Evento ocorreu no sabado 15, e contou com a presença de Roberto Saraiva da coordenação nacional do Serviço Pastoral dos Migrantes.
No sábado, 15 de junho, foi realizada uma significativa formação dos Agentes de Pastoral dos Migrantes, evento que marcou o início das atividades da 39ª Semana do Migrante em Roraima. O encontro teve lugar na Casa da Caridade Papa Francisco e contou com a presença de Roberto Saraiva, coordenador Nacional do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), que chegou para participar da jornada formativa- cultural e da semana do migrante.
O evento começou às 8h30 com uma calorosa recepção, onde os participantes foram saudados com boas-vindas calorosas. Às 9h, a abertura celebrativa teve início com uma acolhida artística, leitura de um texto Bíblico e preces, criando um ambiente de reflexão e espiritualidade.
As palavras de abertura foram por Dom Evaristo Spengler, bispo da Diocese de Roraima, em companhia da a equipe de comunicação da CNBB e do Vicariato Apostólico del Caroní. Ele ressaltou a relevância da 39ª Semana do Migrante e as atividades programadas, destacando a importância de Roraima no contexto migratório atual, convidandos a todos participar.
O programa seguiu com a exposição do tema “Ética e Caminhos do Serviço Pastoral dos Migrantes”, incluindo discussões sobre a Semana do Migrante. Roberto Saraiva destacou a importância do tema, proporcionando uma reflexão profunda sobre os desafios e responsabilidades dos agentes pastorais no acolhimento e apoio aos migrantes, se organizaram equipos de trabalho para discutir sobre a ética e o serviço da pastoral.
A formação encerrou com informações gerais das atividades relacionadas à Semana do Migrante, oferecendo orientações e estratégias para as ações que ocorrerão durante a semana. A semana do migrante é organizada anualmente pela Articulação dos Serviços aos Migrantes da Diocese de Roraima conformado por diversas organizações que participam directamente com migrantes e refugiados. Este ano 2024 o lema é ”Alarga o espaço da tua tenda” e acontecerá desde 17 até 23, com diversas atividades: Rodas de conversa, missas, visita em diferentes pontos do estado, atividades interculturais e mais.
A formação dos Agentes de Pastoral dos Migrantes foi uma oportunidade única de encontro, reflexão, e troca de saberes e sabores, reforçando o compromisso da comunidade em acolher e apoiar os migrantes com ética e solidariedade.
Missionária Scalabriniana observa realidade migratória em Roraima e reforça carisma e missão da congregação
De 4 a 9 de junho, a Diocese de Roraima acolheu com grande alegria a Irmã Superiora Neusa de Fátima Mariano, da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas. Durante sua estadia, Irmã Neusa teve a oportunidade de conhecer de perto a situação da migração na fronteira, especialmente em sua visita ao município de Pacaraima. “É a primeira vez que estou neste estado para ter uma ideia da situação real da mobilidade humana, e tem sido uma experiência incrível observar a realidade difícil dos desafios que os migrantes enfrentam“, afirmou.
Além de Pacaraima, Irmã Neusa visitou diversas comunidades na capital, Boa Vista, e em alguns municípios do interior assim como a Santa Elena de Uairén cidade da Venezuela entre Brasil e Venezuela, conhecendo de perto a realidade local e o trabalho pastoral desenvolvido. Em sua passagem pela Rádio Monte Roraima, durante uma entrevista no programa Manhã Viva com Rejane Silva, ela compartilhou: “Esta visita é justamente uma visita muito fraterna. Estou nesse tempo visitando as nossas comunidades nas diferentes partes do Brasil e, ao mesmo tempo, acompanhando a missão das irmãs, na vivência do carisma scalabriniano e na animação da vida consagrada e missionária. Nos últimos tempos, a congregação tem feito uma opção mais forte de manter o foco na missão. Todas as nossas atividades e programas são voltados para o serviço evangélico e missionário aos migrantes e refugiados.”
A visita também proporcionou momentos emocionantes e culturais com as equipes da Pastoral dos Migrantes na Casa da Caridade Papa Francisco. A presença das irmãs scalabrinianas na Diocese de Roraima, integradas pela Irmã Joana da Silva, coordenadora GAPE da Missão Scalabriniana, Irmã Inês Facioli e Irmã Terezinha Santin, coordenadora regional, tem sido fundamental na missão da Pastoral dos Migrantes, com diversas ações e serviços na sede.
