Com Dom Giambattista Diquatro, Núncio Apostólico do Brasil, marca momento de bênçãos e gratidão no Santuário Nacional de Aparecida.
Neste domingo 14 de abril, a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) testemunhou um momento de profunda emoção e fé no Santuário Nacional de Aparecida. Às 07h00, fiéis e clérigos se reuniram para a missa do Terceiro Domingo da Páscoa, oficiada pelo Dom Giambattista Diquatro, Núncio Apostólico do Brasil.
Um dos pontos altos da cerimônia foi a bênção dos bispos nomeados durante o ano, um gesto que simboliza o compromisso renovado com a missão eclesiástica. Entre os homenageados, destaca-se Monsenhor Lúcio Nicoletto, recentemente nomeado bispo de São Felix da Araguai em 13 de março.
Durante a cerimônia, Dom Giambattista proferiu palavras de gratidão e bênção, unindo todos os nomeados em uma prece emocionante: “Com todos nomeados durante todo juntos a benção. Deus que pela ressurreição do seu filho único, uma graça da Redenção e nos tornou os seus filhos, vos conceda a alegria de sua benção. Deus que pela Redenção de Cristo vos concedeu o dom da verdadeira liberdad e por Misericórdia vos torna e participantes da herança eterna. E vivendo agora retamente possaino-se unirnos a Deus, para o qual pela fé já ressuscitaste desce no batismo. Amém. E a benção de Deus todo poderoso pai, filho espírito santo, desça sobre vós e permaneça para sempre. Amém, graças a Deus.”
Ao final da missa, os devotos se uniram em oração, clamando a intercessão de Nossa Senhora Aparecida pela paz nas nações: “Ó Maria, nossa Senhora Aparecida, rogai ao vosso Filho, ressuscitado derrame a paz às nações.”
Em meio a cânticos e preces, a 61ª Assembleia Geral da CNBB reafirmou seu compromisso com a missão cristã e a busca pela paz e justiça no Brasil e no mundo.
Ocorreu neste sábado, 13 de abril, foi um momento especial na programação da 61ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (C
19 catequistas, 18 mulheres e um homem, representando os 19 regionais a partir dos quais se organiza a Igreja no Brasil receberam o ministério de Catequistas pelas mãos do arcebispo de Santa Maria (RS) e presidente da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin.
O ministério do Catequista foi instituído pelo Papa Francisco com o motu próprio Antiquum Ministerium, em 10 de maio de 2021. Seu papel é fundamental na Igreja, nos processos evangelizadores para os quais os bispos do Brasil estão elaborando as Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Um papel reconhecido por dom Leomar Brustolin quando, dirigindo-se aos catequistas, fez a pergunta: “Que seria da nossa Igreja sem a vossa missão?”.
Entre os que receberam o ministério, se encontra a indígena do Povo Macuxi, da Missão Muturuca, no município de Uiramutã (RR), Deolinda Melchior da Silva. Ela exerce o ministério de catequistas há 42 anos junto ao seu povo, ajudando a concretizar uma Igreja com rosto indígena no bioma Amazônico.
O presidente da Comissão Bíblico-Catequética afirmou que “foi uma grande a alegria em poder ter instituído, entre o grupo dos primeiros catequistas do Brasil, uma indígena com longa experiência na catequese, com uma capacidade muito grande de evangelizar”.
Dom Leomar Brustolin afirmou que a presença de Deolinda revela a grandeza da pluriculturalidade brasileira. “Ela mostra a grandeza da fé nessa terra e, acima de tudo, o quanto o Evangelho precisa ser inculturado e encarnado nas terras brasileiras. Para nós da Comissão, termos uma indígena, catequistas que trabalham com pessoas com deficiência, representantes de comunidades negras… Todas elas representam a beleza do Evangelho sendo inculturado em diversas realidades”.
Dia histórico para a Igreja em Roraima e o Norte 1
Deolinda é catequista na Missão Muturuca, município de Uiramutã, diocese de Roraima (RR), há 42 anos, e nos últimos 15 anos coordena a catequese em sua região. Ela disse se sentir muito feliz em receber esse ministério de catequista em uma celebração onde sentiu-se fortalecida.
“Cada vez mais a fé vai aumentando e assim vamos trabalhando, fazendo um chamado aos catequistas indígenas a seguir realizando sua missão”, afirmou. Na diocese de Roraima, ela contou que a cada ano realizam cursos de formação para catequistas e lideranças que celebram a Palavra em suas comunidades.
