Bispos do Regional Norte1 instituem Ministério de Catequista: “Um sopro do Espírito na nossa Igreja”

No dia 10 de maio de 2021, o Papa Francisco assinou a Carta Apostólica sob forma de Motu Próprio “Antiquum Ministerium”, pela qual se instituiu o Ministério de Catequista. Aos poucos, catequistas têm sido instituídos nesse ministério, um passo dado no Regional Norte1 na celebração realizada nesta quarta-feira 18 de setembro, como parte da Assembleia Regional que está sendo realizada em Manaus de 16 a 19 de setembro de 2024, com o tema “Igreja Sinodal que caminha na Esperança”.

Na celebração, presidida pelo arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Steiner, ele lembrou que em 2012, no Sínodo para a Nova Evangelização, a Igreja do Brasil pediu a instituição do ministério de catequista, algo que foi lembrado ao Papa Francisco posteriormente em diversos momentos pela Presidência da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), dado que esse é o ministério mais importante.

Segundo o cardeal, “é tão extraordinário nós vermos e percebermos como nossa Igreja está na mão dos catequistas, é tão extraordinário ver que onde tem bons catequistas, boas catequistas, que as nossas comunidades são vivas, porque o catequista é para a comunidade, a catequista é para a comunidade, é da comunidade que nascem os catequistas”, mostrando o que acontece na África, onde são os catequistas que dirigem as comunidades, o que foi testemunhado pelo bispo da diocese de Roraima, dom Evaristo Spengler, que foi missionário em Angola, mostrando o grande compromisso dos catequistas para sustentar a fé, sobretudo no tempo da guerra que assolou o país, quando grande parte das comunidades do país não podiam contar com a presença dos presbíteros.

Um testemunho que levou o presidente do Regional Norte1 a dizer que “talvez nós, no Brasil, não demos a importância devida a esse ministério”, afirmando que “com a instituição do ministério, talvez nós consigamos retomar a importância do catequista, da catequista, na vida das nossas comunidades”. Catequistas que muitas vezes continuam perseverantes, mesmo quem vai avançando em sua idade, que “tem o dom de transmitir a vida do Evangelho”, pessoas com idade demais na transmissão do caminho do Evangelho, que conseguem entusiasmar.

“Ao instituirmos hoje aqui em nosso Regional esses irmãos e irmãs como catequistas, que já são, mas agora instituídos conforme o nosso Ritual, que nós possamos cada vez mais mostrar às nossas comunidades a grandeza desse ministério”, destacou o cardeal Steiner. Ele lembrou a importância de pessoas que “permanentemente na comunidade estão introduzindo às pessoas, não são catequistas de passagem, foram instituídos para a comunidade”.

O arcebispo de Manaus enfatizou que “é uma grandeza poder levar as pessoas até a presença de Jesus”. Seguindo o texto da Primeira Leitura do dia, “nos despertar para que só o amor realmente permaneça em nós”, disse o arcebispo de Manaus. Segundo ele, “a esperança nós precisamos enquanto caminhamos, porque às vezes caminhamos na desesperança diante de tantas dificuldades. Mas o que permanece mesmo é a caridade. A fé não precisaremos depois, a fé não permanece, mas permanece o amor, porque é no amor que vive a Trindade, e definitivamente seremos inseridos no amor da Trindade, viveremos no amor da trindade para sempre”, sublinhou o cardeal, que fez um chamado a levar essa grandeza para os irmãos e irmãs, pois diante das crises e quedas, “permanecêramos sempre de novo na atração de um amor que é para sempre”.

Aos que receberam o ministério de catequista, ele pediu “que possam nos ajudar nesse caminho”, ressaltando que “a Igreja vive desses ministérios, porque desses ministérios todos nós participamos”, dizendo que “o primeiro catequista da diocese deve ser o bispo”. Ele pediu “que nós possamos no nosso Regional, cada vez mais, iluminar a vida das nossas comunidades com o ministério da catequese e que esse ministério nos ajude realmente a sermos uma Igreja viva, uma Igreja da esperança, uma Igreja que realmente é missionária, uma Igreja que quer levar o Reino de Deus, que quer viver o Reino de Deus, uma Igreja que não deixa de lado o profetismo, uma Igreja que sabe estar ao lado dos pequenos, dos pobres, uma Igreja que sempre de novo acolhe a todos, não tem medo de acolher a todos, porque todos, todos, são destinados a participar da vida da Trindade, e isso para sempre”.

Cada bispo instituiu no ministério de catequista a catequistas das igrejas locais que fazem parte do Regional Norte1. Uma dessas catequistas é Vagna Gomes, coordenadora da Iniciação à Vida Cristã na diocese de Roraima. Ela afirma que “essa instituição vem como um sopro do Espírito na nossa Igreja para reconhecer o serviço do catequista”. São catequistas que hoje são desafiados a “sentir o outro”, para “partilhar a Palavra de Deus a partir da experiência da vida”, ressaltando a importância de sentir a realidade que o catequista está evangelizando. “Um serviço que sai da comunidade para servir à comunidade, alguém do povo que não deixa de ser do povo, não deixa de ser comunidade”, sublinhou a catequista instituída.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Card. Steiner: “Brasil respira fumaça porque não cuida da casa comum”

“O Brasil inteiro respira fumaça, respira fumaça porque não cuidamos da obra que Deus nos confiou”, denuncia o arcebispo de Manaus, card. Leonardo Steiner, que ressalta que “a Igreja nesses anos todos tem sempre de novo procurado conscientizar e se responsabilizar nas comunidades pelo cuidado da obra da Criação”.

