O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 25 de janeiro, dom Evaristo Pascoal Spengler, atual bispo da prelazia de Marajó (PA), como bispo de Roraima (RR). A Igreja Particular de Roraima encontrava-se vacante desde a transferência de dom Mário Antônio da Silva para a arquidiocese de Cuiabá (MT), em 23 de fevereiro de 2022. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou saudação ao novo bispo de Roraima.
Biografia e trajetória eclesial
Dom Evaristo Pascoal Spengler nasceu em 29 de março de 1959. Ingressou no Seminário Santo Antônio, em Agudos, aos 15 anos. Cursou Filosofia e Teologia no Instituto Franciscano de Petrópolis (RJ). Possui especialização em Bíblia e pós-graduação em Teologia Bíblica pelo Studium Biblicum Franciscanum, em Jerusalém.
Realizou a profissão solene na Ordem dos Frades Menores de 2 de agosto de 1982, na diocese de Petrópolis. Foi ordenado diácono em 21 de novembro de 1982 e presbítero, no dia 19 de maio de 1984.
Na trajetória sacerdotal, atuou como vigário nas paróquias Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis, de 1984 a 1985; Nossa Senhora do Pilar, em Duque de Caxias, de 1985 a 1991; Nossa Senhora da Conceição, na diocese de Nova Iguaçu, de 1995 a 1996. No período de 2001 a 2010, esteve em missão em Angola, na África.
Foi presidente da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola, de 2003 a 2006. Exerceu a função de vice-mestre de estudantes de Teologia em Imbariê, Duque de Caxias, de 2013 a 2015, e definidor da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil da Ordem dos Frades Menores de 2012 a 2015. Em 2016, foi eleito vigário provincial da mesma Província.
Em 1º de junho de 2016, o papa Francisco o nomeou bispo prelado da prelazia de Marajó (PA), sucedendo a dom José Luis Azcona Hermoso. Em 9 de junho de 2022, foi eleito presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil). Dom Evaristo também preside a Comissão Especial Pastoral para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB e é membro da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da CNBB.
Saudação da CNBB a dom Evaristo Pascoal Spengler
Prezado Dom Evaristo Pascoal,
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu com alegria a notícia da sua nomeação como bispo da diocese de Roraima (RR).
Desejamos um profícuo ministério e, ao saudá-lo, neste dia em que celebramos a solenidade da conversão de São Paulo Apóstolo, recordamos um trecho da homilia do Papa Francisco, na celebração das vésperas, de 25 de janeiro de 2016: “A vocação para ser Apóstolo funda-se não nos méritos humanos de Paulo, que se considera ‘último’ e ‘indigno’, mas na bondade infinita de Deus, que o escolheu e lhe confiou o ministério”.
Assim como São Paulo outrora, Deus lhe envia agora com a missão de ser mensageiro do Evangelho na Igreja Particular de Roraima. E como disse o Santo Padre em sua segunda catequese sobre o apóstolo, proferida na Audiência Geral de 30 de junho de 2021: “A chamada envolve sempre uma missão à qual estamos destinados; por isso é-nos pedido que nos preparemos seriamente, sabendo que é o próprio Deus que nos envia e nos apoia com a sua graça”.
Que o testemunho e a coragem do Apóstolo Paulo sejam inspiração nesta nova etapa de seu ministério.
Em Cristo,
Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte (MG) Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler Arcebispo de Porto Alegre (RS) Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva Arcebispo de Cuiabá (MT) Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) Secretário-geral da CNBB
Na Manhã desta quarta-feira (25), dia de São Paulo Apóstolo a Diocese de Roraima se reuniu na Igreja Matriz nossa Senhora do Carmo, e acolheu com grande alegria a nomeação de Dom Evaristo Spengler atual bipo da Diocese de Roraima, e anteriormente bispo da Prelazia de Marajó – PA.