A instituição no ministério de catequista de Deolinda Melchior da Silva é considerada pelo bispo de Roraima, dom Evaristo Spengler, como um dia histórico para a diocese e para o regional Norte 1 da CNBB . De acordo com ele, aqueles que receberam esse ministério são pessoas que preparam o povo para “serem discípulos e discípulas de Jesus Cristo, caminhando com Ele, ouvindo sua Palavra, vivendo em comunidade, se alimentando da Eucaristia e do convívio fraterno em comunidade”.
Dom Evaristo Spengler, que entregou a Bíblia Deolinda durante o ritual de instituição do ministério de Catequista, igual fizeram os outros bispos com cada catequista, destacou a importância de ter a primeira indígena recebendo o ministério de Catequista em representação de todos os povos indígenas do Brasil.
“Os povos originários foram evangelizados por missionários que chegaram de outros lugares e, agora os indígenas são protagonistas da missão”, disse. Dom Evaristo reforça que em uma região com comunidades de difícil acesso, dona Deolinda é incansável e um testemunho vivo do Evangelho que se difunde em maio ao nosso povo”, frisou.
FONTE/CRÉDITOS: Com colaboração de padre Luiz Modino (Norte 1) – Comunicação 61ª AG CNBB
Deolinda Melquior da Silva, representará ao Regional Norte1 na Missa Especial durante a 61ª Assembleia Geral da CNBB.
No dia 10 de abril, teve início a 61ª Primeira Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que se estenderá até 19 de abril em São Paulo. O encontro anual que congrega os Bispos da Igreja Católica Apostólica Romana no país, conta com a presença de Dom Evaristo Spengler, Bispo de Roraima, e o Monsenhor Lúcio Nicoletto, Bispo de São Félix da Araguaia.
Durante a programação, haverá um momento especialmente dedicado à Diocese de Roraima e à região norte1. Trata-se do rito de instituição do Ministério de Catequistas, no qual catequistas de todos os dezenove regionais da Conferência a designação para esse ofício. Este evento será realizado neste sábado, dia 13, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), a partir das 7h da manhã (horário de Brasília), e será transmitido pelo canal do YouTube da CNBB.
O que é o ministério de catequista?
Ele foi instituído pelo Papa Francisco com o motu proprio “Antiquum Ministerium”, no ano de 2021. Trata-se de um serviço estável prestado à Igreja local, de acordo com as critérios pastorais identificados pelo bispo, e que deve ser desempenhado por cristãos leigos e leis que recebem este ministério.
O Papa Francisco destacou que o ministério instituído de Catequista deve ser conferido a “homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, que tenham uma participação ativa na vida da comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna”. O pontífice também orientou que esses fiéis devem receber a devida formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica, “para serem solicitados comunicadores da verdade da fé, e já terem amadurecido uma experiência prévia de catequese”. Outro requisito é que “sejam colaboradores fiéis dos presbíteros e diáconos, disponíveis para exercer o ministério onde for necessário e animado por verdadeira paixão apostólica”.
Libia López, entrevista a Deolinda Melquior da Silva. Foto: Lucas Rosetti
A Diocese de Roraima nomeou a irmã Deolinda Melquior da Silva, catequista com mais de 42 anos promovendo a fé cristã e a cultura indígena da Raposa Serra do Sol, no Município Uiramutã. Ela representará o Regional Norte1 no ministério de catequistas:
”Quando recebi essa boa notícia do Dom Evaristo, eu fiquei muito grata, fiquei bastante contente. É uma responsabilidade muito grande, ele é um Ministério que vai ajudar mais os povos, os jovens e crianças. É uma responsabilidade, para levar em frente.” Afirmou Deolinda.
Deolinda emerge como um exemplo inspirador. Indígena da etnia macuxi, nascida na região de Maturuca, em Roraima, ela tem se dedicado à promoção da fé cristã e da cultura indígena. Ela é coordenadora regional, Deolinda, representa a Regional Norte1 neste importante ministério da CNBB, sendo a única Indígena que marcará presença por todos os povos indígenas do Brasil: ”A palavra de Deus, vamos levar em frente e vamos todos juntos a seguir o plano de Deus sobre nós, com muita garra, com muita firmeza e também com a nossa fé.” Ressalta Deolinda.
Pela Regional Norte 1 está Deolinda Melquior da Silva, da diocese de Roraima (RR)
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Um dos momentos aguardados na programação da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é a instituição do ministério de catequistas a 19 cristãos de todos os regionais. O rito acontece dentro da celebração eucarística deste sábado, 13, no Santuário Nacional, a partir das 7h, com transmissão pela TV Aparecida e canais da CNBB.