A Diocese de Roraima expressou sua felicidade e gratidão pela visita de Irmã Neusa, que fortaleceu os laços de solidariedade e apoio aos migrantes e reforçou o compromisso da congregação com sua missão evangélica e pastoral.
Encontro reúne 50 delegados para fortalecer líderes e iniciativas baseadas na fraternidade e na justiça
De 7 a 9 de junho de 2024, Maromba em Manaus sediou o Seminário Regional de Pastoral Social, com o tema “Amizade Social e Compromisso Sócio-Político Baseado na Fé para Construir uma Boa Vida para as Pessoas”. O evento reuniu 50 delegados de diversas localidades da Igreja no país, com o objetivo principal de “ajudar a formar líderes que atuam na pastoral social, organizações e igrejas locais de forma mais qualificada, fortalecendo-os e iniciativas de melhoria de vida baseadas na fraternidade e na amizade social”.
Irmão Danilo Bezella ressaltou a importância do seminário, afirmando que ele é “crucial para fortalecer nossa luta pela justiça, fraternidade e solidariedade na região”. Representando a Diocese de Roraima, um irmão marista destacou a necessidade de alcançar a população para se comprometer com essa formação sócio-política e sair às ruas “para ajudar as pessoas a viverem segundo Jesus de Nazaré, viverem realmente Jesus. Jesus, o Jesus que afirma a Palavra de Deus, a amizade, a fraternidade, a justiça e o amor, ao mesmo tempo que proclama tudo e condena os opressores”. Ele é um dos representantes da Região Norte 1 na 6ª Semana Social Brasileira, que se junta a outros participantes na cobertura deste “movimento nacional pela vida, pela terra, pelos telhados e pelas obras”.
Sr. Rosian Gomez, Coordenadora de Pastoral Social e Organização da Região Norte, destacou a importância dos momentos formativos para que os líderes sejam ativos na realidade regional. “Na nossa região, a Igreja trabalha com estes homens e mulheres que fazem parte destes pastorados, que os integram e são os que aumentam os alicerces”, sublinhou a freira.
Ao abordar os desafios pós-pandemia, Ir. Rosian Gomes enfatizou que “estamos agora a trabalhar para que este trabalho que foi feito quando os líderes anteriores eram mais ativos seja retomado”. Ela considera o seminário como “o renascimento desta atividade evangélica, desta atividade pastoral, que já não é utilizada” e convida todos a continuar este trabalho para levar esperança e alegria às comunidades.
O seminário concluiu com recomendações para pedagogos sociais e trabalho organizacional na região Norte 1. Nas eleições municipais de outubro, as igrejas locais e pastorados sociais se comprometeram a adotar uma agenda política para eleger pessoas que representem o sacerdócio, a diocese e a comunidade.
Além disso, foram promovidos contatos entre diversas comunidades e organizações pastorais em preparação para as celebrações do jubileu de 2025. Estas celebrações serão discutidas na Convenção Regional do Norte, marcada para 1 de setembro, visando realizar uma grande celebração do Jubileu da Esperança. O Cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus e Presidente da Região Norte, inspirou os pastores sociais a propor marcos que visem o Jubileu como uma esperança para pastores e organizações. Dom Leonardo agradeceu a participação de todos e reforçou algumas sugestões feitas durante o seminário.
Fonte Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
“A Amizade Social e o compromisso sociopolítico da fé na construção do bem viver dos povos”, foi o tema do Seminário Regional das Pastorais Sociais realizado na Maromba de Manaus de 07 a 09 de junho de 2024, com a participação de 50 representantes das igrejas locais do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Um seminário que tinha como objetivo principal, “contribuir na formação de lideranças para atuarem nas pastorais sociais, organismos e igrejas locais de forma mais qualificada, fortalecendo as mesmas, bem como as iniciativas no cuidado da vida a partir da fraternidade e amizade social”. O Seminário que o Ir. Danilo Bezerra considera “de fundamental importância para nos fortalecer enquanto Regional na luta pela justiça, pela fraternidade, pela solidariedade”.