A Amazônia passa por um momento dramático, uma situação que tem como causa a emergência ambiental derivada do aumento das queimadas e da seca. Só no Estado do Amazonas, os dados da Defesa Civil falam de 330 mil pessoas atingidas pelos impactos da seca, e todos os 62 municípios do Estado estão em emergência ambiental.

Cada dia aumenta o número de comunidades isoladas ou com grande dificuldade de acesso. Uma situação que piora com o aumento das queimadas, o maior número desde 2010, que tem coberto de fumaça Manaus e muitas outras cidades da Amazônia e do Brasil.

Uma situação que é constatada pelo arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da CNBB e do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), cardeal Leonardo Steiner. Ele não duvida em afirmar que “estamos vivendo mais um ano de seca, com o ano de seca aumentam mais uma vez as queimadas”. Lembrando a situação de 2023, o cardeal ressalta que “tivemos o ano passado muitas queimadas, muita seca, e este ano se repete”, sublinhando que “o ar se torna muitas vezes irrespirável”.

Diante dessa situação calamitosa, o arcebispo de Manaus afirma que “é um momento em que nós precisamos sempre de novo pensar o que nós estamos fazendo pela nossa casa comum”. Falando sobre os passos dados pela Igreja do Brasil, o cardeal Steiner lembrou que “nós como Igreja queremos conscientizar, fazer com que as pessoas despertem para a responsabilidade da casa comum”.

O presidente do CIMI denuncia que “muitos desses incêndios são criminosos, seja na Amazônia, seja no Pantanal. O Brasil inteiro respira fumaça, respira fumaça porque não cuidamos da obra que Deus nos confiou”. Nessa perspectiva, o arcebispo de Manaus ressalta que “a Igreja nesses anos todos tem sempre de novo procurado conscientizar e se responsabilizar nas comunidades pelo cuidado da obra da Criação”.

Finalmente, o cardeal Steiner disse que “nós queremos através da nossa ação ajudar a diminuir as queimadas e eliminar este ar tão pesado que nós respiramos. Mas especialmente, nós queremos que a natureza viva, viva no seu veador, e nós desejamos que os animais possam viver também tranquilamente e não serem queimados na natureza”. Ele faz um chamado para que “cuidemos da Criação, cuidemos da obra que Deus nos confiou, vamos cuidar e cultivar, como nos ensina Papa Francisco”.

Hino oficial da Campanha da Fraternidade 2025 é lançado em reunião do Consep

A 7ª reunião ordinária do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), começou com a apresentação do Hino Oficial da Campanha da Fraternidade 2025 , com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral”.

A escolha do hino se deu depois de um processo de escolha coordenado pelo Setor de Música Litúrgica da Conferência e aprovado e acompanhado pelos bispos. O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, ressaltou a simplicidade e a força da canção alicerçada na figura e na mensagem de São Francisco de Assis.

Análises de conjuntura social e eclesial

A reunião seguiu com as análises de conjuntura social que buscou compreender o cenário das Eleições Municipais deste ano e a análise de conjuntura eclesial.

O bispo de Carolina (MA) e coordenador do grupo de Análise de Conjuntura da CNBB, dom Francisco Lima Soares, buscou apresentar uma análise da realidade tendo o pressuposto de que as Eleições Municipais são mais um momento de fortalecer a Democracia e discutir o futuro do Brasil.

Como ponto de partida, dom Francisco apresentou o contexto no qual as eleições ocorrem no Brasil. “A Terra está com febre,  doente e o Brasil pegando fogo, com a criação a enviar sinais de fumaça. O fogo não é natural. Os biomas e as pessoas sofrem em decorrência de um modelo desenvolvimento equivocado”, reforçou.

A análise apresentou um quadro detalhado do processo eleitoral deste ano. Um dos dados apresentados foi o perfil dos eleitores brasileiros. O país conta com 155.912.680 eleitores em 2024, um aumento de 5,4% em relação às ultimas eleições de 2020. O Sudeste e Nordeste são os maiores colégios eleitorais. As mulheres somam 52,% do eleitorado nacional. Quanto à idade dos eleitores, 12,9% do eleitorado têm entre 16 a 24 anos; 40,%  entre 25 a 44 e 31,7% de 45 a 69.

As redes sociais, pontuou o coordenador do grupo de Análise de Conjuntura, se tornaram o novo espaço de consumo de conteúdo, de encontro e de debate. “O fenômeno implica um novo modo de fazer política que aponta para maior deteriorização da Democracia”, apontou.

Por outro lado, dom Francisco Lima reforçou que as eleições podem contribuir para redefinir a agenda pública, o processo de renovação de lideranças e para estimular a cidadania ativa. “As eleições são parte do esteio da democracia. Há a necessária presença da Igreja e da sociedade civil em defesa da Democracia. O Papa Francisco relembrou que a política é nova forma de caridade e que os gestores públicos devem estar a serviço do bem comum”, concluiu.

