São Toríbio Romo rezava: “Não me deixe um único dia sem a Eucaristia”

Padre mexicano [1900 – 1928]

São Toríbio Romo González, intercessor
Popularmente é recorrido por pacientes com câncer, mulheres que querem engravidar e imigrantes.

Berço humilde
Nasceu em Santa Ana de Guadalupe (México), numa família humilde, onde trabalhava exclusivamente para comprar comida. Daí a razão de seus pais não o apoiarem quando Toríbio decidiu entrar no seminário: “perder” seus braços fortes, que eram úteis à manutenção da família.

Trabalho duro e solidariedade da irmã
Aos 12 anos, Toríbio entrou no Seminário Menor em San Juan de los Lagos. No entanto, no seminário também não tinha dinheiro para comprar livros. Sua sorte foi que, em casa, havia Maria, a irmã mais velha, que cuidava de sua vocação, trabalhando nos campos em seu lugar e reservando dinheiro para pagar seus estudos.

Ordenação e catequese infantil
Dez anos depois, foi ordenado sacerdote. Dedicou-se especialmente para a catequese. Nas diversas paróquias para onde foi enviado, em primeiro lugar, ele organizava a Ação Católica, ensinava o Catecismo às crianças, mas, acima de tudo, ajudava os pobres e apoiava os trabalhadores. 

Perseguição anticlerical
Em setembro de 1927, o governo mexicano lhe ordenou que se limitasse à sua residência e o desautorizou a rezar o rosário em público ou celebrar a missa. Em meio a esta perseguição anticlerical, revolta que foi chamada de “Cristeros”, foi designado a ser pároco de Tequila. Toríbio foi obrigado a tornar-se um “padre incógnito”, que batizava, pregava e celebrava clandestinamente para escapar à “caça ao padre,” que o general Calles estabelecera no México.

Homem eucarístico
Ele sempre difundia seu grande amor à Eucaristia, sua forte espiritualidade, e ficava longas horas em oração. Quando não estava circulando para administrar os sacramentos, para achá-lo era só ir à igreja e encontrá-lo diante do Santíssimo. “Não me deixe um único dia sem a Eucaristia”, era a sua oração diária. 

Três irmãos por uma missão
Em dezembro de 1927, o irmão Roman também foi ordenado sacerdote. O bispo o designou como pároco assistente de Padre Toríbio. Com eles também foi morar a irmã mais velha, Maria, que continuou a cuidar dos dois, e os ajudava no ensino do Catecismo. Estabeleceram seu “quartel general” em uma antiga fábrica de tequila, onde secretamente celebravam a Eucaristia. Ali, durante a primeira comunhão de um grupo de crianças, Padre Toríbio encontrou forças para dizer: “Jesus, você aceitaria meu sangue pela paz no México?”.

Escritos do santo
Tem-se conhecimento de alguns de seus escritos. Um deles revela o seguinte:

“Já tive, por dez vezes, que fugir, escondendo-me dos perseguidores. Algumas fugas duraram quinze dias, outras oito… em algumas, tive de ficar sepultado por até quatro longos dias em uma estreita e fedorenta cova; outras me fizeram passar oito dias no alto das montanhas sujeito a toda sorte de intempéries: sol, água e sereno. A tempestade que nos encharcou teve o gosto de ver outra que veio para não nos permitir secar, e assim passamos molhados os dez dias…”

Martírio
Às cinco da manhã do sábado, 25 de fevereiro de 1928, foi despertado por um grupo armado, liderado por um fazendeiro local, que invadiu o quarto em que dormia. Apontando para Padre Toríbio, disse para os outros homens: “Este é o padre”. Um soldado atirou nele. Padre Toríbio levantou-se da cama, deu alguns passos vacilantes até que uma segunda bala o levou a cair nos braços de sua irmã que, em lágrimas, gritou em voz alta: “Coragem, Padre Toríbio… Cristo misericordioso, receba-o! Viva Cristo, o Cristo Rei!”.

“Canonização popular”
Em uma maca improvisada, o corpo do mártir foi levado para a praça e exposto ao escárnio e às obscenidades de seus assassinos, mas os paroquianos foram capazes de recuperá-lo e dar-lhe uma digna sepultura no dia seguinte, com um funeral que mais parecia a “canonização popular” de padre Toríbio.

