Hoje celebramos Quarenta Anos de Sacerdócio de Dom Evaristo Spengler, Bispo da Diocese de Roraima

Uma Jornada de Fé e Compromisso com os Direitos Humanos.

Neste 19 de maio de 2024, Dom Evaristo Spengler, atual Bispo da Diocese de Roraima, celebra 40 anos de sacerdócio. Este marco é um testemunho de sua dedicação inabalável à fé, ao serviço pastoral e à defesa dos direitos humanos. Ao longo de quatro décadas, Dom Evaristo tem sido uma voz corajosa e compassiva em favor dos mas necessitados e um guía comprometido com a justiça social e a dignidade humana.

A Jornada de Dom Evaristo Spengler

Dom Evaristo Spengler nasceu em 10 de outubro de 1959, em Gaspar, Santa Catarina. Sua vocação religiosa floresceu desde jovem, levando-o a ingressar no seminário e a ser ordenado sacerdote em 8 de dezembro de 1984. ”Crecí numa família católica religiosa, meus pais eram frequentadores da igreja, toda a família, nós nunca faltávamos a missa, nenhum domingo, a família inteira, pai e a mãe, isso era sagrado. E também todos os dias não deixavamos de rezar em família, todas as noites,a minha mãe dizia agora, é hora de desligar televisão e rezar, todos os dias se ajoelhava em casa e a rezávamos juntos.” Lembra Dom Evaristo de seus inicios cristãos.

Desde então, sua trajetória tem sido marcada por um profundo compromisso com a missão pastoral e a defesa dos direitos dos pobres e oprimidos.

Primeiros Anos e Compromisso com a Missão

Nos primeiros anos de seu sacerdócio, Dom Evaristo se destacou pelo trabalho com comunidades carentes, especialmente nas periferias urbanas e nas zonas rurais. Seu ministério sempre esteve pautado na proximidade com o povo, na escuta atenta das necessidades dos fiéis e na promoção da dignidade humana.

Dom Evaristo relata uma das maiores alegrias em seus 4 décadas de sacerdocio: ”São muitas alegrias. E de modo especial, a gente se alegra quando tem doação ao próximo. Talvez nesse sentido, os momentos mais felizes a minha vida e mais difíceis, foi o tempo que eu fui em missionário por dez anos em Angola. Eu cheguei lá ainda no tempo da guerra civil, muita fome, o povo arrasado, não podia nem ficar sosegado na sua comunidade, porque constantemente eram atacados. Foi muito difícil, porque nós não podíamos chegar até as comunidades mais distantes, mas sempre procuravam-nos esse apoio incluido da Caritas, com alimentação e alimentar a esperança do povo que a guerra iria terminar. Todos os dias se rezava na missa. Graças a Deus, um ano depois que eu estive lá, guerra terminou. E a igreja foi convidada a construir escolas, por meio da UNICEF. Hoje tem lá várias escolas que ajudei construir, onde irmãs estão coordenando, com um ensino diferenciado, humanista e com os valores de cristãos.”

A Missão em Roraima

Em 2023, Dom Evaristo foi nomeado Bispo da Diocese de Roraima, uma região marcada por grandes desafios sociais e humanitários. Roraima tem sido um ponto crucial para a crise migratória venezuelana, com milhares de migrantes buscando refúgio no Brasil. Dom Evaristo é uma figura comprometida no acolhimento e apoio a esses migrantes, trabalhando em parceria com organizações humanitárias.

Sob sua liderança, a Diocese de Roraima intensificou seus esforços na defesa dos direitos dos povos indígenas, frequentemente ameaçados por conflitos de terra e violações de direitos humanos. Dom Evaristo tem sido uma voz forte contra a exploração ilegal e a degradação ambiental nas terras indígenas, defendendo a demarcação e a proteção desses territórios.

Um Bispo Comprometido com os Direitos Humanos

Dom Evaristo Spengler é conhecido por seu compromisso inabalável com os direitos humanos. Em todas as fases de seu ministério, ele tem promovido a justiça social e a dignidade humana, seguindo os ensinamentos do Evangelio.

Parabens Dom Evaristo! Que Deus siga abençoando sua caminhada.