O irmão Marista, que trabalha na diocese de Roraima, destacou a importância de ir para as bases para “trabalhar essa formação sociopolítica”, de ir às ruas, de “ajudar às pessoas a viver de fato o Jesus de Nazaré, a viver de fato o Jesus do Evangelho, aquele Jesus que testemunha a Palavra de Deus, testemunha a amizade, a fraternidade, a justiça e o amor, e ao mesmo tempo anuncia tudo isso e denuncia os opressores”.
O religioso, que foi um dos representantes do Regional Norte1 na 6ª Semana Social Brasileira, ajudou, junto aos outros participantes, a ecoar as reflexões desse “Mutirão Nacional pela Vida, por Terra, Teto e Trabalho. O Brasil que queremos: O Bem Viver dos Povos Rumo ao Projeto Popular”, sendo apresentado como as Pastorais Sociais no Regional têm se envolvido e os passos a serem dados daqui para frente, buscando algo concreto que chegue na base. Igualmente, foram colocadas sugestões para construção do Grito dos Excluídos, assim como compromissos a ser levados para as igrejas locais em vista de realizar escolas de Fé e Política e as eleições municipais de 2024.
A articuladora das Pastorais Sociais e Organismos no Regional Norte1, Ir. Rosiene Gomes, destacou que “as Pastorais Sociais integram a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”, considerando de suma importância esses momentos de formação, “para que as lideranças sejam atuantes de forma qualificada na nossa realidade”. A religiosa ressaltou que “em nosso Regional, a Igreja caminha com a disponibilidade desses homens e mulheres que fazem parte, que integram essas pastorais, e são multiplicadores na base”.
Falando sobre os desafios, cada vez maiores, a Ir. Rosiene Gomes disse que depois das dificuldades vividas durante a pandemia, “agora estamos tentando fazer com que haja um re-encantamento com esse trabalho que era feito antes, quando as lideranças eram mais ativas, mais comprometidas”, considerando o Seminário como uma forma de “reanimar essa ação evangelizadora, essa ação pastoral que foi ficando aos poucos fria”. Para isso, a religiosa fez um chamado a dar continuidade entre todos e todas a dar continuidade a esse trabalho, “continuar a levar esperança, alegria”, caminhar juntos como lideranças, em vista de uma Igreja com um rosto de alegria, de esperança para todos.
O Seminário foi concluído com o encaminhamento de propostas com relação ao trabalho das Pastorais Sociais e Organismos que fazem parte do Regional Norte1. Com relação às eleições municipais do mês de outubro, foi tirado como compromisso que cada igreja local e as Pastorais Sociais contribuam na reflexão nos grupos de base com relação à questão política, em vista de contribuir para eleger pessoas que possam representar aquilo que as pastorais, as dioceses e prelazias trabalham no cuidado e defesa da vida.
Igualmente foi incentivado o trabalho em rede das diversas pastorais e organismos, preparando a celebração do Jubileu 2025, algo que será abordado na Assembleia Regional Norte1 no mês de setembro, em vista da realização de uma grande celebração, tendo presente o Jubileu da Esperança. Nessa perspectiva, o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Steiner, motivou as Pastorais Sociais para trazer presente algum marco que ajude a ver o tempo do Jubileu como esperança a partir das pastorais e organismos do Regional. Dom Leonardo agradeceu muito a participação de todos, reforçando alguns encaminhamentos feitos durante o Seminário.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, perto de Chiavari, na província de Gênova, em 12 de abril de 1789. Entrou no seminário aos 19 anos e foi ordenado sacerdote quatro anos depois. Professor de letras e retórica, para receber o novo bispo, Lambruschini, organizou, em Gênova, uma peça intitulada “A reforma do seminário”, que teve um eco notável. Religioso, Bispo de Bobbio, fundou a Congregação das Filhas de Maria Santíssima do Horto e brilhou pelo empenho e exemplo brilhante de dedicação às necessidades dos pobres, à salvação das almas e na promoção da santidade do clero.