As palavras de uma música cantada nas comunidades: “Ninguém se engana, ninguém se engana, essa história já começou desumana”, são lembradas por Dom Roque Paloschi ao falar da realidade do Povo Yanomami. Uma realidade que ele conhece de primeira mão, dado que entre 2005 e 2015 foi Bispo da Diocese de Roraima e desde setembro de 2015 até hoje ele é Presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Uma história que “se tornou desumana de uma maneira muito visível, muito concreta, que abalou o mundo, na tentativa do Regime Militar da construção da Transamazônica, aonde houve uma invasão de garimpeiros que exigiu por parte das entidades humanitárias e a Igreja um empenho muito grande para a denúncia no exterior em relação ao genocídio que estavam vivendo os povos yanomami”.
O Arcebispo de Porto Velho lembra também da Campanha SOS Yanomami lançada no final da década de 80, “envolvendo muitos setores democráticos no Brasil e entidades ligadas também à defesa dos direitos humanos e à Igreja, que foi muito importante também”. Um período que define como “uma tragedia humanitária muito grande”, recordando como com muito sacrifício o governo conseguiu a retirada dos garimpeiros, que na verdade não saíram totalmente. Inclusive alguns foram entrando na Terra Yanomami e se apossando de grandes extensões de terra na perspectiva de tomar posse dessas terras.
Ele se refere a um período bastante curto de certa tranquilidade junto às comunidades yanomami em relação ao garimpo. Essa realidade mudou a partir do ano 2005, com uma presença visível dos garimpeiros, uma situação continuamente denunciada por diversas entidades ligadas aos yanomami, assim como pela Igreja de Roraima e o próprio Conselho Indigenista Missionário. Garimpeiros “acobertados pelos grandes proprietários e pelo poder político local”, denuncia Dom Roque.
O Presidente do Cimi destaca a importância do reconhecimento e demarcação das terras yanomami nos anos 90, na época do Governo Collor, que ele vê como algo decisivo. Dom Paloschi insiste em não ignorar que mesmo com a Constituição de 88, dos artigos 231 e 232, “sempre foi uma luta em glória a questão da saúde do Povo Yanomami e a questão da educação”. A Igreja com sua missão junto ao Povo Yanomami, “sempre procurou ser essa presença de proximidade e de solidariedade, onde eles precisam ser os sujeitos, os protagonistas da história”, destaca o Arcebispo de Porto Velho.
Em relação ao atual cenário, Dom Roque insiste em que “não é de hoje que as denúncias têm sido feitas em âmbito do país, Ministério Público, Polícia Federal, tudo quanto é órgão governamental tem sido feito essas denúncias, mas infelizmente nós chegamos aonde chegamos porque os invasores e também aqueles que garantem a presença dos invasores lá, se sentiam sempre autorizados pelas falas do senhor presidente que deixou o cargo há pouco, e também pela sua equipe de ministros e toda essa frente”.
Dom Roque Paloschi insiste que “pode ser difícil nós vermos essas imagens, mas isto não vem de hoje, isto é uma tragedia já anunciada”. Ele não duvida em afirmar que “nós vivemos num país preconceituoso, discriminatório, aonde queremos negar os direitos originários dos primeiros habitantes dessas terras. Os povos yanomami vivem nessa região há mais de 12 mil anos segundo os estudos, mas nós, porque armamos um arcabouço jurídico, achamos que temos o direito de tirar os únicos direitos que eles têm, os seus territórios, as suas culturas, as suas espiritualidades e o seu modo de viver”.
“O Povo Yanomami, e isso dito por Davi Kopenawa, não é contra o desenvolvimento, os povos indígenas não são contra o desenvolvimento, mas que desenvolvimento é esse, onde queremos destruir a Criação, envenenar a terra, a água e o ar para concentrar riqueza nas mãos de pouco?”, ressalta Dom Roque. Ele destaca que “é mais do que urgente que o Governo Federal com seus diversos ministérios assuma essa responsabilidade pública e não dê trégua até que não se retire o último invasor de todas as terras indígenas, que está sendo uma vergonha para o Brasil, aonde nós estamos negando o direito dos primeiros habitantes dessas terras”.