Caminhar pastoral da Igreja no Brasil

Já na análise de conjuntura eclesial, o responsável pelo Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ), dom Joel Portella Amado, apontou que foi a pergunta “Para onde vai o caminhar pastoral da Igreja no Brasil?”  que conduziu o olhar para  a realidade.

Dom Joel falou da existência de uma crise da esperança e a existência no país de projetos de ser humano, sociedade e Igreja que provocam a divisão. Neste contexto, segundo ele, o que se pede da Igreja é que cada batizado seja um profeta de comunhão. “Temos um pluralismo sim, não sabemos muitas vezes o que fazer, mas é necessário integrar os diferentes e promover o diálogo”, disse.

Ainda de acordo com a reflexão sobre a realidade eclesial, o Jubileu é uma boa perspectiva para a saída para a crise de esperança. Dom Joel reforçou que é necessário promover a  “convivialidade” em pequenas comunidades, a iniciação à vida Cristã, o trabalho pelo respeito às diferenças, a criação de estruturas de comunhão pastoral, o aprofundamento da teologia do Povo de Deus e da antropologia da alteridade e da fraternidade.

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora

O arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), dom Leomar Antônio Brustolin, apresentou o os passos dados na elaboração do texto das novas diretrizes.

Dom Brustolin disse que foram realizadas as seguintes etapas na construção do texto: escuta dos bispos, escuta de diversas expressões do Povo de Deus, primeira redação do Instrumento de Trabalho, reflexão a partir Conversação Espiritual na Assembleia Geral de 2024, escuta continuada, escuta dos assessores das Comissões da CNBB, apresentação no Consep para definir pontos referenciais das Diretrizes (setembro 2024) e encaminhamento da nova redação par os bispos em janeiro de 2025.

Ele apresentou, para ser avaliada e discutida pelos bispos do Consep, a estrutura em cinco pontos a partir da qual buscarão organizar as novas diretrizes: 1 – Iniciação à vida cristã (Missão e Querigma); 2 – Palavra de Deus na pastoral (formação); 3 – Comunidade de comunidades; 4 – Ação Litúrgica e piedade popular (mistagogia como critério básico); e 5 – Opção pela vida.

Participantes da reunião

Participam da reunião do Consep, a Presidência da CNBB e os presidentes das doze Comissões Episcopais permanentes. Também participam assessores e representantes de pastorais e organismos da Igreja no Brasil. A parte da tarde foi dedicada aos informações das Comissões para a Animação Bíblico Catequética, Comunicação, Cultura e Educação e também o informe do Conselho Econômico da CNBB.

Pastorais no Regional Norte1: Sinais de sinodalidade e ministerialidade

As pastorais, que assumem o trabalho evangelizador nas igrejas locais do Regional Norte1, são um elemento decisivo na caminhada. Na Assembleia Regional, que acontece de 16 a 19 de setembro na Maromba de Manaus, foi apresentado os passos dados pelas pastorais presentes no Regional.

Diversas pastorais mostraram o percurso percorrido no último ano: Pastoral da AIDS, Rede um Grito pela Vida, Pastoral Vocacional, Animação Bíblico Catequética, Pastoral Familiar, Pastoral do Migrante, Pastoral da Juventude, Pastoral da Pessoa Idosa, Conselho do Laicato, Pastoral do Menor, CEBs, Caritas, Conselho Indigenista Missionário, Comissão Pastoral da Terra, Comissão dos Presbíteros, Conselho Missionário Regional, Pastoral da Saúde e Pastoral Carcerária.

Cada pastoral deu a conhecer, junto com os passos dados, os elementos que ajudam a identificar a ministerialidade nas pastorais, relatando os ministérios presentes e os passos que estão sendo dados para o avanço dessa ministerialidade, tendo como fundamento o Documento Final do Sínodo para a Amazônia, a Querida Amazônia e o Documento de Santarém 2022.

As pastorais mostraram o papel fundamental das mulheres no trabalho evangelizador da Igreja, as mulheres são grande maioria entre os agentes das pastorais. Essas pastorais exercem diversos serviços, e, em muitos casos, exercem o ministério da escuta, do cuidado, especialmente com os vulneráveis.

A ministerialidade se manifesta na participação coletiva, feminina e colegiada. Uma Igreja ministerial construída a partir das diversas vocações, que devem ser acompanhadas, que se concretiza assumindo os diversos ministérios, fomentando o protagonismo de todos e todas. Essa reflexão sobre a ministerialidade tem sido assumida por algumas pastorais, adotando ministérios que vão além do espaço eclesial.

Vivenciar o Ano Jubilar, que não pode se esquecer que é uma experiência bíblica, é um dos elementos mais importantes da Igreja em 2025. Depois da abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, em Roma, no dia 24 de dezembro de 2024, as igrejas locais são convidadas a fazer essa abertura em nível local e programar seu calendário de atividades. O seguimento das atividades em Roma poderá ser realizado a través do site criado pelo Vaticano, apresentado aos participantes da Assembleia Regional Norte1. O Regional também quer programar alguma atividade, a ser realizada durante a Assembleia Regional 2025, para comemorar o Jubileu, sendo feitas algumas propostas.