Fundador
De 1826 a 1838, foi pároco em Chiavari. Este período é marcado por uma série de inovações pastorais e pela criação de várias instituições, como o próprio seminário. Sob o inusitado nome de “Sociedade Econômica”, foi criada uma instituição cultural e assistencial confiada por Dom Gianelli “aos cuidados das Damas da Caridade” para a educação gratuita das meninas pobres: uma caridade que confia às Damas da Caridade. É o primeiro passo para as Filhas de Maria Santíssima do Horto.
Episcopado e dedicação ao clero
Em 1838, foi eleito bispo de Bobbio. Ajudado pelos lígures, ele reconstruiu sua congregação com o nome de Oblatos de Santo Afonso. Morreu em 7 de junho de 1846; dois anos antes, havia criado uma pequena congregação missionária para pregar ao povo e organizar o clero, sendo um grande atuante na formação da Igreja. Foi canonizado por Pio XII.
Papa João Paulo II, discurso aos Jovens de Gianelli
Homem inteligente e clarividente, culto e sensível às correntes ideológicas da época, sabia muito bem que a meditação pessoal das Verdades reveladas por Jesus pode criar convicções firmes que formam consciências e iluminam as mentes. A meditação, de fato, ajuda a manter vivo o contato com o Senhor, fortalece a vontade, traz à tona os defeitos que devem ser corrigidos, eleva o tom da vida, faz respirar uma atmosfera mais elevada e serena.
A minha oração
Pedimos ao nosso santo que ensine o caminho da meditação e que, através desta, possamos ser usados pelo Senhor no serviço pastoral, no trabalho cotidiano. Que o seu exemplo e virtude sejam sempre caminho de esperança e caridade para nós, por Cristo nosso Senhor. Amém!
Um coração ardente pela educação e fé, que hoje inspira a Família Marista
No dia 6 de junho, celebramos São Marcelino Champagnat, um santo que dedicou sua vida à educação e evangelização da juventude. Marcelino José Benedito Champagnat nasceu em 20 de maio de 1789, na aldeia de Marlhes, próxima a Lyon, França. Nono filho de uma família de camponeses pobres, mas profundamente religiosos, sua vida foi marcada por uma devoção fervorosa à Maria, a Mãe de Deus.
Desde cedo, Marcelino demonstrou um grande amor pela educação, mas também enfrentou enormes desafios. Após um trauma na escola, onde viu um colega ser castigado pelo professor, ele abandonou os estudos para ajudar seu pai na lavoura. Foi apenas aos quatorze anos, incentivado pelo pároco local, que Marcelino redescobriu sua vocação religiosa e ingressou no seminário de Verrièrres, superando muitas dificuldades devido à sua falta de escolaridade anterior.
Em 1816, aos vinte e sete anos, Marcelino foi ordenado sacerdote. Motivado por sua infância difícil e guiado pelo Espírito Santo, ele se dedicou a resolver os problemas enfrentados pelos jovens de sua época, especialmente a falta de educação religiosa e moral. Durante uma visita a um rapaz doente, Marcelino percebeu a gravidade da ignorância religiosa e decidiu agir. Assim, nasceu a Congregação dos Irmãos Maristas, uma ordem leiga dedicada à catequese e educação.
A obra de Marcelino cresceu rapidamente, e ele se desligou de suas atividades paroquiais para se dedicar inteiramente à missão marista. Ele estabeleceu que os membros da Congregação seriam irmãos leigos, focados na educação e catequese de crianças, jovens e adultos. Durante sua vida, Marcelino testemunhou o crescimento e a aceitação global da Família Marista, cuja educação é hoje referência em muitas partes do mundo.
São Marcelino Champagnat faleceu em 6 de junho de 1840, aos cinquenta e um anos. Sua canonização foi realizada pelo Papa João Paulo II em 1999, e ele é reverenciado como o “Santo da Escola” e um precursor dos modernos métodos pedagógicos que excluem o castigo.
Declaração de Ir. Ernesto Sánchez Barba, Superior Geral
Ir. Ernesto Sánchez Barba, Superior Geral da Congregação Marista, relembra a missão de São Marcelino com estas palavras:
“São Marcelino anunciou o Evangelho com o coração ardente. Foi sensível às necessidades espirituais e educacionais do seu tempo, sobretudo a ignorância religiosa e as situações de abandono vividas em particular pela juventude. (…) Peçamos ao Senhor a graça de termos um coração ardente como o de Marcelino Champagnat, para reconhecê-lo e sermos suas testemunhas”. Neste 6 de junho celebramos e rezamos em comunhão com todos os lugares que compõem a família marista global, especialmente com aqueles que sofrem situações difíceis. Coloquemo-nos nas mãos de Maria, nossa Boa Mãe, que nos inspira e nos acompanha diariamente em nossa vida e missão marista.