Sinais e milagres
Pouco tempo depois, começaram a acontecer milagres no local: a ele recorriam, especialmente, pacientes com câncer, mulheres que queriam filhos e imigrantes, regulares ou clandestinos, que atravessavam as fronteiras para rezar a ele. Pessoas famosas também chegavam ao seu túmulo, levados pelo que a mídia mexicana definiu como “toribiomania”. Ninguém pôde explicar a popularidade de que gozava aquele simples jovem sacerdote e a chuva de graças especiais, com milagres, que atraíam à sua pequena aldeia natal, até duzentos ônibus a cada final de semana.

Restos mortais e reconhecimento nos altares
Vinte anos depois de seu sacrifício por Cristo, os restos mortais do mártir Toríbio Romo regressaram a seu lugar de origem. Foram depositados na capela construída por ele em Jalostotitlán. São João Paulo II o beatificou no dia 22 de novembro de 1992, e o canonizou em 21 de maio de 2000.

A minha oração
Sabe-se que São Toríbio redigiu essa oração que a fazia frequentemente. Ouse rezar como ele:
“Senhor, perdoai-me se sou atrevido, mas lhe rogo que me concedas este favor: não me deixeis nem um único dia de minha vida sem vos abraçar na Comunhão Eucarística. Dai-me muita fome de Ti, uma sede de receber-te que me atormente por todo o dia enquanto não houver bebido dessa água que brota até a vida eterna, da rocha bendita de vosso corpo ferido. Meu bom Jesus, te rogo que me concedas morrer sem Missa nem um só dia”.

São Toríbio Romo González, rogai por nós!


Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 25 de fevereiro:

  1. São Nestor, bispo e mártir, na Turquia [† c. 250]
  2. São Cesário, médico, irmão de São Gregório de Nazianzo na Turquia [† 369]
  3. Santa Adeltrudes, virgem e abadessa na França [† 526]
  4. Santa Valburga, abadessa, na Alemanha [† 779]
  5. São Lourenço Bai Xiaoman, mártir, na região da China [† 1856]
  6. São Gerlando, bispo na região da Itália [† 1100]
  7. Santos mártires Luís Versíglia, bispo, e Calisto Caravário, presbítero da Sociedade Salesiana, na China [† 1930]
  8. Beato Roberto de Abrissel, presbítero, na França [† 1116]
  9. Beato Avertano, peregrino e religioso da Ordem dos Carmelitas na Itália [† c. 1386]
  10. Beato Sebastião Aparício, no México [† 1600]
  11. Beato Domingos Lentíni, presbítero, na região da Itália [† 1828]
  12. Beato Diogo Yuki Ryosetsu, presbítero da Companhia de Jesus e mártir no Japão [† 1636]
  13. Beata Maria Adeodata (Teresa) Pisáni, virgem da Ordem de São Bento, na ilha de Malta [† 1855]
  14. Beato Ciríaco Maria Sancha y Hervás, bispo na Espanha [† 1909]
  15. Beata Maria Ludovica (Antonina De Angelis), virgem da Congregação das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia, na Argentina [† 1962]

São Sérgio pagou com sua vida o combate à idolatria

Contexto eclesial dos santos
A Igreja Católica possui um documento oficial chamado Martirológio. E nele há uma relação oficial dos santos e beatos reconhecidos oficialmente. Por se tratar de um documento com informações dos primeiros séculos, em especial sobre essas, não existem tantos detalhes. Por exemplo, há vários santos com o nome “Sérgio”. Temos:

  • São Sérgio de Radonez [ilustrado na foto], reformador da vida monástica na Rússia [1300];
  • Papa Sérgio I [683 dC], que combateu a presença de dois antipapas em Roma, afirmando: “Prefiro morrer do que permanecer no erro”;
  • E São Sérgio – o mártir eremita do terceiro século, a quem o texto abaixo se refere e a Igreja faz memória em 24 e fevereiro.

Origens
São Sérgio era um monge eremita que viveu no deserto, na Cesareia de Capadócia. Quando soube que os cristãos da região estavam sendo perseguidos e convocados para, no templo pagão, prestarem culto ao deus júpiter, ele também foi se juntar aos seus irmãos de fé.

São Sérgio denunciador de falsos deuses

Combate à idolatria
Diante da imagem, os sacerdotes pagãos acusavam os cristãos e os condenavam, acreditando serem eles os culpados da omissão dos deuses diante das necessidades do povo. Encorajado, São Sérgio levantou-se para denunciar os falsos deuses e anunciar, pelo poder do Espírito Santo, o Evangelho. Conta-se que a sua presença fazia apagar o fogo dos sacrifícios.

Seu martírio
Sérgio foi decapitado imediatamente após levantar-se para denunciar os falsos deuses e anunciar o Deus verdadeiro. Seu corpo foi recolhido pelos cristãos e sepultado na casa de uma senhora piedosa. De lá foi transferido para a Espanha.