O Jubileu, que em 2025 tem como tema “Peregrinos da Esperança”, é uma peregrinação, que pode ser até um lugar, mas também até as pessoas, um caminhar com esperança. Para aprofundar no Jubileu, existem algumas propostas, como são as elaboradas pela arquidiocese de Manaus, apresentadas como possibilidades para outras igrejas locais: o estudo dos cadernos do Concilio Vaticano II, a leitura da bula de indicação do ano Jubilar 2025 e o texto Misericordiae Vultus, seminários sobre o Ano Jubilar, instituir os missionários da misericórdia, e especial atenção ao Sacramento da Reconciliação.

Os participantes da Assembleia Regional Norte1 também conheceram o processo e conclusões da 6ª Semana Social Brasileira, que refletiu sobre Economia, Soberania e Democracia, sendo apresentados os passos dados ao longo do processo, marcado por Terra, Teto e Trabalho como grandes temas.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Zenildo Lima, dom Hudson e dom Vanthuy participam em Roma do Encontro de novos bispos

158 bispos chegados de todo o mundo participam em Roma, de 15 a 21 de setembro de 2024, do encontro dos novos bispos: “Pastores enraizados em Cristo a serviço de uma Igreja chamada a habitar o presente e guardar o futuro”. Do curso participam os bispos auxiliares de Manaus, dom Zenildo Lima e dom Hudson Ribeiro, e o bispo de São Gabriel da Cachoeira, dom Raimundo Vanthuy Neto. Também participa o bispo de São Félix do Araguaia (MT), dom Lúcio Nicoletto, que até ser nomeado bispo era missionário na diocese de Roraima.

Cada dia é marcado por uma temática: o serviço do bispo para a custódia e transmissão da fé; a Igreja no mundo em diálogo; o serviço do bispo para o desenvolvimento humano integral; reunião com Pedro; Igreja Identidade e missão. Um curso para refletir sobre a visão teológica geral do Papa Francisco sobre a transmissão da fé, a colegialidade e a sinodalidade; encontros com membros de diversos dicastérios; conhecer o relacionamento entre a Santa Sé e os diversos países; o diálogo inter-religioso e intercultural; o Sínodo dos Bispos e o Jubileu; a gestão pastoral das divisões e dos conflitos devidos a étnicos e/ou políticos, propondo itinerários de reconciliação e paz; o apostolado dos leigos; evangelização e missão; a unidade do ministério episcopal; os abusos na Igreja; o fenómeno da migração; Igreja e cultura digital; Igreja e Inteligência Artificial, dentre outros temas.

Segundo dom Zenildo Lima, “para nós que já participamos de um encontro formativo oferecido pela CNBB temos agora a expectativa de considerar a tarefa evangelizadora numa perspectiva mais ampla, considerando a universalidade da Igreja e da tarefa missionária”. O bispo auxiliar de Manaus destaca “a possibilidade de compartilhar com irmãos de outras realidades bem diversas como se tem vivido o início do ministério episcopal”. 

Durante o encontro, os bispos terão a possibilidade de se encontrar com o Papa Francisco na manhã da quinta-feira, que “para nós é sempre um reencontro com os caminhos traçados para a evangelização na Amazônia”, lembrando o Sínodo para a Amazônia, convocado pelo Papa Francisco, em vista de novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral, que em sua assembleia sinodal, realizada em outubro de 2019, contou com a participação como auditores de dom Zenildo e dom Vanthuy.

Lembrando da Assembleia do Regional Norte1, que está sendo realizada em Manaus de 16 a 19 de setembro, o bispo auxiliar de Manaus, disse que “nos sentimos em comunhão com nosso regional que apenas iniciou também sua Assembleia Regional, na busca de caminhos para uma ministerialidade que corresponda ao caminho sinodal de nossa Igreja da região”.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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Letra e música do hino da Campanha da Fraternidade 2025 é apresentado pela CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta nesta terça-feira, 17 de setembro, a letra e a música do hino da Campanha da Fraternidade 2025, que tem como tema: “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).

O processo de escolha da música e da letra da CF 2025 foi feito a partir de um concurso nacional, lançado em abril desse ano. Todos os inscritos participaram de uma formação on-line promovida pelo Setor de Música Litúrgica da CNBB em três etapas. A primeira etapa foi sobre o sentido da Campanha da Fraternidade em geral e especificamente sobre a próxima Campanha de 2025, com o padre Jean Poul, assessor do Setor de Campanhas da CNBB.

A segunda etapa foi sobre composição de letra, com Eurivaldo Ferreira, e a terceira etapa sobre composição de música, com Adenor Terra e frei Wanderson de Freitas, ambos pertencentes à Equipe de Reflexão de Música da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB.

Formação em música

Padre Jair Costa, assessor do Setor Música Litúrgica, salientou que “a formação foi uma experiência ímpar: na mesma sala de formação on-line estavam presentes compositores experientes, autores de hinos de outras CFs, intérpretes consagrados da música católica e compositores iniciantes, tendo acesso às mesmas ferramentas de composição. Foi uma riqueza encontrar tantas pessoas e partilhar das experiências e expectativas”. disse.

 O assessor do Setor Música Litúrgica explicou as etapas do concurso. “Aqueles que compõem em conjunto letra e música, enviaram na primeira etapa suas letras. Depois, puderam enviar suas melodias para a letra escolhida “, disse.