Formado majoritariamente por mulheres, os catequistas que serão instituídos neste sábado representam uma diversidade de culturas, experiências religiosas e vivências na transmissão da fé.
Regional Norte 1 – Deolinda Melquior da Silva, da diocese de Roraima (RR)
Regional Norte 2 – Maria Izabel Tavares de Lima Costa, da diocese de Castanhal (PA)
Regional Norte 3 – Pollyenne Sobrinho Rosa de Farias, da diocese de Miracema do Tocantins (TO)
Regional Noroeste – Marlene Gissela Müller, da arquidiocese de Porto Velho (RO)
Regional Nordeste 1 – Efigênia Alves da Costa, da diocese de Tianguá (CE)
Regional Nordeste 2 – Marivone Pereira Martins, da diocese de Campina Grande (PB)
Regional Nordeste 3 – Flávio Souza dos Santos, da diocese de Eunápolis (BA)
Regional Nordeste 4 – Rossana Maria Ferreira dos Santos, da diocese de Oeiras (PI)
Regional Nordeste 5 – Cleiane Nascimento Almeida, da diocese de Imperatriz (MA)
Regional Leste 1 – Maria Cristina Drumond Bagno, da arquidiocese de Niterói (RJ)
Regional Leste 2 – Sueli de Fátima da Silva, da arquidiocese de Mariana (MG)
Regional Leste 3 – Maria de Lourdes Fiorido, da diocese de Cachoeiro de Itapemirim (ES)
Regional Centro-Oeste – Anamar Ferreira Arrais Silva, da diocese de Goiás (GO)
Regional Oeste 1 – Geronima Barbosa Marangoni, da arquidiocese de Campo Grande (MS)
Regional Oeste 2 – Sirlei Maria Cichelero, da diocese de Sinop (MT)
Regional Sul 1 – Maria Aparecida de Jesus Ventura, da arquidiocese de Aparecida (SP)
Regional Sul 2 – Maria Lúcia Pagliari Maciel, da diocese de Umuarama (PR)
Regional Sul 3 – Marlene Faleiro, da diocese de Santo Ângelo (RS)
Regional Sul 4 – Regiane Dutra Freire, da diocese de Caçador (SC)
Outros três catequistas brasileiros já receberam o ministério em celebração pelo Papa Francisco, em Roma. No ano de 2022, Regina de Sousa Silva e Wanderson Saavedra Correia, ambos da diocese de Luziânia (GO), e, mais recentemente, Maria Erivan Ferreira da Silva, da arquidiocese de Fortaleza (CE).
Reconhecimento dos ministérios laicais
De acordo com a assessora da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, Mariana Venâncio, em entrevista ao CNBB Podcast, a celebração deste sábado é fruto de um processo desenvolvido desde a publicação do Motu Próprio Antiquum Ministerium, em 2021.
No Motu Proprio que estabeleceu o ministério de catequista, o Papa Francisco delegou às Conferências Episcopais a responsabilidade de definir os critérios e o caminho formativo para a concessão desse ministério.
“O grupo de reflexão começou a pensar critérios e itinerários, que são a definição de quem pode ser instituído, quem ingressará para uma instituição futura e quais os itinerários formativos para ambos os grupos”, afirmou.
Junto com todo o trabalho de formação e preparação dos catequistas, Mariana comentou que o rito que será seguido neste sábado foi traduzido pela Comissão de Liturgia e confirmado pelo Vaticano em janeiro de 2023. A partir daí, foi considerada a relevância de se fazer um momento público para instituição dos catequistas.
“Nós discernimos que na Assembleia seria um momento importante para a instituição. Uma forma de afirmar a comunhão do episcopado com o Papa Francisco na valorização dos ministérios laicais e uma forma de mostrar como o episcopado brasileiro deposita nos catequistas uma grande esperança na formação de novos discípulos missionários e na continuidade das comunidades.”
Terceiro dia da 61ª Assembleia Geral é marcado por análises e discernimento das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
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No dia 12 de abril, o terceiro dia da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) transcorreu sob uma atmosfera de reflexão profunda e discernimento espiritual. Bispos de todo o país reuniram-se para abordar as realidades social e eclesial do Brasil, além de mergulharem na atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, utilizando o método da “Conversa no Espírito”.