Devoção a São Sérgio

Oração do santo
“Deus eterno e todo-poderoso, que destes a São Sérgio a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na unidade do Espirito Santo. Amém.”

Minha oração
“Coragem! Senhor, é isso que eu preciso. Diante de tantas meias-verdades, e até mesmo diante de mentiras, dai-me a graça de me levantar com o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa fama. Amém.”

São Sérgio, rogai por nós!


Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 24 de fevereiro:

  • Santo Evécio, sofreu cruéis suplícios, por defender os fiéis de Deus, na Turquia [† 303]
  • São Modesto, bispo, na Bélgica [† c. 480]
  • Santo Etelberto, rei de Kent, na Inglaterra [† 616]
  • Beato Constâncio Sérvoli de Fabriano, presbítero da Ordem dos Pregadores, na Itália [† 1481]
  • Beato Marcos de Marcóni, religioso da Ordem dos Eremitas de São Jerónimo na Itália [† 1510]
  • Beata Josefa Naval Girbés, virgem, na Espanha [† 1510]
  • Beato Tomás Maria Fusco, presbítero, na Itália [† 1891]
  • Beata Ascensão do Coração de Jesus (Florentina Nicol Goñi), virgem, na Espanha [† 1940]

Avanços e Reflexões na 24ª Assembleia Diocesana: Rumo à Nova Coordenação CODE

Dom Zenildo Lima conduz discussões sobre o tema “Igreja na Amazônia” e Iniciação à Vida Cristã em Roraima

A 24ª Assembleia Diocesana, teve início nessa sexta-feira, 23, e será encerrada amanhã, dia 24, promete marcar um novo capítulo na história da Diocese de Roraima com a eleição da nova coordenação do CODE (Conselho Diocesano de Evangelização). O evento, realizado no Colegio Claretiano reuniu quase 300 pessoas entre religiosos, religiosas, líderes e membros das diferentes comunidades de Boa Vista e do interior do Estado de Roraima, foi palco de discussões significativas e momentos de reflexão profunda sobre o futuro da igreja na região. O padre Celso, na sexta feira, partilhou resultados das escutas nas comunidades, e com ajuda dos presentes fizeram as análises.

Abertura feita na sexta feira 23, pelo Dom Evaristo Spengler, Bispo de Roraima. Foto: Lucas Rosetti

Hoje 24, na abertura feita por Dom Evaristo Spengler oferecendo dados interessantes sobre a população do estado, assim como ressaltar a diferencial com a demandas cristã, da migração, dos indígenas e próprias da região. Um dos destaques foi a participação de Dom Zenildo Lima, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, que abordou o tema “Igreja na Amazônia” e o caminho da Iniciação à Vida Cristã neste contexto específico. Suas palavras ressoaram entre os presentes, trazendo reflexões valiosas para o desenvolvimento espiritual e pastoral na região resgatando o tema da Campanha da Fraternidade 2024 Fraternidade e Amizade.

Dom Zenildo Lima, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus. Foto: Libia López

‘’A questão é, esse processo de iniciação à vida cristã, de catequese, de formação dos batizados, acontece no espaço específico, que é a Igreja do Amazônia. Então o meu papel é tentar apresentar este chão, este cenário, para que a nossa perspectiva de formação, de iniciação à vida cristã, leve em conta essa territorialidade.’’ Destacou Dom Zenildo.

Momentos de reflexões. Foto: Libia López

Durante a tarde, antes das discussões nos grupos de trabalho, os participantes dedicaram um momento para refletir sobre a Iniciação à Vida Cristã com inspiração catecumenal, com a introdução e apresentação do projeto diocesano. Essa iniciativa promoveu uma atmosfera de partilha e introspecção, consolidando a importância da formação espiritual na comunidade. Dom Zenildo destaca: A catecuminato, é exatamente, o que se pensa é… Como o nosso processo de formação das pessoas que são batizadas, de fato, gerem pessoas comprometidas com o segmento de Jesus.’’

O dia foi marcado por intensos momentos de partilha e reflexão, onde as experiências individuais se entrelaçaram em uma expressão coletiva de fé e compromisso. Essa assembleia mais uma vez destacou a vitalidade e a significância da Diocese de Roraima, em um ambiente de profunda fraternidade e união, reafirmando sua posição como um farol de esperança e renovação na região amazônica.