O Povo Yanomami sempre dispensou uma grande acolhida à Igreja católica, não duvida em disser aquele que foi Bispo da Diocese de Roraima por 10 anos. Dom Roque destaca o tempo em que a diocese coordenou a saúde indígena, sendo pedido com insistência pelos povos indígenas para que a diocese não deixasse de fazer esse trabalho, sendo abandonado em consequência das grandes dificuldades com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Nesse sentido, ele lembrou que as comunidades sempre perceberam a presença dos missionários e missionárias não como “uma presença de quem caminha junto respeitando a cultura, respeitando a espiritualidade, respeitando o modo de vida, respeitando a história”. Dom Roque lembrou as palavras do Papa Francisco aos Bispos com motivo da Jornada Mundial da Juventude em 2013, quando o Santo Padre disse: “A Igreja está na Amazônia, não como aqueles que têm as malas na mão para partir depois de terem explorado tudo o que puderam. Desde o início que a Igreja está presente na Amazônia com missionários, congregações religiosas, sacerdotes, leigos e bispos, e lá continua presente e determinante no futuro daquela área”.
“Tudo isso tem demostrado também o grande reconhecimento que a presença dos missionários, seja na missão Catrimani como também na missão Xitei, por mais de 20 anos, que infelizmente não conseguimos mais missionários, missionárias que aceitassem viver naquela região, ficou uma lacuna”, lembra Dom Paloschi. Ele insiste em que “eu posso dizer o muito carinho da receptividade, da acolhida, mas também deste caminho respeitoso da Igreja, dos missionários em relação à vida deles e eles também em relação à vida dos missionários”.
Algumas pessoas, inclusive entre seus membros, querem desacreditar a postura da Igreja manifestada na nota dos Bispos do Regional Norte1 da CNBB no dia 21 de janeiro de 2023, Dom Roque Paloschi não duvida em dizer que “a ignorância é a pior coisa, é o pior peso que nós carregamos”. Segundo o Presidente do Cimi, “o povo de Roraima, o povo da região lá, reconhece a presença da Igreja e a opção feita de ficar com os povos indígenas contra tudo e contra todos”, insistindo em que “a Igreja ficou junto aos povos indígenas contra tudo e contra todos, e tem pago um preço muito caro, tem pago um preço muito caro, mas não arredou o pé da sua opção de proximidade, de diálogo com os povos indígenas, e sobretudo empenhando para que eles sejam sujeitos da sua própria história”.
Dom Roque lembra que Dom Aldo Mongiano, Dom Servílio Conti, que instaurou a missão Catrimani, Dom Aparecido José Dias, “sempre mantiveram essa postura de proximidade e não arredar o pé. Foram atacados, caluniados, perseguidos, tiveram segurança, Dom Aldo passou muito tempo com a proteção da Polícia Federal, o próprio Dom Aparecido, mas não arredaram o pé de proximidade com os povos indígenas”. Segundo o Arcebispo de Porto Velho, “é só ler a história para perceber a opção que a Igreja fez”, insistindo em que “tantos missionários, missionárias, foram perseguidos, caluniados e difamados, mas se mantiveram fiéis à Cruz de Jesus e à Cruz dos povos indígenas”.
“Dizer isso é ignorar a história e é sobretudo querer criar uma polémica aonde não se reconheceu nunca os direitos dos povos indígenas”, destaca Dom Roque. Por isso não duvida em definir essas atitudes como “maldade e a continuidade das fake news e tentativa de desvirtuar o foco, que é a urgentíssima necessidade de zelar e cuidar da vida dos povos e de toda a Criação”, ainda mais num “cenário de impiedade em relação à questão indígena”.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na manhã desta quarta-feira, 18 de janeiro, uma nota na qual manifesta reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto a exemplo das últimas medidas do Ministério da Saúde, constantes da Portaria GM/MS de nº 13, publicada no último dia 13.
A portaria permitiu a revogação de outra portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais. A Nota da CNBB pede esclarecimento do Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha e também sobre a desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra.
No documento, a CNBB reitera que “a hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz e reforça que é preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social”. Confira, abaixo, a íntegra do documento e aqui a nota em PDF.