18 de maio, Dia Nacional de combate à violência contra crianças e adolescentes

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é momento para debater as modalidades do tráfico de pessoas

O painel de dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), de 2023, aponta 39.357 denúncias de abuso e exploração sexual, com 42.031 violações existentes. A organização Childhood Brasil que realiza trabalho de proteção, revela que a cada 15 minutos uma criança é vítima de espancamento ou violência sexual no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS), indicou que somente 7 em cada 100 casos de exploração sexual são denunciados no Brasil. Os números são alarmantes e têm aumentado em razão das denúncias. A denúncia continua sendo uma das formas de enfrentar essa violência silenciosa que deixa sequelas graves.
Todos os anos 18 de maio é o dia de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. Debater essa temática com a sociedade e alertar os organismos públicos deve ser uma ação permanente. A Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEETH), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, pauta a temática para enfrentar esse tipo de modalidade do tráfico que viola de forma grave os direitos humanos.
É importante reforçar que o tráfico de crianças e adolescentes acontece muitas vezes através de adoção ilegal, com finalidades para trabalho análogo a escravidão e exploração sexual comercial. O trabalho escravo é identificado quando o adolescente é forçado ou vive formas de coação, trabalha sem benefícios e em condições desumanas. Já a exploração sexual comercial, o aliciamento acontece presencial ou pela internet para fins da prática de pornografia, turismo com fins sexuais, prostituição convencional e o tráfico para fins sexual.
Em janeiro deste ano uma nova lei foi sancionada tornando crime sequestro, cárcere privado ou tráfico de pessoas quando praticados contra crianças ou adolescentes. Entre os artigos da Lei 14.811/24, prevê a garantia de atendimento especializado em rede para crianças e adolescentes e famílias em situações de exploração sexual; a lei prevê também política nacional de prevenção.
O Artigo 227 da Constituição Federal descreve que: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O artigo que desenha de forma bonita as linhas do direito, está longe da realidade de crianças e adolescentes que sofrem violências diariamente no Brasil e são vítimas de uma das modalidades do Tráfico de Pessoas.
lei 14.432/22 institui a campanha Maio Laranja. Uma conquista para o enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, a lei que tem como objetivo promover ações de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, sancionada no ano de 2022, colabora para fomentar ações de políticas públicas.
A Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEETH), mais uma vez se une à campanha coletiva FAÇA BONITO.  O Dia 18 de Maio – “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizou ações de incidência na Câmara dos deputados e nos próximos dias irá reforçar as iniciativas para despertar a sociedade para pauta em defesa da vida das crianças e adolescentes. No 24º ano de mobilização a Campanha Faça Bonito, alcançou praticamente todo país. Em todos esses anos a campanha pautou ações estratégicas através dos eixos da técnica, política e a mobilização social. Este ano o objetivo é expandir o debate sobre os entraves e os desafios que envolvem a linha da Atenção/Atendimento Integral às crianças, adolescentes e suas famílias.
Acesse o site da campanha e saiba mais como fortalecer esta luta.  www.facabonito.org

Por Cláudia Pereira | CEETH

Foi realizada Missa em Ação de Graças pelos 75 Anos das Irmãs Missionárias da Consolata na Diocese de Roraima

Celebração marca sete décadas e meia de amor e dedicação missionária em terras roraimenses.

No dia 12 de maio, às 9h30, na Igreja Catedral Cristo Redentor em Boa Vista foi realizada uma emocionante missa em ação de graças pelos 75 anos das Irmãs Missionárias da Consolata na Diocese de Roraima. Uma jornada marcada por amor e dedicação missionária desde o seu início, em 12 de maio de 1949.

A celebração reuniu não apenas membros da congregação, mas também fiéis da comunidade local, que se uniram para celebrar essa data tão especial. Entre as presentes, estava Irmã Leda Botta, que compartilhou suas memórias e emoções sobre essa jornada de 75 anos. “A minha alegria hoje é que eu tenho 82 anos. Eu sonhava em ver esse período onde me sinto em casa, como quando era criança. Quem me deu uma vocação foi ver uma missionária partir para as missões. Eu só tinha 4 anos, mas lembro-me que saiu de manhã cedo. O meu sonho era dizer aos outros a grande coisa que procurei a vida inteira. O que sonhava aconteceu, estou no Brasil, nasci na Itália, então, me enche de riqueza por tudo que vivemos.”