Casa da Caridade Papa Francisco realizou atividade preparatória para a II COMIGRAR

Evento reúne representantes para discutir desafios e perspectivas de políticas públicas migratórias em Roraima

Hoje, dia 23 de fevereiro, a partir das 8:30h, a sede da Casa da Caridade Papa Francisco foi o palco de uma importante atividade voltada a políticas públicas. O evento organizado, pela Pastoral dos Migrantes em parceria com a Caritas Diocesana, teve início com uma Celebração Eucarística conduzida pelo Padre Juan Carlos, seguida por um momento de compartilhamento entre os participantes, amigos, agentes pastorais, colaboradores e parceiros.

A atividade teve como objetivo principal a preparação para a II Conferência Livre Nacional de Roraima: “Desafios e Perspectivas de Políticas Públicas Migratórias – Roraima a caminho da II COMIGRAR”, que está agendada para os dias 01 e 02 de março de 2024, na Universidade Federal de Roraima (UFRR), mais especificamente no Auditório do Cadecon.

Este encontro regional é parte integrante da II COMIGRAR, que visa mobilizar nacionalmente diversos atores sociais, políticos e institucionais interessados no tema das migrações. Durante a conferência, serão destacadas as principais demandas e contribuições da sociedade, apontando caminhos para que o Governo Federal possa efetivar os direitos da população migrante, refugiada, apátrida e brasileira retornada, tanto em território brasileiro quanto no exterior.

Orilene Marques, secretaria executiva da Caritas Diocesana e responsável da atividade, destaca a importância da sociedade civil neste COMIGRAR: ‘’Nessas conferências serão realizadas propostas para ser encaminhada. E a importância da sociedade civil também estar presente, junto com os migrantes, para se pensar nas propostas de políticas públicas para os migrantes, refugiados e a patridias.’’

Esta atividade na Casa da Caridade Papa Francisco, compõem a Etapa Preparatória para a II COMIGRAR. Elas têm o papel de disparar processos de articulação, mobilização e debate que serão fundamentais para a realização da conferência nacional. Além disso, as Conferências Livres têm o poder de enviar propostas e eleger delegadas/os que representarão Roraima na Conferência Nacional.

Este evento representa um passo significativo na busca por soluções e políticas públicas mais eficazes para lidar com as questões migratórias em Roraima e em todo o Brasil. A participação ativa da sociedade civil e de diversas instituições demonstra o compromisso coletivo em promover uma abordagem mais inclusiva e solidária em relação às pessoas em situação migratória.

São Policarpo, santo invocado como protetor dos ouvidos e das queimaduras

Origens Grande padre apóstolo
São Policarpo está entre os grandes padres apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.

Seguidor exemplar de Cristo
São Policarpo foi ordenado Bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de elevado saber, amor à Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente.

Escritos do próprio santo
A carta escrita por Policarpo aos Filipenses foi preservada. Nesta carta, ele diz: “Fique firme, e na sua conduta siga o exemplo do Senhor, firme e imutável em sua fé, ame seu irmão, amando a cada um e a todos, unidos na verdade e ajudando a cada um com a bondade do Senhor Jesus, não desprezando a nenhum homem”.

São Policarpo e a perseguição aos cristãos

Reação de impacto
Com a perseguição aos cristãos, o santo bispo de 86 anos escondeu-se até ser preso e levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo. Policarpo, porém, proferiu estas palavras: “Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo, e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar Aquele a quem prestei culto e reconheço como meu Salvador?”.

Páscoa
Condenado à morte no estádio da cidade de Esmirna, na província da Ásia, na atual Turquia, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: “Sede bendito para sempre, ó Senhor. Que o Vosso Nome adorável seja glorificado por todos os séculos”. Milagrosamente, as chamas não o machucavam, e ele continuava a cantar. Impressionados, os guardas chamaram um arqueiro para que ele perfurasse o santo com uma flecha. Ao ser atingido, seu sangue apagou as chamas. Os guardas tentaram de novo acender a pira, mas sem sucesso. O encarregado do martírio, furioso, ordenou que Policarpo fosse decapitado.

São Policarpo: muitos frutos

Curiosidade sobre o nome
São Policarpo viveu o seu nome: poli = muitos; carpo = fruto | muitos frutos, que foram regados com suor, lágrimas e, no seu martírio, no ano de 155, regado também com sangue.

Segundo a tradição
Por tratar-se de um santo do segundo século, as informações sobre ele nem sempre são precisas, e neste caso, segue-se a tradição. Acredita-se que Policarpo foi um dos primeiros organizadores do que hoje para nós é o Novo Testamento.

