição eclesiástica também abrange as Prelazias de Itacoatiara e Tefé, totalizando nove igrejas locais distribuídas nos estados do Amazonas e Roraima.

Durante a reunião, os comunicadores dialogaram formas de divulgar o 14º Muticom e motivar a participação de agentes de pastoral, radialistas, jornalistas, influenciadores digitais, estudantes e pesquisadores da área de comunicação e todos aqueles que atuam na comunicação a serviço da evangelização.

Qualificação e troca de conhecimentos

importância da qualificação e da troca de conhecimentos para articular a comunicação nas igrejas locais na Amazônia e em Roraima também foi um ponto de diálogo.

O 14º Muticom, com sua temática “Comunicação e Ecologia Integral: transformação e sustentabilidade justa”, ressoa profundamente com a realidade do Regional Norte 1, marcado por sua riqueza ímpar, desafios socioambientais e a cultura potente.

Organização da comunicação no Regional

Segundo o bispo auxiliar de Manaus e referente da comunicação no Regional Norte 1, dom Zenildo Lima, destacou a necessidade de transformar as iniciativas comunicativas nas igrejas locais “numa ferramenta mais sistematizada, quer dizer, esse levantamento do que existe de articulação da comunicação em nossas igrejas locais, poderíamos documentá-lo”. Para isso, ele sugeriu a possibilidade de um pequeno texto que recolha o que cada igreja local tem com relação à comunicação: PASCOM, Rádio, Assessoria de comunicação ou simplesmente um compartilhamento de informações.

Junto com isso, destacou a possibilidade de “progressivamente ir nos apropriando do que nós temos como referencial teórico. A dinâmica de comunicação, que recolhe o Diretório de Comunicação da Igreja do Brasil, ele parece bastante conceitual, mas ele nos ajuda muito a filtrar, a ter elementos que nos fazem organizar melhor essa dinâmica de comunicação”.

O bispo auxiliar de Manaus também falou da questão da articulação, buscando “como é que a partir de nós podemos ir articulando melhor a comunicação nas igrejas locais. E depois qual a possibilidade de uma articulação entre nós como grupo de responsáveis pela comunicação a partir das igrejas locais”. Finalmente, dom Zenildo Lima falou sobre a necessidade de estabelecer linhas de comunicação para a igreja do Regional Norte 1. Passos que paulatinamente devem ir avançando.

Fonte Créditos: CNBB NORTE 1 – Osnilda Lima / Luis Miguel Modino