Celebração Eucarística em Boa Vista
Em honra a São Marcelino Champagnat, a congregação marista da Diocese de Roraima convida todos a participar da Celebração Eucarística no dia 5 de junho às 19:30, na Igreja Nossa Senhora de Nazaret, na Rua Altair Pereira de Melo 304, bairro Cidade Satélite de Boa Vista. Este será um momento de união e oração pela missão educacional e evangelizadora marista, inspirada pela vida e obra de São Marcelino.
Que sua dedicação e amor pela educação continuem a inspirar gerações e a promover um mundo mais justo e iluminado pela fé.
A catedral de Padova (Itália) acolheu no dia 1º de junho de 2024 a ordenação episcopal de dom Lúcio Nicoletto, bispo eleito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT). Missionário no Brasil desde 2005, o novo bispo foi missionário na diocese de Roraima desde 2016 até sua nomeação episcopal, no dia 13 de março de 2024, data em que Papa Francisco completou 11 anos de sua eleição para ocupar a cadeira de Pedro.
A celebração foi presidida pelo arcebispo de Cuiabá (MT), dom Mário Antônio da Silva, que foi bispo de Roraima enquanto dom Lúcio Nicoletto era missionário nessa diocese. Dentre os bispos do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, concelebraram o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, o bispo de Roraima, dom Evaristo Spengler, o bispo de São Gabriel da Cachoeira, dom Raimundo Vanthuy Neto e o bispo emérito de Parintins, dom Giuliano Frigenni. Também concelebrou o arcebispo de Porto Velho, dom Roque Paloschi, que já foi bispo da diocese de Roraima, e outros bispos brasileiros. Igualmente se fizeram presentes presbíteros da diocese de Roraima e da Prelazia de São Felix do Araguaia, assim como da Vida Religiosa e do laicato.
Na homilia, o arcebispo de Cuiabá destacou que “Jesus é modelo de um pastor, que não busca o próprio interesse, ao contrário, dona a própria vida a todos aqueles que aceitam a sua proposta”, destacando que ele é o verdadeiro pastor, que cura, ama e dá a vida pelas suas ovelhas, destacando a mútua dependência entre o pastor e as ovelhas. Dom Mário Antônio disse ao novo bispo que a missão principal de seu ofício apostólico é conduzir os fiéis à unidade da Igreja para a salvação, buscando criar no povo a consciência de criar uma sociedade justa e fraterna, “a justiça deve permear todas as relações sociais e interpessoais”, enfatizou o arcebispo de Cuiabá.
Os bispos do Brasil presentes na celebração entregaram ao novo bispo, à sua mãe e ao bispo da diocese de Padova, alguns presentes, feitos pelos indígenas, como expressão de sinodalidade, de comunhão, agradecendo, nas palavras do cardeal Steiner, por tanto que a Igreja do Brasil tem recebido da Igreja da Itália, e agradecendo ao novo bispo por ter aceitado a nova missão que a Igreja lhe confia como bispo da prelazia de São Félix do Araguaia, “para servir e amar aquela Igreja”, segundo disse dom Vanthuy, a um povo que “lhe espera como sinal de esperança de Jesus Cristo, do Reino”.
Em nome da Igreja de Roraima, seu bispo, dom Evaristo Spengler, disse que no coração daquela Igreja, “hoje só há gratidão, gratidão por você ser esse missionário que deixou sua terra, pronto para entregar-se de corpo e alma ao povo que encontrou”. O bispo destacou em dom Lúcio o fato de ter sido um homem de comunhão com a Igreja do Regional Norte1 e a Igreja da Amazônia, “que quer buscar cada vez mais ser uma Igreja presente junto ao povo sofredor, os povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, uma Igreja que mostra o rosto misericordioso de Deus”.