Padre Jair revelou que, entre os 246 inscritos, foram apresentadas 68 propostas de letra e 42 propostas de melodia. O processo de seleção da letra considerou a quantidade de sílabas em cada verso, a construção regular dos versos, e a possibilidade de se colocar uma música fácil para o povo cantar. Do ponto de vista teológico e pastoral, foi avaliada a sintonia com o tema da CF 2025, a capacidade de levantar esperança e provocar a conversão comunitária. E o processo de seleção da música buscou uma melodia que possa ser cantada por todos os grupos que vão refletir a CF: crianças, jovens e adultos; considerou também uma harmonia que possa ser executada com facilidade pelos instrumentistas das comunidades.

O autor da letra

A letra escolhida é de composição de Ismael Oliveira do Nascimento, natural de Iguatú (CE), pertencente à arquidiocese de Belo Horizonte (MG).

Por meio de um vídeo, Ismael relata que recebeu com muito entusiasmo e alegria a notícia de que sua letra foi escolhida para animar o hino da Campanha da Fraternidade de 2025. “Podemos dizer que o pano de fundo em toda a letra proposta é o magistério do Papa Francisco, que tem insistido bastante nesse diálogo com as mudanças climáticas”, disse.

Ismael Oliveira do Nascimento, autor da letra da CF 2025

“Nós que estamos percebendo hoje essas mudanças na pele, no ar, na respiração. O Brasil está praticamente tomado por incêndios florestais, muitas vezes incêndios propositais, porque como o Papa mesmo diz, há uma inclinação do ser humano, parece ser até uma sina de destruir, de impedir que a criação floresça, que a criação desabroche, mas aí vem Deus com a sua misericórdia e não cansa de criar, a gente diz que Deus não cansa de perdoar, mas também não cansa de criar, talvez isso esteja em todas as entrelinhas do hino, que está muito baseado no magistério da Igreja, naquilo que propõe o Papa Francisco, as discussões atuais sobre a Casa Comum, com a nossa morada, então fica a animação para que na Quaresma do ano que vem a gente celebre com alegria, com entusiasmo e penitência esse tempo tão importante para nós”.

Saiba mais:

https://youtube.com/watch?v=Bw6LpFyWlws%3Ffeature%3Doembed

O autor da música

Miguel Philippi, autor da música da CF 2025

Já o autor da música é o Miguel Philippi, regente de corais na arquidiocese de Florianópolis (SC). No vídeo ele aponta que é sempre um desafio compor uma nova melodia, mas que buscou atender os critérios que foram estabelecidos pela CNBB: uma música que fosse acessível para todos, bela, envolvente, e ao mesmo tempo que fosse original, buscando dar sentido à letra, com uma estrutura que valorize essa mensagem.

“As estrofes estão em tom menor. São um convite à reflexão, à oração, características tão próprias do tempo da Quaresma. O refrão está em tom maior, celebra a beleza da criação divina, inspirado também no cântico das criaturas de São Francisco, ao qual o próprio texto faz referência. Espero que esse hino possa nos ajudar a viver bem o tempo da Quaresma, e que seja instrumento de evangelização para a Igreja no Brasil”, finalizou.

Saiba mais:

https://youtube.com/watch?v=zB3wy9gdpJA%3Ffeature%3Doembed

Conheça o hino oficial da CF 2025:

https://youtube.com/watch?v=puXg_QBgzY4%3Ffeature%3Doembed
Por Larissa Carvalho
Reprodução: CNBB

Ministerialidade no Regional Norte 1: Modo de expressar a identidade como Igreja e responder aos sinais dos tempos

As assembleias, que em 2024 está sendo realizada de 16 a 19 de setembro na Maromba de Manaus, sempre são um momento marcante na caminhada da Igreja do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1). Em 2024, 80 representantes das nove igrejas locais e das pastorais participam da assembleia, mais uma expressão da profunda comunhão existente no Regional, que se concretiza em tantas iniciativas comuns que acontecem.

Um Igreja Regional iluminada pela metáfora do corpo e seus membros, que São Paulo usa na Carta aos Coríntios, passagem lida na Eucaristia do dia, presidida pelo bispo emérito de São Gabriel da Cachoeira, dom Edson Damian. Ele destacou que “a fonte de tudo está no batismo”, da diversidade que garante a unidade, lembrando que a assembleia tem como um dos seus objetivos “descobrir e reconhecer novos ministérios, tão necessários para as nossas comunidades”, insistindo em que as mulheres participem deles, que desde a primeira Igreja tem sido protagonistas na missão da Igreja, também na Igreja da Amazônia.

Dom Edson Damian disse que ao longo da história a Igreja foi discernindo a criação de novos ministérios para responder às necessidades que iam surgindo. Igualmente, em vista da Segunda Sessão da Assembleia Sinodal, o bispo emérito de São Gabriel da Cachoeira, disse que o cardeal Steiner, que irá participar como membro, “certamente levará em seu coração a caminhada da nossa Igreja, a nossa sinodalidade, e também as conclusões dessa nossa assembleia”. Além disso, os estigmas da Amazônia e dos povos que a habitam.

Igualmente, dom Edson Damian, comentando o Evangelho do dia, destacou três palavras do Papa Francisco que definem o jeito de agir de Deus: proximidade, misericórdia e ternura. Para isso o bispo pediu “que o Espírito Santo nos ensine, nos ajude, a ser semelhantes ao nosso amado irmão Jesus, agindo sempre com proximidade, misericórdia e ternura”.