Irmã Elisa Pagnani, também presente na celebração, compartilhou suas experiências dos últimos 25 anos de missão em Roraima. “Sou Irma Elisa Pagnani, missionária da Consolata, italiana. Um trabalho muito bonito que tivemos com nossos primeiros venezuelanos, recebendo-os e salvando-os, tentando, do outro lado. É um pouco que, nestas situações, ouvia Jesus Cristo me chamando para servir.”

A missa não apenas celebrou o passado e o presente das Irmãs Missionárias da Consolata, mas também inspirou esperança e renovação para os próximos anos de serviço e dedicação à comunidade de Roraima. Que essas mulheres continuem a ser luzes de amor e compaixão, guiadas pelo chamado de Jesus Cristo para servir aos mais necessitados.

Fortalecendo Laços e Vocações: Diocese de Roraima marca presença no Congresso da Pastoral Familiar em Parintins

Realizado desde 3 até 5 de maio na cidade de Parintins, este Encontro destaca a Família como Fonte de Vocações

O I Congresso da Pastoral Familiar no Regional Norte 1, com o tema “Família, Fonte de Vocações”, marcou três dias de intensas reflexões e trocas de experiências na cidade de Parintins, no estado do Amazonas, de 3 a 5 de maio. Com mais de 350 participantes representando todas as paróquias da diocese de Parintins, o evento contou com a presença de Ronildo Viana e Rosé Ferreira, representantes da Pastoral Familiar da diocese de Roraima, além do casal coordenador da Pastoral Familiar Nacional, Alisson e Solange.

O primeiro dia foi marcado por uma série de participações significativas, com destaque para a presença de Dom José Albuquerque, Bispo da diocese de Parintins. Dom José trouxe contribuições importantes, especialmente em relação à 5ª conferência, abordando o tema “A Família e a Amizade Social”. Em sua fala, ele destacou a importância de discutir a atual situação da família, promovendo momentos de partilha entre os presentes.

Falando sobre o evento, Dom José Albuquerque expressou sua satisfação com a participação maciça e o engajamento dos envolvidos nos bastidores. “Estamos muito contentes. A participação está sendo espetacular”, disse o bispo. Ele enfatizou o papel crucial do Congresso em fortalecer a pastoral familiar na Diocese, além de promover a comunhão e a troca de experiências entre os diversos agentes pastorais envolvidos.

Durante o Congresso, foram abordados temas como as diferentes equipes de pós-matrimoniais, pré-matrimoniais e casos especiais, que tiveram a oportunidade de discutir sobre a importância de anunciar o evangelho da família e promover o amor no matrimônio. Dom José ressaltou a necessidade de ajudar as famílias a serem as “igrejas domésticas”, destacando a importância do sacramento do matrimônio e seu papel na formação de vocações para o matrimônio, vida consagrada e ministérios da igreja.

Com uma programação rica em palestras, mesas-redondas e momentos de espiritualidade, o Congresso marcou um momento histórico para a Pastoral Familiar na região Norte 1, promovendo o fortalecimento das famílias e o discernimento vocacional em um contexto desafiador. O legado desse encontro certamente continuará a gerar frutos na evangelização e no cuidado com as famílias, fortalecendo ainda mais o tecido eclesial na região amazônica.

Igreja Católica do Brasil marca presença no tema das políticas públicas sobre migrantes, refugiados e apátridas.

A eleição dos delegados foi feita no Estado de Roraima rumo a II COMIGRAR no mês de novembro de 2024.

Em um clima de colaboração e comprometimento, foi realizada a seleção de delegados que representarão o Estado de Roraima na 2ª Conferência Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia, que ocorrerá em novembro deste ano. Este evento, realizado nos dias 19 e 20 de abril, foi promovido pelo governo federal através da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), em colaboração com o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados no Brasil), a Força-Tarefa Humanitária – Operação Acolhida, a OIM (Organização Internacional para as Migrações) e a Sociedade Civil, busca abordar temas cruciais relacionados à migração, refúgio e apatridia no Brasil.