Dom Evaristo Spengler, Bispo de Roraima presente na Missa
A jornada teve início às 7h, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, com a solene Missa de Abertura com Laudes, presidida por Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina (PR). A cerimônia foi um momento de recordação e homenagem aos bispos falecidos desde a última assembleia geral, em abril de 2023, e contou com a participação de Dom Airton José dos Santos, arcebispo de Mariana (MG), e Dom Tarcísio Nascentes dos Santos, bispo de Duque de Caxias (RJ).
Dom Vanthy Neto, Bispo de São Gabriel da Cachoeiras e Monsenhor Lucio Nicoletto, Bispo de São Felix de Araguaia, tambem presentes na 61ª Assembleia Geral da CNBB
A terceira sessão da CNBB teve início às 8h30, com uma profunda análise da Conjuntura Social do Brasil, conduzida pelo bispo de Carolina (MA) dom Francisco Lima, coordenador do grupo de Análise de Conjuntura da CNBB. Esse grupo está composto por especialistas das pontifícias universidades católicas do país, que fornecem uma visão crítica e informada sobre os desafios enfrentados pela sociedade brasileira.
Dom Francisco Lima, bispo de Carolina (MA) apresentando a Conjuntura Social do Brasil.
Logo após, às 10h30, teve lugar a quarta sessão, dedicada à Análise de Conjuntura Eclesial, apresentada por Dom Joel Amado Portela, bispo de Petrópolis (RJ) e membro do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi. Essa análise mergulhou nas questões internas da Igreja no Brasil, avaliando seu papel e suas respostas diante dos desafios contemporâneos.
Na tarde, tem como destaque na quinta sessão da Assembleia, o início da discussão sobre o tema central do evento: a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Sob a coordenação de Dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo de Santa Maria (RS), os bispos adotaram o processo de discernimento conhecido como “Conversa no Espírito”.
Esse método, já utilizado na etapa Continental do Sínodo sobre a Sinodalidade e na XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos em Roma, visa animar o discernimento comunitário através da orientação do Espírito Santo. É interessante resaltar que os bispos foram distribuídos em 45 mesas sinodais, cada uma organizada como uma pequena comunidade, facilitando a partilha e a reflexão conjunta.
Cada mesa contou com a presença de um bispo facilitador, responsável por conduzir a vivência da “Conversa no Espírito”, enquanto os assessores das Comissões Episcopais da CNBB atuaram como secretários, registrando dados e as decisões alcançadas. As rodadas de discussão, são sempre precedidas por momentos de oração e silêncio, buscando aprofundar e aprovar o caminho de atualização das diretrizes.
Este terceiro dia da 61ª Assembleia Geral da CNBB foi, assim, marcado por um profundo engajamento dos bispos brasileiros com as realidades do país, tanto sociais quanto eclesiais. Sob a orientação do Espírito Santo e utilizando a “Conversa no Espírito” como guia, eles empreenderam um processo de discernimento que visa fortalecer e orientar a missão evangelizadora da Igreja no Brasil.
Amanhã sábado 13 de abril, acontecerá a missa especial, onde serão instituídos catequistas de vários regionais do Brasil que será transmitida pelo canal youtube da CNBB. Em representação do Regional Norte1 será instituída a catequista Deolinda Melchior da Silva, indígena do povo Macuxi, da diocese de Roraima.
Iniciou nesta quarta-feira, 10 de abril,Com a celebração da Eucaristia, presidida por Dom Jaime Spengler, presidente da CNBB.
Com a celebração da Eucaristia no Santuário Nacional de Aparecida, presidida por Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), iniciou nesta quarta-feira, 10 de abril, a 61ª Assembleia Geral da CNBB, que até 19 de abril, reúne 442 dos 486 bispos do Brasil, dos quais 318 titulares e auxiliares e 168 eméritos.
Na homilia, Dom Jaime Spengler destacou a força do amor, denunciando os que sabem mover-se somente nas trevas, afirmando que “a luz permite ver o que por vezes não se quer ver”, com sinais disso na vida social e eclesial, fazendo um chamado a ver “as diversas situações que caracterizam o cotidiano da vida do nosso povo com a luz de Deus”. O presidente da CNBB convidou a evitar o pragmatismo e ser “porta-vozes de um Deus que ama a todos, que acolhe a todos”, tendo como instrumentos a proximidade, amor e escuta.
O arcebispo de Porto Alegre chamou a sair sem passar de largo, a tocar sem medo, lembrando que “a Campanha da Fraternidade deste ano convida a construir pontes, abater muros, acolher a diversidade, promover a cultura do encontro e do diálogo, educar para o perdão e a reconciliação, para o sentido de justiça, a rejeitar todo tipo de violência, a alimentar a coragem da paz”, aspectos relacionados com a sacralidade da vida. Igualmente destacou a necessidade de uma atenção particular aos jovens, “com suas potencialidades extraordinárias, criatividades, sonhos”, a fazer-se próximo.