A caminhada do Regional se concretiza de diversos modos ao longo do ano, algo que foi recolhido no Relatório da Presidência, apresentado pelo bispo de Alto Solimões e vice-presidente do Regional Norte1, dom Adolfo Zon, e a secretária executiva, Ir. Rose Bertoldo. São os passos dados em nível universal, continental, nacional e regional, que mostram a vida que palpita nas pastorais e nas igrejas locais.

Refletindo sobre a temática da assembleia, o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Ulrich Steiner aprofundou a questão da “Igreja sinodal na Esperança, discípula missionária”. Ele partiu do conceito de evangelização, enfatizando que “o que nós anunciamos é o Reino de Deus”, afirmando que Jesus não pregou a Igreja, pregou o modo de ser, que é o Reino de Deus. O presidente do Regional disse que “nossas igrejas têm razão de ser porque existem comunidades que visibilizam o Reino de Deus e sua justiça”.

Falando sobre missionariedade, o cardeal refletiu sobre a importância de ser enviado, de entender que a missão é recebida. Em uma Igreja discípula, com comunidades discípulas, pois, recordando as palavras do Papa Bento XVI: “discipulado e missão os dois lados de uma mesma moeda”. Se faz necessário ardor missionário para ser instrumento do Espírito na Igreja, “os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança de lado e se apaixonam pela missão de comunicar a vida aos demais”, segundo afirma Papa Francisco na Evangelii Gaudium.

Falando sobre o atual processo sinodal, em que o cardeal Steiner é membro da assembleia sinodal, ele destacou que “a sinodalidade está presente na Amazônia há décadas”, vendo no Encontro de Santarém 1972 um momento decisivo nesse caminhar juntos, enfatizando que “quanto mais a Igreja é sinodal mais a autoridade cresce”. Uma Igreja Povo de Deus, que “visibiliza o todos a caminho: todos a serviço, todos a celebrar, todos a buscar, todos a anunciar, todos na fé”.

Não podemos esquecer que “sinodalidade tem a ver com Povo de Deus, constituído por todos os batizados”, disse o cardeal. Ele citou Lumen Gentium, que chama a “serem casa espiritual, sacerdócio santo”, afirmando que a Sinodalidade não é uma questão restrita a organização ou funcionamento eclesial, mas pertence à própria natureza da Igreja. Uma Igreja sinodal tem que ser “lugar aberto, onde todos se sintam em casa e possam participar”, uma Igreja da proximidade, que leva em consideração os ministérios, carismas, serviços e dons do Povo de Deus.

Uma Igreja que tem que levar em consideração as comunidades, “é lá que acontece a vida da Igreja”, sublinhou o cardeal Steiner. Comunidades chamadas a ser “um lugar aberto, onde todos se sintam em casa e possam participar”, tendo como fundamento a encarnação e libertação, os povos originários, a casa comum, os sonhos do Papa Francisco na Querida Amazônia, as palavras do Papa Paulo Vi, Cristo aponta para a Amazônia, ressaltando de novo a importância das comunidades e de fortalecer nelas a ministerialidade, elemento que será refletido ao longo da assembleia na busca da encarnação e libertação.

ministerialidade é o tema a ser discutido durante a assembleia, com a assessoria da Ir. Sônia Matos, e os padres Elcivan Alencar e Raimundo Gordiano, que iniciaram sua fala mostrando como essa dinâmica foi marcando a vida das igrejas do Regional e sua vocação. O número 94 da Querida Amazônia afirma que “uma Igreja de rostos amazónicos requer a presença estável de responsáveis leigos, maduros e dotados de autoridade, que conheçam as línguas, as culturas, a experiência espiritual e o modo de viver em comunidade de cada lugar, ao mesmo tempo que deixem espaço à multiplicidade dos dons que o Espírito Santo semeia em todos”, palavras que fundamentam a ministerialidade, advogando por uma Igreja marcadamente laical.

Mesmo diante dos fundamentos teóricos, existem dificuldades para concretizar a ministerialidade, mas a Igreja do Regional continua caminhando, centrada naquilo que é essencial, que façam remar juntos, segundo os ventos do Espírito, para aportar no Reino, sendo a ministerialidade o modo para em sinodalidade caminharmos segundo o Espírito, é o Espírito que vai guiando as velas. Uma Igreja sustentada no batismo, que se entende como Povo de Deus, sendo os ministérios o modo de expressar a identidade e evangelizar, dando resposta aos sinais dos tempos: o grande serviço que a Igreja oferece é a evangelização, segundo afirma o Documento de Puebla, que apresenta critérios pastorais e perigos com relação aos ministérios: não clericalizar os leigos, que os pastores ratifiquem a vocação, variedade e diversidade segundo as necessidades da comunidade, dentre outros.

O perigo está quando o sacramento da ordem prevalece sobre o sacramento do batismo, que tem como consequência a sacramentalização, reações de poder e tensão, os leigos vistos como colaboradores e não como corresponsáveis, com tudo centrado na paróquia e na figura do pároco. Quando prevalece o sacramento do batismo, o sujeito eclesial é o discípulo/a missionário/a, ampliando o cuidado para o Corpo Cósmico de Cristo, com relações sinodais, promovendo o discernimento, em uma comunidade ministerial. Para isso se faz necessário formação sobre esse modo de ser Igreja.