É importante ressaltar que o estado de Roraima, que faz fronteira com a Guiana Inglesa e a Venezuela, é porta de entrada para migrantes que vêm do Haiti, Cuba, Venezuela, Colômbia e outros países. O maior número corresponde aos migrantes venezuelanos, e apenas em 2023 chegaram 192.021 pessoas ao Brasil, um aumento de 18% em relação a 2022. Como principal ponto de entrada de migrantes no país, Roraima conta atualmente com oito abrigos e três alojamentos que atendem à população que sai da Venezuela em busca de melhores condições de vida.

Em números reais, no passado ingressaram no Brasil 30.646 venezuelanos a mais do que os 161.375 de 2022. Atualmente, o fluxo diário de entrada no Brasil pela fronteira, em Pacaraima, é de até 400 pessoas. Desde 2017, quando o governo federal começou a monitorar o fluxo migratório, 1.028.634 venezuelanos entraram no país – destes, 53% permaneceram em solo brasileiro. Este motivo é suficiente para alertar o governo federal sobre a necessidade de modificar algumas políticas em relação à regularização de migrantes, refugiados e apátridas.

Durante dois dias intensos de propostas e discussões, cinco delegados foram escolhidos entre um grupo de participantes de diversas áreas e comunidades de todo el el Estado de Roraima. Entre eles, destacamos a presença do Padre Juan Carlos Greco, de nacionalidade argentina e parte da Diocese de Roraima, que será o único representante religioso neste grupo de delegados. A presença da Igreja Católica nas propostas discutidas destaca a importância de sua participação na formulação de políticas públicas relacionadas a migrantes e refugiados.

Em uma entrevista com o Padre Juan Carlos Greco com Libia López jornalista da Radio Monte Roraima FM, destacou-se a importância desta conferência em um momento de mudanças significativas no país, especialmente no que diz respeito à migração. O Padre expressou seu compromisso com a defesa dos direitos humanos e a promoção de políticas inclusivas que garantam a proteção e o bem-estar dos migrantes, refugiados e apátridas no Brasil. “Todos os delegados selecionados terão a importante responsabilidade de levar as propostas discutidas na conferência estadual de Roraima para o nível nacional, buscando influenciar a formulação de políticas a nível federal que abordem as necessidades e desafios específicos da região. Entre as propostas discutidas, destacam-se a os dereitos dos indígenas, a validação de títulos para profissionais migrantes, a promoção do multilinguismo em zonas fronteiriças como Roraima e a criação de empregos dignos que respeitem os direitos trabalhistas dos migrantes e refugiados”, ressaltou o Padre Greco.

O Padre Juan Carlos Greco enfatizou que ser delegado representa uma grande responsabilidade, tanto para a Igreja Católica quanto para a comunidade migrante de Roraima. “É muito importante trabalhar em colaboração com outras comunidades religiosas e organizações não governamentais para abordar os desafios comuns e promover uma sociedade mais inclusiva e solidária”.

Roraima é um estado importante no tema da migração por ser fronteira com a Venezuela e a Guiana. E no tema da migração também é importante ressaltar que Roraima é o estado que abriga uma importante comunidade indígena, com 12% da população total do país e aproximadamente 10.000 indígenas venezuelanos em todo o território nacional, dos quais quase 3.500 estão neste estado fronteiriço, segundo o Padre Greco. E é precisamente essa diversidade étnica e cultural que apresenta desafios adicionais que devem ser considerados nas políticas e programas voltados para migrantes e refugiados na região.

Os delegados eleitos foram:

Victor Hugo Ruiz Hernandez;
Juan Carlos Greco
Alba Marina González Andrade;
Hennis Marielis Maraleda Borja;
Omar Wilfredo Pérez Lezama.

Esta eleição de delegados para representar Roraima na 2ª Conferência Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia no proximo mês de novembro, marca um passo importante no compromisso do estado e do país em abordar os desafios e oportunidades relacionados à migração e ao refúgio. Com a participação ativa de líderes religiosos, indígenas, representantes governamentais, da sociedade civil e migrantes, espera-se que esta conferência contribua para a formulação de políticas mais inclusivas e eficazes para garantir a proteção e o bem-estar dos migrantes e refugiados no Brasil.