Minha oração
“Ó amor e zelo por Cristo e pela Igreja, como sóis lindo! Senhor, nosso Cristo, lhe pedimos, por intercessão de São Policarpo, amor e zelo pela nossa Igreja, a ponto de abrimos mão de nossa vida pela causa do Evangelho. Dai-nos essa graça, Senhor. Amém.”

São Policarpo, rogai por nós!

Cátedra de São Pedro: de onde o Papa governa a Igreja

Festa para uma cadeira?
É muito mais do que um assento, uma cadeira ou parte de um objeto litúrgico do presbitério: é o reconhecimento de que a história da Igreja Católica, que passa de geração em geração, inicia-se na missão que Jesus deixa para Pedro, ao entregar a ele a autoridade sobre o seu povo.

Significado espiritual
A tradição da Igreja atribui um forte significado espiritual à Cátedra. Ela marca a sede fixa do bispo, localizada na Igreja mãe de uma diocese que, por esse motivo, é chamada “catedral”. Denota a autoridade do bispo. Traduz o ensinamento evangélico que o bispo, enquanto sucessor dos apóstolos, é chamado a transmitir à comunidade cristã.

Origem e sentido
A festa é uma antiga tradição do final do século IV. É uma oportunidade de dar graças a Deus pela missão confiada ao apóstolo Pedro e aos seus sucessores. A “Cátedra” de São Pedro é a representação do escolhido por Cristo como “rocha” sobre a qual a Igreja foi edificada (cf. Mateus 6, 18).

As Propriedades da Cátedra de São Pedro

A Grandeza da Cátedra
A Cátedra é um grande trono de bronze, sustentado pelas estátuas de quatro doutores da Igreja. Dois do Ocidente, Santo Agostinho e Santo Ambrósio, e dois do oriente, São João Crisóstomo e Santo Atanásio. A obra, do escultor italiano Gian Lorenzo Bernini, está localizada na Basílica de São Pedro.

São Pedro
Pedro começou seu ministério em Jerusalém, depois da ascensão do Senhor e de Pentecostes. A primeira “sede” da Igreja foi o Cenáculo, em Jerusalém. É provável que, naquela sala, se reservasse um posto especial a Simão Pedro. Em seguida, a sede de Pedro foi Antioquia, na Síria, hoje Turquia. Era a terceira cidade do Império Romano, depois de Roma e de Alexandria do Egito. Naquela cidade, Pedro foi o primeiro bispo da Igreja.

Pedro em Roma
O caminho de Pedro percorre Jerusalém (Igreja nascente), passa por Antioquia (primeiro centro da Igreja, que agrupava pagãos) e, posteriormente, Pedro dirige-se à Roma, centro do Império, onde concluiu, com o martírio, seu serviço de difusão do Evangelho.

A Cátedra de São Pedro e Roma

Roma e os Papas
Por esse motivo, a sede de Roma, que havia recebido a maior honra, recebeu também a tarefa confiada por Cristo a Pedro: estar a serviço de todas as Igrejas particulares para a edificação e a unidade de todo o Povo de Deus. A sede de Roma, depois das migrações de São Pedro, foi reconhecida como a do sucessor de Pedro, e a “cátedra” de seu bispo representou a do apóstolo encarregado por Cristo de apascentar todo seu rebanho. A cátedra do bispo de Roma representa, portanto, não só seu serviço à comunidade romana, mas também a sua missão de guia de todo o Povo de Deus.

Minha oração
“Senhor Jesus, mais uma vez na história, existem levantes, fora e até dentro da Igreja, que ousam desrespeitar e não reconhecer o Sumo Pontífice, que se assenta na Cátedra Papal, como quem tem a autoridade sobre o povo de Deus. Senhor, tende misericórdia da humanidade e devolve a paz na Igreja de Cristo. Amém.”

São Pedro, rogai por nós!

São Pedro Damião, o corajoso bispo e doutor da Igreja

Origens
São Pedro Damião nasceu em Ravena, na Itália, onde ficou órfão de pai e mãe desde criança. Viveu com seu irmão que, mesmo severo, o ajudou em sua criação. 

Chamado à vida religiosa
Oração e penitência sempre acompanharam Pedro Damião. Assim discerniu sua vocação à vida religiosa e, com 21 anos, ingressou na Ordem dos Camaldulenses, no mosteiro de Fonte Avellana, na Úmbria, onde religiosos austeros viviam como eremitas.

Chamado a um novo ardor
Ao ter clareza das regras da Ordem e de como seus confrades viviam, Pedro Damião percebeu que era preciso uma renovação, um chamado mais radical e fiel às inspirações iniciais do seu mosteiro. Essa renovação precisava começar por ele. Ao se abrir à ação do Espírito Santo e ser obediente às regras, outros irmãos foram atraídos pelo novo ardor de Pedro Damião e ajudaram-no na difícil tarefa de reformar e fundar outros mosteiros. Dessa forma, contribuíram com o crescimento da Ordem dos Camaldulenses.