A Igreja do Regional Norte1 é desafiada a olhar como ela vive a ministerialidade e se essa ministerialidade é por escolha ou por carência de ministros ordenados, que subordina os leigos e não lhes dá protagonismo. Algo que já era refletido na Assembleia Regional Norte1 de 1998, que insistia no serviço da unidade, da fé, da caridade, da justiça e do direito. Isso em vista de três necessidades: formação de lideranças, aprofundamento da visão da fé, incidência social, ministério litúrgico. São elementos que permitem avançar nos ministérios, pois o Espírito suscita carismas.

Uma dinâmica que demanda novos ministérios, como é o de cuidadores da casa comum, diante do grito da Amazônia, que demanda o cuidado da vida, o ministério da assessoria, da coordenação, da diaconia, destacando a ministerialidade da mulher, algo inspirado na Querida Amazônia, que afirma que na Amazónia, “durante séculos, as mulheres mantiveram a Igreja de pé nesses lugares com admirável dedicação e fé ardente”, pois “sem as mulheres, ela se desmorona, como teriam caído aos pedaços muitas comunidades da Amazónia se não estivessem lá as mulheres, sustentando-as, conservando-as e cuidando delas”. Daí a necessidade de as mulheres participar dos espaços de decisão, sendo reconhecido seu carisma e ministério, que não vai mudar o que as mulheres fazem, mas sim o que elas são. Para isso, “não tenhamos medo, não cortemos as asas do Espírito Santo” (QA 69).

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Assembleia Regional Norte1: “Uma Igreja onde cada comunidade busca viver o Evangelho”

Leigos e leigas representando as diversas pastorais, a Vida Religiosa, presbíteros, diáconos e também os bispos estão reunidos na Maromba de Manaus para a Assembleia do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que reúne 80 participantes de 16 a 19 de setembro.

Um encontro que acontece sinodalmente, segundo sublinhou o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Steiner, na Eucaristia de abertura. Ele quis trazer presente “os nossos bispos que estão em Roma, dom Zenildo, dom Hudson, dom Vanthuy, participando do encontro dos bispos novos, eles que tantas vezes nos ajudaram nas iluminações, nas discussões, nos ajudaram também na parte de síntese, nos ajudaram a encaminhar a nossa vida eclesial”. Ele pediu “que a nossa Igreja sinodal possa estar sempre a caminho na esperança”, enfatizando que “a busca de Jesus se dá na esperança de sermos salvos”.

Na homilia, o cardeal destacou que na primeira leitura do dia aparece como erão as comunidades cristãs no começo. Segundo o presidente do Regional, “ali onde existe a finitude humana, existe também a fraqueza humana”, ressaltando que o texto ajuda a descobrir “aquilo que é fundamental, alimentar-se de Jesus”, pois “a comunidade celebra porque busca viver de Jesus, da sua Palavra”.

O cardeal disse que “nós sabemos das fraquezas do nosso Regional, nós sabemos onde estamos, onde nos encontramos, mas sabemos mais, nós sabemos que desejamos ser uma Igreja sinodal que vive da Palavra e do Pão. Nós sabemos como Igreja que não nos reunimos em torno de nós mesmos, mas nos reunimos em torno de Jesus, que nos alimentamos de sua Palavra e dele que é pão”. É por isso, que ele pediu “que essa nossa assembleia possa expressar essa alegria de estarmos juntos porque vivemos de Jesus e de sua Palavra, e nos alimentamos da Palavra e do Pão”.

No texto do Evangelho, ele destacou que “é cheio de esperança”, mostrando “um pagão que busca em Jesus a salvação de quem está a servir”. Lembrando o tema da assembleia: “Igreja Sinodal que caminha na Esperança”, o arcebispo de Manaus afirmou que “caminha na esperança porque caminha no seguimento de Jesus, caminha na esperança porque procura fazer do caminho de Jesus a razão da sua vida, a razão da vida das nossas comunidades. Não é uma Igreja aérea, é uma Igreja de comunidades, é uma Igreja onde cada comunidade busca viver a sua fé, busca viver o Evangelho. A maioria das nossas comunidades vivendo da Palavra de Deus”.

Uma presença-palavra que cura, que transforma, que se ouve dizer, “mas se torna presença, uma presença transformativa, cheia de esperança para as nossas comunidades”, enfatizou o cardeal, se perguntando: “Se não tivéssemos a Palavra de Deus, o que seria das nossas comunidades?”.

No fato de que “na assembleia nos reunirmos em torno de Jesus e sermos uma Igreja sinodal”, está “a diversidade das vocações e dos ministérios que aqui se encontram, porque queremos ser cada vez mais uma Igreja missionária, sermos cada vez mais uma Igreja discípula, uma Igreja que vai aprendendo”. Desde 1972, lembrando o Encontro de Santarém, “uma Igreja que busca o caminho do discipulado e o caminho da missionariedade”, destacou o cardeal.

Segundo o presidente do Regional, “sabemos que estamos no bom caminho e que não erramos no caminho permanecendo fiéis ao discipulado e à missionariedade”. É por isso que o cardeal pediu que “permaneçamos fiéis nessa busca”. Falando sobre a temática da assembleia, ele sublinhou que “nós durante nossa assembleia, nós desejamos aprofundar na ministerialidade das nossas igrejas”, pedindo “que esta ministerialidade seja realmente refletida, aprofundada, para que as nossas comunidades, cada vez mais, em torno de Jesus, sejam sinais de esperança”.