Igualmente destacou a importância de um laicato consciente, que contribui nos processos de desenvolvimento humano, na consolidação da democracia, na superação das estruturas de miséria e pobreza, na constituição de comunidades de fé vivas, no cuidado da casa comum. Dom Jaime Spengler fez um chamado a centrar-se nas urgências e a levar a termo com paixão o que for delineado na comunhão. Para isso pediu a intercessão da Mãe Aparecida em vista de desenvolver “aquilo que o tempo presente requer de nós como homens do Evangelho”.
Na abertura dos trabalhos, com a presença do Secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, o nuncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, da presidência da CNBB, o reitor do Santuário Nacional, o prefeito de Aparecida e outras autoridades, dom Orlando Brandes, arcebispo local, fez um chamado a que a 61ª Assembleia Geral da CNBB seja uma experiência de fraternidade, de sinodalidade, de amizade social, de peregrinos. Uma assembleia que, como foi feito na primeira sessão da Assembleia Sinodal do Sínodo sobre a Sinodalidade, seguirá a metodologia da conversação espiritual. Nesse primeiro momento foi apresentado o relatório dos bispos falecidos, bispos transferidos, e foram apresentados os bispos nomeados desde a última assembleia, dentre eles Dom Zenildo Lima e Dom Hudson Ribeiro, bispos auxiliares de Manaus, Dom Vanthuy Neto, bispo de São Gabriel da Cachoeira, e Mons. Lúcio Nicoletto, bispo eleito de São Félix do Araguaia.
Na coletiva de imprensa, o presidente da CNBB lembrou aos presentes o tema central da 61ª Assembleia, que será a elaboração das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, um caminho que não será concluído na presente assembleia, dadas as novidades que o Sínodo sobre a Sinodalidade, que terá a segunda sessão da assembleia no próximo mês de outubro, deve trazer para a Igreja do Brasil e que em sintonia com aquilo que a Igreja no mundo está refletindo, serão incluídas nas Diretrizes Gerais que estão sendo elaboradas, prestando atenção à realidade social, económica, política do Brasil, e também eclesial, enfatizou o arcebispo de Porto Alegre.
O cardeal Pietro Parolin foi invitado pela CNBB para orientar o retiro dos bispos, que acontece na tarde do dia 10 e no dia 11 de abril e terá como tema o caminho sinodal. Segundo ele, o caminho sinodal deve estar presente em todos os cristãos, todos são chamados à missão, ao testemunho missionário. Na chegada ao Brasil, ele se encontrou com o presidente Lula, algo que faz parte das relações diplomáticas entre os países, tratando temas comuns entre o Vaticano e o Brasil, destacando o tema da paz, e junto com isso o acordo Santa Sé-Brasil, como implementar esse acordo, o tema da pobreza e da evangelização.
O Secretário de Estado Vaticano, disse estar impressionado pelo número de bispos no Brasil e seu empenho na evangelização, um desafio diante da crescente secularização na América Latina, com um número crescente de pessoas que vivem como se Deus não existisse. Frente a isso ressaltou o papel destacado da religiosidade popular, considerando a coerência entre fé e vida como grande questão, o que mostra a importância do testemunho como um dos grandes temas da evangelização. Igualmente, o cardeal destacou que a dimensão social é uma parte fundamental da evangelização, considerando a transformação social como algo de fundamental importância, aspectos que fizeram parte da pauta da reunião com o presidente Lula.
O dinamismo evangelizador é muito forte no Brasil, segundo dom Jaime Spengler, que ressaltou o grande engajamento, com comunidades constituídas de gente empenhada, dedicada, que pauta a ação do cotidiano pelo Evangelho. Isso em um contexto social que nos desafia, com situações de violência, desemprego, falta de atenção com a saúde, sobretudo dos mais frágeis, que demanda a atenção da Igreja, inspirada no princípio evangélico: “eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”.
O presidente da CNBB coloca como desafio da Igreja cuidar e promover a vida de todos e não só de alguns, insistindo em que a vida de fé acontece na comunidade. Em uma sociedade com mudanças culturais muito rápidas, ressaltou o desafio de propor o evangelho às novas gerações como desafio das diretrizes, dado a estrutura mental diferente nas novas gerações. Para isso se faz necessário que a Igreja se faça próxima e assim despertar nos jovens o desejo de compreender e participar da comunidade, sublinhou dom Jaime Spengler.