São Pedro Damião: Conselheiro Papal

Capacidade de exortação
Muito inteligente e zeloso pela santidade, São Pedro Damião foi convidado pelo Papa Estêvão IX, em 1057, a se tornar cardeal. Depois de muito relutar, aceitou mais esse chamado de Deus. Assim como ele havia ajudado sua Ordem a se manter fiel, seu chamado agora era alargado para o coração da Igreja. Enérgico como sempre, ele escreveu livros e cartas para os papas e cardeais, exortando-os a permanecerem fiéis à sã doutrina e buscarem a santidade com afinco.

Veneração
São Pedro Damião foi canonizado e feito Doutor da Igreja pelo Papa Leão XII em 1828. Seu corpo já mudou de lugar seis vezes e, desde 1898, está numa capela dedicada a ele na Catedral de Faenza.

Camaldulenses no Brasil
A Ordem Religiosa, que existe há mais de 1 milênio, está presente na Itália, Índia, Tanzânia e também no Brasil. A convite do bispo diocesano de Mogi das Cruzes (SP), os Camaldulenses chegam no Brasil em 1985. Nesta diocese, vivem no Mosteiro da Transfiguração.

Minha oração
“Meu Deus, peço que eu tenha o mesmo ardor que São Pedro Damião teve. Quero ser fiel e santo como ele foi, a ponto de contagiar os que estão ao meu lado. Quero permanecer fiel aos ensinamentos da Igreja e orientar com sabedoria e amor os meus irmãos que estão no erro. Dá-me um espírito ardoroso, assim como foi dado a São Damião, para que eu viva e morra em santidade. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém!”

São Pedro Damião, rogai por nós!


Outros santos e santas celebrados em 21 de fevereiro:

  • Santo Eustácio, bispo de Antioquia [† 338]
  • São Germano, abade que, ao propor diálogos com os vizinhos do mosteiro, foi assassinado com uma lança [† 667]
  • Beato Tomás Pormort, presbítero e mártir em Londres, na Inglaterra, torturado por causa do seu sacerdócio [† 1592]
  • São Roberto Southwell, presbítero da Companhia de Jesus e mártir em Londres [† 1595]
  • São Baltasar UchiboriAntónio Uchibori e Inácio Uchibori, mártires no Japão [† 1627]
  • Beato Natal Pinot, presbítero, preso, vestido dos paramentos sagrados por zombaria e martirizado. [† 1794]
  • Beata Maria Henriqueta (Ana Catarina Domínici), das Irmãs de Santa Ana e da Providência, que dirigiu e engrandeceu sabiamente o Instituto durante trinta anos, em Turim, no Piemonte, região da Itália [† 1894]

Fontes:

  • camaldolenses.com.br
  • Parrocchia San Pier Damiani – Itália
  • Martirológio Romano
  • Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]
  • Livro “Il superfluo – Pietro Damiani” [versão italiana, 1972]

São Pedro Damião, o corajoso bispo e doutor da Igreja

Origens
São Pedro Damião nasceu em Ravena, na Itália, onde ficou órfão de pai e mãe desde criança. Viveu com seu irmão que, mesmo severo, o ajudou em sua criação. 

Chamado à vida religiosa
Oração e penitência sempre acompanharam Pedro Damião. Assim discerniu sua vocação à vida religiosa e, com 21 anos, ingressou na Ordem dos Camaldulenses, no mosteiro de Fonte Avellana, na Úmbria, onde religiosos austeros viviam como eremitas.

Chamado a um novo ardor
Ao ter clareza das regras da Ordem e de como seus confrades viviam, Pedro Damião percebeu que era preciso uma renovação, um chamado mais radical e fiel às inspirações iniciais do seu mosteiro. Essa renovação precisava começar por ele. Ao se abrir à ação do Espírito Santo e ser obediente às regras, outros irmãos foram atraídos pelo novo ardor de Pedro Damião e ajudaram-no na difícil tarefa de reformar e fundar outros mosteiros. Dessa forma, contribuíram com o crescimento da Ordem dos Camaldulenses.