O cardeal Steiner, lembrou sua viagem como presidente do Conselho Indigenista Missionário, na semana passada, ao Mato Grosso do Sul, onde os indígenas estão retomando as suas terras e o conflito é enorme, as mortes são muitas. Segundo o presidente do Regional, “eles desejam voltar à terra dos antepassados, porque é a terra da promessa, mas o agronegócio os recebe a bala”, ressaltando que “eles não perderam a esperança”.

Finalmente, o cardeal insistiu em que “nós como Igreja sejamos sinais de esperança neste mundo em que vivemos da nossa Amazônia, com tantos conflitos, com tantas queimadas, com tanta fumaça, nós não queremos perder a esperança. Que Deus nos dê essa graça, e possamos anunciar sempre o Reino novo que é o Reino da esperança”, concluiu.

Os trabalhos da assembleia iniciaram com a apresentação dos participantes, que representam as nove igrejas locais que fazem parte do Regional Norte1, e também dos representantes das pastorais. Posteriormente, a secretária executiva do Regional, Ir. Rose Bertoldo apresentou a programação da assembleia.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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Conselho Diocesano de Evangelização discute temas cruciais para a Diocese de Roraima

No último sábado, 14 de setembro, o Conselho Diocesano de Evangelização (CDE) se reuniu para discutir assuntos importantes para a Diocese de Roraima. Entre os temas discutidos estavam a situação econômica da Diocese, a Comissão Diocesana para a Canonização do Beato José Allamano e um lembrete especial sobre a Romaria de Nossa Senhora Aparecida.

Assembleia do Regional Norte 1 contará com representantes da Diocese de Roraima e debaterá sobre ministerialidade

Entre os participantes estarão Dom Evaristo, Irmã Sofia, a ministra e catequista Deolinda, Erick e Vagna, que receberão o ministério de catequista durante o evento, que acontecerá de 16 a 19 de setembro.

A Maromba de Manaus será sede de 16 a 19 de setembro de 2024 da Assembleia do Regional Norte1, onde se espera a presença de mais de 80 representantes das nove igrejas locais e das diversas pastorais. Bispos, presbíteros, vida religiosa e laicato, reunidos sinodalmente para debater sobe o tema “Igreja sinodal que caminha na esperança”.

A Assembleia do Regional Norte1, que quer ser uma Igreja discípula missionária, tem como lema: “Recomendo-vos Febe, nossa irmã que está como diaconisa da Igreja, a fim de que a acolhais no Senhor, do modo digno dos santos” (Rm.16, 1-2). Uma Assembleia que seguirá o método ver-julgar-agir e tem por objetivo: “Identificar, estudar, consolidar os ministérios dos cristãos e cristãs leigas para contribuir na liderança das comunidades”.

celebração de abertura será presidida pela Presidência do Regional Norte1: o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, presidente do Regional, o vice-presidente, o bispo de Alto Solimões, dom Adolfo Zon, e o bispo de Tefé e secretário do Regional, dom José Altevir da Silva. Uma primeira jornada em que serão apresentados os participantes, a pauta e os trabalhos a serem realizados ao longo da Assembleia.

O relatório da Presidência abrirá a pauta do segundo dia, que será iniciado com uma celebração eucarística. A reflexão sobre a Igreja discípula e missionária e a ministerialidade, a partir de três aspectos: o estudo, a experiência e como identificar os ministérios na vida das comunidades, será ponto central dos trabalhos, e contará com a assessoria da Ir. Sônia Matos e os padres Raimundo Gordiano e Elcivan Alencar.

A Assembleia Regional será oportunidade para a partilha das pastorais e organismos, buscando identificar os ministérios locais nas pastorais, organismo, igrejas locais, mostrado os ministérios presentes nas comunidades. Igualmente, partilhar os passos significativos, concretos, ministério da diaconia e serviços presentes nas comunidades. Foi pedido às pastorais e organismos ter presente a fundamentação do Documento Final do Sínodo para Amazônia, a Querida Amazônia e o Documento de Santarém 2022.

Os participantes da Assembleia conhecerão os passos dados na 6ª Semana Social Brasileira, e no Seminário das Pastorais Sociais. Igualmente, será apresentado como será vivenciado o Jubileu da Esperança.

As igrejas locais apresentarão os passos que estão sendo dados em relação à sinodalidade e a ministerialidade, na mesma perspectiva da apresentação das pastorais e organismos. Com o que será partilhado pelas igrejas locais, pastorais e organismos, serão recolhidos os aspectos significativos e luzes.

Na Assembleia será partilhado o acontecido no V Encontro da Igreja na Amazônia, realizado no mesmo local da Assembleia no mês de agosto de 2024, e os encaminhamentos para a COP30. Posteriormente, nas reservadas dos bispos, coordenadores de pastoral, coordenadores de pastorais e organismos e vida religiosa, será visto o que se reafirma e assume no caminhar juntos.

Na Eucaristia de encerramento será realizada a instituição dos catequistas, sendo abordado no último dia os encaminhamentos dos ministérios para as igrejas locais. Também será apresentado o Protocolo de Proteção de Crianças e Adolescentes e Pessoas Vulneráveis, sendo encerrada a Assembleia, que em diversos momentos terá comunicações de diversas entidades, com uma mística.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1