FONTE/CRÉDITOS: Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
O Papa recebeu nesta quarta-feira, 10 de abril, o líder Yanomami, Davi Kopenawa.
Bianca Fraccalvieri e Thulio Fonseca – Vatican News
Davi Kopenawa, líder e porta-voz do povo Yanomami do Brasil, amplamente reconhecido pelo seu incansável trabalho na defesa dos direitos indígenas e na preservação da Floresta Amazônica e do meio ambiente, encontrou-se com o Papa Francisco no Vaticano nesta manhã de quarta-feira, 10 de abril, pouco antes da Audiência Geral.
Nos últimos dias, o representante Yanomami percorreu diversas cidades italianas, empenhado em despertar a consciência para as realidades enfrentadas pelos povos indígenas e a urgente necessidade de preservação da natureza. Em entrevista à Rádio Vaticano / Vatican News, Kopenawa compartilhou sua experiência do encontro com o Pontífice e seu pedido de ajuda para os povos indígenas.
O Papa Francisco é um aliado dos povos indígenas
Davi conta com satisfação que o Papa o recebeu muito bem, e destaca: “Gostei muito quando ele abriu a porta para mim. Foi muito importante para o que eu queria. Eu tinha vontade de encontrá-lo, vontade de pegar na mão dele, como se fosse um amigo, amigo do povo indígena, do meu povo indígena yanomami-yakoana do Brasil. Foi muito ótimo.” Ao falar sobre sua passagem por Roma, o líder indígena afirma que veio para falar com o Papa sobre a situação do povo Yanomami, e acrescenta: “Pedi a ele que retirasse os garimpeiros ilegais das terras do meu povo este ano”.
O porta-voz dos Yanomamis também comentou sobre a realidade das crianças, das quais recentemente foram divulgadas fotos impressionantes, mostrando as mazelas da desnutrição e falta de condições básicas. Davi enfatiza que “as crianças yanomamis estão desnutridas por causa do garimpo, por causa das autoridades que deixaram entrar, invadir as terras yanomamis, e muitas doenças estão se espalhando por causa dessa realidade”.
Ao concluir, Kopenawa afirma que “o Papa é um aliado dos povos indígenas e muito comprometido com a preservação da floresta amazônica. Ele é um homem que valoriza o meio ambiente. Posso dizer que saí desse encontro com Francisco muito contente e animado”.
O líder Yanomami pediu ao Papa Francisco ajuda para combater o garimpo ilegal
A atuação da Igreja Católica
O missionário da Consolata, irmão Carlo Zacquini, falou também à mídia vaticana e comentou sobre a presença da Igreja no território Yanomami:
“Nós temos uma missão muito grande e estamos ali há bastante tempo. Temos uma atitude de grande respeito e aprendemos muito. Uma realidade importante é termos também o apreço pela cultura e pelas histórias desses povos, para serem levadas em consideração, e infelizmente, muitas vezes não são.”
“A sabedoria deles”, explicou o religioso, “pode ser um presente para a Igreja e para todos os povos, porque é feita de espontaneidade, confiança profunda, senso de comunidade e capacidade de superar dificuldades, as quais não faltam”. Ao denunciar a realidade do garimpo ilegal, irmão Carlos reforça, juntamente com Davi Kopenawa, a luta contra essa situação que fere os povos indígenas e a natureza:
“São atividades ilegais, algo absolutamente absurdo, que está destruindo a floresta, contaminando a água e causando problemas enormes, inclusive de ordem social no mesmo território. A violência aumentou desde a chegada desses grupos de pessoas, alguns dos quais são verdadeiros bandidos.”
O missionário, irmão Carlo Zacquini, durante o encontro com o Papa Francisco
FONTE/CRÉDITOS: Bianca Fraccalvieri e Thulio Fonseca – Vatican News
Fiéis foram convidados a rezar pelo bom andamento do encontro.
Nesta quarta-feira, 10 de abril, se da abertura solene da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Aparecida (SP),a maior conferência episcopal do mundo. O evento marca o inicio, com uma celebração eucarística presidida pelo arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, Dom Jaime Splenger, no Santuário Nacional.
Esta assembleia reúne representantes da Igreja Católica, incluindo cardeais, arcebispos, bispos diocesanos, auxiliares e coadjutores, bispos eméritos, administradores diocesanos e representantes de organismos e pastorais da Igreja. Dom Evaristo Spengler, bispo de Roraima também esta acompanhando esta assembleia em companhia do Monsenhor Lúcio Nicoletto.