Reportagem Libia López

BISPOS DIVULGAM A CARTA AOS CRISTÃOS CATÓLICOS DO BRASIL ELABORADA PELO EPISCOPADO BRASILEIRO DURANTE A 61ª AG CNBB

Seguindo a tradição das Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, quatro cardeais brasileiros durante a coletiva da quinta-feira, 17 de abril.

Se tornaram conhecidos o processo de construção e o conteúdo das quatro mensagens aprovadas pelo episcopado brasileiro: ao Papa Francisco, ao prefeito do Dicastério para os Bispos, cardeal Robert Francis Prevost, ao povo brasileiro e aos cristãos católicos. Esta última, uma das novidades desta edição da assembleia. A carta ao Santo Padre e ao Dicastério para os bispos foram encamninhadas pela coordenação da Assembleia.

Segundo o arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, na carta ao Papa Francisco o episcopado brasileiro manifesta a comunhão com o Santo Padre, apresentou os temas gerais da assembleia e um agradecimento pela riqueza de seu pontificado, aquilo que ele propõe à Igreja nesse momento: a paz, a justiça, as migrações e das pessoas que morrem no mar.

Mensagem aos Cristãos Católicos do Brasil

Pela primeira vez se faz uma mensagem da Assembleia às comunidades católicas, enfatizou o arcebispo de São Paulo, cardeal Pedro Odilo Scherer, que trata da vida das comunidades. A mensagem inicia agradecendo “por tudo aquilo que de bom e belo existe para a missão”, por tudo o que é vivido e realizado nas comunidades. Igualmente o texto ressalta a santidade, com um número de “processos de beatificação e canonização como nunca houve antes”.

A carta dirige uma palavra de encorajamento sobre algumas questões, tendo como pano de fundo a sinodalidade: o diálogo, o respeito pelos outros, saber divergir sem brigar, insistindo em que “nossa fé não deve dividir, mas deve ser um elemento que ajuda a criar comunidade”.

A mensagem ressalta a necessária comunhão com o Papa e com os bispos e faz um convite a não desanimar diante das dificuldades presentes e à participação ativa na vida das comunidades e da sociedade. Finalmente, um chamado à preparação ao Jubileu 2025. De acordo com dom Odilo, trata-se de uma carta que pretende “encorajar, orientar, apoiar, respaldar a nosso povo católico”.

Acesse a Mensagem aos cristãos católicos do Brasil 

Carta ao Dicastério para os Bispos

Sobre a carta ao prefeito do Dicastério para os Bispos, o arcebispo de Rio de Janeiro, cardeal Orani Tempesta, disse que é reservada ao cardeal Prevost e trata sobre o que está sendo feito na 61ª Assembleia Geral da CNBB. A mensagem “coloca os problemas que nós estamos enfrentando enquanto Igreja no Brasil, coloca as soluções que a nossa assembleia está propondo e agradece ao prefeito pelas indicações ao Santo Padre para as 20 nomeações episcopais para a Igreja do Brasil desde a última assembleia”, enfatizou dom Orani.

Mensagem ao Povo Brasileiro

A Mensagem ao Povo Brasileiro, “um texto em certo sentido longo”, segundo o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, dada “a necessidade de abordarmos alguns elementos importantes”, pretende ser uma mensagem de esperança, de futuro, da realidade política e climática, que aborda as eleições que se aproximam, lembrando os 60 anos de início da Ditadura e incentivando a cuidar da Democracia e combater a violência no país e as guerras.

Dom Leonardo pediu a ajuda dos meios de comunicação para que essas mensagem cheguem e ajudem diante da situação de tensão, de conflitos e de muita violência que a sociedade brasileira vive, provocada pelas drogas, as facções e pelas as palavras. Trata, segundo dom Leonardo, de uma mensagem que faz um chamado à paz, também na floresta, para os povos indígenas, ameaçados pelo Marco Temporal.