A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR
Nota da CNBB
“Diante de vós, a vida e a morte. Escolhe a vida!” (cf. Dt 30,19)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não concorda e manifesta sua reprovação a toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto. Assim, as últimas medidas, a exemplo da desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra e a revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais, precisam ser esclarecidas pelo Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha.
A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz. É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social.
A Igreja, sem vínculo com partido ou ideologia, fiel ao seu Mestre, clama para que todos se unam na defesa e na proteção da vida em todas as suas etapas – missão que exige compromisso com os pobres, com as gestantes e suas famílias, especialmente com a vida indefesa em gestação.
Não, contundente, ao aborto!
Possamos estar unidos na promoção da dignidade de todo ser humano.
Brasília-DF, 18 de janeiro de 2023
Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte (MG) Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler Arcebispo de Porto Alegre (RS) Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva Arcebispo de Cuiabá (MT) Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) Secretário-geral da CNBB
Estimados Padres, Irmãs e coordenadores da Pastoral da Catequese, Paz e Bem
A Coordenação Diocesana de Catequese vem por meio desta informar que j
estão abertas as inscrições para a Escola de Formação de Catequistas 2023 O objetivo da Escola de Formação é trabalhar a Metodologia do Projeto Diocesa no de Iniciação à Vida Cristi 1 Etapa do Projeto. A escola de formação é destinada a todos es Catequistas da Diocese e realizar
se-á sempre num final de semana sexta-feira à noite, sábado o dia todo, encerrando-se
domingo às 12h ou a critério da Unidade Pastoral
Para organizar o calendário de formação, pedimos aos coordenadores das
Unidades Pastorais, juntamente com os Padres e Irmãs responsáveis das Paróquias/Areas e Diaconia e os coordenadores da Catequese o agendamento da Escola
de Formação para que nenhum Catequista perca essa oportunidade Também estendemos esse convite às Áreas Indigenas da Diocese que poderão
se organizar em nivel de Região Como coordenação diocesana, sugerimos as seguintes datas
Abril: 01,02 e 03
Maio: 05, 06 e 07
Junho: 02.03 e 04
Julho: 01,02 e 03
Agosto: 04, 05 e 05
Setembro: 01,02 e 03 ou 08, 09 e 10
Para agendamento e esclarecimento de dúvidas, poderão entrar em contato com a senhora Vagna através do WhatsApp (95) 9142-1013 ou com a irmã Monica (28)
99945-0123
Fraternalmente,
Vagna Gomes
Pela Coordenação Diocesana da Pastoral da Catequese
É com muita alegria que convidamos para participar da Celebração dos
‘‘50 ANOS DO CONSELHO INDÍGENA DE RORAIMA’’, de 15 a 20 de Janeiro de 2023,
no Lago do Caracaranã, localizado no Centro Regional Lago Caracaranã – Raposa Serra do Sol, município de Normandia.
É meio século de atuação incansável em defesa dos direitos da
dignidade, justiça e da vida dos povos indígenas. É momento de
celebrar, renovar e fortalecer as nossas forças e continuar essa
caminhada.
O Conselho Indígena de Roraima – CIR irá realizar de 15 a 20 de janeiro, a Celebração de seus 50 anos, no Centro Regional Lago Caracaranã, Terra Indígena Raposa Serra do Sol. A solenidade trará aos convidados o histórico da organização e suas Lideranças, apresentações culturais e feira de produção orgânica das comunidades indígenas. São esperadas mais de 1000 pessoas entre lideranças indígenas locais e nacionais, entidades civis, apoiadores e organizações. A área de atuação do CIR abrange as mais de 35 terras indígenas de Roraima, com uma extensão de mais de 10 milhões de hectares, e uma população de 58.000 indígenas em 465 comunidades em todo o estado de Roraima, constituída pelos povos: Macuxi, Wapichana, Ingarikó, Patamona, Sapará, Taurepang, Wai-Wai, povos Yanomami, Yekuana e Pirititi. A atuação direta do CIR se desenvolve através de 10 conselhos regionais que formam sua base, envolvendo as etnorregiões: Serras, Surumú, Baixo Cotingo, Raposa, Amajarí, Wai-Wai, Tabaio, Serra da Lua, Murupú e Alto Cauamé. A idade da instituição vem do início da união das lideranças tradicionais dos povos indígenas de Roraima, que em meados das décadas de 1970 reivindicavam principalmente a demarcação das terras e a autonomia ante a violência, exploração e produção predatória em seu território, que vinham prioritariamente da ocupação ilegal de fazendeiros e garimpeiros.
