Dom Evaristo Spengler celebra 41 anos de ordenação presbiteral

Dom Evaristo Spengler celebra 41 anos de ordenação presbiteral

Ordenado em 19 de maio de 1984 na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Gaspar (SC)

Dom Evaristo Spengler celebra 41 anos de ordenação presbiteral
Foto: Libia Lopes

Nesta segunda-feira (19), Dom Evaristo Pascoal Spengler comemora 41 anos de vida sacerdotal. Ordenado em 19 de maio de 1984 na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Gaspar (SC), sua cidade natal, o bispo franciscano da Ordem dos Frades Menores iniciou uma trajetória marcante na Igreja Católica.

Dom Evaristo atuou como vigário em paróquias do Rio de Janeiro e da Diocese de Nova Iguaçu entre 1984 e 1996, além de cumprir missão em Angola de 2001 a 2010. Profissionalmente consagrado em 2 de agosto de 1982, assumiu em 2016 a Prelazia de Marajó (PA), onde se destacou por seu trabalho pastoral até ser nomeado, em 2023, o 10º bispo da Diocese de Roraima – que estava vacante desde a transferência de Dom Mário Antônio da Silva para Cuiabá (MT) em 2022.

Aos 62 anos, o catarinense preside a Comissão de Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB e é reconhecido por sua atuação sinodal e proximidade com as comunidades.

O Vigário Episcopal, Padre Celso Putkammer, deixou uma mensagem especial ao bispo:

“Hoje é o aniversário de ordenação presbiteral de Dom Evaristo, dia em que rezamos a Deus para que continue abençoando sua vida e seu ministério. Que ele permaneça sempre conosco nesta caminhada sinodal. Deus escolhe pessoas para conduzir o povo e presidir na unidade, e Dom Evaristo tem sido essa pessoa: sempre aberto ao Espírito, com um coração sinodal, nos ajudando a discernir os caminhos que devemos seguir. Que Nossa Senhora estenda sobre ele seu manto protetor, guardando seu ministério. Muito obrigado!”

Já o Frei Atílio Battituz, que acompanhou Dom Evaristo em sua jornada vocacional, destacou suas qualidades como pastor:

“Dom Evaristo é um homem muito próximo das pessoas, de fácil acesso, sem burocracia no trato. Sempre sorridente, acolhedor e disposto a incluir a todos. Ele não sabe ser padre, nem bispo, sem as comunidades. Para ele, a Igreja é uma rede de comunidades – sejam paróquias, áreas missionárias ou missões indígenas. A comunidade é a base de tudo. Quero lhe enviar não apenas um abraço, mas o desejo de que nunca lhe falte a força do Espírito Santo, a sabedoria que vem de Deus e o mesmo carinho que você tem por cada pessoa que encontra. Parabéns, paz e bem!”

 FONTE/CRÉDITOS: Da redação, Kayla Silva, Rádio Monte Roraima fm – sob supervisão Dennefer Costa

Unidade, Paz e Missão, os pedidos de Leão XIV na Missa de Início de Pontificado

Leão XIV, o Papa eleito na tarde de quinta-feira, 8 de maio de 2025, como sucessor de Pedro, iniciou seu pontificado. Ele o fez presidindo a Missa de Início de Pontificado, com a participação de boa parte do Colégio de Cardeais, um sinal de comunhão por parte daqueles que o elegeram como sucessor de Pedro e de Francisco. O rito concreto ocorreu entre o Evangelho e a homilia, quando o cardeal Zenari colocou sobre ele o Pálio e o cardeal Tagle colocou no dedo do Papa o Anel do Pescador. Junto com isso, o cardeal Ambongo, entre a entrega do palio e do anel, rezou para que Deus lhe concedesse a benção e reforçar o dom do Espírito.

Um construtor de pontes

Um Papa que, em virtude de estar imbuído de diversas culturas, supõe-se que tenha maior capacidade de construir pontes, uma necessidade em um mundo cada vez mais polarizado, dividido e conflituoso. Uma hora antes do início da missa, o Papa deixou o Palácio do Santo Ofício, onde está morando, para entrar pela primeira vez em um deslumbrante papamóvel branco.