Baixe a íntegra da Mensagem ao Povo Brasileiro

Festejo em Honra a Santo Expedito: Tradição e Devoção na Comunidade

Tríduo Religioso e Procissão Marcarão as Celebrações em Homenagem ao Santo Padroeiro

A comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Consolata começou as celebrações em honra a Santo Expedito, seu padroeiro. Com um tríduo religioso que se iniciou no dia 17 até 19 de abril, às 19:00 horas, na igreja localizada na rua Jósimo de Alencar Macêdo, n° 163, bairro Calungá, seguido de uma emocionante procissão e encerramento com uma missa campal e arraial, no dia 20 de abril.

No dia 20 de abril, a comunidade se reunirá em uma emocionante procissão, partindo da Comunidade e seguindo até o campo da casa dos padres missionários da Consolata, localizado no final da av. Surumú, bairro Calungá. Lá, será celebrada uma missa campal, seguida de um animado arraial, onde os fiéis poderão desfrutar de comidas típicas, apresentações culturais e momentos de confraternização.

A organização do evento aproveita para estender o convite a todos da comunidade para participarem desse momento especial de fé e celebração. “Convidamos a todos a se juntarem a nós nestes dias de oração e devoção a Santo Expedito. Será uma oportunidade única de fortalecermos nossa fé e de celebrarmos juntos as tradições religiosas e culturais de nossa comunidade”, declara Bernadete Sousa Galvão, coordenadora do evento.

A presença de todos é fundamental para o sucesso deste festejo tão significativo para a comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Consolata. Que a devoção a Santo Expedito inspire e fortaleça os corações de todos os participantes, renovando a esperança e a fé em dias melhores.

Esteja presente e faça parte desta bela manifestação de fé e cultura.

Comissão Especial da CNBB denuncia Tráfico Humano: Um Grito Contra a Violência e a Exploração

Em meio ao Ano da Fraternidade e Amizade Social, a Comissão não se cala diante das vidas violentadas e ceifadas pela ambição e descaso.

A Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CEETH-CNBB) emitiu uma nota contundente, denunciando os crimes hediondos do tráfico humano que assolam a sociedade brasileira. Em meio ao Ano da Fraternidade e Amizade Social, a CEETH-CNBB ergue sua voz contra a violência e exploração que ceifam vidas e violam dignidades humanas.

O tráfico humano, motivado pela ganância e indiferença, é uma chaga social que continua a crescer, alimentada pela banalização e impunidade. Diante desse cenário alarmante, a Comissão não pode se calar, especialmente diante dos recentes casos divulgados pela mídia e do temor por outras situações semelhantes.

Acesse a íntegra da nota emitida pela Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB através do link: Nota da Comissão Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano.

Nessa luta incansável pela justiça e dignidade humanas, a CEETH-CNBB convoca a sociedade a unir-se em solidariedade e ação, buscando erradicar essa atrocidade que assombra nossas comunidades.

INDÍGENA DE RORAIMA REPRESENTA REGIONAL NORTE 1 DURANTE A ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB

A Igreja Católica Pela Primeira Vez Realiza A Instituição Do Ministério De Catequistas: Celebração De Fé E Compromisso

Neste sábado, 13 de abril, aconteceu um dos momentos mais esperados na programação da 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), trata-se da instituição do ministério de catequistas a 19 cristãos representando todos os regionais do país. A cerimônia ocorreu durante a celebração eucarística no Santuário Nacional, presidida pelo arcebispo de Santa Maria e presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, Dom Leomar Brustolin. 

O grupo de catequistas, composto majoritariamente por mulheres, reflete uma diversidade de culturas, experiências religiosas e vivências na transmissão da fé. Entre os representantes, destaca-se Deolinda Melquior da Silva, da diocese de Roraima (RR), sendo a única indígena presente entre os regionais. Deolinda é da etnia Macuxi, na Raposa Serra do Sol, município de Uiramutã, em Roraima.

Os catequistas desempenham um papel crucial na vida da Igreja, promovendo a Iniciação à Vida Cristã e transmitindo os ensinamentos da fé. Seu trabalho é essencial tanto para crianças quanto para adultos que buscam compreender e vivenciar a doutrina religiosa e cristã em suas vidas.