Dom Lúcio Nicoletto, no final da celebração, iniciou sua intervenção agradecendo a todas as pessoas que prepararam a ordenação, refletindo sobre o sentido da Eucaristia, no dia em que na Itália é celebrado Corpus Christi, e sobre a caridade. Ele lembrou suas palavras ao povo da prelazia de São Felix do Araguaia pouco depois de ser eleito bispo: “A graça da missão chegou à minha vida como um vento forte, um furacão que me mudou profundamente a partir do caminho da lógica da encarnação. E foi no encontro com a Amazônia, no caminho junto ao amado povo da Igreja de Roraima que aprendi que ‘A Igreja se faz carne e arma sua tenda na Amazônia’. Este armar a tenda manifestou-se como um irrenunciável anúncio central da boa nova: anunciar aos povos o Evangelho de Jesus Cristo e de seu Reino como fonte de sentido e de libertação”, destacando a importância da missão em sua vida, e agradecendo a sua família e a todos os que acompanharam sua vida de fé desde seu nascimento, em sua formação e missão, na Itália e no Brasil.
Evento destaca o papel dos leigos na Igreja e reúne representantes de todo o país.
Manaus recebeu a 42ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), que ocorre de 30 de maio até 2 de junho na Casa de Retiro Maria de Loreto. O evento reune cerca de 200 participantes, incluindo representantes das nove dioceses e prelazias do Regional Norte 1 – Amazonas e Roraima. Organizada pelo Conselho de Leigos do Regional e pelo CNLB, a Assembleia contou com a presença significativa do Conselho de Leigos de Roraima, conformada por: Lincoln Almeida, María Joselha Silva, Lúcia Alberto, Vanessa Xavier, Elisangela Dias, Maria Sueli, Eduardo Freitas, e Tarcília Vieira.
A programação iniciou no dia 30 com a celebração de abertura, seguida pela Solenidade de Corpus Christi. Francisco Meireles, presidente do Conselho de Leigos do Regional Norte 1, destacou que a temática central foi “Cristãos leigos e leigas, testemunhas do reino” com o lema “Não podemos nos calar sobre aquilo que vimos e ouvimos” (Atos 4,20). “Vamos concluir no domingo, na alegria, com uma missa amazônica para animar cada vez mais os nossos leigos e leigos de todo o Brasil”, afirmou Meireles.
Sônia Gomes de Oliveira, presidente do CNLB, ressaltou a importância de realizar a assembleia em Manaus. “É o local onde nós conseguimos perceber esse testemunho, o testemunho do reino, o testemunho de justiça, o testemunho de paz, o testemunho de igualdade. Então, para nós, é uma alegria muito grande estar aqui para viver, beber nessa fonte do testemunho”, disse Sônia.
O evento foi marcado por momentos de reflexão e análise da conjuntura social, política e eclesial do Brasil, iluminadas pela Palavra de Deus. Durante a Assembleia, foram firmados compromissos baseados em três grandes eixos: Integridade da Criação, Sociedade de Justiça e Paz e Igreja Sinodal. Esses compromissos abordaram desde a questão ambiental na Amazônia até a promoção da justiça social e a corresponsabilidade entre leigos, clero e vida religiosa consagrada.
O Arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1 – AM/RR, Cardeal Leonardo Steiner, enfatizou a importância do evento para a Igreja Católica. “Este momento possa ajudar a compreender a importância do leigo na igreja. Para a nossa arquidiocese e para o Norte 1, é muito importante porque nós queremos partilhar e receber as experiências dos outros regionais da CNBB. É uma organização que está cada vez mais tentando dinamizar a presença laical na igreja”, destacou Steiner.
Além das discussões e compromissos, a Assembleia faz parte de um itinerário de três anos para celebrar o Jubileu de Ouro do Conselho de Leigos no Brasil em 2025. As palavras-chaves escolhidas para nortear esse triênio são profecia (2023), testemunho (2024) e memória (2025), simbolizando a trajetória e a missão do laicato no país.
A Assembleia culmina no dia 2 de junho com uma missa amazônica, um momento de celebração e renovação do compromisso dos leigos e leigas com a Igreja e a sociedade. “A gente está nessa caminhada, organizando e vamos concluir no domingo, na alegria, com uma missa amazônica para animar cada vez mais os nossos leigos e leigos de todo o Brasil”, concluiu Francisco Meireles.