São Pedro Damião: Conselheiro Papal

Capacidade de exortação
Muito inteligente e zeloso pela santidade, São Pedro Damião foi convidado pelo Papa Estêvão IX, em 1057, a se tornar cardeal. Depois de muito relutar, aceitou mais esse chamado de Deus. Assim como ele havia ajudado sua Ordem a se manter fiel, seu chamado agora era alargado para o coração da Igreja. Enérgico como sempre, ele escreveu livros e cartas para os papas e cardeais, exortando-os a permanecerem fiéis à sã doutrina e buscarem a santidade com afinco.

Veneração
São Pedro Damião foi canonizado e feito Doutor da Igreja pelo Papa Leão XII em 1828. Seu corpo já mudou de lugar seis vezes e, desde 1898, está numa capela dedicada a ele na Catedral de Faenza.

Camaldulenses no Brasil
A Ordem Religiosa, que existe há mais de 1 milênio, está presente na Itália, Índia, Tanzânia e também no Brasil. A convite do bispo diocesano de Mogi das Cruzes (SP), os Camaldulenses chegam no Brasil em 1985. Nesta diocese, vivem no Mosteiro da Transfiguração.

Minha oração
“Meu Deus, peço que eu tenha o mesmo ardor que São Pedro Damião teve. Quero ser fiel e santo como ele foi, a ponto de contagiar os que estão ao meu lado. Quero permanecer fiel aos ensinamentos da Igreja e orientar com sabedoria e amor os meus irmãos que estão no erro. Dá-me um espírito ardoroso, assim como foi dado a São Damião, para que eu viva e morra em santidade. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém!”

São Pedro Damião, rogai por nós!

Francisco e Jacinta Marto: os santos pastorinhos

Origens
Eles são os irmãos Marto: Francisco, nascido dia 11 de junho de 1908; e Jacinta, nascida em 5 de março de 1910. São naturais de Aljustrel, Fátima (Portugal), eles são os mais novos dos sete filhos de Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus.

Simplicidade e trabalho
Francisco, com 8 anos, e Jacinta, com 6, já pastoreavam o rebanho de ovelhas da família, juntamente com Lúcia, sua prima.

Batismo súbito
As duas crianças eram de família simples, porém, muito piedosa e atuante na fé católica. Prova disso é que ambos foram batizados com menos de 2 semanas após o nascimento, o que mostrava o quanto a família valorizava a tradição cristã.

Francisco e Jacinta Marto e as Aparições da Santíssima Virgem Maria

Aparições
Em 1916, quando Francisco e Jacinta tinham 8 e 6 anos, respectivamente, viram três vezes um anjo. Em 1917, viram seis vezes a Santíssima Virgem, que os exortava a rezar e a fazer penitência pela remissão dos pecados da humanidade. Tal atitude seria pela conversão dos pecadores e em busca da paz para o mundo. 

Reação das crianças
Ambos responderam, imediatamente, com todas as suas forças às exortações da Virgem Maria. Inflamados cada vez mais pelo amor a Deus e às almas, tinham uma só aspiração: rezar e sofrer, de acordo com os pedidos do anjo e da Virgem Maria. 

13 de maio
Na aparição de 13 de maio, após o convite de Nossa Senhora que pergunta: “Quereis oferecer-vos a Deus?”. Com sua prima Lúcia, responderam: “Sim, queremos”. A partir daí a vida deles muda por completo, numa entrega total a Deus e aos seus desígnios. Tomados por amor a Deus, viveram sofrimentos oferecidos até a morte pela salvação das almas.

O Modo de Ser

O perfil da Jacinta
Destaca-se no cuidado atento e carinhoso. Era expansiva. O seu amor sempre incansável pelos pecadores, cuja motivação era oferecer-se com sacrifícios para os converter, pelo santo padre e em reparação dos pecados cometidos contra do Imaculado Coração de Maria. Sua vida foi marcada pela compaixão pelos que sofrem.

O perfil do Francisco
Destaca-se na passividade, serenidade e por ser um consolador de Deus. Sempre buscou a contemplação e a adoração. Vivia momentos de silêncio para estar a sós com Deus, seja na natureza ou na Paróquia junto do sacrário para rezar a “Jesus escondido”, como ele dizia. A sua vida de oração é alimentada pela escuta atenta, no silêncio onde Deus fala.

Páscoa
Em 1918, Jacinta, juntamente com o seu irmão, adoece sendo vítima da gripe espanhola. Em janeiro de 1920 é levada para Lisboa, para ser tratada no Hospital D. Estefânia. Na noite do dia 20 de fevereiro, às 22h30, sozinha ela morre. É sepultada em 24 de fevereiro, no cemitério de Ourém. 

Seu irmão confessou-se no dia 2 de abril e, no dia 3, recebe o viático, morrendo no dia 4 de abril. Os restos mortais dos irmãos são trasladados para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima.