A Comunidade católica diocesana de Roraima por meio do Colégio de Consultores lamenta.com profundo pesar os atos vandálicos e a barbárie com que foi ultrajada a dignidade do povo brasileiro nos acontecimentos de hoje em Brasília. A lesão ao estado de direito e à democracia, perpetrada por grupos de criminosos, ofende a liberdade de um povo que constrói sua sociedade a partir da justiça e do dialogo entre as partes. A verdadeira politica sempre põe no centro o respeito do ser humano e o compromisso de todos para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Por isso, em plena comunhão com os bispos do Brasil, representados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, condenamos e repudiamos veementemente tudo o que aconteceu na tarde desse domingo da Epifania do Senhor, pedindo o imediato cessar dos ataques criminosos ao Estado democrático e de Direito, a responsabilização dos participantes com os rigores da Lei, para que sejam protegidos todos os cidadão e cidadãs e a democracia do nosso País. Se quisermos a justiça, construamos a Paz! Em espirito de sincera fraternidade.
O COLÉGIO DE CONSULTORES E PE. LÚCIO NICOLETTO ADMINISTRADOR DIOCESANO DE RORAIMA
O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil recebeu com imensa alegria a nomeação de Dom José Albuquerque de Araújo como Bispo da Diocese de Parintins. A mensagem foi assinada por Dom Edson Tasquetto Damian, Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira e Presidente do Regional Norte1, Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus e Vice-presidente do Regional Norte1, e Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, Bispo da Diocese de Borba, e Secretário do Regional Norte1.
No texto, a Presidência do Regional Norte1 lembra que Dom José Albuquerque de Araújo “nasceu e vivenciou sua caminhada cristã e vocacional na cidade de Manaus, onde foi ordenado presbítero em 1996”. Junto com isso, recorda que “durante vários anos foi formador no Seminário Arquidiocesano São José que forma os presbíteros para as nove Igrejas particulares de nosso Regional”.
“Em 2016 o Papa Francisco o designou para ser Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus onde exerceu até hoje o seu ministério. Em nosso Regional, sempre com muita dedicação e competência, foi o bispo referencial para os ministérios ordenados e a pastoral vocacional”, lembra a mensagem.
O texto lembra que Dom José “teve a graça de participar conosco de todo o processo de preparação e realização do Sínodo especial para a Amazônia”, afirmando que “é a partir das nossas raízes que nos sentamos à mesa comum, lugar de diálogo e de esperanças compartilhadas”. A mensagem cita o número 38 da Querida Amazônia, onde diz: “Na Amazônia, mesmo entre os distintos povos nativos, é possível desenvolver relações interculturais onde a diversidade não significa ameaça, não justifica hierarquias de um poder sobre outros, mas sim diálogo a partir de visões culturais diferentes, de inter-relacionamento e de reavivamento da esperança”.
Igualmente, a Presidência do Regional Norte1 pede que “Dom José, em sua nova missão de pastor caminhando ‘à frente, no meio e atrás’” como nos diz o número 31 da Evangelii Gaudium, “das numerosas comunidades e dos povos indígenas parintinenses, recorde sempre as palavras do Santo Padre: ‘Somos chamados a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles’”, palavras recolhidas na Querida Amazônia.
Os Bispos do Regional Norte1 manifestam sua gratidão ao Papa Francisco por permitir que Dom José Albuquerque de Araújo “prossiga seu ministério em nosso Regional que precisa muito de sua vida e missão”, insistindo em que “conte sempre com nossas preces, estima fraterna e colegialidade episcopal”.
Finalmente, eles suplicam “a Nossa Senhora do Carmo, Padroeira da Diocese de Parintins, para que o acompanhe e proteja em sua nova missão como pastor desta querida Igreja da Amazônia”.