A rádio Monte Roraima 107,9 FM, fará às 10h da manhã, a transmissão ao vivo pelo youtube da Diocese de Roraima.
A Catedral de Pádua, na Itália, será o palco da ordenação episcopal do padre Lúcio Nicoletto, nomeado pelo Papa Francisco como bispo da prelazia de São Félix do Araguaia (MT). A cerimônia ocorrerá no dia 1º de junho de 2024.
A ordenação será transmitida ao vivo pelo youtube do Centro Missionário diocesano de Padova, com tradução simultânea pelo link> Acesse aqui
O bispo de Roraima, dom Evaristo Pascoal Spengler, faz o convite: “A nossa diocese de Roraima acompanha com orações, com alegria a ordenação que se aproxima de Padre Lúcio de Nicoletto, que trabalhou conosco, viveu aqui e é muito amado pelo nosso povo da diocese de Roraima. Dia 1º de junho será a sua ordenação episcopal que acontecerá em Pádua, na Itália, sua diocese de origem. Uma representação da nossa diocese estará com ele nesse dia em Pádua. Quem não está lá que acompanha a ordenação pelas redes sociais da nossa diocese e da Rádio Monte Roraima”, afirmou.
O arcebispo de Cuiabá (MT), Dom Mário Antônio da Silva, será o bispo ordenante. Dom Mário, que já foi bispo da diocese de Roraima, conhece bem o padre Lúcio, que trabalhou como missionário fidei donum da diocese de Pádua naquela região desde junho de 2016 até sua recente nomeação. A ordenação contará ainda com a participação de Dom Cláudio Cipolla, bispo de Pádua; Dom Adriano Ciocca, administrador apostólico de São Félix do Araguaia; e Dom Antônio Mattiazzo, bispo emérito de Pádua, como co-ordenantes.
O padre Lúcio Nicoletto iniciará sua missão como novo bispo da prelazia de São Félix do Araguaia no dia 30 de junho de 2024, às 8 horas da manhã. Seu lema episcopal será “Sine Charitate nihil sum” (Sem o Amor não sou nada) (1Cor. 13,2).
Inicia nesta quinta-feira, 30 de maio, a 42ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Nacional do Laicato, que será realizada em Manaus.
Um momento para “ajudar a compreender a importância do leigo na Igreja”, segundo o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), cardeal Leonardo Steiner.
O arcebispo da igreja local que acolhe a Assembleia destacou a importância do Documento 105 da CNBB: “Sal da Terra, Luz do Mundo: A Missão do Leigo na Igreja”, um documento longamente refletido, discutido, que até hoje ajuda muito na dinâmica da Igreja do Brasil. Falando sobre a Igreja do Amazonas, o presidente do Regional Norte1 disse que ela “se caracteriza por uma participação muito grande dos leigos, historicamente nós ficamos mais de um século sem a presença do presbítero, e os leigos assumiram a vida das comunidades, e isso ainda está muito presente hoje”.
Segundo dom Leonardo, “as nossas comunidades, elas são dirigidas por mulheres e homens, no interior, a dinâmica é dirigida pelos leigos e leigas, especialmente pelas mulheres, e é bonito ver o entusiasmo dos nossos leigos, nas assembleias diocesanas, nas assembleias do Regional, o interesse”, relatando a experiência da Assembleia Sinodal da Arquidiocese de Manaus, quando o maior pedido dos leigos foi a formação, “os leigos que estão interessados, os leigos que compreendem que eles são Igreja”, com uma consciência dos leigos de ser Igreja missionária, uma experiência que segundo o arcebispo de Manaus nasceu em Santarém, em 1972. Ele disse que “se a Igreja do Brasil tivesse a dinâmica que se impregnou aqui no Amazonas, nós teremos sempre uma participação muito grande dos leigos e leigas, aqui especialmente as mulheres”.