É importante destacar a importancia de esta assembleia, atualmente a Igreja Católica no Brasil posui 279 circunscrições eclesiásticas, com um total de 486 bispos. Destes, 318 estão ativamente envolvidos no governo pastoral de igrejas particulares, enquanto os restantes 168 são bispos eméritos, que contribuem com sua sabedoria e experiência para a vida da Igreja.
O secretário-geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, convidou os fiéis a participarem de um Dia de Oração pelo bom andamento da assembleia. Num ano dedicado à oração pelo Jubileu 2025, Dom Ricardo enfatizou a importância de os fiéis e comunidades se unirem em prece, pedindo pela sabedoria dos bispos reunidos e pelo progresso da assembleia.
A programação da assembleia foi organizada em quatro sessões diárias, totalizando 27 ao longo das duas semanas do encontro. O primeiro dia incluiu a presença do Núncio Apóstolico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, bem como os membros da presidência da CNBB, entre outros dignitários eclesiásticos e religiosos.
Os temas em destaque durante a assembleia abordaram a realidade da Igreja no Brasil e a atualização de suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, juntamente com questões prioritárias como o Sínodo dos Bispos 2021-2024, o Jubileu 2025, relatórios da presidência e assuntos relacionados à juventude.
Além das sessões de trabalho, foram realizadas coletivas de imprensa pela manhã, proporcionando oportunidades para os membros da presidência da CNBB abordarem os temas em discussão. No primeiro dia, os assuntos em destaque foram detalhados e discutidos em uma coletiva especial.
O retiro espiritual dos bispos também teve início no primeiro dia da assembleia, com uma pregação proferida pelo secretário de Estado do Vaticano na época, cardeal Pietro Parolin, proporcionando um momento de reflexão e renovação espiritual para os líderes da Igreja.
No proximo sábado 13 de abril, em missa especial, serão instituídos catequistas de vários regionais do Brasil. Em representação do Regional Norte1 será instituída a catequista Deolinda Melchior da Silva, indígena do povo Macuxi, da diocese de Roraima.
Origens Madalena Gabriela de Canossa nasceu em Verona, no dia 1° de março de 1774, de família nobre e rica, terceira de seis irmãos. Com apenas cinco anos, ficou órfã de pai; dois anos depois, foi abandonada pela mãe, que recasou com o marquês Zenetti de Mântua. A educação de Madalena de Canossa e de seus quatro irmãos foi confiada, nos anos seguintes, a uma governanta francesa, bastante severa, que não compreendendo o caráter da menina, a tratava com excessiva dureza.
Doença Aos quinze anos, Madalena foi acometida por uma febre misteriosa, como também por uma dor isquiática violentíssima e uma grave forma de varíola. Essas doenças causaram-lhe asma crônica e uma dolorosa contração nos braços, que pioraram com o passar dos anos. Durante a convalescença, desabrochou nela a vocação religiosa e o desejo de entrar para o convento, porém não conseguia deixar o pensamento dos pobres e necessitados, que frequentavam o átrio do palácio paterno. Ela sustentava-os de muitas maneiras.
Discernimento vocacional Aos 17 anos, seu confessor, o carmelita Estêvão do Sagrado Coração, aconselhou-a a fazer um período de experiência no mosteiro de Santa Teresa, em Verona e, depois, naquele das Carmelitas Descalças, em Conegliano. Após alguns meses, ambas as experiências concluíram-se com sua volta a casa, por não ser idônea à vida claustral. Porém, a Priora do Convento de Verona escreveu-lhe: “Deus manifestou, com clareza, a sua não idoneidade para a vida de religiosa Descalça; porém, isso não queria dizer que a recusava como Esposa”. Então, a Priora propôs-lhe outro diretor espiritual, Padre Luís Ribera, que a exortou a prestar um serviço de caridade na sua família e no mundo. Em 1799, Madalena de Canossa recolheu da rua duas jovens abandonadas e as colocou, provisoriamente, em um apartamento no bairro mal afamado de São Zeno.
Santa Madalena de Canossa e a Ordem Terceira das Filhas da Caridade
As filhas da caridade Em 1804, hospedou, em seu palácio, Napoleão Bonaparte, de passagem por Verona. Napoleão teve a oportunidade de conhecer e admirar Madalena de Canossa e seu zelo apostólico; por isso, ofereceu-lhe um ex-Mosteiro das Agostinianas. Assim nasceu o primeiro Instituto das Filhas da Caridade, aprovado, em 1816, pelo Papa Pio VII. Ali, Madalena deu catecismo e assistência aos enfermos, mas, sobretudo, instituiu escolas para a educação e formação de moças. Muitas jovens foram atraídas pelo carisma de Madalena e das suas coirmãs.