Foi seu primeiro banho com a multidão, na Praça de São Pedro e na Via della Conziliazione, que aos poucos foi se enchendo de peregrinos de todo o mundo. Entre eles estavam os participantes do Jubileu das Confrarias, que neste sábado foram os protagonistas de um momento histórico com a procissão que aconteceu ao redor do Coliseu e do Circo Máximo.

Guardar o patrimônio da fé e olhar para longe

Na homilia, o Papa iniciou lembrando o início das Confissões de Santo Agostinho: “Fizeste-nos para Vós, [Senhor,] e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Vós”. Igualmente, ele lembrou de Papa Francisco, fazendo um relato dos acontecimentos vividos nas últimas semanas, definindo o Conclave como momento para eleger “o novo sucessor de Pedro, o Bispo de Roma, um pastor capaz de guardar o rico património da fé cristã e, ao mesmo tempo, de olhar para longe, para ir ao encontro das interrogações, das inquietações e dos desafios de hoje”.

Leão XIV disse ter sido “escolhido sem qualquer mérito”, se oferecendo como “um irmão que deseja fazer-se servo da vossa fé e da vossa alegria, percorrendo convosco o caminho do amor de Deus, que nos quer a todos unidos numa única família”. Segundo ele, “amor e unidade: estas são as duas dimensões da missão que Jesus confiou a Pedro”. Diante disso, ele questionou: “Como pode Pedro levar adiante essa tarefa?”, respondendo que foi porque “ele experimentou na própria vida o amor infinito e incondicional de Deus, mesmo na hora do fracasso e da negação”.

Não se colocar acima dos outros

A chave é conhecer e experimentar o amor de Deus, “que nunca falha”. Ele refletiu sobre a tentação de no primado de Pedro “ser um líder solitário ou um chefe colocado acima dos outros, tornando-se dominador das pessoas que lhe foram confiadas”, dado que “todos nós, com efeito, somos ‘pedras vivas’ (1 Pe 2, 5), chamados pelo nosso Batismo a construir o edifício de Deus na comunhão fraterna, na harmonia do Espírito, na convivência das diversidades”. O Papa sublinhou uma Igreja fundamentada no Batismo, citando de novo Santo Agostinho: “A Igreja é constituída por todos aqueles que mantêm a concórdia com os irmãos e que amam o próximo”.

Leão XIV mostrou um desejo: “uma Igreja unida, sinal de unidade e comunhão, que se torne fermento para um mundo reconciliado”. Uma atitude necessária, dado que “no nosso tempo, ainda vemos demasiada discórdia, demasiadas feridas causadas pelo ódio, a violência, os preconceitos, o medo do diferente, por um paradigma económico que explora os recursos da Terra e marginaliza os mais pobres. E nós queremos ser, dentro desta massa, um pequeno fermento de unidade, comunhão e fraternidade”.

Um mundo de paz

Junto com isso, o Papa fez um chamado à unidade “para construirmos um mundo novo onde reine a paz”. Segundo ele, “este é o espírito missionário que nos deve animar, sem nos fecharmos no nosso pequeno grupo nem nos sentirmos superiores ao mundo; somos chamados a oferecer a todos o amor de Deus, para que se realize aquela unidade que não anula as diferenças, mas valoriza a história pessoal de cada um e a cultura social e religiosa de cada povo”.

Finalmente, ele disse que “esta é a hora do amor! A caridade de Deus, que faz de nós irmãos, é o coração do Evangelho”, fazendo, com Leão XIII, mais um chamado à paz. Nessa perspectiva, o Papa pediu que “com a luz e a força do Espírito Santo, construamos uma Igreja fundada no amor de Deus e sinal de unidade, uma Igreja missionária, que abre os braços ao mundo, que anuncia a Palavra, que se deixa inquietar pela história e que se torna fermento de concórdia para a humanidade. Juntos, como único povo, todos irmãos, caminhemos ao encontro de Deus e amemo-nos uns aos outros”.

Fonte/créditos: CNBB – Regional Norte 1 – Luis Miguel Modino