Em Manaus a 42ª Assembleia Geral do Laicato do Brasil
A 42ª Assembleia Geral do Laicato tem como tema “Cristãos Leigos e Leigas, Testemunhas do Reino”, e como lema “Não podemos nos calar sobre aquilo que vimos e ouvimos”, lembrou Francisco Meirelles, presidente do Conselho do Laicato no Regional Norte1. Ele destacou que a Igreja de Manaus está “acolhendo a cada irmã e irmão que está chegando de todo o Brasil para esse grande encontro nacional que vai acontecer em Manaus”. 180 participantes para vivenciar um momento de fraternidade, de partilha e também de discutir um pouco sobre o testemunho do cristão leigo e leiga, e também sobre nossa Querida Amazônia e o Sínodo sobre a Sinodalidade.
Aqueles que estão chegando para participar da assembleia “está com o coração ardendo, um pouco numa alegria, já vivendo essa experiência de chegar nessa terra acolhedora, de chegar nesse espaço e já sentir o clima do que é essa Igreja”, destacou a presidenta do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Sônia Gomes de Oliveira. A 42ª Assembleia acontece num itinerário de três anos de preparação dos 50 anos do laicato no Brasil, e nessa perspectiva, “nada melhor do que vir parar nestas terras para viver essa experiência de testemunho. É o local onde nós conseguimos perceber esse testemunho, testemunho do Reino, testemunho de justiça, um testemunho de paz, um testemunho de igualdade”, ressaltou Sônia Gomes.
Uma fonte de testemunho numa Igreja sinodal, que a presidenta do laicato do Brasil espera possa marcar àqueles que estão chegando para participar da assembleia e levar para outros lugares do Brasil. Por isso, nada melhor do que viver essa experiência da sinodalidade da Igreja de Manaus, segundo Sônia Gomes de Oliveira, que destacou a importância de viver essa experiência. Segundo a presidenta do laicato, “não é inventar muita coisa, é simplesmente recuperar a beleza daquilo que nós já temos nas nossas comunidades, na nossa Igreja”, insistindo no grande aporte do Documento 105 da CNBB na 42ª Assembleia Nacional do Laicato, pois “é recuperar esse sujeito eclesial, maduro na fé, que não só pertence à Igreja, mas ele é Igreja” fazendo um chamado ao laicato a “redescobrir este encantamento de ser Igreja”.
Em Manaus a 42ª Assembleia Geral do Laicato do Brasil
Segundo Sônia Gomes de Oliveira, “a nossa missão primeira é na sociedade, e estar na sociedade testemunhando Jesus Cristo é justamente viver essa experiência de romper com as polarizações e ser sinal do Reino. Muitas vezes a polarização, ela só acontece onde o Reino não está, a Palavra não chega, o Evangelho não chega, e nós queremos nos testemunhar a nós mesmos”. Frente a isso, fez um chamado a testemunhar o Reino, a justiça, a igualdade e o projeto de Jesus Cristo para romper com essa polarização, que definiu como o grande desafio do laicato, “entender o seu ser sujeito, de onde nós viemos, para onde nós queremos chegar, que é o Reino”.
No ano do testemunho, a presidenta do CNLB destacou a voz que oferece a Igreja de Manaus, que “formou o laicato para serem essas testemunhas e conseguem dar essa voz”, algo a ser disseminado para outras igrejas do Brasil, especialmente o testemunho de tantas mulheres que na Igreja de Manaus, “e conseguir encantar outras mulheres na Igreja do Brasil”. Igualmente destacou a importância da integridade da Criação, da ecologia integral, tema que será abordado na assembleia, que aborda situações presentes na vida de muitos participantes, que poderão conhecer as experiências de articulação e de união de forças presentes na Amazônia nesse sentido.
O cardeal Steiner destacou a importância do testemunho nos processos evangelizadores, e do encontro como momento para partilhar e receber experiências dos leigos como sujeitos na Igreja, afirmando que na Igreja do Amazonas, “nós temos uma rica experiência”, com leigos que se sentem responsáveis pelas comunidades e sua participação na vida da Igreja, com boa preparação para o exercício dos serviços que eles realizam. Com relação ao clericalismo, uma das temáticas da assembleia, o cardeal Steiner disse que “a dinâmica da Igreja na Amazônia não tem essa dinâmica”, insistindo na dinâmica profundamente sinodal das igrejas da Amazônia, com participação de todos nas discussões, fazendo um chamado a “estar cada vez atentos, para que todos nós nos sintamos Igreja”.
Em Manaus a 42ª Assembleia Geral do Laicato do Brasil