Processo de Canonização

Beatificados por São João Paulo II
O Papa São João Paulo II deslocou-se à Fátima, no dia 13 de maio de 2000, para os beatificar. Apenas 17 anos depois, o Papa Francisco deslocou-se à Fátima, também em 13 de maio, no centenário das aparições, e canonizou as duas primeiras crianças não mártires.

Milagres
Apesar das diversas conversões vinculadas às aparições, somadas aos fatos extraordinários e místicos, os irmãos passaram pelo crivo da Igreja para serem canonizados. O milagre, que resultou no prêmio de ter o nome inscrito no livro dos santos, ocorreu no Brasil, no dia 3 de março de 2013. Lucas, de 5 anos, caiu de uma janela de mais de 6 metros de altura, bateu com a cabeça no chão e fez um traumatismo craniano muito grave, com perda de tecido cerebral.  Foi enviado para a UTI e, pela intercessão dos beatos Francisco e Jacinta Marto, ele foi curado.

Minha oração
“Oh Senhor, mesmo sendo crianças, os irmãos Marto aprenderam a santidade de modo exemplar. Eles souberam descobrir a tua grandeza em tão pouco tempo e se entregaram totalmente a Ti. Ensina-nos também a viver essa entrega de corpo e alma para que, juntamente com eles, os anjos e a Virgem Maria, possamos cantar vossos louvores, por Cristo Senhor nosso. Amém.”

Santos Francisco e Jacinta Marto, rogai por nós!

ENCONTRO NA DIOCESE DE RORAIMA: DIÁLOGO SOBRE PROJETO DE INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

Coordenação Diocesana de Catequese recebe Dom Leomar Antônio Brustolin para aprofundar diálogos

A Coordenação Diocesana de Catequese e Equipe de Iniciação à Vida Cristã da Diocese de Roraima promoveu um encontro especial no dia 17 de fevereiro de 2024, às 08:00, na Prelazia, reunindo coordenadores de catequese e outros serviços pastorais das áreas, paróquias e missões indígenas locais. O encontro teve a presença de Dom Evaristo Spengler, Bispo de Roraima e como destaque a presença de Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo de Santa Maria (RS), em uma roda de conversa sobre a implantação do Projeto de Iniciação à Vida Cristã na diocese e a animação Biblico-Catequética.

Dom Leomar Antônio Brustolin foi eleito em 2023 como presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), trazendo consigo uma vasta experiência e conhecimento no campo da catequese e educação religiosa.

Dom Leomar Antônio Brustolin, destaca-se por seus estudos acadêmicos, graduando-se em Filosofia pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Com mestrado em Teologia Sistemática pela Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte (MG) e doutorado pela Pontifícia Università San Tommaso de Roma – Angelicum, Itália, sua trajetória acadêmica o qualificou como um renomado teólogo.

Além de seu trabalho acadêmico, Dom Leomar  exerceu o sacerdócio e foi professor na PUCRS, coordenando o Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Teologia. Atuou também como bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, antes de assumir o cargo de Arcebispo Metropolitano de Santa Maria em 2021.


Foto: Dom Leomar Antônio Brustolin

”Nós temos tantos desafios. Vejam, por exemplo, como transmitir a fé às próximas gerações. Acho que não tem pessoa que não se pergunte. Revitalizar a igreja de Deus aqui em Roraima, em todo o Brasil, numa sintonia com a CNBB e com as decisões que os bispos do Brasil têm tomado para formar cada vez mais um caminho.” Afirmou Dom Leomar.

O encontro na Diocese de Roraima foi uma oportunidade para discutir os desafios e oportunidades na implementação do Projeto de Iniciação à Vida Cristã, bem como para receber orientações e insights valiosos de Dom Leomar Antônio Brustolin e sua vasta experiência na área: ”Despertar o senso de pertença e comunhão à igreja, e especialmente o que é o disciplado missionário, que é o disciplado que é a missão. Nesse contexto, também trabalhar uma pastoral que seja mais de conversão do que de manutenção.

A Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética da CNBB tem como missão promover e orientar a caminhada Bíblico-Catequética da Igreja no Brasil, buscando novos caminhos para a vida catequética em tempos de mudança cultural.

Este encontro representa um marco importante na jornada espiritual da Diocese de Roraima, mostrando seu compromisso com a educação religiosa e a formação espiritual de seus fiéis, seguindo os princípios e diretrizes estabelecidos pela CNBB e liderados por figuras inspiradoras como Dom Leomar Antônio Brustolin.

 FONTE/CRÉDITOS: Libia López