Dom Evaristo Espengler, Bispo de Roraima, destacou a importância deste momento histórico: “Hoje é um dia significativo para nossa diocese e para o nosso Regional Norte 1 da CNBB. Dona Deolinda, juntamente com catequistas de 19 regionais da CNBB, recebeu aqui o ministério de catequista. Ela representa não só a si mesma, não só nosso Regional, mas todo o povo indígena do Brasil.”

Dom Evaristo ressaltou o papel crucial de Deolinda na catequese indígena: “Dona Deolinda tem uma missão belíssima em Roraima. Além de ser catequista, coordena a catequese na missão Maturuca, um dos municípios mais indígenas do Brasil, em Uiramutã. Ela é um testemunho vivo do evangelho que se difunde em meio ao nosso povo. Louvo a Deus pela vida dela e pela história da igreja de Roraima e do nosso Regional Norte 1.”

Para Deolinda o recebemento deste ministerio reforça sua força e sua fe: “Uma data marcante, alegria imensa de poder ser instituída. É um reconhecimento e valorização, principalmente para nós, povos indígenas. Ministério de Catequista é uma vocação de serviço ao Evangelho e à Igreja na transmissão da fé. Os colonizadores chegaram no Brasil e procuraram catequizar os indígenas, tornando-os católicos, mas impondo medo e não respeitando as suas culturas. Hoje, os catequistas e os missionários fazem a catequese de acordo com o plano de Deus sobre nós, onde nos mostra a verdade, o direito à vida, à terra, cultura, identidade, costume, tradição. Jesus disse, eu vim para que todos tenham vida e tenham em abundância”, falou Deolinda.

Sobre a Instituição do Ministério de Catequista

O ministério de catequista foi instituído pelo Papa Francisco com o motu proprio Antiquum Ministerium, em 10 de maio de 2021. Após sua publicação, a CNBB elaborou o Documento 112: “Critérios e Itinerários para a Instituição do Ministério de Catequista”, aprovado durante a 59ª Assembleia Geral da CNBB, em 2022.

A instituição do ministério de catequista representa um marco na história da Igreja no Brasil, fortalecendo a participação dos leigos e leigas e promovendo uma evangelização cada vez mais inclusiva e atuante.

 FONTE/CRÉDITOS: Libia López

EMOÇÃO E FÉ: BENÇÃO ESPECIAL NA 61ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB

Com Dom Giambattista Diquatro, Núncio Apostólico do Brasil, marca momento de bênçãos e gratidão no Santuário Nacional de Aparecida.

Neste domingo 14 de abril, a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) testemunhou um momento de profunda emoção e fé no Santuário Nacional de Aparecida. Às 07h00, fiéis e clérigos se reuniram para a missa do Terceiro Domingo da Páscoa, oficiada pelo Dom Giambattista Diquatro, Núncio Apostólico do Brasil.

Um dos pontos altos da cerimônia foi a bênção dos bispos nomeados durante o ano, um gesto que simboliza o compromisso renovado com a missão eclesiástica. Entre os homenageados, destaca-se Monsenhor Lúcio Nicoletto, recentemente nomeado bispo de São Felix da Araguai em 13 de março.

Durante a cerimônia, Dom Giambattista proferiu palavras de gratidão e bênção, unindo todos os nomeados em uma prece emocionante: “Com todos nomeados durante todo juntos a benção. Deus que pela ressurreição do seu filho único, uma graça da Redenção e nos tornou os seus filhos, vos conceda a alegria de sua benção. Deus que pela Redenção de Cristo vos concedeu o dom da verdadeira liberdad e por Misericórdia vos torna e participantes da herança eterna. E vivendo agora retamente possaino-se unirnos a Deus, para o qual pela fé já ressuscitaste desce no batismo. Amém. E a benção de Deus todo poderoso pai, filho espírito santo, desça sobre vós e permaneça para sempre. Amém, graças a Deus.”

Ao final da missa, os devotos se uniram em oração, clamando a intercessão de Nossa Senhora Aparecida pela paz nas nações: “Ó Maria, nossa Senhora Aparecida, rogai ao vosso Filho, ressuscitado derrame a paz às nações.”

Em meio a cânticos e preces, a 61ª Assembleia Geral da CNBB reafirmou seu compromisso com a missão cristã e a busca pela paz e justiça no Brasil e no mundo.

 FONTE/CRÉDITOS: Libia López