Novos Institutos Com o passar do tempo, surgiram novos Institutos em Veneza, Milão, Bergamo e Trento. Na Congregação, era rejeitada toda forma de tristeza ou melancolia. A fundadora aconselhava, mais que um rigor excessivo, um sereno abandono a vontade de Deus. No Instituto de Bergamo, Madalena fundou o primeiro centro para professoras camponesas e, a seguir, a Ordem Terceira das Filhas da Caridade, aberto também às mulheres casadas ou viúvas, que se dedicavam, sobretudo, à formação das enfermeiras e professoras.
O Amor do Crucificado e as Filhas da Caridade
Campo de missão O Amor do Crucificado Ressuscitado arde no coração de Madalena de Canossa que, com as companheiras, torna-se testemunha do mesmo Amor em cinco âmbitos específicos: a escola de caridade para a promoção integral da pessoa; a catequese a todas as categorias, privilegiando os distantes; a assistência voltada principalmente aos enfermos dos hospitais; os seminários residenciais para formar jovens professoras de áreas rurais e preciosas colaboradoras dos párocos nas atividades pastorais; cursos de exercícios espirituais anuais para as damas da alta nobreza, com o objetivo de incentivá-las espiritualmente e envolvê-las nas várias áreas caritativas.
Um amor estendido Em seguida, esta atividade se estende a todas as categorias de pessoas. “Sobretudo, façam conhecer Jesus Cristo! A grande paixão do coração de Madalena, é a grande herança que as Filhas, e os Filhos da Caridade são chamados a viver, uma disponibilidade radical, ‘dispostos pelo divino serviço a ir a qualquer país, até mesmo o mais remoto’” (Madalena, Ep. II / I, p. 266).
Último suspiro Nos últimos anos da sua existência, Madalena de Canossa começou a ter frequentes crises de asma e fortes dores nas pernas e nos braços. Na rude cela do seu convento, não havia nem um genuflexório: para rezar – dizia – eram suficientes os degraus diante da janela. Em 10 de abril de 1835, pediu à suas coirmãs para segurá-la em pé, a fim de rezar as três Ave-Marias a Nossa Senhora das Dores, à qual tinha uma devoção toda especial. Na terceira Ave-Maria – narram –, elevou os braços ao céu e, com um grito de alegria e de mãos postas, reclinou a cabeça no ombro de uma coirmã. Madalena Gabriela de Canossa foi beatificada, em 1941, por Pio XII e, em 1988, canonizada por João Paulo II.
Devoção a Santa Madalena de Canossa
Oração Deus de amor e de bondade, que criastes o ser humano para a felicidade, ajudai-nos, pela intercessão de Santa Madalena de Canossa, a descobrir que a nossa alegria só e completa quando repartimos nosso tempo e nossos bens com aqueles os mais pobres. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Minha oração “Querida santa, a tua lembrança nos ensina a alegria da caridade. Não podemos viver na tristeza e no egoísmo próprios do nosso tempo, por isso, ajuda-nos a viver a caridade para com os mais necessitados ao nosso lado e a descobrir aí a face de Cristo crucificado. Amém!”
Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 10 de abril
Os santos Terêncio, Africano, Máximo, Pompeu, Alexandre, Teodoro e quarenta companheiros, mártires. († c. 250)
Santo Apolônio, presbítero e mártir em Alexandria, no Egipto. († data inc.)
São Paládio, bispo em Auxerre, cidade da Nêustria, na atual França. († 658)
São Beda o Jovem, monge em Gavello, na Venécia, no atual Vêneto, região da Itália.(† c. 883)
São Macário, peregrino, em Gand, na Flandres, atualmente na Bélgica. († 1012)
São Fulberto, bispo em Chartres, na França. († 1029)
Beato António Neyrot, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir em Túnis, no litoral da África Setentrional. († 1460)
Beato Marcos de Bolonha Fantúzzi, presbítero da Ordem dos Menores em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália. († 1479)
São Miguel dos Santos, presbítero da Ordem da Santíssima Trindade em Valladolid, na Espanha. († 1625)
Beato BonifácioZukowski, presbítero da Ordem dos Frades Menores Conventuais e mártir no campo de concentração de Dachau, próximo de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha. († 1942)